Análise da transição epitélio-mesênquima e de receptores de fator de crescimento epidérmico em melanomas cutâneos e de cavidade oral em cães
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B58HWK |
Resumo: | O melanoma é caracterizado pela proliferação anormal de melanócitos e constitui a neoplasia cutânea mais agressiva, tanto em cães quanto em humanos. Durante a progressão neoplásica dos melanomas observa-se a perda da interação com os queratinócitos do microambiente além de proliferação desordenada, características que em conjunto levam à invasão dos tecidos subjacentes. A reduzida interação observada entre melanócitos neoplásicos e queratinócitos deve-se a perda de expressão de E-caderina e ganho de N-caderina, que facilita a adesão a fibroblastos e células endoteliais, configurando a transição epitélio-mesênquima (TEM). Associado a isso, a proliferação desordenada está relacionada, dentre outros fatores, à superexpressão dos receptores de fator de crescimento epidérmico, especialmente o EGFR. Estes eventos são bem descritos em melanomas humanos e melanomas murinos experimentais, porém poucos trabalhos sobre melanomas caninos abordam este tema. Assim neste trabalho objetivamos identificar a expressão e relação entre moléculas relacionadas a transição epitéliomesênquima e receptores de fator de crescimento epidérmico com a progressão dos melanomas caninos orais e cutâneos. Nos casos estudados aproximadamente metade não apresentaram expressão de E-caderina enquanto que quase a totalidade apresentou expressão de N-caderina, que interessantemente foi observada também no citoplasma e núcleo das células neoplásicas. A expressão não-membranar de N-caderina foi associada com a presença do fator de transcrição ZEB1, enquanto que a N-caderina membranar associou-se com a expressão de ZEB2, já a associação entre o fator de transcrição Snail e a N-caderina parece ser alterada pela localização, oral ou cutânea, da lesão diferentemente do observado para os outros fatores estudados. O índice proliferativo das lesões cutâneas apresentou-se associado ao aumento da expressão citoplasmática de Her-4 e redução de EGFR e Her-3. Em lesões orais, a positividade de expressão membranar para Her-2 associou-se com a presença de êmbolos, entretanto não foi observada amplificação gênica do ERBB2. Assim nosso trabalho evidencia a ocorrência da TEM em melanomas caninos e ainda a translocação da proteína membranar N-caderina para citoplasma e núcleo, sendo este evento aparentemente regulado pelos fatores de transcrição ZEB e ainda a aparente participação de Her-4 no estimulo a proliferação e de EGFR e Her-3 no estimulo a diferenciação celular, além de relação entre Her-2 e a ocorrência de êmbolos neoplásicos. |
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Enio FerreiraHelen Lima Del PuertoIstéfani Luciene Dayse da SilvaVanessa de Fatima BernardesEmerson Soares Veloso2019-08-14T11:28:22Z2019-08-14T11:28:22Z2018-02-27http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B58HWKO melanoma é caracterizado pela proliferação anormal de melanócitos e constitui a neoplasia cutânea mais agressiva, tanto em cães quanto em humanos. Durante a progressão neoplásica dos melanomas observa-se a perda da interação com os queratinócitos do microambiente além de proliferação desordenada, características que em conjunto levam à invasão dos tecidos subjacentes. A reduzida interação observada entre melanócitos neoplásicos e queratinócitos deve-se a perda de expressão de E-caderina e ganho de N-caderina, que facilita a adesão a fibroblastos e células endoteliais, configurando a transição epitélio-mesênquima (TEM). 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A expressão não-membranar de N-caderina foi associada com a presença do fator de transcrição ZEB1, enquanto que a N-caderina membranar associou-se com a expressão de ZEB2, já a associação entre o fator de transcrição Snail e a N-caderina parece ser alterada pela localização, oral ou cutânea, da lesão diferentemente do observado para os outros fatores estudados. O índice proliferativo das lesões cutâneas apresentou-se associado ao aumento da expressão citoplasmática de Her-4 e redução de EGFR e Her-3. Em lesões orais, a positividade de expressão membranar para Her-2 associou-se com a presença de êmbolos, entretanto não foi observada amplificação gênica do ERBB2. Assim nosso trabalho evidencia a ocorrência da TEM em melanomas caninos e ainda a translocação da proteína membranar N-caderina para citoplasma e núcleo, sendo este evento aparentemente regulado pelos fatores de transcrição ZEB e ainda a aparente participação de Her-4 no estimulo a proliferação e de EGFR e Her-3 no estimulo a diferenciação celular, além de relação entre Her-2 e a ocorrência de êmbolos neoplásicos.Melanoma is characterized by abnormal proliferation of melanocytes and constitutes the most aggressive cutaneous neoplasm in both dogs and humans. During a neoplastic progression of melanomas, there is loss of interaction of the microenvironment keratinocytes besides disordered proliferation, characteristics that together lead to invasion of the underlying tissues. The reduced interaction observed between neoplastic melanocytes and keratinocytes is due to loss of E-cadherin expression and N-cadherin gain, which facilitates adhesion to fibroblasts and endothelial cells, forming the epithelial-mesenchymal transition (EMT). The disordered proliferation is associated, among other factors, with the overexpression of epidermal growth factor receptors, especially EGFR. These events are well described in human melanomas and experimental murine melanomas, but few studies on canine melanomas address this issue. Thus, in this work we aimed to identify the expression and relation between molecules related to epithelial-mesenchymal transition and epidermal growth factors receptors with the progression of canine, oral and cutaneous, melanoma. In the studied cases, approximately half of them did not present E-cadherin expression whereas almost all had N-cadherin expression, which was interestingly observed also in the cytoplasm and nucleus of the neoplastic cells. The nonmembrane expression of N-cadherin was associated with the presence of the transcription factor ZEB1, whereas the membrane N-cadherin was associated with the expression of ZEB2, since the association between the Snail transcription factor and N-cadherin appears to be altered by the oral or cutaneous location of the lesion differently from that observed for the other factors studied. The proliferative index of cutaneous lesions was associated with increased Her-4 cytoplasmic expression and reduction of EGFR and Her-3. In the oral lesions Her-2 membrane expression was associated with the presence of emboli, however, no ERBB2 gene amplification was observed. Thus, our work evidences the occurrence of EMT in canine melanomas and also the translocation of the N-cadherin membrane protein to cytoplasm and nucleus, which is apparently regulated by the ZEB transcription factors and the apparent participation of Her-4 in stimulating proliferation and of EGFR and Her-3 in stimulating cell differentiation, in addition to the relationship between Her-2 and the presence of neoplastic emboli.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGCaderinasTransição Epitelial-MesenquimalMelanomaGenes erbB-1MedicinaCaderinasMelanomaTransição Epitélio-MesênquimaEGFRCãoAnálise da transição epitélio-mesênquima e de receptores de fator de crescimento epidérmico em melanomas cutâneos e de cavidade oral em cãesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdissertac_a_o_emerson_soares_veloso_vers_o_final.pdfapplication/pdf3208573https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B58HWK/1/dissertac_a_o_emerson_soares_veloso_vers_o_final.pdfbfc996f340a7156fdf1aea9ea2c18068MD51TEXTdissertac_a_o_emerson_soares_veloso_vers_o_final.pdf.txtdissertac_a_o_emerson_soares_veloso_vers_o_final.pdf.txtExtracted texttext/plain189060https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B58HWK/2/dissertac_a_o_emerson_soares_veloso_vers_o_final.pdf.txt805930e63b79c241be9a14e37e0cb698MD521843/BUOS-B58HWK2019-11-14 12:48:57.227oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B58HWKRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:48:57Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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O melanoma é caracterizado pela proliferação anormal de melanócitos e constitui a neoplasia cutânea mais agressiva, tanto em cães quanto em humanos. Durante a progressão neoplásica dos melanomas observa-se a perda da interação com os queratinócitos do microambiente além de proliferação desordenada, características que em conjunto levam à invasão dos tecidos subjacentes. A reduzida interação observada entre melanócitos neoplásicos e queratinócitos deve-se a perda de expressão de E-caderina e ganho de N-caderina, que facilita a adesão a fibroblastos e células endoteliais, configurando a transição epitélio-mesênquima (TEM). Associado a isso, a proliferação desordenada está relacionada, dentre outros fatores, à superexpressão dos receptores de fator de crescimento epidérmico, especialmente o EGFR. Estes eventos são bem descritos em melanomas humanos e melanomas murinos experimentais, porém poucos trabalhos sobre melanomas caninos abordam este tema. Assim neste trabalho objetivamos identificar a expressão e relação entre moléculas relacionadas a transição epitéliomesênquima e receptores de fator de crescimento epidérmico com a progressão dos melanomas caninos orais e cutâneos. Nos casos estudados aproximadamente metade não apresentaram expressão de E-caderina enquanto que quase a totalidade apresentou expressão de N-caderina, que interessantemente foi observada também no citoplasma e núcleo das células neoplásicas. A expressão não-membranar de N-caderina foi associada com a presença do fator de transcrição ZEB1, enquanto que a N-caderina membranar associou-se com a expressão de ZEB2, já a associação entre o fator de transcrição Snail e a N-caderina parece ser alterada pela localização, oral ou cutânea, da lesão diferentemente do observado para os outros fatores estudados. O índice proliferativo das lesões cutâneas apresentou-se associado ao aumento da expressão citoplasmática de Her-4 e redução de EGFR e Her-3. Em lesões orais, a positividade de expressão membranar para Her-2 associou-se com a presença de êmbolos, entretanto não foi observada amplificação gênica do ERBB2. Assim nosso trabalho evidencia a ocorrência da TEM em melanomas caninos e ainda a translocação da proteína membranar N-caderina para citoplasma e núcleo, sendo este evento aparentemente regulado pelos fatores de transcrição ZEB e ainda a aparente participação de Her-4 no estimulo a proliferação e de EGFR e Her-3 no estimulo a diferenciação celular, além de relação entre Her-2 e a ocorrência de êmbolos neoplásicos. |
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