Futebol feminino e o pequeno jogo: demandas física e fisiológica de alta intensidade

• Autor(a) principal: Renan Renato Cruz dos Santos
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/68467
• topic: Futebol feminino; Pequenos jogos; Futebol; Mulheres

O treinamento com o pequeno jogo (PJ) por integrar os componentes físico, fisiológico, técnico e tático presentes no jogo formal são extensamente usados nas rotinas das equipes dos mais diversos níveis. Embora as demandas física e fisiológica já estejam bem caracterizadas em atletas de futebol masculino, pouco foi feito a respeito do futebol feminino. Visando investigar as demandas física e fisiológica de alta intensidade em PJ com diferentes configurações em atletas de futebol feminino, esta tese está organizada em 3 estudos com desenhos experimentais e objetivos distintos, à saber: (i) estudo 1 – comparar as demandas física e fisiológica de alta intensidade em PJ com diferentes formatos (3vs.3 e 5vs.5) em atletas de futebol feminino; (ii) estudo 2 – comparar as demandas física e fisiológica de alta intensidade em PJ 5vs.5 com diferentes áreas relativas (≈75m² - 175m² - ≈275m²) em atletas de futebol feminino, e; (iii) estudo 3 – comparar as demandas física e fisiológica de alta intensidade em PJ 5vs.5 com regimes contínuo (1 série de 16min) e intermitentes (PJ: 4 séries de 4min com pausas de 4min; PJ: 8 séries de 2 min com pausas de 2min) com razões estímulo:pausa equiparadas (1:1) em atletas de futebol feminino. As principais conclusões dos estudos foram: i) No estudo 1 os resultados demonstraram que o PJ 3vs.3 apresenta maiores demandas física e fisiológica de alta intensidade que o PJ 5vs.5 em jogadoras de futebol feminino. Considerando-se que a principais variáveis que apresentaram diferenças para a demanda física se referem as ações de mudança de velocidade e/ou direção (e.g., acelerações e desacelerações) e, para a demanda fisiológica, ao tempo de permanência na zona acima de 90% da frequência cardíaca pico e para a percepção subjetiva de esforço; ii) No estudo 2, as evidências indicaram uma maior demanda física em PJ aplicados em uma área relativa por jogadora superior a 100m² do que PJ com dimensão menor. Por outro lado, para a demanda fisiológica, não foram encontradas diferenças nos distintos tamanhos de campo investigados; iii) No estudo 3 foi verificado que entre os PJ intermitentes aplicados não se apresentaram diferenças sobre as demandas física e fisiológica de alta intensidade. De outro modo, o PJ com regime contínuo apresentou maior demanda fisiológica do que os regimes intermitentes. Os resultados obtidos nos estudos que integram esta tese podem ser usados para o desenvolvimento de programas de condicionamento com o uso dos PJ no futebol feminino.