Fatores ambientais e individuais associados à obesidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/ANDO-9VEGZV |
Resumo: | A obesidade é um grave problema de saúde pública, que representa grande impacto no padrão de morbimortalidade de populações. As características do ambiente no qual as pessoas vivem desempenham importante papel no que se refere à obesidade em diversos países, uma vez que podem oferecer oportunidades ou barreiras para a adoção de hábitos saudáveis. Objetivo: Estimar a associação entre fatores ambientais e fatores individuais com a obesidade e o excesso de peso em adultos. Métodos: Trata-se de estudo epidemiológico transversal, desenvolvido com base na utilização de dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e de Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2008-2010) para Belo Horizonte e da amostra de indivíduos com 18 anos ou mais de idade residentes na cidade de Montes Claros. A obesidade foi definida a partir do IMC 30 kg/m2 e o excesso de peso, do IMC 25 kg/m2. Para caracterizar o ambiente construído e o social, foi desenvolvida uma base georreferenciada com os dados ambientais. A análise desses dados contou com regressão logística multinível e com a estatística de varredura espacial. A fim de avaliar o ambiente percebido, foi utilizada a versão validada para a língua portuguesa da Neighbourhood Environment Walkability Scale. A regressão de Poisson foi realizada para verificar as associações entre o ambiente percebido e o excesso de peso. Resultados: O aumento no número de estabelecimentos de venda de alimentos saudáveis (OR = 0,88; IC95%: 0,80-0,96), número de restaurantes (OR = 0,97; IC95%: 0,96-0,99), número de locais para a prática de atividade física (OR = 0,89; IC95%: 0,84-0,95) e renda total (OR = 0,96; IC95%: 0,94-0,98) associa-se à menor chance de obesidade, permanecendo tais associações significativas após o ajuste por idade, sexo, escolaridade e consumo alimentar. Além disso, a percepção da diversidade da utilização do ambiente e de algumas categorias das imediações da redondeza foi associada à menor prevalência de excesso de peso em Montes Claros. Conclusões: Tais evidências contribuíram para melhorar a compreensão da complexa relação entre os determinantes ambientais e individuais e a obesidade, os quais podem desempenhar importante papel no desenvolvimento de intervenções eficazes e na ampliação de programas de controle da obesidade em cidades de grande e de médio porte, como Belo Horizonte e Montes Claros. |
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Jorge Gustavo Velasquez MelendezLarissa Loures MendesAndreia Queiroz RibeiroRodrigo Siqueira ReisSergio William Viana PeixotoWaleska Teixeira CaiaffaFrancisco Carlos Felix LanaFernanda Penido Matozinhos2019-08-10T11:31:06Z2019-08-10T11:31:06Z2015-03-20http://hdl.handle.net/1843/ANDO-9VEGZVA obesidade é um grave problema de saúde pública, que representa grande impacto no padrão de morbimortalidade de populações. As características do ambiente no qual as pessoas vivem desempenham importante papel no que se refere à obesidade em diversos países, uma vez que podem oferecer oportunidades ou barreiras para a adoção de hábitos saudáveis. Objetivo: Estimar a associação entre fatores ambientais e fatores individuais com a obesidade e o excesso de peso em adultos. Métodos: Trata-se de estudo epidemiológico transversal, desenvolvido com base na utilização de dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e de Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2008-2010) para Belo Horizonte e da amostra de indivíduos com 18 anos ou mais de idade residentes na cidade de Montes Claros. A obesidade foi definida a partir do IMC 30 kg/m2 e o excesso de peso, do IMC 25 kg/m2. Para caracterizar o ambiente construído e o social, foi desenvolvida uma base georreferenciada com os dados ambientais. A análise desses dados contou com regressão logística multinível e com a estatística de varredura espacial. A fim de avaliar o ambiente percebido, foi utilizada a versão validada para a língua portuguesa da Neighbourhood Environment Walkability Scale. A regressão de Poisson foi realizada para verificar as associações entre o ambiente percebido e o excesso de peso. Resultados: O aumento no número de estabelecimentos de venda de alimentos saudáveis (OR = 0,88; IC95%: 0,80-0,96), número de restaurantes (OR = 0,97; IC95%: 0,96-0,99), número de locais para a prática de atividade física (OR = 0,89; IC95%: 0,84-0,95) e renda total (OR = 0,96; IC95%: 0,94-0,98) associa-se à menor chance de obesidade, permanecendo tais associações significativas após o ajuste por idade, sexo, escolaridade e consumo alimentar. Além disso, a percepção da diversidade da utilização do ambiente e de algumas categorias das imediações da redondeza foi associada à menor prevalência de excesso de peso em Montes Claros. Conclusões: Tais evidências contribuíram para melhorar a compreensão da complexa relação entre os determinantes ambientais e individuais e a obesidade, os quais podem desempenhar importante papel no desenvolvimento de intervenções eficazes e na ampliação de programas de controle da obesidade em cidades de grande e de médio porte, como Belo Horizonte e Montes Claros.Obesity is a serious public health problem and has a great impact on the disease patterns of populations. The characteristics of the environment in which people live play an important role in obesity in many countries, since they can provide opportunities or barriers to the adoption of healthy habits. Objective: To estimate the association between environmental factors and individual factors with obesity and overweight in adults. Methods: This cross-sectional epidemiological study, developed using the Protective and Risk Factors for Chronic Diseases by Telephone Survey database (Vigitel 2008-2010) from Belo Horizonte and representative sample of individuals who were 18 years or older, residing in the city of Montes Claros. Obesity was defined as a BMI 30 kg/m2 and excess of weight was defined as a BMI 25 kg/m2. To characterize the built and social environments, we developed a georeferenced database with environmental data. The data analysis included multilevel logistic regression and the spatial scan statistic. In order to evaluate the perceived environment, we used a validated Portuguese version of the Neighbourhood Environment Walkability Scale. Poisson regression was performed to assess relationships between perceived environment and excess of weight. Results: The increase in the number of establishments that sell healthy food (OR = 0.88, 95% CI: 0.80 to 0.96), number of restaurants (OR = 0.97, 95% CI: 0,96- 0.99), number of places for physical activity (OR = 0.89, 95% CI: 0.84-0.95) and total income (OR = 0.96, 95% CI: 0.94-0,98) is associated with lower odds of obesity, in addition, these associations remained significant after adjustment for age, gender, education and food consumption. Furthermore, the perception of mixed land-use and immediate neighborhood were associated with overweight in Montes Claros. Conclusions: These findings contribute to a better understanding of the complex relationship between environmental and individual determinants of obesity, which can play an important role in the development of effective interventions and expand obesity control programs in large and medium cities, such as Belo Horizonte and Montes Claros.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAnálise EspacialFatores SocioeconômicosAnálise MultinívelEnfermagemMeio AmbienteEstudos EpidemiológicosIndicadores AmbientaisObesidadeFatores de RiscoAnálise EspacialAnálise MultinívelPercepçãoSaúde PúblicaObesidadeFatores ambientais e individuais associados à obesidadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINAL31_mar_o___tese_fernandapenido_vers_o_online.pdfapplication/pdf5111086https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ANDO-9VEGZV/1/31_mar_o___tese_fernandapenido_vers_o_online.pdfa4e7ff0f5d880730cbfdf97c94156182MD51TEXT31_mar_o___tese_fernandapenido_vers_o_online.pdf.txt31_mar_o___tese_fernandapenido_vers_o_online.pdf.txtExtracted texttext/plain188039https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ANDO-9VEGZV/2/31_mar_o___tese_fernandapenido_vers_o_online.pdf.txte9a054a75ca00e83f8558ff6bff49ee3MD521843/ANDO-9VEGZV2019-11-14 06:14:28.996oai:repositorio.ufmg.br:1843/ANDO-9VEGZVRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:14:28Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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