Padrões biogeográficos e estruturação do conhecimento taxonômico das aranhas araneoideas americanas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Philip Russo da Silva
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/31855
Resumo: Estudos biogeográficos em escala global são geralmente baseados em padrões de distribuição e riqueza e não há muita compreensão sobre a variação da composição das espécies. Nesses estudos é comum o uso de divisões naturais como alternativa ao uso de limites políticos, mas assim como os limites políticos, a escolha das divisões naturais também pode ter algum grau de arbitrariedade. Como alternativa para diminuir tal abitrariedade, podem ser usadas áreas em escala global ou macroescala que não façam distinção de quaisquer divisões. Nesse trabalho foi usado o continente americano para avaliar os padrões biogeográficos das aranhas da superfamília Araneoidea. As aranhas são uma porção significativa da diversidade de invertebrados, e dentro da ordem Araneae, a superfamília Araneoidea se destaca por ser a maior e mais bem estudada, sendo um bom modelo para estudo de padrões em macro escala. Apesar disso, o déficit Wallaceano é uma realidade para o grupo, assim como para a maioria dos organismos, principalmente os invertebrados. Para superar esse déficit, e avaliar como nosso conhecimento sobre a variação da distribuição das aranahas pode estar relacionado ao esforço amostral ao longo do tempo, foram construídas bases de dados a partir da literatura taxonômica disponibilizada no World Spider Catalog e avaliados os padrões de distribuição espacial e temporal desses dados através de análises de riqueza, beta diversidade e identicação de áreas de endemismo. Foi encontrado que a variação espacial da riqueza de aranhas araneoideas na América está fortemente relacionada ao padrão de densidade de registros. Por exemplo, nas regiões ao sul e sudeste do Brasil e sudeste dos Estados Unidos da América, altos índices de riqueza em espécies e da densidade Kernel dos registros de ocorrência estão associados a alto esforço de coleta historicamente acumulado. Algo muito similar acontece com os padrões de endemismo, a identificação dessas áreas também está relacionada aos padrões de densidade de registros, mas apesar dessa correlação alta, e de também apresentar uma forte influência histórica, a identificação das áreas mostra uma grande variação em seus padrões à medida que novos dados de distribuição são fornecidos. Isso mostra a importância de se continuar registrando a fauna e buscar essa informação em locais que são pouco conhecidos. Em relação à composição de espécies, essa relação com a densidade e com o histórico de coletas não é bem marcado, e mostra resultados interessantes, com quebras de composição bem semelhantes a algumas divisões naturais propostas com base em variações climáticas, mostrando que esse pode ser um fator que estaria influenciando padrões de distribuição das aranhas na América.
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As aranhas são uma porção significativa da diversidade de invertebrados, e dentro da ordem Araneae, a superfamília Araneoidea se destaca por ser a maior e mais bem estudada, sendo um bom modelo para estudo de padrões em macro escala. Apesar disso, o déficit Wallaceano é uma realidade para o grupo, assim como para a maioria dos organismos, principalmente os invertebrados. Para superar esse déficit, e avaliar como nosso conhecimento sobre a variação da distribuição das aranahas pode estar relacionado ao esforço amostral ao longo do tempo, foram construídas bases de dados a partir da literatura taxonômica disponibilizada no World Spider Catalog e avaliados os padrões de distribuição espacial e temporal desses dados através de análises de riqueza, beta diversidade e identicação de áreas de endemismo. Foi encontrado que a variação espacial da riqueza de aranhas araneoideas na América está fortemente relacionada ao padrão de densidade de registros. Por exemplo, nas regiões ao sul e sudeste do Brasil e sudeste dos Estados Unidos da América, altos índices de riqueza em espécies e da densidade Kernel dos registros de ocorrência estão associados a alto esforço de coleta historicamente acumulado. Algo muito similar acontece com os padrões de endemismo, a identificação dessas áreas também está relacionada aos padrões de densidade de registros, mas apesar dessa correlação alta, e de também apresentar uma forte influência histórica, a identificação das áreas mostra uma grande variação em seus padrões à medida que novos dados de distribuição são fornecidos. Isso mostra a importância de se continuar registrando a fauna e buscar essa informação em locais que são pouco conhecidos. Em relação à composição de espécies, essa relação com a densidade e com o histórico de coletas não é bem marcado, e mostra resultados interessantes, com quebras de composição bem semelhantes a algumas divisões naturais propostas com base em variações climáticas, mostrando que esse pode ser um fator que estaria influenciando padrões de distribuição das aranhas na América.Biogeographic studies on a global scale are generally based on patterns of distribution and richness and there is not much understanding about variation in species composition. In these studies, the use of natural divisions as an alternative to the use of political boundaries is common, but as with political boundaries, the choice of natural divisions can also have some degree of arbitrariness. Alternatively, can be used areas on a global or macro scale that do not distinguish any divisions. In this work the American continent was used to evaluate the biogeographic patterns of spiders of the superfamily Araneoidea. Spiders are a significant portion of invertebrate diversity, and within the Araneae order, the Araneoidea superfamily stands out as the largest and best studied, and is a good model for the study of macro scale patterns. Despite this, the Wallacean shortfall is a reality for the group as well as for most organisms, especially invertebrates. In order to overcome this deficit, and to evaluate how our knowledge about the variation of the spider's distribution may be related to the sample effort over time, databases were constructed from the taxonomic literature available in the World Spider Catalog and the spatial distribution patterns and temporal analysis of these data through analyzes of richness, beta diversity and identification of areas of endemism. It was found that the spatial variation of the araneoidean spider richness in America is strongly related to the density pattern of records. For example, in the southern and southeastern regions of Brazil and southeastern United States, high species richness indexes and kernel density of occurrence records are associated with historically accumulated high collection effort. Something very similar happens with endemism patterns, the identification of these areas is also related to the density patterns of records, but despite this high correlation, and also having a strong historical influence, the identification of areas shows a great variation in their patterns as new distribution data is provided. This shows the importance of continuing to record the fauna and seek this information in places that are little known. Regarding species composition, this relationship with density and collection history is not well marked, and shows interesting results, with composition breaks very similar to some natural divisions proposed based on climatic variations, showing that this can be a factor that would be influencing spider distribution patterns in America.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em ZoologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessZoologiaBiogeografiaAranhasGeoprocessamentoBiogeografiaGeoprocessamentoAranhasPadrões biogeográficos e estruturação do conhecimento taxonômico das aranhas araneoideas americanasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertacao-PhilipRusso.pdfDissertacao-PhilipRusso.pdfDissertação de Mestrado defendida no Programa de Pós-Graduação em Zoologia da UFMG em fevereiro de 2019application/pdf7099856https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31855/4/Dissertacao-PhilipRusso.pdf74e61c6c790b51f713568aad06aefda1MD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31855/5/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD55CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31855/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52TEXTDissertacao-PhilipRusso.pdf.txtDissertacao-PhilipRusso.pdf.txtExtracted texttext/plain152723https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31855/6/Dissertacao-PhilipRusso.pdf.txtd465b578ba8e0c70bd4090e049620247MD561843/318552020-01-15 03:30:03.869oai:repositorio.ufmg.br:1843/31855TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-01-15T06:30:03Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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