Mortalidade de crianças nascidas de muito baixo peso em uma maternidade pública de Belo Horizonte: um estudo a partir de sistemas de informação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ana Maria de Jesus Cardoso
Data de Publicação: 1999
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/57455
Resumo: O coeficiente de mortalidade infantil é tradicionalmente usado como indicador da saúde geral de uma comunidade, podendo ser utilizado como evento sentinela da qualidade da assistência prestada. Com o objetivo de avaliar a mortalidade infantil de crianças de muito baixo peso nascidas em uma maternidade pública de nível II de complexidade, com discriminação entre o período de internação na própria maternidade e o período após a alta hospitalar, foi realizado um estudo prospectivo histórico que consistiu na análise de registros de sistemas de informação já existentes: Sistema Informático Perinatal, adotado na maternidade, Sistema de Informação de Nascidos Vivos e Sistema de Informação de Mortalidade. Foram avaliados os 17791 registros de crianças nascidas vivas na Maternidade Odete Valadares, no período entre 01/01/1992 a 31/12/1996, com peso de nascimento ≥ a 500 g, destacando 817 crianças com peso de nascimento de até 1500 g. No período desse estudo, a Maternidade Odete Valadares respondeu por 5,5% dos partos hospitalares de nascidos vivos de mulheres residentes em Belo Horizonte, sendo esse percentual modificado para 12,2% quando se limitou este grupo aos recém-nascidos de baixo peso, e para 17,8%, quando se tratou dos de muito baixo peso, caracterizando a importância dessa instituição, em nível municipal, para assistência ao parto e ao recém-nascido de alto risco, apesar de não contar com unidade de terapia intensiva. Foi observado também um coeficiente de mortalidade global de nascidos vivos com peso ≥ a 500 g de 28 por mil, com uma redução do valor de 30 por mil obtido em 1992, para 21 por mil em 1996. Quanto aos recém-nascidos de muito baixo peso, o coeficiente de mortalidade global foi de 435 por mil, com tendência à estabilidade nos 5 anos avaliados, sendo o menor índice observado em 1994 (385 por mil). Quanto a esse último grupo, foram encontrados, através do modelo de regressão logística multivariado, os seguintes fatores relacionados à mortalidade hospitalar: idade gestacional estimada (odds ratio (OR)=0,4468 e p=0,000), peso de nascimento (OR=0,7024 e p=0,0169) e índice de Apgar aos 5 minutos de vida (OR=0,4198 e p=0,0004). O resultado sugere como fatores de proteção para mortalidade hospitalar a idade gestacional estimada, o peso de nascimento mais elevados, e o índice de Apgar aos 5 minutos de vida ≥ a 7. Dentre as 519 crianças de muito baixo peso filhas de mulheres residentes em Belo Horizonte, 247 receberam alta domiciliar, sendo constatado, através do Sistema de Informação de Mortalidade, o óbito em 13 delas (5,3%) durante o primeiro ano de vida, e 42 foram transferidas para outro serviço, sendo constatado o óbito em 15 (35,7%). As causas infecciosas foram as mais frequentemente relatadas como causa básica desses óbitos. Assim, através do uso dos sistemas de informação disponíveis, foi possível a avaliação de alguns aspectos relacionados à mortalidade de crianças de muito baixo peso nascidas em uma instituição, tanto no âmbito hospitalar como após a alta para o domicílio, a partir de uma perspectiva da inserção dessa mesma instituição no sistema de informação e de atenção à saúde.
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spelling Joel Alves Lamounier71878302984202529007756193189706Ana Maria de Jesus Cardoso2023-08-04T12:49:09Z2023-08-04T12:49:09Z1999-08-05http://hdl.handle.net/1843/57455O coeficiente de mortalidade infantil é tradicionalmente usado como indicador da saúde geral de uma comunidade, podendo ser utilizado como evento sentinela da qualidade da assistência prestada. Com o objetivo de avaliar a mortalidade infantil de crianças de muito baixo peso nascidas em uma maternidade pública de nível II de complexidade, com discriminação entre o período de internação na própria maternidade e o período após a alta hospitalar, foi realizado um estudo prospectivo histórico que consistiu na análise de registros de sistemas de informação já existentes: Sistema Informático Perinatal, adotado na maternidade, Sistema de Informação de Nascidos Vivos e Sistema de Informação de Mortalidade. Foram avaliados os 17791 registros de crianças nascidas vivas na Maternidade Odete Valadares, no período entre 01/01/1992 a 31/12/1996, com peso de nascimento ≥ a 500 g, destacando 817 crianças com peso de nascimento de até 1500 g. No período desse estudo, a Maternidade Odete Valadares respondeu por 5,5% dos partos hospitalares de nascidos vivos de mulheres residentes em Belo Horizonte, sendo esse percentual modificado para 12,2% quando se limitou este grupo aos recém-nascidos de baixo peso, e para 17,8%, quando se tratou dos de muito baixo peso, caracterizando a importância dessa instituição, em nível municipal, para assistência ao parto e ao recém-nascido de alto risco, apesar de não contar com unidade de terapia intensiva. Foi observado também um coeficiente de mortalidade global de nascidos vivos com peso ≥ a 500 g de 28 por mil, com uma redução do valor de 30 por mil obtido em 1992, para 21 por mil em 1996. Quanto aos recém-nascidos de muito baixo peso, o coeficiente de mortalidade global foi de 435 por mil, com tendência à estabilidade nos 5 anos avaliados, sendo o menor índice observado em 1994 (385 por mil). Quanto a esse último grupo, foram encontrados, através do modelo de regressão logística multivariado, os seguintes fatores relacionados à mortalidade hospitalar: idade gestacional estimada (odds ratio (OR)=0,4468 e p=0,000), peso de nascimento (OR=0,7024 e p=0,0169) e índice de Apgar aos 5 minutos de vida (OR=0,4198 e p=0,0004). O resultado sugere como fatores de proteção para mortalidade hospitalar a idade gestacional estimada, o peso de nascimento mais elevados, e o índice de Apgar aos 5 minutos de vida ≥ a 7. Dentre as 519 crianças de muito baixo peso filhas de mulheres residentes em Belo Horizonte, 247 receberam alta domiciliar, sendo constatado, através do Sistema de Informação de Mortalidade, o óbito em 13 delas (5,3%) durante o primeiro ano de vida, e 42 foram transferidas para outro serviço, sendo constatado o óbito em 15 (35,7%). As causas infecciosas foram as mais frequentemente relatadas como causa básica desses óbitos. Assim, através do uso dos sistemas de informação disponíveis, foi possível a avaliação de alguns aspectos relacionados à mortalidade de crianças de muito baixo peso nascidas em uma instituição, tanto no âmbito hospitalar como após a alta para o domicílio, a partir de uma perspectiva da inserção dessa mesma instituição no sistema de informação e de atenção à saúde.The infant mortality rate is traditionally used as an indicator of the general health of a community, and can be used as a sentinel event of the quality of care provided. With the objective of evaluating the infant mortality of very low birth weight children born in a public maternity hospital of level II complexity, with discrimination between the period of hospitalization in the maternity hospital itself and the period after hospital discharge, a prospective historical study was carried out. it consisted of the analysis of records of existing information systems: Perinatal Computer System [Sistema Informático Perinatal], adopted in the maternity, Live Births Information System [Sistema de Informação de Nascidos Vivos] and Mortality Information System [Sistema de Informação de Mortalidade]. The 17,791 records of children born alive at the Odete Valadares Maternity [Maternidade Odete Valadares], in the period between 01/01/1992 to 12/31/1996, with birth weight ≥ 500 g, highlighting 817 children with birth weight of up to 1500 g were evaluated. During the period of this study, the Odete Valadares Maternity [Maternidade Odete Valadares] accounted for 5.5% of hospital deliveries of live births to women residing in Belo Horizonte, with this percentage being modified to 12.2% when this group was limited to low birth weight newborns, and for 17.8%, when it came to those with very low birth weight, characterizing the importance of this institution, at the municipal level, for assisting childbirth and high-risk newborns, despite not having an intensive care unit. A global mortality rate of live births weighing ≥ 500 g of 28 per thousand was also observed, with a reduction from the value of 30 per thousand obtained in 1992 to 21 per thousand in 1996. As for newborns with very low weight, the global mortality coefficient was 435 per thousand, with a tendency to stability in the 5 years evaluated, with the lowest rate observed in 1994 (385 per thousand). As for the latter group, the following factors related to hospital mortality were found using the multivariate logistic regression model: estimated gestational age (odds ratio (OR)=0.4468 and p=0.000), birth weight (OR=0.7024 and p=0.0169) and Apgar score at 5 minutes of life (OR=0.4198 and p=0.0004). The result suggests, as protective factors for hospital mortality, the estimated gestational age, the highest birth weight, and the Apgar score at 5 minutes of life ≥ 7. Among the 519 very low birth weight children born to women living in Belo Horizonte, 247 were discharged from home, and 13 of them (5.3%) died during the first year of life through the Mortality Information System [Sistema de Informação de Mortalidade], and 42 were transferred to another service, with 15 dying. (35.7%). Infectious causes were the most frequently reported as the underlying cause of these deaths. Thus, through the use of available information systems, it was possible to evaluate some aspects related to the mortality of very low birth weight children born in an institution, both in the hospital environment and after discharge to their homes, from a perspective of the insertion of that same institution in the information and health care system.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Saúde da Criança e do AdolescenteUFMGBrasilMortalidade infantilSistemas de Informação em SaúdeRecém-nascido prematuroRecém-Nascido de muito Baixo PesoDissertação AcadêmicaMortalidade infantilRecém-nascido prematuroRecém-nascido de muito baixo pesoSistemas de Informação em SaúdeMortalidade de crianças nascidas de muito baixo peso em uma maternidade pública de Belo Horizonte: um estudo a partir de sistemas de informaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/57455/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD52ORIGINALMortalidade de crianças nascidas de muito baixo peso em uma maternidade pública de Belo Horizonte - um estudo a partir de sistemas de informação.pdfMortalidade de crianças nascidas de muito baixo peso em uma maternidade pública de Belo Horizonte - um estudo a partir de sistemas de informação.pdfapplication/pdf1510183https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/57455/1/Mortalidade%20de%20crianc%cc%a7as%20nascidas%20de%20muito%20baixo%20peso%20em%20uma%20maternidade%20pu%cc%81blica%20de%20Belo%20Horizonte%20-%20um%20estudo%20a%20partir%20de%20sistemas%20de%20informac%cc%a7a%cc%83o.pdf296764ae58c9b07027b1cc19df0e53dbMD511843/574552023-08-04 09:49:10.378oai:repositorio.ufmg.br:1843/57455TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-08-04T12:49:10Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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