Uso do glyphosate em sistemas sombreados com forrageiras do gênero Urochloa

• Autor(a) principal: Victor Augustus Vasconcelos de Oliveira
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/67890; https://orcid.org/0000-0002-0384-5565
• topic: intensidade luminosa; dessecação por herbicida; redução de dose; fluorescência da clorofila; Sombras e sombreados; Plantas -- Efeito dos herbicidas; Analise de fluorescencia

O uso de herbicidas em sistemas integrados de produção desconsidera a condição de luminosidade no sub-bosque das árvores. As interações entre planta x herbicida x ambiente podem alterar a resposta de genótipos de Urochloa ao glyphosate e à dessecação para o plantio direto na palha. Os objetivos com o trabalho foram: 1- avaliar a resposta de genótipos de Urochloa submetidos à dessecação por glyphosate, em pleno sol e em ambiente sombreado artificialmente; 2- avaliar a dessecação por glyphosate de U. decumbens e U. brizantha e o processo de decomposição da palhada em sistema silvipastoril (SSP) com diferentes níveis de sombreamento. O primeiro objetivo foi contemplado com dois experimentos, um em sombreamento, e outro a pleno sol, em esquema fatorial 5 x 6. No primeiro fator, foram utilizadas 5 forrageiras do gênero Urochloa, sendo três híbridos (capim-Cayana, capim-Mulato II e capim-Sabiá), e duas espécies (U. brizantha e U. ruziziensis). No segundo fator foram utilizadas as doses 2160; 1622,4; 1080; 524,4; 273,6 e 0,0 g e.a. ha-1 de glyphosate. No ambiente sombreado o controle dos capins Marandu, Cayana, Mulato e Ruziziensis foi obtido com 273,6 g ha-1 de glyphosate e para o capim-Sabiá com 524,4 g ha-1. A economia no gasto com glyphosate para 100% de controle no sombreamento foi de 74,7% para o capim-Ruziziensis, 75,7% para o capim-Sabiá e 87,3% para os capins Marandu, Mulato e Cayana, comparado ao obtido em pleno sol. O segundo objetivo foi contemplado com dois experimentos, um com U. decumbens, e outro com U. brizantha, em parcelas subdivididas, sendo alocadas nas parcelas 4 faixas de cultivo com diferentes distâncias (entre 1 e 4, entre 4 e 7, entre 7 e 10 m e em pleno sol) em relação à linha de árvores. Nas subparcelas, foram alocadas as doses 1440, 1080, 720, 360 e 0,0 g e.a. ha-1 do glyphosate para o controle de U. decumbens e 2160, 1680, 1200, 720 e 0,0 g e.a. ha-1 do glyphosate para U. brizantha. Para U. decumbens, todas as doses testadas controlaram as plantas nos ambientes sombreados. No pleno sol, o controle se deu com as doses de 1080 e 1440 g ha-1. Para U. brizantha, todos os ambientes apresentaram controle de 100% com a aplicação de doses superiores a 1200 g ha-1. Com 720 g ha-1, o controle de U. brizantha foi inferior no pleno sol e no centro das entrelinhas das árvores, sendo que, ao pleno sol, o controle foi insuficiente. Em SSP, com espaçamento entrelinhas de eucalipto de 20 m, U. decumbens e U. brizantha são controladas com 360 e 720 g e. a. ha-1 de glyphosate, respectivamente, independentemente da distância em relação às árvores. A economia de gasto com glyphosate para 100% de controle no SSP foi de 66,67% para U. decumbens e de 40,0% para U. brizantha, em comparação com o obtido no cultivo em pleno sol. Com a aplicação de glyphosate, há queda na eficiência quântica do fotossistema II e na taxa de transporte de elétrons, com resposta mais pronunciada a partir de 360 e 720 g e. a. ha-1 de glyphosate, para U. decumbens e U. brizantha, respectivamente, independentemente da distância em relação às árvores. A decomposção da palhada de U. decumbens e U. brizantha é maior nas faixas centrais do SSP enquanto a respiração do solo é mais intensa na faixa próxima das árvores.