Estudo teórico de propriedades eletroquímicas e interação com possíveis alvos biológicos de complexos baseados em Ru com potencial atividade antitumoral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Eufrásia de Sousa Pereira
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/63614
https://orcid.org/0000-0001-7543-5859
Resumo: Os complexos de rutênio (II) e (III) têm atraído o interesse da comunidade científica como potenciais medicamentos antitumorais, graças à sua baixa toxicidade e capacidade de superar a resistência aos medicamentos. Embora os metalofármacos de Ru exibam atividade antitumoral em ambos os estados de oxidação, é provável que o íon metálico de Ru (III) seja reduzido a Ru (II) in vivo. Dessa forma, os complexos de Ru (III) atuariam como um pró-fármaco, que é ativado por redução in vivo para se ligar de forma mais eficiente ao alvo biológico. Neste sentido os compostos de rutênio (III) [Ru(NH3)4(H2O)(pyz)]3+ e os icônicos: rutenato de trans-tetracloro (dimetilsulfóxido) imidazol (III) [Im]trans-[RuCl4(Im)(DMSO)] (NAMI-A) e rutenato de trans- [tetraclorobis (1H-indazol) (III)[IndH] trans- [RuCl4(Ind)2] (KP1019), foram investigados no presente trabalho graças à suas atividades antineoplásica. Acredita-se que no mecanismo associado a esses complexos de Ru (III), a ativação por redução e troca de ligantes de cloreto por moléculas de água do solvente (hidrólise ou aquação) sejam duas etapas importantes para a função antitumoral de tais metalofármacos. Com base em observações experimentais, três eventos estão conectados à atividade biológica de tais complexos: i) Redução do centro Ru (III), (ii) reação de troca de cloretos com moléculas de água do meio solvente e (iii) interação com os alvos biológicos. A sequência dos eventos dependerá da cinética dessas reações e também do potencial de redução das espécies, da concentração de cloretos e da estabilidade termodinâmica dos complexos formados. Neste trabalho, empregamos a Teoria do Funcional da Densidade (DFT), no nível TPSSh/Def2-TZVP, em combinação com o modelo de solvatação por SMD, para investigar a eletroquímica do NAMI-A, KP1019 e seus produtos de hidrólise, bem como a termodinâmica de suas interações com moléculas biológicas do doador S (cistina (Cys), glutationa (GSH)) e do doador N (guanina nos locais de coordenação N3 e N7). Nossos resultados mostram que os compostos exibem comportamento eletroquímico diferente após a hidrólise. Enquanto o potencial de redução do [Ru(NH3)3(Pz)(Cl)]3+ e NAMI-A são sensíveis a troca de ligantes, aumentando até 0,8 V para o último complexo após a hidrólise, o potencial de redução do KP1019 permanece quase constante após a primeira hidrólise. Todos os complexos estudados têm preferência termodinâmica a ser reduzida antes da hidrólise e o NAMI-A e KP1019 apresentam forte preferência por hidrólise sucessiva em vez de interagir com os ligantes S-doador e N-doador. A interação com ligantes S-doador na forma desprotonada é altamente desfavorável, com a energia livre em solução (ΔGsol) ≥ 18 kcal mol-1. Para ambos os complexos, a interação com a guanina e a glutationa é da mesma magnitude (ΔGsol = 0,6 kcal mol-1), o que significa que esses ligantes podem competir pela ligação ao metalofármacos. Em contraste com os complexos apresentados acima, a variação da energia de Gibbs em fase gás é energeticamente favorável praticamente a todos os adutos [Ru(NH3)4(Pz)L]2+, exceto para o aduto de Ru-GN3. A reação de troca de ligantes H2O/NO do complexo NAMI-H2O com o NO foi investigada no nível de teoria B3LYP/DEF2-TZVP e também por meio do uso de cálculos multiconfiguracionais como o CASSCF. Nossos resultados mostraram que mecanismo se passa por um reagente e estado de transição tripletos e a formação de um produto singleto. As energias eletrônicas de ativação e do processo reacional corrigidas apresentam valores de 7,53 e 30 kcal mol-1 respectivamente. As transições entre os estados de spin foram estudadas por meio de MECP’s (ponto mínimo onde duas superfícies de energia potencial se cruzam) obtidos no nível B3LYP/def2-TZVP de teoria. Foi possível observar que o cruzamento entre sistemas com consequente acoplamento dos spins eletrônicos deve acontecer no ponto do MECP-III, em que concomitantemente haverá a transferência de carga NO  Ru e a formação do produto de configuração [RuIINO+].
id UFMG_534c76aa19c0362feb82196b7c1e1a62
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/63614
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Willian Ricardo Rochahttp://lattes.cnpq.br/5873636553295704Teodorico de Castro RamalhoLuiz Antônio Sodré CostaHélio Anderson DuarteGuilherme Ferreira de Limahttp://lattes.cnpq.br/8048016951370600Eufrásia de Sousa Pereira2024-02-01T13:19:02Z2024-02-01T13:19:02Z2020-02-13http://hdl.handle.net/1843/63614https://orcid.org/0000-0001-7543-5859Os complexos de rutênio (II) e (III) têm atraído o interesse da comunidade científica como potenciais medicamentos antitumorais, graças à sua baixa toxicidade e capacidade de superar a resistência aos medicamentos. Embora os metalofármacos de Ru exibam atividade antitumoral em ambos os estados de oxidação, é provável que o íon metálico de Ru (III) seja reduzido a Ru (II) in vivo. Dessa forma, os complexos de Ru (III) atuariam como um pró-fármaco, que é ativado por redução in vivo para se ligar de forma mais eficiente ao alvo biológico. Neste sentido os compostos de rutênio (III) [Ru(NH3)4(H2O)(pyz)]3+ e os icônicos: rutenato de trans-tetracloro (dimetilsulfóxido) imidazol (III) [Im]trans-[RuCl4(Im)(DMSO)] (NAMI-A) e rutenato de trans- [tetraclorobis (1H-indazol) (III)[IndH] trans- [RuCl4(Ind)2] (KP1019), foram investigados no presente trabalho graças à suas atividades antineoplásica. Acredita-se que no mecanismo associado a esses complexos de Ru (III), a ativação por redução e troca de ligantes de cloreto por moléculas de água do solvente (hidrólise ou aquação) sejam duas etapas importantes para a função antitumoral de tais metalofármacos. Com base em observações experimentais, três eventos estão conectados à atividade biológica de tais complexos: i) Redução do centro Ru (III), (ii) reação de troca de cloretos com moléculas de água do meio solvente e (iii) interação com os alvos biológicos. A sequência dos eventos dependerá da cinética dessas reações e também do potencial de redução das espécies, da concentração de cloretos e da estabilidade termodinâmica dos complexos formados. Neste trabalho, empregamos a Teoria do Funcional da Densidade (DFT), no nível TPSSh/Def2-TZVP, em combinação com o modelo de solvatação por SMD, para investigar a eletroquímica do NAMI-A, KP1019 e seus produtos de hidrólise, bem como a termodinâmica de suas interações com moléculas biológicas do doador S (cistina (Cys), glutationa (GSH)) e do doador N (guanina nos locais de coordenação N3 e N7). Nossos resultados mostram que os compostos exibem comportamento eletroquímico diferente após a hidrólise. Enquanto o potencial de redução do [Ru(NH3)3(Pz)(Cl)]3+ e NAMI-A são sensíveis a troca de ligantes, aumentando até 0,8 V para o último complexo após a hidrólise, o potencial de redução do KP1019 permanece quase constante após a primeira hidrólise. Todos os complexos estudados têm preferência termodinâmica a ser reduzida antes da hidrólise e o NAMI-A e KP1019 apresentam forte preferência por hidrólise sucessiva em vez de interagir com os ligantes S-doador e N-doador. A interação com ligantes S-doador na forma desprotonada é altamente desfavorável, com a energia livre em solução (ΔGsol) ≥ 18 kcal mol-1. Para ambos os complexos, a interação com a guanina e a glutationa é da mesma magnitude (ΔGsol = 0,6 kcal mol-1), o que significa que esses ligantes podem competir pela ligação ao metalofármacos. Em contraste com os complexos apresentados acima, a variação da energia de Gibbs em fase gás é energeticamente favorável praticamente a todos os adutos [Ru(NH3)4(Pz)L]2+, exceto para o aduto de Ru-GN3. A reação de troca de ligantes H2O/NO do complexo NAMI-H2O com o NO foi investigada no nível de teoria B3LYP/DEF2-TZVP e também por meio do uso de cálculos multiconfiguracionais como o CASSCF. Nossos resultados mostraram que mecanismo se passa por um reagente e estado de transição tripletos e a formação de um produto singleto. As energias eletrônicas de ativação e do processo reacional corrigidas apresentam valores de 7,53 e 30 kcal mol-1 respectivamente. As transições entre os estados de spin foram estudadas por meio de MECP’s (ponto mínimo onde duas superfícies de energia potencial se cruzam) obtidos no nível B3LYP/def2-TZVP de teoria. Foi possível observar que o cruzamento entre sistemas com consequente acoplamento dos spins eletrônicos deve acontecer no ponto do MECP-III, em que concomitantemente haverá a transferência de carga NO  Ru e a formação do produto de configuração [RuIINO+].Ruthenium (II and III) Complexes have attracted the interest of the scientific community as potential antitumor drugs, due to their low toxicity and ability to overcome drug resistance. Although Ru metallodrugs exhibit antitumor activity in both oxidation states, metal Ru(III) ion will likely reduce to Ru (II) in vivo. Thus, Ru (III) complexes would act as a prodrug, which is activated by reduction in vivo to bind more efficiently the biological target. Thus ruthenium (III) [Ru (NH3)4(H2O)(pyz)]3+ compounds and the iconic: trans-tetrachloro (dimethylsulfoxide) imidazole ruthenate(III) [Im]trans-[RuCl4(Im)(DMSO)] (NAMI-A) and trans-[tetrachlorobis (1H-indazole) ruthenate(III) [IndH]trans-[RuCl4(Ind)2] (KP1019), were investigated in the present study due to their antineoplastic activities. This mechanism associated with the Ru (III) complexes, are activated by reduction and chloride ligands exchange by water molecules in the solvent (hydrolysis or aquation), have two important steps for anti-tumor function of such metallodrugs. Based on experimental observations, three events are connected to the biological activity of such compounds: i) reduction of the Ru (III) center, (ii) reaction of exchange chloride with water molecules of the solvent medium and (iii) interaction of the targets biological. The sequence of the events will depend, on the reactions kinetics and also on species potential reduction, chloride concentration and thermodynamic stability of the complexes formed. Density Functional Theory (DFT) calculations, at the TPSSh/Def2-TZVP level, in combination with the SMD continuum solvation model, were performed to investigate the electrochemistry and their hydrolysis products as well as the thermodynamics of biological molecules interactions with S-donor (cystine (Cys), glutathione (GSH)) and N-donor (guanine at the coordination sites N3 and N7). Our results show that the compounds exhibit different electrochemical behavior upon hydrolysis. While the reduction potential of [Ru(NH3)3(Pz)(Cl)]3+ and NAMI-A are sensitive to ligand exchange. NAMI-A complex increases to 0.8V after hydrolysis and the reduction potential of KP1019 remains almost constant after the first hydrolysis. The NAMI-A and KP1019 complexes have thermodynamic preference to reduce before undergoing hydrolysis and strong preference to undergo successive hydrolysis rather than interacting with donor S and donor N ligands. Interaction with S-donor ligands in the unprotonated form is highly unfavorable, with the free energy in solution (ΔGsol) ≥ 18 kcal mol-1. For both complexes, the interaction with the guanine and glutathione are of the same magnitude (ΔGsol ca. –0.6 kcal mol-1) meaning that these ligands can compete for binding to the metallodrug. In contrast to the complexes presented above, the Gibbs variation energy in gas phase is energetically favorable to virtually all adducts. The H2O/NO ligand exchange reaction of the NAMI-H2O complex with NO was investigated at the B3LYP/DEF2-TZVP theory level and will through the use of multiconfigurational calculations such as CASSCF. Our results showed that mechanism goes through a triple reactant and transition state and the singlet product formation. The corrected electronic energies present values respectively by 7.53 and 30 kcal mol-1. The transitions between spin states have studied by MECP's obtained at the B3LYP / def2-TZVP level of theory. It was observed that the intersection between systems with consequent coupling of electronic spins must happen at the point of MECP-III, where concomitantly there will be NO  Ru charge transfer and configuration product formation [RuIINO+].CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em QuímicaUFMGBrasilICX - DEPARTAMENTO DE QUÍMICAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessFísico-químicaÓxido nítricoFuncionais de densidadeCompostos de rutênioMedicamentosAgentes antineoplásicosComplexos de RutênioComplexos antitumoraisNAMI-AKP1019DFTEstudo teórico de propriedades eletroquímicas e interação com possíveis alvos biológicos de complexos baseados em Ru com potencial atividade antitumoralTheoretical study of electrochemical properties and interaction with possible biological targets of Ru-based complexes with potential antitumor activityinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE-ESOUSA-2.pdfTESE-ESOUSA-2.pdfapplication/pdf4199718https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/63614/1/TESE-ESOUSA-2.pdf5346a9ca409bddf98f10ccc5e2fc1074MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/63614/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/63614/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/636142024-02-01 10:19:03.456oai:repositorio.ufmg.br:1843/63614TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2024-02-01T13:19:03Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estudo teórico de propriedades eletroquímicas e interação com possíveis alvos biológicos de complexos baseados em Ru com potencial atividade antitumoral
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Theoretical study of electrochemical properties and interaction with possible biological targets of Ru-based complexes with potential antitumor activity
title Estudo teórico de propriedades eletroquímicas e interação com possíveis alvos biológicos de complexos baseados em Ru com potencial atividade antitumoral
spellingShingle Estudo teórico de propriedades eletroquímicas e interação com possíveis alvos biológicos de complexos baseados em Ru com potencial atividade antitumoral
Eufrásia de Sousa Pereira
Complexos de Rutênio
Complexos antitumorais
NAMI-A
KP1019
DFT
Físico-química
Óxido nítrico
Funcionais de densidade
Compostos de rutênio
Medicamentos
Agentes antineoplásicos
title_short Estudo teórico de propriedades eletroquímicas e interação com possíveis alvos biológicos de complexos baseados em Ru com potencial atividade antitumoral
title_full Estudo teórico de propriedades eletroquímicas e interação com possíveis alvos biológicos de complexos baseados em Ru com potencial atividade antitumoral
title_fullStr Estudo teórico de propriedades eletroquímicas e interação com possíveis alvos biológicos de complexos baseados em Ru com potencial atividade antitumoral
title_full_unstemmed Estudo teórico de propriedades eletroquímicas e interação com possíveis alvos biológicos de complexos baseados em Ru com potencial atividade antitumoral
title_sort Estudo teórico de propriedades eletroquímicas e interação com possíveis alvos biológicos de complexos baseados em Ru com potencial atividade antitumoral
author Eufrásia de Sousa Pereira
author_facet Eufrásia de Sousa Pereira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Willian Ricardo Rocha
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5873636553295704
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Teodorico de Castro Ramalho
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Luiz Antônio Sodré Costa
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Hélio Anderson Duarte
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Guilherme Ferreira de Lima
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8048016951370600
dc.contributor.author.fl_str_mv Eufrásia de Sousa Pereira
contributor_str_mv Willian Ricardo Rocha
Teodorico de Castro Ramalho
Luiz Antônio Sodré Costa
Hélio Anderson Duarte
Guilherme Ferreira de Lima
dc.subject.por.fl_str_mv Complexos de Rutênio
Complexos antitumorais
NAMI-A
KP1019
DFT
topic Complexos de Rutênio
Complexos antitumorais
NAMI-A
KP1019
DFT
Físico-química
Óxido nítrico
Funcionais de densidade
Compostos de rutênio
Medicamentos
Agentes antineoplásicos
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Físico-química
Óxido nítrico
Funcionais de densidade
Compostos de rutênio
Medicamentos
Agentes antineoplásicos
description Os complexos de rutênio (II) e (III) têm atraído o interesse da comunidade científica como potenciais medicamentos antitumorais, graças à sua baixa toxicidade e capacidade de superar a resistência aos medicamentos. Embora os metalofármacos de Ru exibam atividade antitumoral em ambos os estados de oxidação, é provável que o íon metálico de Ru (III) seja reduzido a Ru (II) in vivo. Dessa forma, os complexos de Ru (III) atuariam como um pró-fármaco, que é ativado por redução in vivo para se ligar de forma mais eficiente ao alvo biológico. Neste sentido os compostos de rutênio (III) [Ru(NH3)4(H2O)(pyz)]3+ e os icônicos: rutenato de trans-tetracloro (dimetilsulfóxido) imidazol (III) [Im]trans-[RuCl4(Im)(DMSO)] (NAMI-A) e rutenato de trans- [tetraclorobis (1H-indazol) (III)[IndH] trans- [RuCl4(Ind)2] (KP1019), foram investigados no presente trabalho graças à suas atividades antineoplásica. Acredita-se que no mecanismo associado a esses complexos de Ru (III), a ativação por redução e troca de ligantes de cloreto por moléculas de água do solvente (hidrólise ou aquação) sejam duas etapas importantes para a função antitumoral de tais metalofármacos. Com base em observações experimentais, três eventos estão conectados à atividade biológica de tais complexos: i) Redução do centro Ru (III), (ii) reação de troca de cloretos com moléculas de água do meio solvente e (iii) interação com os alvos biológicos. A sequência dos eventos dependerá da cinética dessas reações e também do potencial de redução das espécies, da concentração de cloretos e da estabilidade termodinâmica dos complexos formados. Neste trabalho, empregamos a Teoria do Funcional da Densidade (DFT), no nível TPSSh/Def2-TZVP, em combinação com o modelo de solvatação por SMD, para investigar a eletroquímica do NAMI-A, KP1019 e seus produtos de hidrólise, bem como a termodinâmica de suas interações com moléculas biológicas do doador S (cistina (Cys), glutationa (GSH)) e do doador N (guanina nos locais de coordenação N3 e N7). Nossos resultados mostram que os compostos exibem comportamento eletroquímico diferente após a hidrólise. Enquanto o potencial de redução do [Ru(NH3)3(Pz)(Cl)]3+ e NAMI-A são sensíveis a troca de ligantes, aumentando até 0,8 V para o último complexo após a hidrólise, o potencial de redução do KP1019 permanece quase constante após a primeira hidrólise. Todos os complexos estudados têm preferência termodinâmica a ser reduzida antes da hidrólise e o NAMI-A e KP1019 apresentam forte preferência por hidrólise sucessiva em vez de interagir com os ligantes S-doador e N-doador. A interação com ligantes S-doador na forma desprotonada é altamente desfavorável, com a energia livre em solução (ΔGsol) ≥ 18 kcal mol-1. Para ambos os complexos, a interação com a guanina e a glutationa é da mesma magnitude (ΔGsol = 0,6 kcal mol-1), o que significa que esses ligantes podem competir pela ligação ao metalofármacos. Em contraste com os complexos apresentados acima, a variação da energia de Gibbs em fase gás é energeticamente favorável praticamente a todos os adutos [Ru(NH3)4(Pz)L]2+, exceto para o aduto de Ru-GN3. A reação de troca de ligantes H2O/NO do complexo NAMI-H2O com o NO foi investigada no nível de teoria B3LYP/DEF2-TZVP e também por meio do uso de cálculos multiconfiguracionais como o CASSCF. Nossos resultados mostraram que mecanismo se passa por um reagente e estado de transição tripletos e a formação de um produto singleto. As energias eletrônicas de ativação e do processo reacional corrigidas apresentam valores de 7,53 e 30 kcal mol-1 respectivamente. As transições entre os estados de spin foram estudadas por meio de MECP’s (ponto mínimo onde duas superfícies de energia potencial se cruzam) obtidos no nível B3LYP/def2-TZVP de teoria. Foi possível observar que o cruzamento entre sistemas com consequente acoplamento dos spins eletrônicos deve acontecer no ponto do MECP-III, em que concomitantemente haverá a transferência de carga NO  Ru e a formação do produto de configuração [RuIINO+].
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-02-13
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-02-01T13:19:02Z
dc.date.available.fl_str_mv 2024-02-01T13:19:02Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/63614
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0001-7543-5859
url http://hdl.handle.net/1843/63614
https://orcid.org/0000-0001-7543-5859
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Química
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICX - DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/63614/1/TESE-ESOUSA-2.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/63614/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/63614/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 5346a9ca409bddf98f10ccc5e2fc1074
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589568637698048