Efeito da terapia cognitiva-comportamenteal sobre as funções cognitivas e as habilidades sociais de pacientes com transtorno afetivo bipolar tipo I

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Geovany Eliberto Araújo
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AJ4NQH
Resumo: Pacientes com Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) apresentam, durante a fase aguda da doença, dificuldades em vários domínios cognitivos, o que acarreta importante prejuízo funcional. Algumas destas alterações persistem mesmo após a remissão dos sintomas. Nos últimos anos observou-se progresso substancial no desenvolvimento e avaliação de intervenções psicoterápicas associadas a medicamentos em transtornos mentais graves. A terapia cognitiva-comportamental (TCC) é a abordagem mais estudada no TAB e há evidências de que produz alterações clínicas importantes no curso da doença. Os ensaios clínicos mais comuns na literatura de psicoterapia para TAB estão ligados à recuperação sintomática, adesão ao tratamento, redução do tempo e número de internações psiquiátricas, tempo de remissão da doença, tempo de nova recaída, quantidade de episódios e manejo de sintomas prodrômicos maníacos ou depressivos. Não há, até o presente, estudo que tenha usado o desempenho em testes neuropsicológicos e em inventário de habilidades sociais como variáveis de desfecho após a intervenção da TCC. Objetivo: Investigar os efeitos de intervenção por meio da TCC sobre as funções cognitivas e habilidades sociais de pacientes com Transtorno Afetivo Bipolar tipo I em remissão ou em fase depressiva. Metodologia: Trinta e cinco pacientes com Transtorno Afetivo Bipolar tipo I participaram do estudo. Eles foram divididos aleatoriamente em dois grupos: o primeiro grupo (Grupo TCC; n = 17) recebeu 20 sessões de TCC em adição ao tratamento usual enquanto o segundo grupo (Grupo Controle, n = 18) recebeu apenas o tratamento usual. Antes do início do tratamento as funções cognitivas foram avaliadas pela versão brasileira da Brief Assesment of Cognition in Schizophrenia-BACS e as habilidades sociais pelo Inventário de Habilidades Sociais (IHS) de Del Prette. Ao final do estudo, a BACS e o IHS foram novamente administrados (reteste). Resultados: A comparação dos grupos, TCC e Controle ao longo do tempo foi feita pela Análise de Variância (ANOVA) de dois fatores, tipo Within e Between. Os fatores foram grupo e tempo. Os dados obtidos da BACS e do IHS demonstram que houve interação significativa entre os fatores e, portanto, os grupos TCC e Controle foram comparados separadamente no Tempo um (T1) e no Tempo dois (T2). No T1 o grupo TCC e o grupo Controle não apresentaram diferença significativa na BACS nem no IHS. No T2 o grupo TCC apresentou resultados significativamente melhores que o grupo controle tanto em funções cognitivas quanto nas habilidades sociais. Na BACS isso ocorreu nos testes relacionados às funções executivas (p=0,002), à atenção (p=0,018), à memória verbal (p=0,000), à velocidade psicomotora (p=0,010), à fluência verbal (p=0,031) e no escore total ponderado (p=0,000). No IHS, o Grupo TCC foi significativamente melhor ao Grupo Controle no escore geral (p=0,002). Conclusão: A adição da TCC ao tratamento foi capaz de melhorar de modo significativo o desempenho cognitivo, avaliado pela BACS, e as habilidades sociais, avaliada pelo IHS, em pacientes com TAB tipo I. Estes resultados indicam que a TCC pode ser ferramenta terapêutica valiosa na abordagem a estes pacientes.
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Os ensaios clínicos mais comuns na literatura de psicoterapia para TAB estão ligados à recuperação sintomática, adesão ao tratamento, redução do tempo e número de internações psiquiátricas, tempo de remissão da doença, tempo de nova recaída, quantidade de episódios e manejo de sintomas prodrômicos maníacos ou depressivos. Não há, até o presente, estudo que tenha usado o desempenho em testes neuropsicológicos e em inventário de habilidades sociais como variáveis de desfecho após a intervenção da TCC. Objetivo: Investigar os efeitos de intervenção por meio da TCC sobre as funções cognitivas e habilidades sociais de pacientes com Transtorno Afetivo Bipolar tipo I em remissão ou em fase depressiva. Metodologia: Trinta e cinco pacientes com Transtorno Afetivo Bipolar tipo I participaram do estudo. Eles foram divididos aleatoriamente em dois grupos: o primeiro grupo (Grupo TCC; n = 17) recebeu 20 sessões de TCC em adição ao tratamento usual enquanto o segundo grupo (Grupo Controle, n = 18) recebeu apenas o tratamento usual. Antes do início do tratamento as funções cognitivas foram avaliadas pela versão brasileira da Brief Assesment of Cognition in Schizophrenia-BACS e as habilidades sociais pelo Inventário de Habilidades Sociais (IHS) de Del Prette. Ao final do estudo, a BACS e o IHS foram novamente administrados (reteste). Resultados: A comparação dos grupos, TCC e Controle ao longo do tempo foi feita pela Análise de Variância (ANOVA) de dois fatores, tipo Within e Between. Os fatores foram grupo e tempo. Os dados obtidos da BACS e do IHS demonstram que houve interação significativa entre os fatores e, portanto, os grupos TCC e Controle foram comparados separadamente no Tempo um (T1) e no Tempo dois (T2). No T1 o grupo TCC e o grupo Controle não apresentaram diferença significativa na BACS nem no IHS. No T2 o grupo TCC apresentou resultados significativamente melhores que o grupo controle tanto em funções cognitivas quanto nas habilidades sociais. Na BACS isso ocorreu nos testes relacionados às funções executivas (p=0,002), à atenção (p=0,018), à memória verbal (p=0,000), à velocidade psicomotora (p=0,010), à fluência verbal (p=0,031) e no escore total ponderado (p=0,000). No IHS, o Grupo TCC foi significativamente melhor ao Grupo Controle no escore geral (p=0,002). Conclusão: A adição da TCC ao tratamento foi capaz de melhorar de modo significativo o desempenho cognitivo, avaliado pela BACS, e as habilidades sociais, avaliada pelo IHS, em pacientes com TAB tipo I. Estes resultados indicam que a TCC pode ser ferramenta terapêutica valiosa na abordagem a estes pacientes.Patients with bipolar disorder (BD) show, during the acute phase of the disease, difficulties in several cognitive domains, which lead to significant disability. Some of these changes persist even after symptom remission. In recent years there has been substantial progress in the development and assessment of psychotherapeutic interventions as add-on treatment to pharmacotherapy in severe mental disorders. The Cognitive Behavioral Therapy (CBT) is the most studied approach in BD and there is evidence that it leads to important clinical changes in the course of the disease. Clinical trials commonly have focused on symptomatic recovery, treatment adherence, reduced length and number of psychiatric hospitalizations, disease remission time, number of episodes and management of prodromal mania or depression episodes. To date, there is not a study that has used neuropsychological testing and an inventory of social skills as outcome measure after the intervention of CBT. Objective:We aimed at investigating the effects CBT on cognition and social skills of patients with BD type I in remission or depression. Methods: Thirty-five patients with BD Type I participated in the study. They were randomly divided into two groups: the first group (CBT Group, n = 17) received 20 sessions of CBT in addition to usual treatment while the second group (Control group, n = 18) received only the usual treatment. Before the CBT intervention, cognition was assessed by the Brazilian version of the Brief Assessment of Cognition in Schizophrenia-BACS and social skills were assessed by Social Skills Inventory (SSI) Del-Prette. At the end of the study, the BACS and SSI were again administered (retest). Results: Comparison of the groups (CBT and Control) over time was performed by analysis of variance (ANOVA) of two factors, Within and Between. The factors were Group and time. The data obtained from BACS and SSI show that there was a significant interaction between factors. Therefore, the groups were compared separately in Time One (T1) and Time Two (T2). On T1 assessment, the CBT group and the Control group showed no significant difference either on BACS or on SSI. On T2 assessment, the CBT group showed significantly better results than controls in both cognitive functions and social skills. Regarding BACS, there was significant differences on tests assessing executive functions (p = 0.002), attention (p = 0.018), verbal memory (p = 0.000), psychomotor speed (p = 0.010), verbal fluency (p = 0.031) and on the weighted total score (p = 0.000). Regarding SSI, the CBT group was significantly better compared to the control group (p =0.002) on total score. Conclusion: CBT as add-on treatment to pharmacotherapy of BD type 1 patients was able to significantly improve cognitive performance, as assessed by BACS, and social skills, as assessed by SSI in patients with BD type I. These results suggest that CBT can be a valuable therapeutic tool for these patients.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGNeurociênciasTerapia Cognitivo-ComportamentalTranstorno Afetivo BipolarCogniçãoHabilidades SociaisEfeito da terapia cognitiva-comportamenteal sobre as funções cognitivas e as habilidades sociais de pacientes com transtorno afetivo bipolar tipo Iinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_de_mestrado_8.pdfapplication/pdf1439446https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AJ4NQH/1/disserta__o_de_mestrado_8.pdf2026121eca30177fe96818dc2fc7e297MD51TEXTdisserta__o_de_mestrado_8.pdf.txtdisserta__o_de_mestrado_8.pdf.txtExtracted texttext/plain148469https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AJ4NQH/2/disserta__o_de_mestrado_8.pdf.txtb5451816ed98335ffa70e0c6fee6bc42MD521843/BUOS-AJ4NQH2019-11-14 20:44:17.442oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-AJ4NQHRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T23:44:17Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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