Precificação de fatores ESG no mercado de ações brasileiro: uma abordagem sob o escopo dos modelos de Fama-French

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marcos André Diniz
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/55826
Resumo: A crescente adoção de critérios ESG – environmental, social and governance, ou ambiental, social e governança – nas práticas de gestão das empresas levanta o questionamento a respeito de tais aspectos serem relevantes para os investidores como uma métrica de risco sistemático. Com o presente estudo buscou-se verificar se o desempenho ESG das empresas brasileiras negociadas na bolsa de valores representa um fator de risco significativo no processo de precificação das respectivas ações. Para isso, procedeu-se à aplicação da metodologia dos modelos fatoriais de Fama e French (1993, 2015), com adaptações necessárias ao caso brasileiro, como a utilização de filtro de liquidez para as ações, construção de portfólios com maior nível de diversificação, tratamento de outliers e elaboração de fatores neutros ao efeito tamanho. Foram analisados portfólios com dados mensais, constituídos por empresas brasileiras de capital aberto com ações negociadas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), entre o período de setembro de 2010 e fevereiro de 2023, incluindo as que fecharam o capital nesse período, visando minimizar problemas ocasionados pelo viés de sobrevivência. Os resultados indicam que a inclusão de um fator green – derivado do desempenho na dimensão ESG, de forma agregada, ou E, S e G, separadamente – proporciona, em média, uma representação mais adequada dos retornos esperados das ações. Em comparação com o modelo de três fatores de Fama-French, a inclusão de um fator green possibilitou uma redução média de 4,12% e máxima de 12,50% na estatística do teste GRS. Em relação ao modelo de cinco fatores, a inclusão de um fator green proporcionou uma redução média de 0,17% e máxima de 13,22% na estatística. O fator de risco green com maior nível de contribuição aos modelos foi ESG (dimensão agregada), que proporcionou uma redução média na estatística GRS de 4,95% e 5,09%, em comparação aos modelos de três e cinco fatores de Fama-French, respectivamente. Os resultados indicam que as informações ESG são precificadas pelos investidores do mercado brasileiro de ações, ao menos de forma modesta, e que a contribuição marginal do fator green é maior em comparação ao modelo de três fatores do que em comparação ao modelo de cinco fatores de Fama-French. Além disso, foi possível concluir que os modelos de três e cinco fatores de Fama-French, bem como os modelos que incluem um fator green, em geral, são representações adequadas e suficientes dos retornos esperados dos ativos negociados na bolsa de valores brasileira. Os resultados dos coeficientes dos fatores green foram mistos, não sendo possível identificar prêmios positivos ou negativos associados ao desempenho ESG das empresas.
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Para isso, procedeu-se à aplicação da metodologia dos modelos fatoriais de Fama e French (1993, 2015), com adaptações necessárias ao caso brasileiro, como a utilização de filtro de liquidez para as ações, construção de portfólios com maior nível de diversificação, tratamento de outliers e elaboração de fatores neutros ao efeito tamanho. Foram analisados portfólios com dados mensais, constituídos por empresas brasileiras de capital aberto com ações negociadas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), entre o período de setembro de 2010 e fevereiro de 2023, incluindo as que fecharam o capital nesse período, visando minimizar problemas ocasionados pelo viés de sobrevivência. Os resultados indicam que a inclusão de um fator green – derivado do desempenho na dimensão ESG, de forma agregada, ou E, S e G, separadamente – proporciona, em média, uma representação mais adequada dos retornos esperados das ações. Em comparação com o modelo de três fatores de Fama-French, a inclusão de um fator green possibilitou uma redução média de 4,12% e máxima de 12,50% na estatística do teste GRS. Em relação ao modelo de cinco fatores, a inclusão de um fator green proporcionou uma redução média de 0,17% e máxima de 13,22% na estatística. O fator de risco green com maior nível de contribuição aos modelos foi ESG (dimensão agregada), que proporcionou uma redução média na estatística GRS de 4,95% e 5,09%, em comparação aos modelos de três e cinco fatores de Fama-French, respectivamente. Os resultados indicam que as informações ESG são precificadas pelos investidores do mercado brasileiro de ações, ao menos de forma modesta, e que a contribuição marginal do fator green é maior em comparação ao modelo de três fatores do que em comparação ao modelo de cinco fatores de Fama-French. Além disso, foi possível concluir que os modelos de três e cinco fatores de Fama-French, bem como os modelos que incluem um fator green, em geral, são representações adequadas e suficientes dos retornos esperados dos ativos negociados na bolsa de valores brasileira. Os resultados dos coeficientes dos fatores green foram mistos, não sendo possível identificar prêmios positivos ou negativos associados ao desempenho ESG das empresas.The growing adoption of ESG criteria – designation for environmental, social and governance – in the management practices of companies raises the question whether such aspects are relevant for investors as a systematic risk metric. The present study aims to verify whether the ESG performance of Brazilian companies traded on the stock exchange represents a significant risk factor in the pricing process of the respective shares. For this, the Fama and French (1993, 2015) factor models methodology was applied, with necessary adaptations to the Brazilian case, such as the use of a liquidity filter for stocks, construction of portfolios with a higher level of diversification, treatment of outliers and elaboration of factors neutral to the size effect. Portfolios were analyzed with monthly data, consisting of publicly traded Brazilian companies with shares traded on the B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), between September 2010 and February 2023, including those that went private during this period, aiming to minimize problems caused by survival bias. The results indicate that the inclusion of a green factor – derived from the performance in the ESG dimension, in aggregate, or E, S and G, separately – provides, on average, a more adequate representation of the expected returns of the shares. Compared to the Fama-French three-factor model, the inclusion of a green factor enabled an average reduction of 4.12% and a maximum of 12.50% in the GRS test statistic. Regarding the five-factor model, the inclusion of a green factor provided an average reduction of 0.17% and a maximum of 13.22% in the statistics. The green risk factor with the highest level of contribution to the models was ESG (aggregate dimension), which provided an average reduction in the GRS statistic of 4.95% and 5.09%, compared to the models with three and five factors of Fame- French, respectively. The results indicate that ESG information is priced by investors in the Brazilian stock market, at least modestly, and that the marginal contribution of the green factor is greater compared to the three-factor model than compared to the five-factor model. Furthermore, it was possible to conclude that the Fama-French three-factor and five-factor models, as well as the models that include a green factor, in general, are adequate and sufficient representations of the expected returns of assets traded on the Brazilian stock exchange. The results of the green factor coefficients were mixed, and it was not possible to identify positive or negative premiums associated with the companies' ESG performance.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em AdministraçãoUFMGBrasilFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAShttp://creativecommons.org/licenses/by/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessInvestimentosAções (Finanças)Bolsa de valoresESGPrecificação de ativosModelos fatoriais de Fama-FrenchFatores de riscoTeste GRSPrecificação de fatores ESG no mercado de ações brasileiro: uma abordagem sob o escopo dos modelos de Fama-FrenchPricing of ESG factors in the brazilian stock market: an approach under the scope of the Fama-French modelsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Final - Marcos André Diniz - PDFA.pdfDissertação Final - Marcos André Diniz - PDFA.pdfapplication/pdf990239https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/55826/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Final%20-%20Marcos%20Andr%c3%a9%20Diniz%20-%20PDFA.pdf4d8947e67e4d7c9d495f2767c81f9b6cMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8914https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/55826/2/license_rdff9944a358a0c32770bd9bed185bb5395MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/55826/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/558262023-07-05 14:46:15.569oai:repositorio.ufmg.br:1843/55826TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-07-05T17:46:15Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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