Efeitos do programa de capacitação para o desempenho ocupacional (opc) com crianças brasileiras com transtorno do espectro autista (tea) e suas famílias: estudo de viabilidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mariana Ferreira Salgado
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/46270
Resumo: Autismo ou Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento em que os sinais mais comuns e evidentes se caracterizam por uma tríade singular: déficits na comunicação (verbal e não verbal), interação social e comportamentos restritos e repetitivos. A criança autista pode apresentar desenvolvimento diferente e/ou atrasado em relação às crianças da mesma idade sem o transtorno. As dificuldades no curso do desenvolvimento se desdobram em diferentes atravessamentos não somente no cotidiano da própria criança, mas também dos seus familiares, principalmente, dos cuidadores primários. Ao considerar que os pais/cuidadores são responsáveis por seus filhos e têm grande influência no cotidiano e desempenho delas, eles são figuras críticas para o bom desenvolvimento e reabilitação dessas crianças. Nesse sentido, o “Occupational Performance Coaching” (OPC), traduzido para o português brasileiro como “Capacitação para o Desempenho Ocupacional", surge como uma proposta da Terapia Ocupacional que visa melhorar o desempenho ocupacional nas áreas identificadas como metas e aumentar a capacidade dos cuidadores para gerenciar futuros desafios no desempenho ocupacional. Esse estudo teve como objetivo investigar a viabilidade do uso do OPC na população brasileira. Trata-se de um estudo quase experimental misto, composto pelas fases de baseline (pré-intervenção), intervenção e reavaliação (pós-intervenção). Inicialmente a proposta era estudar os efeitos do programa em grupos realizados de maneira presencial, porém, com o estabelecimento da pandemia ocasionada pelo novo Coronavírus (COVID-19) no início do estudo, foi necessário reformular o desenho do projeto e adequar ao formato remoto, com atendimentos individuais. Assim, foram realizados encontros online e individuais, que ocorreram uma vez na semana com duração de sessenta minutos ou mais, dependendo das demandas de cada família/criança. Foi utilizada amostragem de conveniência, sendo que inicialmente foram selecionadas 36 crianças na lista de espera do Laboratório de Integração Sensorial (LAIS) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Após análise dos critérios de inclusão, foram selecionadas 6 famílias, porém uma abandonou o programa após a 3ª sessão e outra afirmou, após iniciado o programa, que o diagnóstico de TEA ainda não estava fechado, portanto não preenchia um critério de inclusão essencial para participação na pesquisa e recebeu assistência terapêutica paralela ao programa. As 4 famílias de crianças autistas com idade entre 3 e 5 anos e 6 meses, foram avaliadas com os instrumentos Autism Classification System of Functioning: Social Communication (ACSF: SC), Escala de Senso de Competência Parental - PSOC e Medida Canadense de Desempenho Ocupacional - COPM, todos foram respondidos pelos pais. Após avaliação por meio dos formulários online, cada família participou de até 10 sessões de intervenção utilizando o protocolo do OPC. A escala de senso de competência parental apresentou como resultado queda do escore final de 2 famílias, manutenção do escore final de 1 família e aumento do escore final de 1 família. O desempenho e satisfação médios final apresentaram mínimo de 4,25 e máximo 6,33 para desempenho, e mínimo de 2,5 e máximo de 7 para satisfação. Foram levantadas hipóteses que justifiquem a diminuição do senso de competência parental após intervenção. Os resultados indicam que o OPC tem viabilidade de uso na população brasileira, alcançando melhora clínica significativa no desempenho e satisfação das metas de intervenção, além de proporcionar o desenvolvimento de habilidades de transferência e/ou generalização.
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spelling Ana Amélia Cardoso Rodrigues3914773506495070Clarice Ribeiro Soares Araújo05328541261841512820527035374192Mariana Ferreira Salgado2022-10-17T19:46:54Z2022-10-17T19:46:54Z2021-07-30http://hdl.handle.net/1843/46270Autismo ou Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento em que os sinais mais comuns e evidentes se caracterizam por uma tríade singular: déficits na comunicação (verbal e não verbal), interação social e comportamentos restritos e repetitivos. A criança autista pode apresentar desenvolvimento diferente e/ou atrasado em relação às crianças da mesma idade sem o transtorno. As dificuldades no curso do desenvolvimento se desdobram em diferentes atravessamentos não somente no cotidiano da própria criança, mas também dos seus familiares, principalmente, dos cuidadores primários. Ao considerar que os pais/cuidadores são responsáveis por seus filhos e têm grande influência no cotidiano e desempenho delas, eles são figuras críticas para o bom desenvolvimento e reabilitação dessas crianças. Nesse sentido, o “Occupational Performance Coaching” (OPC), traduzido para o português brasileiro como “Capacitação para o Desempenho Ocupacional", surge como uma proposta da Terapia Ocupacional que visa melhorar o desempenho ocupacional nas áreas identificadas como metas e aumentar a capacidade dos cuidadores para gerenciar futuros desafios no desempenho ocupacional. Esse estudo teve como objetivo investigar a viabilidade do uso do OPC na população brasileira. Trata-se de um estudo quase experimental misto, composto pelas fases de baseline (pré-intervenção), intervenção e reavaliação (pós-intervenção). Inicialmente a proposta era estudar os efeitos do programa em grupos realizados de maneira presencial, porém, com o estabelecimento da pandemia ocasionada pelo novo Coronavírus (COVID-19) no início do estudo, foi necessário reformular o desenho do projeto e adequar ao formato remoto, com atendimentos individuais. Assim, foram realizados encontros online e individuais, que ocorreram uma vez na semana com duração de sessenta minutos ou mais, dependendo das demandas de cada família/criança. Foi utilizada amostragem de conveniência, sendo que inicialmente foram selecionadas 36 crianças na lista de espera do Laboratório de Integração Sensorial (LAIS) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Após análise dos critérios de inclusão, foram selecionadas 6 famílias, porém uma abandonou o programa após a 3ª sessão e outra afirmou, após iniciado o programa, que o diagnóstico de TEA ainda não estava fechado, portanto não preenchia um critério de inclusão essencial para participação na pesquisa e recebeu assistência terapêutica paralela ao programa. As 4 famílias de crianças autistas com idade entre 3 e 5 anos e 6 meses, foram avaliadas com os instrumentos Autism Classification System of Functioning: Social Communication (ACSF: SC), Escala de Senso de Competência Parental - PSOC e Medida Canadense de Desempenho Ocupacional - COPM, todos foram respondidos pelos pais. Após avaliação por meio dos formulários online, cada família participou de até 10 sessões de intervenção utilizando o protocolo do OPC. A escala de senso de competência parental apresentou como resultado queda do escore final de 2 famílias, manutenção do escore final de 1 família e aumento do escore final de 1 família. O desempenho e satisfação médios final apresentaram mínimo de 4,25 e máximo 6,33 para desempenho, e mínimo de 2,5 e máximo de 7 para satisfação. Foram levantadas hipóteses que justifiquem a diminuição do senso de competência parental após intervenção. Os resultados indicam que o OPC tem viabilidade de uso na população brasileira, alcançando melhora clínica significativa no desempenho e satisfação das metas de intervenção, além de proporcionar o desenvolvimento de habilidades de transferência e/ou generalização.Autism or Autism Spectrum Disorder (ASD) is a neurodevelopmental disorder in which the most common and evident signs are characterized by a singular triad: deficits in communication (verbal and non-verbal), social interaction and restricted and repetitive behaviors. The autistic child may have different and/or delayed development compared to children of the same age without the disorder. Difficulties in the course of development unfold in different crossings not only in the daily life of the child, but also of their families, especially the primary caregivers. When considering that parents/caregivers are responsible for their children and have a great influence on their daily lives and performance, they are critical figures for the good development and rehabilitation of these children. In this sense, the "Occupational Performance Coaching" (OPC), translated into Brazilian Portuguese as "Capacity for Occupational Performance", appears as a proposal of Occupational Therapy that aims to improve occupational performance in the areas identified as goals and increase the capacity of caregivers to manage future challenges in occupational performance. This study aimed to investigate the feasibility of using OPC in the Brazilian population. Initially, the proposal was to study the effects of the program in groups carried out in person, however, with the establishment of the pandemic caused by the new Coronavirus (COVID-19) at the beginning of the study, it was necessary to reformulate the project design and adapt to the remote format, with individual assistance. Thus, online and individual meetings were held, which took place a time a week lasting sixty minutes or more, depending on the demands of each family/child. Convenience sampling was used, and 36 children were initially selected on the waiting list of the Sensory Integration Laboratory (LAIS) of the Federal University of Minas Gerais (UFMG). After analyzing the inclusion criteria, 6 families were selected, but one abandoned the program after the 3rd session and another stated, after starting the program, that the diagnosis of ASD was not yet closed, therefore it did not meet an essential inclusion criteria for participation in the research and received therapeutic assistance parallel to the program. The 4 families of autistic children aged between 3 and 5 years and 6 months were evaluated with the instruments Autism Classification System of Functioning: Social Communication (ACSF: SC), Parental Sense of Competence Scale - PSOC and Canadian Occupational Performance Measure - COPM, all were answered by the parents. After evaluation through online forms, each family participated in up to 10 intervention sessions using the OPC protocol. The sense of parental competence scale resulted in a decrease in the final score of 2 families, maintenance of the final score of 1 family and an increase in the final score of 1 family. The average performance and final satisfaction showed a minimum of 4.25 and a maximum of 6.33 for performance, and a minimum of 2.5 and a maximum of 7 for satisfaction. Hypotheses were raised to justify the decrease in the sense of parental competence after the intervention. The results indicate that the OPC is viable for use in the Brazilian population, achieving significant clinical improvement in performance and satisfaction of intervention goals, in addition to providing the development of transfer and/or generalization skills.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos da OcupaçãoUFMGBrasilEEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALTerapia ocupacionalAutismoAutismo em criançasCrianças - DesenvolvimentoTranstorno do Espectro do AutismointervençãoEfeitos do programa de capacitação para o desempenho ocupacional (opc) com crianças brasileiras com transtorno do espectro autista (tea) e suas famílias: estudo de viabilidadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDISSERTAÇÃO MARIANA SALGADO - versão final repositorio.pdfDISSERTAÇÃO MARIANA SALGADO - versão final repositorio.pdfapplication/pdf1487005https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46270/3/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20MARIANA%20SALGADO%20-%20vers%c3%a3o%20final%20repositorio.pdf68ddeafa558afea7efa32e41744aea4fMD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46270/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD541843/462702022-10-17 16:46:55.099oai:repositorio.ufmg.br:1843/46270TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-10-17T19:46:55Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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