Determinantes da qualidade do sono em indivíduos pós acidente vascular encefálico crônico
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/36292 |
Resumo: | Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) é considerado uma das principais causas de morte e incapacidade na população adulta. Além das deficiências motoras e cognitivas pós-AVE, cerca de 70% dos indivíduos na fase aguda e 40% na fase crônica experenciam distúrbios do sono como insônia, sonolência diurna excessiva e distúrbios respiratórios do sono. Estudos prévios observaram alterações na arquitetura e, consequentemente, na qualidade do sono em indivíduos pós-AVE, mostrando que os distúrbios do sono podem prejudicar o estado de vigília diurna, as funções cognitivas e o humor, o que pode influenciar negativamente nos desfechos funcionais e na qualidade de vida desses indivíduos. Tendo em vista o papel do sono na recuperação funcional, torna-se importante investigar a contribuição de fatores clínicos e funcionais para a qualidade do sono nessa população. Objetivo: Investigar se variáveis como idade, estado funcional, capacidade para marcha, fadiga, sintomas depressivos e qualidade de vida caracterizam-se como determinantes da qualidade do sono em indivíduos pós-AVE crônico. Método: Trata-se de um estudo transversal e exploratório, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais, sob CAAE 02465118.9.0000.5149. Amostra composta por indivíduos pós-AVE crônico, os quais preencheram os critérios de inclusão: idade ≥20 anos, diagnóstico de AVE há pelo menos seis meses, ausência de alterações cognitivas e capacidade para caminhar independentemente. As variáveis independentes foram idade, estado funcional, mensurado pela Escala Modificada de Rankin, capacidade para a marcha no teste de caminhada de 6 minutos, fadiga, mensurada pela Escala de Severidade de Fadiga, sintomas depressivos, mensurados pela Escala de Depressão Geriátrica e qualidade de vida, mensurada por meio da escala visual analógica do EuroQol. A qualidade do sono, definida como variável dependente, foi mensurada pelo Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh. Análise de regressão linear foi utilizada para identificar quais variáveis poderiam explicar a qualidade do sono nessa população. Resultados: 90 participantes foram incluídos no estudo. Desses, 55 (61%) eram homens, média de idade 61,1 (DP 12,3) anos e média de tempo pós-AVE 58,2 (DP 58,7) meses. A análise de regressão mostrou que a qualidade do sono esteve associada com sintomas depressivos e estado funcional. Sintomas depressivos explicaram 22% (F=25,76; p<0,00) da variância no Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh. Quando o estado funcional foi incluído no modelo, as variáveis juntas, explicaram 30% (F=20,38; p<0,00). Conclusão: Sintomas depressivos e estado funcional foram fatores determinantes da qualidade do sono pós-AVE crônico. É importante considerar a avaliação da qualidade do sono no contexto da reabilitação desses indivíduos e, quando possível, intervir nos fatores modificáveis associados à qualidade do sono. |
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Aline Alvim Sciannihttp://lattes.cnpq.br/6922615681702256Andressa da Silva de MelloLarissa Tavares AguiarLiliane Patrícia de Souza Mendeshttp://lattes.cnpq.br/3303252970270463Leonardo Carvalho Silva2021-06-02T22:27:07Z2021-06-02T22:27:07Z2020-11-04http://hdl.handle.net/1843/36292Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) é considerado uma das principais causas de morte e incapacidade na população adulta. Além das deficiências motoras e cognitivas pós-AVE, cerca de 70% dos indivíduos na fase aguda e 40% na fase crônica experenciam distúrbios do sono como insônia, sonolência diurna excessiva e distúrbios respiratórios do sono. Estudos prévios observaram alterações na arquitetura e, consequentemente, na qualidade do sono em indivíduos pós-AVE, mostrando que os distúrbios do sono podem prejudicar o estado de vigília diurna, as funções cognitivas e o humor, o que pode influenciar negativamente nos desfechos funcionais e na qualidade de vida desses indivíduos. Tendo em vista o papel do sono na recuperação funcional, torna-se importante investigar a contribuição de fatores clínicos e funcionais para a qualidade do sono nessa população. Objetivo: Investigar se variáveis como idade, estado funcional, capacidade para marcha, fadiga, sintomas depressivos e qualidade de vida caracterizam-se como determinantes da qualidade do sono em indivíduos pós-AVE crônico. Método: Trata-se de um estudo transversal e exploratório, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais, sob CAAE 02465118.9.0000.5149. Amostra composta por indivíduos pós-AVE crônico, os quais preencheram os critérios de inclusão: idade ≥20 anos, diagnóstico de AVE há pelo menos seis meses, ausência de alterações cognitivas e capacidade para caminhar independentemente. As variáveis independentes foram idade, estado funcional, mensurado pela Escala Modificada de Rankin, capacidade para a marcha no teste de caminhada de 6 minutos, fadiga, mensurada pela Escala de Severidade de Fadiga, sintomas depressivos, mensurados pela Escala de Depressão Geriátrica e qualidade de vida, mensurada por meio da escala visual analógica do EuroQol. A qualidade do sono, definida como variável dependente, foi mensurada pelo Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh. Análise de regressão linear foi utilizada para identificar quais variáveis poderiam explicar a qualidade do sono nessa população. Resultados: 90 participantes foram incluídos no estudo. Desses, 55 (61%) eram homens, média de idade 61,1 (DP 12,3) anos e média de tempo pós-AVE 58,2 (DP 58,7) meses. A análise de regressão mostrou que a qualidade do sono esteve associada com sintomas depressivos e estado funcional. Sintomas depressivos explicaram 22% (F=25,76; p<0,00) da variância no Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh. Quando o estado funcional foi incluído no modelo, as variáveis juntas, explicaram 30% (F=20,38; p<0,00). Conclusão: Sintomas depressivos e estado funcional foram fatores determinantes da qualidade do sono pós-AVE crônico. É importante considerar a avaliação da qualidade do sono no contexto da reabilitação desses indivíduos e, quando possível, intervir nos fatores modificáveis associados à qualidade do sono.Background: Stroke is considered one of the major causes of death and disability in the adult population worldwide. In addition to post-stroke motor and cognitive impairments, up to 70% of individuals in the acute phase and 40% in the chronic phase experience sleep disorders such as insomnia, excessive daytime sleepiness, and sleep-disordered breathing. Previous studies have observed changes in architecture and, consequently, in the sleep quality in post-stroke individuals, showing that sleep disorders can impair the state of daytime waking, cognitive functions and mood, which can negatively influence functional outcomes and quality of life of these individuals. In view of the role of sleep in functional recovery, it is important to investigate the contribution of clinical and functional factors to the sleep quality in this population. Objective: To investigate if variables such as age, functional status, walking capacity, fatigue, depressive symptoms, and quality of life are determinants of sleep quality in individuals after chronic stroke. Methods: This is a cross-sectional exploratory study, approved by the Research Ethics Committee of the Universidade Federal de Minas Gerais, CAAE 02465118.9.0000.5149. Sample comprised of individuals after stroke, who met the inclusion criteria: age ≥20 years, diagnosis of stroke for at least six months, absence of cognitive changes and ability to walk independently. The independent variables were age, functional status, measured by the Modified Rankin Scale, walking capacity in the 6-minute walk test, fatigue, measured by the Fatigue Severity Scale, depressive symptoms, measured by the Geriatric Depression Scale, and quality of life, measured by the EuroQol visual analogue scale. Sleep quality, defined as a dependent variable, was measured by the Pittsburgh Sleep Quality Index. Linear regression analysis was performed to identify which variables could explain the sleep quality in this population. Results: 90 participants were included in the study. Of these, 55 (61%) were men, mean age was 61.1 (SD 12.3) years, and the mean time since the onset of the stroke was 58.2 (SD 58.7) months. Regression analysis showed that sleep quality was associated with depressive symptoms and functional status. Depressive symptoms explained 22% (F=25.76; p<0.00) of the variance in the Pittsburgh Sleep Quality Index. When functional status was included in the model, the variables together explained 30% (F=20.38; p<0.00). Conclusion: Depressive symptoms and functional status were determinants of sleep quality after chronic stroke. It is important to consider the assessment of sleep quality in the context of stroke rehabilitation and, when possible, improve the modifiable factors associated with sleep quality.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências da ReabilitaçãoUFMGBrasilEEF - DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIAAcidentes vasculares cerebraisSono - PrivaçãoFisioterapiaDeterminantes da qualidade do sono em indivíduos pós acidente vascular encefálico crônicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDeterminantes da qualidade do sono em individuos pos acidente vascular encefalico cronico.pdfDeterminantes da qualidade do sono em individuos pos acidente vascular encefalico cronico.pdfapplication/pdf1216003https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36292/1/Determinantes%20da%20qualidade%20do%20sono%20em%20individuos%20pos%20acidente%20vascular%20encefalico%20cronico.pdfdd4093e1e3186cef2de46ec2b337bf05MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36292/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/362922021-06-02 19:27:07.767oai:repositorio.ufmg.br:1843/36292TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-06-02T22:27:07Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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