Vulnerabilidade cognitiva para depressão em crianças e adolescentes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9QHHED |
Resumo: | Vulnerabilidade cognitiva para a depressão refere-se à presença de cognições disfuncionais, que aliadas à vivência de eventos estressores, propiciariam o aparecimento de sintomas depressivos. Este é um conceito pesquisado extensamente em amostras de adultos. No entanto, os dados ainda não são claros para crianças e adolescentes. Diante disso, foi conduzida uma revisão de literatura para a verificação da vulnerabilidade cognitiva para a depressão nesta população. Foram consultadas as bases de dados Web of Science, MEDLINE, OneFile, American Psychological Association (APA), ScienceDirect, ERIC e PubMed Central para a busca de artigos. Após análise dos mesmos, 13 trabalhos foram incluídos na revisão. Os resultados reportaram inconclusividade acerca da presença de vulnerabilidade cognitiva e do paradigma de diátese-estresse em crianças e adolescentes. Uma das hipóteses é que, nessa faixa etária, as cognições disfuncionais estão ainda se constituindo. Diante das informações obtidas através da revisão, buscou-se realizar um estudo longitudinal que se propusesse a investigar a vulnerabilidade cognitiva para depressão em crianças e adolescentes. Para tal, foi utilizada uma amostra de 225 indivíduos, com idade compreendida entre dez e 16 anos, que foram avaliados pelo Inventário de Tríade Cognitiva para Crianças e Adolescentes (ITC-CA) e pelo Inventário de Depressão Infantil (CDI). Os participantes foram reavaliados com os mesmos instrumentos e com o Inventário de Eventos Estressores na Infância e na Adolescência (IEEA) 8,4 meses após a primeira avaliação. Os resultados retrataram a importância, além das cognições negativas, também das cognições positivas relacionadas ao self e ao mundo para a predição dos sintomas depressivos. Além disso, os sujeitos com cognições negativas acima do percentil 75, denominados vulneráveis, ao vivenciarem altos índices de estresse, apresentaram taxas de sintomas depressivos muito mais intensos que os sujeitos também vulneráveis, mas com vivência de estresse em níveis baixo e moderado. Tal resultado nos remete à possibilidade da existência de certo limiar de níveis de estresse em crianças e adolescentes vulneráveis para o aparecimento da sintomatologia depressiva em crianças e adolescentes. São apresentadas sugestões para a realização de novos estudos a partir dos dados encontrados. |
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Maycoln Leôni Martins TeodoroVanessa Maria de Almeida2019-08-13T22:01:46Z2019-08-13T22:01:46Z2014-05-21http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9QHHEDVulnerabilidade cognitiva para a depressão refere-se à presença de cognições disfuncionais, que aliadas à vivência de eventos estressores, propiciariam o aparecimento de sintomas depressivos. Este é um conceito pesquisado extensamente em amostras de adultos. No entanto, os dados ainda não são claros para crianças e adolescentes. Diante disso, foi conduzida uma revisão de literatura para a verificação da vulnerabilidade cognitiva para a depressão nesta população. Foram consultadas as bases de dados Web of Science, MEDLINE, OneFile, American Psychological Association (APA), ScienceDirect, ERIC e PubMed Central para a busca de artigos. Após análise dos mesmos, 13 trabalhos foram incluídos na revisão. Os resultados reportaram inconclusividade acerca da presença de vulnerabilidade cognitiva e do paradigma de diátese-estresse em crianças e adolescentes. Uma das hipóteses é que, nessa faixa etária, as cognições disfuncionais estão ainda se constituindo. Diante das informações obtidas através da revisão, buscou-se realizar um estudo longitudinal que se propusesse a investigar a vulnerabilidade cognitiva para depressão em crianças e adolescentes. Para tal, foi utilizada uma amostra de 225 indivíduos, com idade compreendida entre dez e 16 anos, que foram avaliados pelo Inventário de Tríade Cognitiva para Crianças e Adolescentes (ITC-CA) e pelo Inventário de Depressão Infantil (CDI). Os participantes foram reavaliados com os mesmos instrumentos e com o Inventário de Eventos Estressores na Infância e na Adolescência (IEEA) 8,4 meses após a primeira avaliação. Os resultados retrataram a importância, além das cognições negativas, também das cognições positivas relacionadas ao self e ao mundo para a predição dos sintomas depressivos. Além disso, os sujeitos com cognições negativas acima do percentil 75, denominados vulneráveis, ao vivenciarem altos índices de estresse, apresentaram taxas de sintomas depressivos muito mais intensos que os sujeitos também vulneráveis, mas com vivência de estresse em níveis baixo e moderado. Tal resultado nos remete à possibilidade da existência de certo limiar de níveis de estresse em crianças e adolescentes vulneráveis para o aparecimento da sintomatologia depressiva em crianças e adolescentes. São apresentadas sugestões para a realização de novos estudos a partir dos dados encontrados.Cognitive vulnerability to depression refers to the presence of dysfunctional cognitions, which allied with the experience of stressful events, would favor the emergence of depressive symptoms. This is a widely researched concept in adult samples. However, the data are not yet clear for children and adolescents. For the above reason, we conducted a literature review in order to verify a cognitive vulnerability to depression in this population. The databases Web of Science, MEDLINE, OneFile, American Psychological Association (APA), ScienceDirect, ERIC and PubMed Central were used in the search for articles. After their examination, 13 articles were included in the review. The results reported inconclusiveness about the presence of cognitive vulnerability and diathesis-stress paradigm in children and adolescents. One hypothesis is that at this age, dysfunctional cognitions are still forming. Given the information obtained through the review, we sought to conduct a longitudinal study that undertook to investigate the cognitive vulnerability to depression in children and adolescents. To this end, a sample of 225 individuals, aged between ten and 16 years old, who were assessed by the Inventário de Tríade Cognitiva para Crianças e Adolescentes (ITC-CA) and the Inventário de Depressão Infantil (CDI), was used. The participants were evaluated with the same instruments as well as the Inventário de Eventos Estressores na Infância e na Adolescência (IEEA) 8.4 months after the first evaluation. The results portrayed the importance of positive cognitions, in addition to negative cognitions, related to the self and the world for the prediction of depressive symptoms. In addition, subjects with negative cognitions above the 75 percentile, called vulnerable, facing high levels of stress had more severe rates of depressive symptoms than vulnerable individuals with the experience of stress in low and moderate levels. This result leads us to the possibility of the existence of certain threshold levels of stress in children and adolescents vulnerable to the onset of depressive symptoms. Suggestions for new studies from the data obtained are presented.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGDepressão em criançasDepressão na adolescênciaCogniçãoPsicologiaDiátese-estresseDepressãoVulnerabilidade cognitivaCriançaAdolescenteTríade cognitivaVulnerabilidade cognitiva para depressão em crianças e adolescentesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o__versaofinal.pdfapplication/pdf712187https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9QHHED/1/disserta__o__versaofinal.pdfed17da9b3aa52aa13b7ecd510b657c8aMD51TEXTdisserta__o__versaofinal.pdf.txtdisserta__o__versaofinal.pdf.txtExtracted texttext/plain181910https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9QHHED/2/disserta__o__versaofinal.pdf.txt354f1583a42783702fc3a38d9ca46d98MD521843/BUOS-9QHHED2019-11-14 05:45:16.128oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9QHHEDRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T08:45:16Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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