Papel do receptor NOD2 na patogenia das lesões do sistema digestivo da doença de Chagas
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/34810 |
Resumo: | As formas digestiva e cardiodigestiva da doença de Chagas são observados em 2% a 15% dos pacientes na fase crônica da infecção, mas os mecanismos imunopatológicos permanecem não definidos. Embora estudos demonstrem a importância da inflamação e presença do parasita no esôfago e cólon no processo patofisiológico de geração do megacólon e megaesôfago em pacientes chagásicos crônicos. O mecanismo pelo qual os pacientes desenvolvem estas alterações anatomopatológicas não estão claros. A molécula NOD2 (Nucleotide-Binding Oligomerization Domain 2) é um receptor da imunidade inata expresso principalmente em macrófagos e células dendríticas. NOD2 também é expresso em células de Paneth e mantêm a homeostase intestinal, prevenindo a penetração de bactérias no epitélio gastrointestinal. Esse trabalho teve como objetivo avaliar o papel do receptor NOD2 na patogenia do sistema digestivo na doença de Chagas. Inicialmente a expressão de RNAm de NOD2, RIP2 (Receptor-interacting protein kinase 2) e defensinas 5 e 6 foi avaliada em células mononucleares do sangue periférico de pacientes com as formas indeterminada (n=18), cardíaca (n=17), digestiva (n=15) e cardiodigestiva (n=15) da doença de Chagas, usando a PCR em tempo real, e correlacionada ao grau de dilatação do esôfago, cólon sigmóide e reto. Os pacientes com as formas digestiva e cardiodigestiva da doença apresentaram expressão ausente ou reduzida de NOD2 e elevada expressão de RIP2 e defensina 6, quando comparados aqueles com as formas indeterminada e cardíaca. Também foi observada a correlação negativa entre a expressão de RNAm de NOD2 com o grau de dilatação do esôfago e a dimensão do sigmóide e do reto. Posteriormente camundongos C57BL/6 e NOD2-/- foram infectados com 1×103 tripomastigotas sanguíneos do isolado RN25 (obtido de paciente com a forma digestiva) e avaliada a susceptibilidade a infecção (parasitemia e mortalidade) e alterações do trato gastrointestinal (motilidade, inflamação e desnervação). Camundongos NOD2-/- apresentaram maior parasitemia do 17o ao 30o dia após infecção, quando comparado a animais C57BL/6. Ademais, fêmeas deficientes de NOD2 apresentaram redução da motilidade intestinal 15 e 180 dias após infecção, quando comparado a animais C57BL/6. A análise histopatológica do cólon dos animais NOD2-/- e C57BL/6 fêmea demonstraram focos inflamatórios discretos durante a fase aguda da infecção (19 dias após infecção). Durante a fase crônica da infecção (12 meses) ocorreu inflamação e hipertrofia da camada muscular no cólon e jejuno dos animais NOD2-/-, alterações não observadas nos camundongos C57BL/6. Em seguida, elevamos o inóculo de T. cruzi para os camundongos foi aumentado com intuito de promover o aumento da gênese de lesões do trato gastrointestinal. Devido a baixa virulência do isolado RN25, camundongos C57BL/6 e NOD2-/- fêmeas foram infectados com 5×104 tripomastigotas sanguíneos da cepa CL de T. cruzi e avaliada a susceptibilidade a infecção (parasitemia e mortalidade), alterações do trato gastrointestinal (motilidade, inflamação e desnervação) e expressão de RNAm de receptores da imunidade inata (TLR2, TLR4), fator de transcrição da resposta Th1 (T-bet), citocinas (IL-10, IL-17, TNF-, IFN-) e outros mediadores inflamatórios (iNOS e defensina A) no cólon. Animais NOD2-/- apresentam parasitemia mais elevada entre o 30o e 60o dias após a infecção, redução da motilidade intestinal durante a fase aguda da infecção e menor sobrevivência (60%) quando comparado aos animais C57BL/6 (100% de sobrevivência). Camundongos nocautes de NOD2 infectados apresentaram aumento na expressão da maioria dos mediadores inflamatórios analisados na fase aguda (15 dias após a infecção), quando comparado a animais selvagens. Entretanto, durante a fase crônica (60 dias após a infecção) foi observada a expressão dos mediadores inflamatórios no trato gastrointestinal dos animais nocautes de NOD2 e C57BL/6 infectados com a cepa CL, semelhante ao grupo de camundongos não infectados. Desta forma, a expressão deficiente de NOD2 em pacientes com a forma digestiva da doença de Chagas e o aumento de lesões com diminuição de motilidade do trato gastrointestinal em camundongos NOD2-/- experimentalmente infectados pelo isolado RN25 de T. cruzi, indicam que a ausência ou baixa expressão de RNAm de NOD2 pode estar correlacionada ao desenvolvimento da forma digestiva da doença de Chagas. Associado ao perfil genético do parasito que gera infecção persistente e discreta em diversos locais do trato gastrointestinal, que quando somadas podem atingir o nível crítico de desnervação do plexo mientérico levando a hiperexcitabilidade, descoordenação dos movimentos peristálticos e a hipertrofia. |
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Paulo Marcos da Matta Guedeshttp://lattes.cnpq.br/5445410844075357Lúcia Maria da Cunha GalvãoErica dos Santos Martins DuarteMaria Terezinha BahiaMarta de LanaRicardo Gonçalveshttp://lattes.cnpq.br/6882923707364191Nathalie de Sena Pereira2021-01-21T10:26:53Z2021-01-21T10:26:53Z2018-12-17http://hdl.handle.net/1843/34810As formas digestiva e cardiodigestiva da doença de Chagas são observados em 2% a 15% dos pacientes na fase crônica da infecção, mas os mecanismos imunopatológicos permanecem não definidos. Embora estudos demonstrem a importância da inflamação e presença do parasita no esôfago e cólon no processo patofisiológico de geração do megacólon e megaesôfago em pacientes chagásicos crônicos. O mecanismo pelo qual os pacientes desenvolvem estas alterações anatomopatológicas não estão claros. A molécula NOD2 (Nucleotide-Binding Oligomerization Domain 2) é um receptor da imunidade inata expresso principalmente em macrófagos e células dendríticas. NOD2 também é expresso em células de Paneth e mantêm a homeostase intestinal, prevenindo a penetração de bactérias no epitélio gastrointestinal. Esse trabalho teve como objetivo avaliar o papel do receptor NOD2 na patogenia do sistema digestivo na doença de Chagas. Inicialmente a expressão de RNAm de NOD2, RIP2 (Receptor-interacting protein kinase 2) e defensinas 5 e 6 foi avaliada em células mononucleares do sangue periférico de pacientes com as formas indeterminada (n=18), cardíaca (n=17), digestiva (n=15) e cardiodigestiva (n=15) da doença de Chagas, usando a PCR em tempo real, e correlacionada ao grau de dilatação do esôfago, cólon sigmóide e reto. Os pacientes com as formas digestiva e cardiodigestiva da doença apresentaram expressão ausente ou reduzida de NOD2 e elevada expressão de RIP2 e defensina 6, quando comparados aqueles com as formas indeterminada e cardíaca. Também foi observada a correlação negativa entre a expressão de RNAm de NOD2 com o grau de dilatação do esôfago e a dimensão do sigmóide e do reto. Posteriormente camundongos C57BL/6 e NOD2-/- foram infectados com 1×103 tripomastigotas sanguíneos do isolado RN25 (obtido de paciente com a forma digestiva) e avaliada a susceptibilidade a infecção (parasitemia e mortalidade) e alterações do trato gastrointestinal (motilidade, inflamação e desnervação). Camundongos NOD2-/- apresentaram maior parasitemia do 17o ao 30o dia após infecção, quando comparado a animais C57BL/6. Ademais, fêmeas deficientes de NOD2 apresentaram redução da motilidade intestinal 15 e 180 dias após infecção, quando comparado a animais C57BL/6. A análise histopatológica do cólon dos animais NOD2-/- e C57BL/6 fêmea demonstraram focos inflamatórios discretos durante a fase aguda da infecção (19 dias após infecção). Durante a fase crônica da infecção (12 meses) ocorreu inflamação e hipertrofia da camada muscular no cólon e jejuno dos animais NOD2-/-, alterações não observadas nos camundongos C57BL/6. Em seguida, elevamos o inóculo de T. cruzi para os camundongos foi aumentado com intuito de promover o aumento da gênese de lesões do trato gastrointestinal. Devido a baixa virulência do isolado RN25, camundongos C57BL/6 e NOD2-/- fêmeas foram infectados com 5×104 tripomastigotas sanguíneos da cepa CL de T. cruzi e avaliada a susceptibilidade a infecção (parasitemia e mortalidade), alterações do trato gastrointestinal (motilidade, inflamação e desnervação) e expressão de RNAm de receptores da imunidade inata (TLR2, TLR4), fator de transcrição da resposta Th1 (T-bet), citocinas (IL-10, IL-17, TNF-, IFN-) e outros mediadores inflamatórios (iNOS e defensina A) no cólon. Animais NOD2-/- apresentam parasitemia mais elevada entre o 30o e 60o dias após a infecção, redução da motilidade intestinal durante a fase aguda da infecção e menor sobrevivência (60%) quando comparado aos animais C57BL/6 (100% de sobrevivência). Camundongos nocautes de NOD2 infectados apresentaram aumento na expressão da maioria dos mediadores inflamatórios analisados na fase aguda (15 dias após a infecção), quando comparado a animais selvagens. Entretanto, durante a fase crônica (60 dias após a infecção) foi observada a expressão dos mediadores inflamatórios no trato gastrointestinal dos animais nocautes de NOD2 e C57BL/6 infectados com a cepa CL, semelhante ao grupo de camundongos não infectados. Desta forma, a expressão deficiente de NOD2 em pacientes com a forma digestiva da doença de Chagas e o aumento de lesões com diminuição de motilidade do trato gastrointestinal em camundongos NOD2-/- experimentalmente infectados pelo isolado RN25 de T. cruzi, indicam que a ausência ou baixa expressão de RNAm de NOD2 pode estar correlacionada ao desenvolvimento da forma digestiva da doença de Chagas. Associado ao perfil genético do parasito que gera infecção persistente e discreta em diversos locais do trato gastrointestinal, que quando somadas podem atingir o nível crítico de desnervação do plexo mientérico levando a hiperexcitabilidade, descoordenação dos movimentos peristálticos e a hipertrofia.Digestive and cardiodigestive forms of Chagas' disease are observed in 2% to 15% of the patients, but immunopathological mechanisms remain undefined. Although studies have demonstrated the importance of inflammation and the presence of the parasite in the esophagus and colon in the pathophysiological process of megacolon and megaesophagus generation in chronic chagasic patients. The mechanism by which some patients develop these anatomopathological alterations is unclear. The NOD2 molecule is an innate immune receptor, expressed mainly in macrophages and dendritic cells. The NOD2 receptor is also highly expressed in Paneth cells and maintains intestinal homeostasis, prevents the penetration of bacteria into the epithelium of the gastrointestinal tract. This work aimed to evaluate the role of the NOD2 receptor (Nucleotide-Binding Oligomerization Domain 2) in the pathogenesis of the digestive system in Chagas' disease. The expression of NOD2, RIP2 (Receptor-interacting protein kinase 2) and defensins 5 and 6 was evaluated in peripheral blood mononuclear cells of patients with the indeterminate (n = 18), cardiac (n = 17), digestive (n = 15) and cardiodigestive (n = 15) of Chagas disease, using real-time PCR, correlated with the degree of dilation of the esophagus, sigmoid colon and rectum. Patients with the digestive and cardiodigestive forms of the disease had absent or reduced expression of NOD2 and high expression of RIP2 and defensin 6 when compared with those with indeterminate and cardiac forms. The negative correlation between the expression of NOD2 mRNA with the degree of esophageal dilation and the size of the sigmoid and rectum was also observed. Subsequently C57BL/6 and NOD2-/- mice were infected with 1 × 103 blood trypomastigotes of the isolated RN25 (obtained from patient with the digestive form) and evaluated the susceptibility to infection (parasitemia and mortality) and alterations of the gastrointestinal tract (motility, inflammation and denervation). NOD2-/- mice showed higher parasitemia from the 17th to the 30th day after infection when compared to C57BL/6 animals. In addition, NOD2-/- deficient females had reduced intestinal motility 15 and 180 days after infection when compared to C57BL/6 animals. Histopathological examination of the colon of NOD2-/- and female C57BL/6 animals demonstrated discrete inflammatory foci during the acute phase of infection (19 days post infection). During the chronic phase of the infection (12 months) there was inflammation and hypertrophy of the muscular layer in the colon and jejunum of the NOD2-/- animals, changes not observed in the C57BL/6 mice. Next, we raised the inoculum of T. cruzi to the mice was increased in order to promote the increase of the genesis of lesions of the gastrointestinal tract. Due to the low virulence of the RN25 isolate, female C57BL/6 and NOD2-/- mice were infected with 5 × 104 trypomastigotes of T. cruzi CL strain and infection susceptibility (parasitemia and mortality), gastrointestinal tract (TLR2, TLR4), transcription factor Th1 (T-bet), cytokines (IL-10, IL-17, TNF-, IFN-) and the expression of innate immunity receptors (TLR2, TLR4) ) and other inflammatory mediators (iNOS and defensin A) in the colon.. NOD2-/- animals present higher parasitemia between 30 and 60 days post infection, reduction of intestinal motility during the acute phase of infection and lower survival (60%) when compared to C57BL/6 animals (100% survival). Knockout mice of infected NOD2 showed increased expression of most of the inflammatory mediators analyzed in the acute phase (15 days post infection) when compared to wild animals. However, during the chronic phase (60 days after infection) the expression of inflammatory mediators in the gastrointestinal tract of NOD2 and C57BL/6 knockout animals infected with the CL strain was observed, similar to that of uninfected mice. Thus, deficient expression of NOD2 in patients with the digestive form of Chagas' disease and the increase of lesions with decreased motility of the gastrointestinal tract in experimentally infected NOD2-/- mice by T. cruzi isolate RN25 indicate that the absence or low NOD2 mRNA expression may be correlated with the development of the digestive form of Chagas' disease. Associated with the genetic profile of the parasite that generates persistent and discrete infection in several sites of the gastrointestinal tract, which when added can reach the critical level of myenteric plexus denervation leading to hyperexcitability, incoordination of peristaltic movements and hypertrophy.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorOutra AgênciaporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em ParasitologiaUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessDoença de ChagasTrypanosoma cruziImunidade InataDoença de ChagasTrypanosoma cruziForma clínica digestivaReceptores da imunidade inataPapel do receptor NOD2 na patogenia das lesões do sistema digestivo da doença de Chagasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE - PÓS BANCA- Nathalie Sena - CAPES.pdfTESE - PÓS BANCA- Nathalie Sena - CAPES.pdfapplication/pdf5853108https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34810/1/TESE%20-%20P%c3%93S%20BANCA-%20Nathalie%20Sena%20-%20CAPES.pdfd32c505a3e4cb845d1077cb5c83171c2MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34810/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34810/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/348102021-01-21 07:26:53.441oai:repositorio.ufmg.br:1843/34810TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-01-21T10:26:53Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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Doença de Chagas Trypanosoma cruzi Imunidade Inata |
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As formas digestiva e cardiodigestiva da doença de Chagas são observados em 2% a 15% dos pacientes na fase crônica da infecção, mas os mecanismos imunopatológicos permanecem não definidos. Embora estudos demonstrem a importância da inflamação e presença do parasita no esôfago e cólon no processo patofisiológico de geração do megacólon e megaesôfago em pacientes chagásicos crônicos. O mecanismo pelo qual os pacientes desenvolvem estas alterações anatomopatológicas não estão claros. A molécula NOD2 (Nucleotide-Binding Oligomerization Domain 2) é um receptor da imunidade inata expresso principalmente em macrófagos e células dendríticas. NOD2 também é expresso em células de Paneth e mantêm a homeostase intestinal, prevenindo a penetração de bactérias no epitélio gastrointestinal. Esse trabalho teve como objetivo avaliar o papel do receptor NOD2 na patogenia do sistema digestivo na doença de Chagas. Inicialmente a expressão de RNAm de NOD2, RIP2 (Receptor-interacting protein kinase 2) e defensinas 5 e 6 foi avaliada em células mononucleares do sangue periférico de pacientes com as formas indeterminada (n=18), cardíaca (n=17), digestiva (n=15) e cardiodigestiva (n=15) da doença de Chagas, usando a PCR em tempo real, e correlacionada ao grau de dilatação do esôfago, cólon sigmóide e reto. Os pacientes com as formas digestiva e cardiodigestiva da doença apresentaram expressão ausente ou reduzida de NOD2 e elevada expressão de RIP2 e defensina 6, quando comparados aqueles com as formas indeterminada e cardíaca. Também foi observada a correlação negativa entre a expressão de RNAm de NOD2 com o grau de dilatação do esôfago e a dimensão do sigmóide e do reto. Posteriormente camundongos C57BL/6 e NOD2-/- foram infectados com 1×103 tripomastigotas sanguíneos do isolado RN25 (obtido de paciente com a forma digestiva) e avaliada a susceptibilidade a infecção (parasitemia e mortalidade) e alterações do trato gastrointestinal (motilidade, inflamação e desnervação). Camundongos NOD2-/- apresentaram maior parasitemia do 17o ao 30o dia após infecção, quando comparado a animais C57BL/6. Ademais, fêmeas deficientes de NOD2 apresentaram redução da motilidade intestinal 15 e 180 dias após infecção, quando comparado a animais C57BL/6. A análise histopatológica do cólon dos animais NOD2-/- e C57BL/6 fêmea demonstraram focos inflamatórios discretos durante a fase aguda da infecção (19 dias após infecção). Durante a fase crônica da infecção (12 meses) ocorreu inflamação e hipertrofia da camada muscular no cólon e jejuno dos animais NOD2-/-, alterações não observadas nos camundongos C57BL/6. Em seguida, elevamos o inóculo de T. cruzi para os camundongos foi aumentado com intuito de promover o aumento da gênese de lesões do trato gastrointestinal. Devido a baixa virulência do isolado RN25, camundongos C57BL/6 e NOD2-/- fêmeas foram infectados com 5×104 tripomastigotas sanguíneos da cepa CL de T. cruzi e avaliada a susceptibilidade a infecção (parasitemia e mortalidade), alterações do trato gastrointestinal (motilidade, inflamação e desnervação) e expressão de RNAm de receptores da imunidade inata (TLR2, TLR4), fator de transcrição da resposta Th1 (T-bet), citocinas (IL-10, IL-17, TNF-, IFN-) e outros mediadores inflamatórios (iNOS e defensina A) no cólon. Animais NOD2-/- apresentam parasitemia mais elevada entre o 30o e 60o dias após a infecção, redução da motilidade intestinal durante a fase aguda da infecção e menor sobrevivência (60%) quando comparado aos animais C57BL/6 (100% de sobrevivência). Camundongos nocautes de NOD2 infectados apresentaram aumento na expressão da maioria dos mediadores inflamatórios analisados na fase aguda (15 dias após a infecção), quando comparado a animais selvagens. Entretanto, durante a fase crônica (60 dias após a infecção) foi observada a expressão dos mediadores inflamatórios no trato gastrointestinal dos animais nocautes de NOD2 e C57BL/6 infectados com a cepa CL, semelhante ao grupo de camundongos não infectados. Desta forma, a expressão deficiente de NOD2 em pacientes com a forma digestiva da doença de Chagas e o aumento de lesões com diminuição de motilidade do trato gastrointestinal em camundongos NOD2-/- experimentalmente infectados pelo isolado RN25 de T. cruzi, indicam que a ausência ou baixa expressão de RNAm de NOD2 pode estar correlacionada ao desenvolvimento da forma digestiva da doença de Chagas. Associado ao perfil genético do parasito que gera infecção persistente e discreta em diversos locais do trato gastrointestinal, que quando somadas podem atingir o nível crítico de desnervação do plexo mientérico levando a hiperexcitabilidade, descoordenação dos movimentos peristálticos e a hipertrofia. |
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2018 |
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