Ser quilombola, mulher e negra: a agência do coletivo de mulheres Empodere Se do Quilombo de Pinhões

• Autor(a) principal: Carmen Regina Teixeira Gonçalves
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/47014
• topic: Mulher negra; Quilombo; Identificação racial; Educação; Quilombos - Minas Gerais; Negras - Identidade racial; Negras; Quilombos - Aspectos constitucionais; Direito das mulheres; Mulheres - Condições sociais

O objetivo desta tese é compreender agência das mulheres do Coletivo Empodere Se no processo de construção das identidades quilombola e negra em uma comunidade recém certificada como remanescente de quilombo – comunidade quilombola de Pinhões, localizada no município de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte/Minas Gerais. A criação do Coletivo Empodere Se, constitui-se como um dos efeitos do reconhecimento jurídico. A pesquisa de campo foi desenvolvida por meio de etnografia na qual procuramos apreender como a circulação por diferentes territórios reverbera na agência das mulheres do Coletivo. Observamos que reinterpretam os lugares que ocupam, interrogam os papéis e valores atribuídos pela cultura e sinalizam para outras formas de serem mulheres no quilombo de Pinhões, processo permeado por dilemas na autodefinição em torno dos signos, corpo e cabelo crespo, constitutivos da identidade racial negra. Constatamos a importância do lugar ocupado pelas mulheres na construção do quilombo, uma vez que assumem preponderância nas formas de sua organização. A partir das experiências de circulação das mulheres que compõem esse Coletivo por espaços de dentro e de fora de Pinhões percebemos modos como reinventam sua forma de identificação racial enquanto mulheres, quilombolas e negras.