Museu itinerante balaio da capoeira: uma proposta de mediação cultural
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AN2KRM |
Resumo: | Esse trabalho analisou o caso do Museu Itinerante Balaio da Capoeira, no contexto do processo de ressignificação dos museus e da capoeira no Brasil, no final do século XIX e início do século XX até a contemporaneidade. Atento as mudanças no olhar sobre o papel e lugar do negro na sociedade brasileira, com o reconhecimento de novas categorias do saber, de legislações específicas, na mudança dos discursos sobre a cultura afrobrasileira, e as categorias de exposições de arte ontem e hoje, com os diferentes dispositivos de pensar e mediar a cultura. A montagem de exposições fabricou narrativas históricas e míticas no final do século XIX e início do XX, em consonância com os conflituosos interesses dos estados/nações modernos. Na contemporaneidade, a cultura de massas com seus paradoxos, possibilitou o surgimento de novos modelos e dispositivos expográficos, o fazer artístico e a expansão dos padrões de consumo contribuiu para questionar os paradigmas clássicos. O que reconfigurou os discursos estéticos e o pensar a cultura, nas interfaces com a política e as políticas públicas, um processo de mudança do lugar e do papel do sujeito anônimo na história, e uma mudança também no olhar sobre os aportes, suportes ou dispositivos da criação e das exposições de arte e cultura. A arte, a antropologia e o reconhecimento dos saberes imateriais, contribuíram com esse deslocamento que inseriu novos atores sociais no processo histórico. Conceitualmente a cultura afrobrasileira conquistou o espaço institucional ao longo do século XX, uma transição do lugar e do papel do negro e da cultura afrobrasileira, expressos na formulação de leis e políticas públicas específicas no final do século XX e início do século XXI. Conquistas que se materializaram, entre outros aspectos, no reconhecimento da capoeira como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil em 2008. Os artefatos, objetos e memórias presentes no Museu Itinerante Balaio da Capoeira, simbolizam as conquistas no campo social, político e estético em que a autorepresentação do negro e da cultura afrobrasileira é evidenciada. Porém, outros desafios surgem no processo de salva guarda desses bens culturais e do ensino de arte. Quem vai contar a história dos diversos grupos, mestres e rodas? Como a educação, o ensino de arte e a história podem interagir nesse processo? A mediação cultural indica alguns caminhos. |
id |
UFMG_8c97b50123f11f6433e85aae034a32f0 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-AN2KRM |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Letícia WeiduschadtEvandro Jose Lemos da CunhaVirgilio Carlo de Menezes VasconcelosDaniel Silva Porto2019-08-09T17:02:22Z2019-08-09T17:02:22Z2016-04-16http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AN2KRMEsse trabalho analisou o caso do Museu Itinerante Balaio da Capoeira, no contexto do processo de ressignificação dos museus e da capoeira no Brasil, no final do século XIX e início do século XX até a contemporaneidade. Atento as mudanças no olhar sobre o papel e lugar do negro na sociedade brasileira, com o reconhecimento de novas categorias do saber, de legislações específicas, na mudança dos discursos sobre a cultura afrobrasileira, e as categorias de exposições de arte ontem e hoje, com os diferentes dispositivos de pensar e mediar a cultura. A montagem de exposições fabricou narrativas históricas e míticas no final do século XIX e início do XX, em consonância com os conflituosos interesses dos estados/nações modernos. Na contemporaneidade, a cultura de massas com seus paradoxos, possibilitou o surgimento de novos modelos e dispositivos expográficos, o fazer artístico e a expansão dos padrões de consumo contribuiu para questionar os paradigmas clássicos. O que reconfigurou os discursos estéticos e o pensar a cultura, nas interfaces com a política e as políticas públicas, um processo de mudança do lugar e do papel do sujeito anônimo na história, e uma mudança também no olhar sobre os aportes, suportes ou dispositivos da criação e das exposições de arte e cultura. A arte, a antropologia e o reconhecimento dos saberes imateriais, contribuíram com esse deslocamento que inseriu novos atores sociais no processo histórico. Conceitualmente a cultura afrobrasileira conquistou o espaço institucional ao longo do século XX, uma transição do lugar e do papel do negro e da cultura afrobrasileira, expressos na formulação de leis e políticas públicas específicas no final do século XX e início do século XXI. Conquistas que se materializaram, entre outros aspectos, no reconhecimento da capoeira como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil em 2008. Os artefatos, objetos e memórias presentes no Museu Itinerante Balaio da Capoeira, simbolizam as conquistas no campo social, político e estético em que a autorepresentação do negro e da cultura afrobrasileira é evidenciada. Porém, outros desafios surgem no processo de salva guarda desses bens culturais e do ensino de arte. Quem vai contar a história dos diversos grupos, mestres e rodas? Como a educação, o ensino de arte e a história podem interagir nesse processo? A mediação cultural indica alguns caminhos.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGArtesCapoeiraMuseu ItinerantePatrimônio ImaterialHistória e MemóriaMuseu itinerante balaio da capoeira: uma proposta de mediação culturalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALmibc___uma_proposta_de_media__o_cultural.pdfapplication/pdf2194338https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AN2KRM/1/mibc___uma_proposta_de_media__o_cultural.pdf0e9291d83748d727ae23e865b981ce08MD51TEXTmibc___uma_proposta_de_media__o_cultural.pdf.txtmibc___uma_proposta_de_media__o_cultural.pdf.txtExtracted texttext/plain107453https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AN2KRM/2/mibc___uma_proposta_de_media__o_cultural.pdf.txtffbf13704b6edeb542ef48df2092b246MD521843/BUOS-AN2KRM2019-11-14 08:54:00.267oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-AN2KRMRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T11:54Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Museu itinerante balaio da capoeira: uma proposta de mediação cultural |
title |
Museu itinerante balaio da capoeira: uma proposta de mediação cultural |
spellingShingle |
Museu itinerante balaio da capoeira: uma proposta de mediação cultural Daniel Silva Porto Capoeira Museu Itinerante Patrimônio Imaterial História e Memória Artes |
title_short |
Museu itinerante balaio da capoeira: uma proposta de mediação cultural |
title_full |
Museu itinerante balaio da capoeira: uma proposta de mediação cultural |
title_fullStr |
Museu itinerante balaio da capoeira: uma proposta de mediação cultural |
title_full_unstemmed |
Museu itinerante balaio da capoeira: uma proposta de mediação cultural |
title_sort |
Museu itinerante balaio da capoeira: uma proposta de mediação cultural |
author |
Daniel Silva Porto |
author_facet |
Daniel Silva Porto |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Letícia Weiduschadt |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Evandro Jose Lemos da Cunha |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Virgilio Carlo de Menezes Vasconcelos |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Daniel Silva Porto |
contributor_str_mv |
Letícia Weiduschadt Evandro Jose Lemos da Cunha Virgilio Carlo de Menezes Vasconcelos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Capoeira Museu Itinerante Patrimônio Imaterial História e Memória |
topic |
Capoeira Museu Itinerante Patrimônio Imaterial História e Memória Artes |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Artes |
description |
Esse trabalho analisou o caso do Museu Itinerante Balaio da Capoeira, no contexto do processo de ressignificação dos museus e da capoeira no Brasil, no final do século XIX e início do século XX até a contemporaneidade. Atento as mudanças no olhar sobre o papel e lugar do negro na sociedade brasileira, com o reconhecimento de novas categorias do saber, de legislações específicas, na mudança dos discursos sobre a cultura afrobrasileira, e as categorias de exposições de arte ontem e hoje, com os diferentes dispositivos de pensar e mediar a cultura. A montagem de exposições fabricou narrativas históricas e míticas no final do século XIX e início do XX, em consonância com os conflituosos interesses dos estados/nações modernos. Na contemporaneidade, a cultura de massas com seus paradoxos, possibilitou o surgimento de novos modelos e dispositivos expográficos, o fazer artístico e a expansão dos padrões de consumo contribuiu para questionar os paradigmas clássicos. O que reconfigurou os discursos estéticos e o pensar a cultura, nas interfaces com a política e as políticas públicas, um processo de mudança do lugar e do papel do sujeito anônimo na história, e uma mudança também no olhar sobre os aportes, suportes ou dispositivos da criação e das exposições de arte e cultura. A arte, a antropologia e o reconhecimento dos saberes imateriais, contribuíram com esse deslocamento que inseriu novos atores sociais no processo histórico. Conceitualmente a cultura afrobrasileira conquistou o espaço institucional ao longo do século XX, uma transição do lugar e do papel do negro e da cultura afrobrasileira, expressos na formulação de leis e políticas públicas específicas no final do século XX e início do século XXI. Conquistas que se materializaram, entre outros aspectos, no reconhecimento da capoeira como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil em 2008. Os artefatos, objetos e memórias presentes no Museu Itinerante Balaio da Capoeira, simbolizam as conquistas no campo social, político e estético em que a autorepresentação do negro e da cultura afrobrasileira é evidenciada. Porém, outros desafios surgem no processo de salva guarda desses bens culturais e do ensino de arte. Quem vai contar a história dos diversos grupos, mestres e rodas? Como a educação, o ensino de arte e a história podem interagir nesse processo? A mediação cultural indica alguns caminhos. |
publishDate |
2016 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-04-16 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-09T17:02:22Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-09T17:02:22Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AN2KRM |
url |
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AN2KRM |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AN2KRM/1/mibc___uma_proposta_de_media__o_cultural.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AN2KRM/2/mibc___uma_proposta_de_media__o_cultural.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
0e9291d83748d727ae23e865b981ce08 ffbf13704b6edeb542ef48df2092b246 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589285937414144 |