Farmacogenética da esquizofrenia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Renan Pedra de Souza
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/SMOC-7PBJQM
Resumo: Conhecidos há aproximadamente 2500 anos, os transtornos do humor continuam a dominar o interesse da saúde pública. Cerca de 5% dos pacientes depressivos não respondem a qualquer medida farmacológica e/ou psicoterápica. Para esses pacientes, a eletroconvulsoterapia (ECT) constitui uma importante oportunidade de melhora. Indução de convulsões na forma de ECT tem sido usada no tratamento de desordens psiquiátricas por mais de 60 anos. As principais indicações diagnósticas incluem depressão, mania, catatonia e esquizofrenia. Devido às dificuldades na identificação dos mecanismos de ação da ECT, têm-se usado a estimulação eletroconvulsiva (EEC) aplicada experimentalmente a animais com o intuito de obter dados que contribuam para explicar alguns efeitos terapêuticos da ECT. Há relatados de alteração nos níveis das proteínas DARPP-32 (fosfoproteína regulada por AMPc e dopamina) e NCS-1 (sensora neuronal de cálcio 1) em pacientes com transtornos neuropsiquiátricos. Neste trabalho foram avaliados os níveis de expressão das proteínas DARPP-32 e NCS-1 em quatro regiões cerebrais (striatum, córtex, hipocampo e cerebelo) de ratos submetidos ao choque eletroconvulsivo agudo e crônico. A estimulação eletroconvulsiva aguda gerou aumento na expressão de DARPP-32 no córtex. É interessante notar que nessa área as alterações foram observadas logo após a realização do estímulo e após 24 horas sendo essa sustentada até às 48 horas. Nas outras áres avaliadas (striatum, hipocampo e cerebelo) não foram observadas alterações significativas. Tais achados corroboram a ausência de eficácia dessa terapêutica de modo agudo usualmente. A estimulação crônica provocou alterações significativas em todas as áreas estudadas, o que está de acordo com a utilização de repetidas sessões desta técnica na clínica. A estimulação eletroconvulsiva aguda gerou somente alterações pontuais nos níveis de NCS-1 no córtex (diminuição em 48 horas), hipocampo (diminuição em 03 horas) e cerebelo (aumento em 3 horas). A estimulação crônica gerou modificações importantes no striatum e córtex, cerebelo. No striatum, aumento é notado logo após do último estímulo e a partir de 03 horas até às 24 horas. No córtex e cerebelo, o aumento é evidente de 12 horas até às 48 horas. Tais dados, assim como os obtidos para DARPP-32, mostram uma maior eficiência da terapia crônica em relação à aguda e uma dinâmica temporal que favorece a aplicação da técnica num intervalo de 2-3 dias (tempo pelo qual manteve-se os níveis elevados das proteínas).
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