Silenciamentos de gênero e sexismo na educação profissional e tecnológica
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/43340 |
Resumo: | Os dados do Censo Demográfico do IBGE (BRASIL, 2014) demonstram que, embora tenham mais escolaridade do que os homens, as escolhas das mulheres por determinadas áreas de atuação, em detrimento de outras, originam o fenômeno denominado “segregação horizontal”, na qual a presença delas nas áreas tecnológicas é inexpressiva. Por sua vez, como as profissões de mais prestígio e remuneração no mercado de trabalho são as das áreas mais tecnologizadas, a baixa participação das mulheres nesses setores acarreta outro fenômeno de desigualdade, a “segregação vertical”, na qual os rendimentos femininos ficam aquém dos recebidos pelos homens e elas dificilmente alcançam níveis de prestígio e poder nas carreiras. Adotando o conceito de gênero, proposto por Scott (1986), como uma categoria relacional e, tendo como unidades de análise Cursos Técnicos de Nível Médio do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), o presente artigo, derivado de uma pesquisa de Mestrado em Educação ainda em andamento, problematiza e visa identificar e analisar, segundo as percepções de alunos e alunas, as relações de gênero e o sexismo presentes na Educação Profissional e Tecnológica. Ampara-se nas prerrogativas de Hirata e Kérgoat (2007), nas quais as relações assimétricas e antagônicas entre homens e mulheres têm sua base material na divisão sexual do trabalho. Destarte procura ultrapassar a análise fenomenológica e a perspectiva simbólica dessas diferenças que se revestem em desigualdades entre os sexos. |
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Adotando o conceito de gênero, proposto por Scott (1986), como uma categoria relacional e, tendo como unidades de análise Cursos Técnicos de Nível Médio do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), o presente artigo, derivado de uma pesquisa de Mestrado em Educação ainda em andamento, problematiza e visa identificar e analisar, segundo as percepções de alunos e alunas, as relações de gênero e o sexismo presentes na Educação Profissional e Tecnológica. Ampara-se nas prerrogativas de Hirata e Kérgoat (2007), nas quais as relações assimétricas e antagônicas entre homens e mulheres têm sua base material na divisão sexual do trabalho. Destarte procura ultrapassar a análise fenomenológica e a perspectiva simbólica dessas diferenças que se revestem em desigualdades entre os sexos.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilFAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO13º Mundo de Mulheres &fazendo Gênero 11: Transformações, Conexões, DeslocamentosRelações de GêneroEducação TecnológicaDivisão sexual do trabalhoSilenciamentos de gênero e sexismo na educação profissional e tecnológicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://www.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/1500150420_ARQUIVO_ArtigoCompletoBruna.pdfBruna de Oliveira GonçalvesRaquel Quirinoapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; charset=utf-82042https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43340/1/License.txtfa505098d172de0bc8864fc1287ffe22MD51ORIGINAL2017_Silenciamentos de gênero e sexismo na educação profissional e tecnológica.pdf2017_Silenciamentos de gênero e sexismo na educação profissional e tecnológica.pdfapplication/pdf455246https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43340/2/2017_Silenciamentos%20de%20g%c3%aanero%20e%20sexismo%20na%20educa%c3%a7%c3%a3o%20profissional%20e%20tecnol%c3%b3gica.pdf796de730239d1c0124963a6619c4e745MD521843/433402022-07-15 16:50:45.769oai:repositorio.ufmg.br:1843/43340TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBIERPIFJFUE9TSVTvv71SSU8gSU5TVElUVUNJT05BTCBEQSBVRk1HCiAKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50Ye+/ve+/vW8gZGVzdGEgbGljZW7vv71hLCB2b2Pvv70gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8gZXhjbHVzaXZvIGUgaXJyZXZvZ++/vXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cu+/vW5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mg77+9dWRpbyBvdSB277+9ZGVvLgoKVm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zvv710aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2Pvv70gY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250Ze+/vWRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLgoKVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPvv71waWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFu77+9YSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZh77+977+9by4KClZvY++/vSBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byDvv70gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9j77+9IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vu77+9YS4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVw77+9c2l0byBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gbu+/vW8sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd177+9bS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY++/vSBu77+9byBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc++/vW8gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNh77+977+9bywgZSBu77+9byBmYXLvv70gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJh77+977+9bywgYWzvv71tIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7vv71hLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-07-15T19:50:45Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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