Composição corporal de crianças e adolescentes com Hipopituitarismo em reposição hormonal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Flavia Cristina Diamantino
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B4WFSM
Resumo: Introdução: O hormônio de crescimento (GH) é sabidamente conhecido por sua ação no crescimento linear. No entanto, também influencia a composição corporal, a sensibilidade à insulina e os níveis lipídicos, o que poderia levar a um aumento do risco cardiovascular nos indivíduos acometidos. Porém, ainda são poucos os estudos voltados às ações extracrescimento do GH, principalmente na faixa etária pediátrica. Objetivo: Avaliar o perfil metabólico e a composição corporal de crianças e adolescentes com deficiência de GH (DGH), em tratamento com GH e comparar com um grupo controle sadio. Metodologia: Foram selecionados 36 crianças e adolescentes com DGH, em reposição hormonal adequada, entre 4 e 20 anos, acompanhados no serviço de Endocrinologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HCUFMG) e 45 indivíduos sadios pareados por idade e sexo. O protocolo do estudo consistiu na avaliação laboratorial do perfil lipídico (CT, LDL, HDL, VLDL, TG), glicêmico (glicemia de jejum, insulina, HOMA-IR), além da composição corporal obtida pela densitometria óssea. A análise estatística incluiu testes de comparação (T de Student, Mann Whitney ou Qui-quadrado de Pearson Assintótico) e de correlação (de Pearson ou de Spearman). Os dados foram analisados no SPSS, com nível de significância de 0,05. Resultados: Os pacientes (n=36, 27 meninos, média de idade 12,3 ± 4,3 anos) faziam uso de GH por tempo mediano de 3,7 anos. Não houve diferença em relação à idade, gênero, peso e estádio puberal entre os grupos DGH e controle. O perfil lipídico foi normal e semelhante entre os dois grupos. Não houve diferença na hemoglobina glicada, insulina e HOMA-IR; no entanto, a glicemia de jejum foi menor no grupo DGH, possivelmente pelo concomitante hipocortisolismo na maioria dos doentes (83 mg/dL; 60-104; versus 86 mg/dL; 73-100; p=0,026). Os pacientes tinham porcentagem de gordura corporal total significativamente aumentada (p=0,049), com aumento da relação entre gordura no tronco e gordura nas pernas (FT/FL) (p=0,001), mas com massa magra corporal igual aos pares sadios. Quanto mais tardio o início do tratamento, maior foi a relação FT/FL (r=0,425; p=0,01), que é um marcador de obesidade central. Conclusões: A dose de GH utilizada no tratamento das crianças e adolescentes com DGH tem sido adequada para manter o perfil lipídico e a sensibilidade à insulina normais. Possivelmente, é necessário um tempo maior para que ocorra normalização de todos os parâmetros da composição corporal. Mais estudos a longo prazo são necessários para avaliação dos efeitos extra esqueléticos do GH, sendo válido discutir o acompanhamento das crianças com DGH, com avaliação dos fatores de risco cardiovascular e orientações preventivas.
id UFMG_96ca136c02c1f0d13a42acc984485567
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B4WFSM
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Isabela Leite PezzutiIvani Novato SilvaSarah Baccarini CunhaFlavia Cristina Diamantino2019-08-12T00:21:40Z2019-08-12T00:21:40Z2018-02-20http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B4WFSMIntrodução: O hormônio de crescimento (GH) é sabidamente conhecido por sua ação no crescimento linear. No entanto, também influencia a composição corporal, a sensibilidade à insulina e os níveis lipídicos, o que poderia levar a um aumento do risco cardiovascular nos indivíduos acometidos. Porém, ainda são poucos os estudos voltados às ações extracrescimento do GH, principalmente na faixa etária pediátrica. Objetivo: Avaliar o perfil metabólico e a composição corporal de crianças e adolescentes com deficiência de GH (DGH), em tratamento com GH e comparar com um grupo controle sadio. Metodologia: Foram selecionados 36 crianças e adolescentes com DGH, em reposição hormonal adequada, entre 4 e 20 anos, acompanhados no serviço de Endocrinologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HCUFMG) e 45 indivíduos sadios pareados por idade e sexo. O protocolo do estudo consistiu na avaliação laboratorial do perfil lipídico (CT, LDL, HDL, VLDL, TG), glicêmico (glicemia de jejum, insulina, HOMA-IR), além da composição corporal obtida pela densitometria óssea. A análise estatística incluiu testes de comparação (T de Student, Mann Whitney ou Qui-quadrado de Pearson Assintótico) e de correlação (de Pearson ou de Spearman). Os dados foram analisados no SPSS, com nível de significância de 0,05. Resultados: Os pacientes (n=36, 27 meninos, média de idade 12,3 ± 4,3 anos) faziam uso de GH por tempo mediano de 3,7 anos. Não houve diferença em relação à idade, gênero, peso e estádio puberal entre os grupos DGH e controle. O perfil lipídico foi normal e semelhante entre os dois grupos. Não houve diferença na hemoglobina glicada, insulina e HOMA-IR; no entanto, a glicemia de jejum foi menor no grupo DGH, possivelmente pelo concomitante hipocortisolismo na maioria dos doentes (83 mg/dL; 60-104; versus 86 mg/dL; 73-100; p=0,026). Os pacientes tinham porcentagem de gordura corporal total significativamente aumentada (p=0,049), com aumento da relação entre gordura no tronco e gordura nas pernas (FT/FL) (p=0,001), mas com massa magra corporal igual aos pares sadios. Quanto mais tardio o início do tratamento, maior foi a relação FT/FL (r=0,425; p=0,01), que é um marcador de obesidade central. Conclusões: A dose de GH utilizada no tratamento das crianças e adolescentes com DGH tem sido adequada para manter o perfil lipídico e a sensibilidade à insulina normais. Possivelmente, é necessário um tempo maior para que ocorra normalização de todos os parâmetros da composição corporal. Mais estudos a longo prazo são necessários para avaliação dos efeitos extra esqueléticos do GH, sendo válido discutir o acompanhamento das crianças com DGH, com avaliação dos fatores de risco cardiovascular e orientações preventivas.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGSistema endócrinoSistema CardiovascularHormônio de CrescimentoColesterolGlicemiaDeficiênciaHipopituitarismoComposição CorporalComposição corporal de crianças e adolescentes com Hipopituitarismo em reposição hormonalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINAL20180522103750069__2_files_merged_.pdfapplication/pdf906543https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B4WFSM/1/20180522103750069__2_files_merged_.pdfaab8b2bf5e0f658403ca5f5226e71158MD51TEXT20180522103750069__2_files_merged_.pdf.txt20180522103750069__2_files_merged_.pdf.txtExtracted texttext/plain74611https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B4WFSM/2/20180522103750069__2_files_merged_.pdf.txt3782c4ec323876e4db8dbc066fe61365MD521843/BUOS-B4WFSM2019-11-14 04:31:25.558oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B4WFSMRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:31:25Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Composição corporal de crianças e adolescentes com Hipopituitarismo em reposição hormonal
title Composição corporal de crianças e adolescentes com Hipopituitarismo em reposição hormonal
spellingShingle Composição corporal de crianças e adolescentes com Hipopituitarismo em reposição hormonal
Flavia Cristina Diamantino
Sistema Cardiovascular
Hormônio de Crescimento
Colesterol
Glicemia
Deficiência
Hipopituitarismo
Composição Corporal
Sistema endócrino
title_short Composição corporal de crianças e adolescentes com Hipopituitarismo em reposição hormonal
title_full Composição corporal de crianças e adolescentes com Hipopituitarismo em reposição hormonal
title_fullStr Composição corporal de crianças e adolescentes com Hipopituitarismo em reposição hormonal
title_full_unstemmed Composição corporal de crianças e adolescentes com Hipopituitarismo em reposição hormonal
title_sort Composição corporal de crianças e adolescentes com Hipopituitarismo em reposição hormonal
author Flavia Cristina Diamantino
author_facet Flavia Cristina Diamantino
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Isabela Leite Pezzuti
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Ivani Novato Silva
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Sarah Baccarini Cunha
dc.contributor.author.fl_str_mv Flavia Cristina Diamantino
contributor_str_mv Isabela Leite Pezzuti
Ivani Novato Silva
Sarah Baccarini Cunha
dc.subject.por.fl_str_mv Sistema Cardiovascular
Hormônio de Crescimento
Colesterol
Glicemia
Deficiência
Hipopituitarismo
Composição Corporal
topic Sistema Cardiovascular
Hormônio de Crescimento
Colesterol
Glicemia
Deficiência
Hipopituitarismo
Composição Corporal
Sistema endócrino
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Sistema endócrino
description Introdução: O hormônio de crescimento (GH) é sabidamente conhecido por sua ação no crescimento linear. No entanto, também influencia a composição corporal, a sensibilidade à insulina e os níveis lipídicos, o que poderia levar a um aumento do risco cardiovascular nos indivíduos acometidos. Porém, ainda são poucos os estudos voltados às ações extracrescimento do GH, principalmente na faixa etária pediátrica. Objetivo: Avaliar o perfil metabólico e a composição corporal de crianças e adolescentes com deficiência de GH (DGH), em tratamento com GH e comparar com um grupo controle sadio. Metodologia: Foram selecionados 36 crianças e adolescentes com DGH, em reposição hormonal adequada, entre 4 e 20 anos, acompanhados no serviço de Endocrinologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HCUFMG) e 45 indivíduos sadios pareados por idade e sexo. O protocolo do estudo consistiu na avaliação laboratorial do perfil lipídico (CT, LDL, HDL, VLDL, TG), glicêmico (glicemia de jejum, insulina, HOMA-IR), além da composição corporal obtida pela densitometria óssea. A análise estatística incluiu testes de comparação (T de Student, Mann Whitney ou Qui-quadrado de Pearson Assintótico) e de correlação (de Pearson ou de Spearman). Os dados foram analisados no SPSS, com nível de significância de 0,05. Resultados: Os pacientes (n=36, 27 meninos, média de idade 12,3 ± 4,3 anos) faziam uso de GH por tempo mediano de 3,7 anos. Não houve diferença em relação à idade, gênero, peso e estádio puberal entre os grupos DGH e controle. O perfil lipídico foi normal e semelhante entre os dois grupos. Não houve diferença na hemoglobina glicada, insulina e HOMA-IR; no entanto, a glicemia de jejum foi menor no grupo DGH, possivelmente pelo concomitante hipocortisolismo na maioria dos doentes (83 mg/dL; 60-104; versus 86 mg/dL; 73-100; p=0,026). Os pacientes tinham porcentagem de gordura corporal total significativamente aumentada (p=0,049), com aumento da relação entre gordura no tronco e gordura nas pernas (FT/FL) (p=0,001), mas com massa magra corporal igual aos pares sadios. Quanto mais tardio o início do tratamento, maior foi a relação FT/FL (r=0,425; p=0,01), que é um marcador de obesidade central. Conclusões: A dose de GH utilizada no tratamento das crianças e adolescentes com DGH tem sido adequada para manter o perfil lipídico e a sensibilidade à insulina normais. Possivelmente, é necessário um tempo maior para que ocorra normalização de todos os parâmetros da composição corporal. Mais estudos a longo prazo são necessários para avaliação dos efeitos extra esqueléticos do GH, sendo válido discutir o acompanhamento das crianças com DGH, com avaliação dos fatores de risco cardiovascular e orientações preventivas.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-02-20
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-12T00:21:40Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-12T00:21:40Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B4WFSM
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B4WFSM
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B4WFSM/1/20180522103750069__2_files_merged_.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B4WFSM/2/20180522103750069__2_files_merged_.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv aab8b2bf5e0f658403ca5f5226e71158
3782c4ec323876e4db8dbc066fe61365
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589226422337536