Prevalência do consumo de frutas e hortaliças em uma amostra de servidores públicos

• Autor(a) principal: Ana Paula Marques de Araújo Costa
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/FRSS-BB3HHT
• topic: Condições de trabalho; Poder Judiciário; Saúde do trabalhador; Consumo de frutas e hortaliças; comportamento Alimentar; Consumo de Alimentos; Poder Judiciário; Saúde do Trabalhador; Verduras; Condições de Trabalho; Frutas

O consumo de frutas e hortaliças (FH) está associado à prevenção de doenças crônicas não transmissíveis em razão do seu alto conteúdo de nutrientes e baixa densidade calórica. A literatura especializada indica que as condições laborais, incluindo formas de organização e fatores psicossociais do trabalho, podem moldar comportamentos de saúde e explicar, em parte, as práticas alimentares dos trabalhadores. Nesse sentido, interessa-se entender essa relação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que vem passando por transformações importantes em sua forma de trabalho. O objetivo do presente estudo foi estimar a prevalência e os fatores associados ao consumo regular de FH dos servidores do judiciário mineiro. Trata-se de um estudo transversal analítico, com amostra representativa (n=1.005), utilizando dados do inquérito Situações de saúde e condições de exercício profissional dos servidores da primeira instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (Justicel-2016). O interesse central do estudo foi a variável desfecho consumo regular de FH. As variáveis explicativas foram divididas em três blocos: 1) sociodemográficos; 2) condições de saúde e hábitos de vida; e 3) características do trabalho e fatores psicossociais. Foi utilizada a regressão de Poisson hierárquica por blocos para analisar possíveis fatores associados ao desfecho. A prevalência do consumo regular de FH foi de 55,3%. Após ajustes, foram verificadas associações significativas (p<0,05) quanto ao sexo feminino (RP: 1,26; IC95%: 1,06-1,48), renda acima de 12 salários mínimos (RP: 1,33; IC95%: 1,08-1,65), atividade física suficiente (RP: 1,41; IC95%: 1,17-1,71), consumo abusivo de bebidas alcoólicas (RP: 0,74; IC95%: 0,59-0,93) e utilização do Processo Judicial eletrônico PJe (RP:1,21; IC95%: 1,01-1,46). Apesar do elevado percentual de consumo regular de FH na amostra estudada, a inadequação de 46,0% é bastante expressiva e representa uma situação preocupante, o que revela desafios para órgãos responsáveis pelo judiciário mineiro. As hipóteses do estudo foram parcialmente confirmadas ao encontrar associação entre o consumo de FH e as características do trabalho, apenas no que tange o uso do PJe, associação essa que precisa de mais esclarecimento.Palavras-chaves: Consumo de frutas e hortaliças. Poder Judiciário. Saúde do trabalhador. Condições de trabalho.