Influência dos comprimentos jejunoileal e da alça comum na perda ponderal de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico da obesidade mórbida pela técnica de Capella
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/ECJS-785PLP |
Resumo: | A operação de Capella constitui uma das variações técnicas do bypassgástrico em Y de Roux, sendo freqüentemente utilizada no tratamento da obesidade mórbida. A técnica preconiza a confecção de alça alimentar (segmento compreendido entre as anastomoses gastrojejunal e jejunojejunal) com extensão padronizada (110 cm), no intuito de promover deficiência da absorção de macronutrientes e contribuir para a perda ponderal. A reconhecida variação do comprimento jejunoileal na espécie humana (quatro a nove metros, aproximadamente) não é considerada, embora determine ampla variação da extensão da alça comum (segmento distal à anastomose jejunojejunal, que tem a função absortiva preservada). Com objetivo de avaliar a influência das variações do comprimento jejunoileal e da alça comum na perda ponderal, realizou-se medida intra-operatória desses segmentos em 100 pacientes submetidos à operação de Capella. Setenta e seis pacientes (76%) eram do sexo feminino, e 24 (24%) do sexo masculino. A idade média foi de 36,0 ± 10,5 anos. O peso pré-operatório médio foi de 126,8 ± 23,2 kg e o índice de massa corporal médio foi de 46,29 ± 6,20 kg/m2. Havia 79 pacientes obesos mórbidos e 21 pacientes super-obesos. Ocomprimento jejunoileal médio foi de 671,4 ± 115,7 cm (434 - 990 cm). Ocomprimento da alça comum apresentou média de 505,3 ± 113,3 cm (268 - 829 cm). O comprimento médio da alça biliopancreática foi de 56,1 ± 14,8 cm (30 - 105 cm). A média do comprimento jejunoileal foi significativamente maior nos pacientes do sexo masculino (739,67 ± 132,31 cm) em relação ao sexo feminino (649,86 ± 101,65 cm). Detectou-se correlação positiva entre a altura dos pacientes e ocomprimento jejunoileal. Os pacientes foram acompanhados pelo período de um ano. A análise estatística incluiu estratificações da população por sexo e índice de massa corporal. Não se detectou correlação entre o comprimento jejunoileal e a perda ponderal no 6º mês e no 1º ano pós-operatórios. Detectou-se baixo grau decorrelação negativa entre a perda ponderal e o comprimento da alça comum no 1º ano pós-operatório, em dois grupos analisados (pacientes do sexo masculino e super-obesos). A extensão da alça comum foi superior a quatro metros em 84% dos casos (suficiente para manutenção plena da função absortiva a médio e longo prazos). Concluiu-se que o segmento jejunoileal apresenta ampla variação nospacientes submetidos a tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, e que essa variação não influencia na perda ponderal durante o 1º ano pós-operatório. As variações da extensão da alça comum podem exercer pequena influência na perda ponderal em pacientes do sexo masculino e nos pacientes super-obesos, durante o primeiro ano pós-operatório. Baseando-se na análise da literatura e nos resultados deste estudo, concluiu-se que a padronização do comprimento da alça alimentar(110 cm), utilizada na operação de Capella e em outras variações do bypass gástrico em Y de Roux, deve ser revista. |
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Influência dos comprimentos jejunoileal e da alça comum na perda ponderal de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico da obesidade mórbida pela técnica de CapellaCirurgia da obesidadeDerivação gástricaBypass gástricoObesidade mórbidaObesidade mórbida/cirurgiaAnastomose em-Y de RouxDerivação gástricaObesidade mórbidaDerivação jejuno-ilealA operação de Capella constitui uma das variações técnicas do bypassgástrico em Y de Roux, sendo freqüentemente utilizada no tratamento da obesidade mórbida. A técnica preconiza a confecção de alça alimentar (segmento compreendido entre as anastomoses gastrojejunal e jejunojejunal) com extensão padronizada (110 cm), no intuito de promover deficiência da absorção de macronutrientes e contribuir para a perda ponderal. A reconhecida variação do comprimento jejunoileal na espécie humana (quatro a nove metros, aproximadamente) não é considerada, embora determine ampla variação da extensão da alça comum (segmento distal à anastomose jejunojejunal, que tem a função absortiva preservada). Com objetivo de avaliar a influência das variações do comprimento jejunoileal e da alça comum na perda ponderal, realizou-se medida intra-operatória desses segmentos em 100 pacientes submetidos à operação de Capella. Setenta e seis pacientes (76%) eram do sexo feminino, e 24 (24%) do sexo masculino. A idade média foi de 36,0 ± 10,5 anos. O peso pré-operatório médio foi de 126,8 ± 23,2 kg e o índice de massa corporal médio foi de 46,29 ± 6,20 kg/m2. Havia 79 pacientes obesos mórbidos e 21 pacientes super-obesos. Ocomprimento jejunoileal médio foi de 671,4 ± 115,7 cm (434 - 990 cm). Ocomprimento da alça comum apresentou média de 505,3 ± 113,3 cm (268 - 829 cm). O comprimento médio da alça biliopancreática foi de 56,1 ± 14,8 cm (30 - 105 cm). A média do comprimento jejunoileal foi significativamente maior nos pacientes do sexo masculino (739,67 ± 132,31 cm) em relação ao sexo feminino (649,86 ± 101,65 cm). Detectou-se correlação positiva entre a altura dos pacientes e ocomprimento jejunoileal. Os pacientes foram acompanhados pelo período de um ano. A análise estatística incluiu estratificações da população por sexo e índice de massa corporal. Não se detectou correlação entre o comprimento jejunoileal e a perda ponderal no 6º mês e no 1º ano pós-operatórios. Detectou-se baixo grau decorrelação negativa entre a perda ponderal e o comprimento da alça comum no 1º ano pós-operatório, em dois grupos analisados (pacientes do sexo masculino e super-obesos). A extensão da alça comum foi superior a quatro metros em 84% dos casos (suficiente para manutenção plena da função absortiva a médio e longo prazos). Concluiu-se que o segmento jejunoileal apresenta ampla variação nospacientes submetidos a tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, e que essa variação não influencia na perda ponderal durante o 1º ano pós-operatório. As variações da extensão da alça comum podem exercer pequena influência na perda ponderal em pacientes do sexo masculino e nos pacientes super-obesos, durante o primeiro ano pós-operatório. Baseando-se na análise da literatura e nos resultados deste estudo, concluiu-se que a padronização do comprimento da alça alimentar(110 cm), utilizada na operação de Capella e em outras variações do bypass gástrico em Y de Roux, deve ser revista.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMarco Tulio Costa DinizPaulo Roberto Savassi RochaEdmundo Machado FerrazEDUARDO GARCIA VILELAAlexandre Lages Savassi Rocha2019-08-13T19:10:52Z2019-08-13T19:10:52Z2007-05-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1843/ECJS-785PLPinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMG2019-11-14T16:47:07Zoai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-785PLPRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oairepositorio@ufmg.bropendoar:2019-11-14T16:47:07Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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A operação de Capella constitui uma das variações técnicas do bypassgástrico em Y de Roux, sendo freqüentemente utilizada no tratamento da obesidade mórbida. A técnica preconiza a confecção de alça alimentar (segmento compreendido entre as anastomoses gastrojejunal e jejunojejunal) com extensão padronizada (110 cm), no intuito de promover deficiência da absorção de macronutrientes e contribuir para a perda ponderal. A reconhecida variação do comprimento jejunoileal na espécie humana (quatro a nove metros, aproximadamente) não é considerada, embora determine ampla variação da extensão da alça comum (segmento distal à anastomose jejunojejunal, que tem a função absortiva preservada). Com objetivo de avaliar a influência das variações do comprimento jejunoileal e da alça comum na perda ponderal, realizou-se medida intra-operatória desses segmentos em 100 pacientes submetidos à operação de Capella. Setenta e seis pacientes (76%) eram do sexo feminino, e 24 (24%) do sexo masculino. A idade média foi de 36,0 ± 10,5 anos. O peso pré-operatório médio foi de 126,8 ± 23,2 kg e o índice de massa corporal médio foi de 46,29 ± 6,20 kg/m2. Havia 79 pacientes obesos mórbidos e 21 pacientes super-obesos. Ocomprimento jejunoileal médio foi de 671,4 ± 115,7 cm (434 - 990 cm). Ocomprimento da alça comum apresentou média de 505,3 ± 113,3 cm (268 - 829 cm). O comprimento médio da alça biliopancreática foi de 56,1 ± 14,8 cm (30 - 105 cm). A média do comprimento jejunoileal foi significativamente maior nos pacientes do sexo masculino (739,67 ± 132,31 cm) em relação ao sexo feminino (649,86 ± 101,65 cm). Detectou-se correlação positiva entre a altura dos pacientes e ocomprimento jejunoileal. Os pacientes foram acompanhados pelo período de um ano. A análise estatística incluiu estratificações da população por sexo e índice de massa corporal. Não se detectou correlação entre o comprimento jejunoileal e a perda ponderal no 6º mês e no 1º ano pós-operatórios. Detectou-se baixo grau decorrelação negativa entre a perda ponderal e o comprimento da alça comum no 1º ano pós-operatório, em dois grupos analisados (pacientes do sexo masculino e super-obesos). A extensão da alça comum foi superior a quatro metros em 84% dos casos (suficiente para manutenção plena da função absortiva a médio e longo prazos). Concluiu-se que o segmento jejunoileal apresenta ampla variação nospacientes submetidos a tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, e que essa variação não influencia na perda ponderal durante o 1º ano pós-operatório. As variações da extensão da alça comum podem exercer pequena influência na perda ponderal em pacientes do sexo masculino e nos pacientes super-obesos, durante o primeiro ano pós-operatório. Baseando-se na análise da literatura e nos resultados deste estudo, concluiu-se que a padronização do comprimento da alça alimentar(110 cm), utilizada na operação de Capella e em outras variações do bypass gástrico em Y de Roux, deve ser revista. |
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