Fatores determinantes para o retorno ao trabalho em indivíduos pós-acidente vascular encefálico residentes em Fortaleza
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/36285 |
Resumo: | O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é a principal causa de morte e incapacidade na população adulta no Brasil. Adultos jovens em idade produtiva vêm sendo cada vez mais acometidos, o que gera repercussões diretas na vida desses indivíduos, inclusive na capacidade de trabalho. Este estudo teve como objetivos estimar a taxa de retorno ao trabalho após seis e 12 meses do episódio de AVE e investigar quais fatores poderiam predizer o retorno, considerando o nível de independência funcional, tipo de trabalho, depressão, cognição e contribuição para a renda familiar. Estudo observacional, prospectivo, no qual os participantes foram recrutados em dois hospitais públicos e um particular, todos referência no atendimento ao AVE na cidade de Fortaleza, Ceará. A amostra foi composta por 108 pacientes com diagnóstico recente (até 28 dias) de AVE isquêmico ou hemorrágico, entre 18 e 65 anos de idade, de ambos os sexos. Os dados foram coletados por meio de fonte primária com os pacientes, por formulário, e por fonte secundária, mediante a busca de registros complementares nos prontuários. As avaliações aconteceram em quatro momentos: inicialmente até 28 dias após o evento do AVE, durante a internação hospitalar, e três, seis e doze meses após o AVE. A coleta de dados consistiu em dados pessoais, sociodemográficos e clínicos, e foram aplicadas as seguintes escalas: escala modificada de Ranking (EMR), Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) e a versão brasileira para telefone do Minimental Examination (BRAZTEL-MMSE). O desfecho de interesse foi o retorno ao trabalho remunerado, dicotomizado em sim/não. Análises bivariadas através do teste X2 foram utilizadas para identificar as variáveis estatisticamente relevantes entre as seguintes variáveis: nível de incapacidade/dependência (EMR), tipo de trabalho (colarinho branco ou azul), sinais depressivos (HADS), cognição (BRAZTEL) e contribuição para a renda familiar (≥ ou < 75%), Em seguida, foi realizada uma análise de regressão logística para verificar que variáveis foram preditoras para o retorno ao trabalho (razões de chance). Todas as análises foram realizadas utilizando o programa SPSS, versão 17.0. Dos 108 pacientes incluídos, aos 28 dias 11 (10%) retornaram ao trabalho, aos três meses 30 pacientes (27% do total da amostra), e aos seis meses 35 pacientes retornaram ao trabalho (32%). Dos 78 participantes que completaram o acompanhamento de um ano, apenas mais dois retornaram ao trabalho nesse período de seis a doze meses. De acordo com o teste de x² as variáveis relevantes para retorno ao trabalho aos 6 meses eram tipo de trabalho colarinho branco e ser independente nos primeiros 28 dias, e aos 12 meses, além do tipo de colarinho branco e independência, ter sintomas depressivos aos 28 dias. A análise de regressão logística confirmou que duas das variáveis investigadas foram preditoras do retorno ao trabalho aos seis meses e um ano pós-AVE: ser independente (eMR<3) aos 28 dias com razões de chance de 11,2 (IC 4,1 a 30,8) e 11,5 (IC 3,9 a 34,3) e ter trabalho tipo “colarinho branco” com razões de chance de 4,2 (IC 1,6 a 10,8) e 9,5 (IC 2,6 a 37,5), respectivamente. A taxa de retorno ao trabalho aos seis meses (32%) foi menor que em estudo prévio semelhante em outra região economicamente mais desenvolvida do país. Ser independente aos 28 dias após o AVE e possuir trabalho de colarinho branco foram fatores preditores para o retorno ao trabalho tanto aos seis meses, quanto um ano pós-AVE, corroborando achados de estudos anteriores. Predizer retorno ao trabalho tão precocemente é extremamente importante para questões de planejamento de gestão pública, principalmente ao identificar fatores modificáveis. A taxa de retorno ao trabalho foi de 32% aos seis meses. O nível de independência funcional aos 28 dias pós-AVE demonstrou ser o preditor mais robusto para o retorno ao trabalho tanto aos seis meses, quanto um ano pós-AVE. Considerando que essa pode ser uma varável modificável com programas de reabilitação, esses achados podem contribuir para fortalecer políticas públicas de saúde e guiar a prática clínica, de forma que intervenções direcionadas para reduzir a incapacidade sejam consideradas e implementadas precocemente no tratamento de indivíduos pós-AVE. |
id |
UFMG_7821e61964afdc5ee87038c1e26f5a5b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/36285 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Luci Fuscaldi Teixeira Salmelahttp://lattes.cnpq.br/2784637573130156Pedro Braga NetoLuci Fuscaldi Teixeira SalmelaChriatina Danielli Coelho de Morais FariaLidiane Andréa Oliveira Limahttp://lattes.cnpq.br/8959263009173639Renata Viana Brígido de Moura Jucá2021-06-02T21:10:21Z2021-06-02T21:10:21Z2019-06-27http://hdl.handle.net/1843/36285O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é a principal causa de morte e incapacidade na população adulta no Brasil. Adultos jovens em idade produtiva vêm sendo cada vez mais acometidos, o que gera repercussões diretas na vida desses indivíduos, inclusive na capacidade de trabalho. Este estudo teve como objetivos estimar a taxa de retorno ao trabalho após seis e 12 meses do episódio de AVE e investigar quais fatores poderiam predizer o retorno, considerando o nível de independência funcional, tipo de trabalho, depressão, cognição e contribuição para a renda familiar. Estudo observacional, prospectivo, no qual os participantes foram recrutados em dois hospitais públicos e um particular, todos referência no atendimento ao AVE na cidade de Fortaleza, Ceará. A amostra foi composta por 108 pacientes com diagnóstico recente (até 28 dias) de AVE isquêmico ou hemorrágico, entre 18 e 65 anos de idade, de ambos os sexos. Os dados foram coletados por meio de fonte primária com os pacientes, por formulário, e por fonte secundária, mediante a busca de registros complementares nos prontuários. As avaliações aconteceram em quatro momentos: inicialmente até 28 dias após o evento do AVE, durante a internação hospitalar, e três, seis e doze meses após o AVE. A coleta de dados consistiu em dados pessoais, sociodemográficos e clínicos, e foram aplicadas as seguintes escalas: escala modificada de Ranking (EMR), Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) e a versão brasileira para telefone do Minimental Examination (BRAZTEL-MMSE). O desfecho de interesse foi o retorno ao trabalho remunerado, dicotomizado em sim/não. Análises bivariadas através do teste X2 foram utilizadas para identificar as variáveis estatisticamente relevantes entre as seguintes variáveis: nível de incapacidade/dependência (EMR), tipo de trabalho (colarinho branco ou azul), sinais depressivos (HADS), cognição (BRAZTEL) e contribuição para a renda familiar (≥ ou < 75%), Em seguida, foi realizada uma análise de regressão logística para verificar que variáveis foram preditoras para o retorno ao trabalho (razões de chance). Todas as análises foram realizadas utilizando o programa SPSS, versão 17.0. Dos 108 pacientes incluídos, aos 28 dias 11 (10%) retornaram ao trabalho, aos três meses 30 pacientes (27% do total da amostra), e aos seis meses 35 pacientes retornaram ao trabalho (32%). Dos 78 participantes que completaram o acompanhamento de um ano, apenas mais dois retornaram ao trabalho nesse período de seis a doze meses. De acordo com o teste de x² as variáveis relevantes para retorno ao trabalho aos 6 meses eram tipo de trabalho colarinho branco e ser independente nos primeiros 28 dias, e aos 12 meses, além do tipo de colarinho branco e independência, ter sintomas depressivos aos 28 dias. A análise de regressão logística confirmou que duas das variáveis investigadas foram preditoras do retorno ao trabalho aos seis meses e um ano pós-AVE: ser independente (eMR<3) aos 28 dias com razões de chance de 11,2 (IC 4,1 a 30,8) e 11,5 (IC 3,9 a 34,3) e ter trabalho tipo “colarinho branco” com razões de chance de 4,2 (IC 1,6 a 10,8) e 9,5 (IC 2,6 a 37,5), respectivamente. A taxa de retorno ao trabalho aos seis meses (32%) foi menor que em estudo prévio semelhante em outra região economicamente mais desenvolvida do país. Ser independente aos 28 dias após o AVE e possuir trabalho de colarinho branco foram fatores preditores para o retorno ao trabalho tanto aos seis meses, quanto um ano pós-AVE, corroborando achados de estudos anteriores. Predizer retorno ao trabalho tão precocemente é extremamente importante para questões de planejamento de gestão pública, principalmente ao identificar fatores modificáveis. A taxa de retorno ao trabalho foi de 32% aos seis meses. O nível de independência funcional aos 28 dias pós-AVE demonstrou ser o preditor mais robusto para o retorno ao trabalho tanto aos seis meses, quanto um ano pós-AVE. Considerando que essa pode ser uma varável modificável com programas de reabilitação, esses achados podem contribuir para fortalecer políticas públicas de saúde e guiar a prática clínica, de forma que intervenções direcionadas para reduzir a incapacidade sejam consideradas e implementadas precocemente no tratamento de indivíduos pós-AVE.Stroke is the leading cause of death and disability in adults in Brazil. Stroke incidence in younger people, who are professionally active, is increasing. This has direct impact on individuals’ lives, including their capacities to return to a paid work. This study aimed at estimating the rate to return to a paid work six months and one year after the stroke and investigating which factors could predict this return, considering the following variables: Independence, type of work, depression, cognition, and contribution to the household income. A prospective, observational study was carried-out and the participants were recruited from one private and two public hospitals, which are reference for the treatment of stroke patients in Fortaleza, Ceará. The sample consisted of 108 patients of both sexes, who had a recent diagnosis (up to 28 days) of ischemic or hemorrhagic stroke and ages between 18 and 65 years. Data were collected by interviews and information from the medical records. Assessments were carried-out in four moments: initially within 28 days (at the hospital), and by telephone after three, six, and twelve months after the stroke. Data collection included sociodemographic, and clinical data and the application of the following scales: modified Ranking scale (mRS), Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), and the Brazilian version for telephone application of the Minimental State Examination (Braztel-MMSE). The outcome of interest was return to work, which was dichotomized in yes/no. Bivariate analyses, by means of chi-square test were used to investigate the following predictors: independence (mRS), type of work (white/blue collar), depression (HADS), cognition (BRAZTEL-MMSE), and contribution to household income. Then, a logistic regression analysis was performed to identify the variables that, together, could predict return to work (Odds ratios). All data were analyzed using the SPSS statistical software for windows (version 17.0). Of the 108 included participants, within 28 days 11 (10%) had returned to work, by three months 30 participants (27% from the total) and by six months 35 from the total returned to work (32%). By one year, out of the 78 participants who completed the follow-up, additional two (n=37) returned to work. Chi-square test identify statistical relevancy of independence at 28 days and white-collar job for return to work at 6 months, and, besides these, depression signs at 28 days for return to work at on year. Multiple regression analysis confirms only two factors as predictors of return to work at both six months and one year after the stroke, as follows: being independent (mRS<3) within 28 days after stroke predicted return to work by six months (OR 11.2; CI 4.1 to 30.8) and one-year follow-up (OR 11.5; CI 3.9 to 34.3) and having a white collar job predicted return to work by six-months (OR 4.2; CI 1.6 to 10.8) and one year (OR 9.5; CI 2.6 to 37.5). The return to work rate at six months of 32% was lower than that found in a previous study with similar objective in an economically more developed region of the country. Being independent at 28 days after the stroke and having white-collar job predicted return to a paid work both at six and 12 months, corroborating previous reported findings. Being able to predict return to work so early may be important for the planning and implementation of public health polices, especially in identifying modifiable factors. The rate of return to work at six months after stroke was 32%. Being independent 28 days after the stroke was the most powerful predictor of return to work by both six and 12 months after the stroke. Considering that this variable may be modified with rehabilitation interventions, these findings may contribute to guide clinical practice, so that interventions aimed at reducing disability after stroke should be considered and earlier implemented.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências da ReabilitaçãoUFMGBrasilEEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALAcidentes vasculares cerebraisRetorno ao trabalhoCapacidade funcionalFatores determinantes para o retorno ao trabalho em indivíduos pós-acidente vascular encefálico residentes em Fortalezainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALRenata Viana Brigido de Moura Juca-tesecorrigida.pdfRenata Viana Brigido de Moura Juca-tesecorrigida.pdfAbertoapplication/pdf4545165https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36285/1/Renata%20Viana%20Brigido%20de%20Moura%20Juca-tesecorrigida.pdf477ed5e0a3b7417d5c9b10488dbb2870MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36285/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/362852021-06-02 18:10:21.343oai:repositorio.ufmg.br:1843/36285TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-06-02T21:10:21Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Fatores determinantes para o retorno ao trabalho em indivíduos pós-acidente vascular encefálico residentes em Fortaleza |
title |
Fatores determinantes para o retorno ao trabalho em indivíduos pós-acidente vascular encefálico residentes em Fortaleza |
spellingShingle |
Fatores determinantes para o retorno ao trabalho em indivíduos pós-acidente vascular encefálico residentes em Fortaleza Renata Viana Brígido de Moura Jucá Acidentes vasculares cerebrais Retorno ao trabalho Capacidade funcional |
title_short |
Fatores determinantes para o retorno ao trabalho em indivíduos pós-acidente vascular encefálico residentes em Fortaleza |
title_full |
Fatores determinantes para o retorno ao trabalho em indivíduos pós-acidente vascular encefálico residentes em Fortaleza |
title_fullStr |
Fatores determinantes para o retorno ao trabalho em indivíduos pós-acidente vascular encefálico residentes em Fortaleza |
title_full_unstemmed |
Fatores determinantes para o retorno ao trabalho em indivíduos pós-acidente vascular encefálico residentes em Fortaleza |
title_sort |
Fatores determinantes para o retorno ao trabalho em indivíduos pós-acidente vascular encefálico residentes em Fortaleza |
author |
Renata Viana Brígido de Moura Jucá |
author_facet |
Renata Viana Brígido de Moura Jucá |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Luci Fuscaldi Teixeira Salmela |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2784637573130156 |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Pedro Braga Neto |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Luci Fuscaldi Teixeira Salmela |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Chriatina Danielli Coelho de Morais Faria |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Lidiane Andréa Oliveira Lima |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8959263009173639 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Renata Viana Brígido de Moura Jucá |
contributor_str_mv |
Luci Fuscaldi Teixeira Salmela Pedro Braga Neto Luci Fuscaldi Teixeira Salmela Chriatina Danielli Coelho de Morais Faria Lidiane Andréa Oliveira Lima |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Acidentes vasculares cerebrais Retorno ao trabalho Capacidade funcional |
topic |
Acidentes vasculares cerebrais Retorno ao trabalho Capacidade funcional |
description |
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é a principal causa de morte e incapacidade na população adulta no Brasil. Adultos jovens em idade produtiva vêm sendo cada vez mais acometidos, o que gera repercussões diretas na vida desses indivíduos, inclusive na capacidade de trabalho. Este estudo teve como objetivos estimar a taxa de retorno ao trabalho após seis e 12 meses do episódio de AVE e investigar quais fatores poderiam predizer o retorno, considerando o nível de independência funcional, tipo de trabalho, depressão, cognição e contribuição para a renda familiar. Estudo observacional, prospectivo, no qual os participantes foram recrutados em dois hospitais públicos e um particular, todos referência no atendimento ao AVE na cidade de Fortaleza, Ceará. A amostra foi composta por 108 pacientes com diagnóstico recente (até 28 dias) de AVE isquêmico ou hemorrágico, entre 18 e 65 anos de idade, de ambos os sexos. Os dados foram coletados por meio de fonte primária com os pacientes, por formulário, e por fonte secundária, mediante a busca de registros complementares nos prontuários. As avaliações aconteceram em quatro momentos: inicialmente até 28 dias após o evento do AVE, durante a internação hospitalar, e três, seis e doze meses após o AVE. A coleta de dados consistiu em dados pessoais, sociodemográficos e clínicos, e foram aplicadas as seguintes escalas: escala modificada de Ranking (EMR), Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) e a versão brasileira para telefone do Minimental Examination (BRAZTEL-MMSE). O desfecho de interesse foi o retorno ao trabalho remunerado, dicotomizado em sim/não. Análises bivariadas através do teste X2 foram utilizadas para identificar as variáveis estatisticamente relevantes entre as seguintes variáveis: nível de incapacidade/dependência (EMR), tipo de trabalho (colarinho branco ou azul), sinais depressivos (HADS), cognição (BRAZTEL) e contribuição para a renda familiar (≥ ou < 75%), Em seguida, foi realizada uma análise de regressão logística para verificar que variáveis foram preditoras para o retorno ao trabalho (razões de chance). Todas as análises foram realizadas utilizando o programa SPSS, versão 17.0. Dos 108 pacientes incluídos, aos 28 dias 11 (10%) retornaram ao trabalho, aos três meses 30 pacientes (27% do total da amostra), e aos seis meses 35 pacientes retornaram ao trabalho (32%). Dos 78 participantes que completaram o acompanhamento de um ano, apenas mais dois retornaram ao trabalho nesse período de seis a doze meses. De acordo com o teste de x² as variáveis relevantes para retorno ao trabalho aos 6 meses eram tipo de trabalho colarinho branco e ser independente nos primeiros 28 dias, e aos 12 meses, além do tipo de colarinho branco e independência, ter sintomas depressivos aos 28 dias. A análise de regressão logística confirmou que duas das variáveis investigadas foram preditoras do retorno ao trabalho aos seis meses e um ano pós-AVE: ser independente (eMR<3) aos 28 dias com razões de chance de 11,2 (IC 4,1 a 30,8) e 11,5 (IC 3,9 a 34,3) e ter trabalho tipo “colarinho branco” com razões de chance de 4,2 (IC 1,6 a 10,8) e 9,5 (IC 2,6 a 37,5), respectivamente. A taxa de retorno ao trabalho aos seis meses (32%) foi menor que em estudo prévio semelhante em outra região economicamente mais desenvolvida do país. Ser independente aos 28 dias após o AVE e possuir trabalho de colarinho branco foram fatores preditores para o retorno ao trabalho tanto aos seis meses, quanto um ano pós-AVE, corroborando achados de estudos anteriores. Predizer retorno ao trabalho tão precocemente é extremamente importante para questões de planejamento de gestão pública, principalmente ao identificar fatores modificáveis. A taxa de retorno ao trabalho foi de 32% aos seis meses. O nível de independência funcional aos 28 dias pós-AVE demonstrou ser o preditor mais robusto para o retorno ao trabalho tanto aos seis meses, quanto um ano pós-AVE. Considerando que essa pode ser uma varável modificável com programas de reabilitação, esses achados podem contribuir para fortalecer políticas públicas de saúde e guiar a prática clínica, de forma que intervenções direcionadas para reduzir a incapacidade sejam consideradas e implementadas precocemente no tratamento de indivíduos pós-AVE. |
publishDate |
2019 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2019-06-27 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-06-02T21:10:21Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2021-06-02T21:10:21Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/36285 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/36285 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
EEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36285/1/Renata%20Viana%20Brigido%20de%20Moura%20Juca-tesecorrigida.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36285/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
477ed5e0a3b7417d5c9b10488dbb2870 34badce4be7e31e3adb4575ae96af679 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589414326108160 |