Transferência adotiva dos efeitos indiretos da exposição parenteral a antígenos tolerados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andre Pires da Cunha
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/CMFC-7X4KM6
Resumo: A exposição parenteral a antígenos para os quais a tolerância oral foi previamente induzida afeta (inibe) atividades imunológicas ligadas a antígenos não relacionados, fenômeno que denominamos efeitos indiretos da tolerância oral (Carvalho, et al., 1994). Investigamos a possibilidade de transferir a tolerância oral e seus efeitos indiretos para receptores singênicos normais ou previamente irradiados por transfusão de células do baço. Tanto a tolerância oral, quanto seus efeitos indiretos, foram transferidos apenas para receptores irradiados, sendo que os efeitos indiretos requisitaram um maior número de células, o que sugere o envolvimento de um maior número de interações celulares nos efeitos indiretos. Em receptores não-irradiados existe uma barreira (barreira singênica) que impede a implantação funcional das células transferidas, interferindo em suas atividades imunológicas específicas. O padrão de distribuição das células transferidas em diferentes órgãos linfóides foi estudado por marcação com CFSE. Nos receptores irradiados, a porcentagem de células marcadas era maior em todos os órgãos estudados, independentemente se provindas de doadores tolerantes ou não-tolerantes. Entretanto, o número absoluto tende a ser um pouco maior nos receptores não irradiados. Animais receptores de células de doadores não-tolerantes, no terceiro dia após a transferência, apresentaram uma redução, tanto na porcentagem quanto no número absoluto de células marcadas com CFSE, quando comparados com os receptores de células de doadores tolerantes. Isto sugere que há diferenças na dinâmica de decaimento das células transferidas de doadores tolerantes ou não-tolerantes. Fenômenos como a barreira singênica e os efeitos indiretos da tolerância oral talvez sejam melhor entendidos em modelos que descrevam a interdependência dos componentes do sistema imune.
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