Impacto da disfunção temporomandibular na qualidade de vida relacionada à saúde bucal de adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gabrielle Amaral de Freitas
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/37055
Resumo: O objetivo desse estudo transversal foi avaliar o impacto da Disfunção temporomandibular (DTM) na Qualidade de Vida Relacionada à Saúde Bucal (QVRSB) de adolescentes. Noventa pacientes em tratamento odontológico em uma clínica universitária em 2019, sem diagnóstico realizado anteriormente para DTM, com idades entre 13 e 18 anos, de ambos sexos, cujos responsáveis consentiram, participaram do estudo. A QVRSB foi mensurada atraves da aplicação da versão brasileira do Oral Health Impact Profile (OHIP-14) e o diagnóstico de DTM foi realizado através do instrumento Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD). Foram utilizados o Eixo I do instrumento para avaliar a presença de Desordens musculares, Deslocamento de disco e Desordens articulares, e o Eixo II mediu a presença de Depressão, Sintomas inespecificos incluindo dor e de Transtorno de ansiedade generalizada. Além disso, os pacientes foram examinados clinicamente para outras condições bucais: cárie (CPOD), fluorose (índice de Dean), traumatismos dentários (Andreasen & Andreasen), índice de estética dental (DAI) e para presença de hipomineralização mola-incisivo, erosão dentária, facetas de desgaste dentário, língua geográfica e fissurada. Os seus pais/responsáveis responderam questões sociecônomicas, demográficas e de saúde geral dos adolescentes. Os dados obtidos foram submetidos à análise descritiva e analítica, com teste de qui-quadrado, Exato de Fisher, Mann Whitney, e modelos simples e múltiplos de regressão logística (p < 0,05). A prevalência de impacto na QVRSB foi de 34% (IC 95%: 24-44), sendo os domínios Desconforto psicológico (28%) (IC 95%: 18-38), Incapacidade psicológica (19%) (IC 95%:10-27) e Dor física (15%) (IC 95%: 7-23) mais prevalentes. A DTM foi diagnosticada em 42% (IC 95%: 31-53) dos adolescentes, sendo que 57,5% (IC 95%) dos pacientes que relataram sintomas eram meninas. Entre os diagnósticos do Eixo I, o mais prevalente foi Desordem articular (40%) (IC 95%), e no Eixo II, a Depressão foi o distúrbio mais prevalente (46%) (IC 95%: 35-57), seguida de Sintomas físicos inespecíficos incluindo dor (45%) (IC 95%: 34-55) e Transtorno de ansiedade generalizada (41%) (IC 95%: 30-52). No modelo ajustado pelas variáveis experiência de cárie dentária, dor de dente e auto percepção de saúde bucal, todos os diagnósticos relacionados a DTM fornecidos pelo RDC/TMD, exceto a depressão, foram associados ao impacto negativo na QVRSB. O impacto na QVRSB foi associado ao autorrelato sobre a saúde geral e bucal do adolescente (p = 0,008 e p = 0,011), a presença de DTM (p = 0,033), de desordem muscular e articular (p = 0,021 e p = 0,009) e a todos os diagnósticos do Eixo II do RDC/TMD (p ≤ 0,005). Dentre as variáveis clínicas, associou-se à prevalência de cárie dentária (p = 0,044) e ao relato de dor de dente (p = 0,005). Nenhuma variável socioeconômica ou demográfica foi associada à QVRSB nas análises bivariadas. O domínio do OHIP-14 com maior prevalência, Desconforto psicológico, apresentou associação com as seguintes variáveis: Desordens musculares (p = 0,005), Dor crônica (p = 0,003), Sintomas inespecífico incluindo dor (p = 0,039), Transtorno generalizado de ansiedade (p = 0,020) e Dor de dente (p = 0,002). Esses resultados mostram que DTM e seus diagnósticos associados, fatores de saúde geral e clínicos estão envolvidos no impacto negativo na QVRSB. Após as análises univariadas aquelas variáveis independentes que apresentaram p ≤ 0,20 foram testadas para presença de multicolinearidade e, quando esta foi identificada entre um par ou grupo de variáveis, apenas uma delas entrou no modelo múltiplo, considerando o referencial teórico. O fato dos diferentes diagnósticos relacionados à DTM obtidos pelo RDC /TMD terem exibido colinearidade entre si, somado ao intuito de melhor entender a contribuição dos diversos aspectos relacionados à DTM na QVRSB, embasaram a construção de cinco modelos múltiplos distintos, sendo que em cada um deles apenas um dos possíveis diagnósticos foi incluído, como variável independente de interesse. O método “backward” de Wald foi usado para gerar os modelos finais, valores ajustados de Razão das Chances (OR) e respectivos intervalos de confiança de 95% para impacto na QVRSB entre as categorias das variáveis independentes. Adolescentes com desordens musculares e/ou articulares e/ou deslocamento de disco tiveram 5 vezes mais chance (IC 95%: 1,24–21,3) de apresentar impacto negativo na QVRSB (modelo 1), enquanto para aqueles com dor crônica, sintomas inespecíficos incluindo dor e transtorno de ansiedade generalizada essa chance foi 4,7 (IC 95%: 1,12–19,44) (modelo 2), 1,4 (IC 95%: 1,12–1,80) (modelo 4) e 13 (IC 95%: 2,81–60,71) (modelo 5) vezes maior em relação aos adolescentes que não apresentaram esses sinais e sintomas. A experiência de cárie (CPOD) foi outra variável clínica que permaneceu associada ao impacto negativo na QVRSB após ajuste em todos os modelos. Novos estudos com amostras representativas são necessários para a confirmação destes achados.
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Foram utilizados o Eixo I do instrumento para avaliar a presença de Desordens musculares, Deslocamento de disco e Desordens articulares, e o Eixo II mediu a presença de Depressão, Sintomas inespecificos incluindo dor e de Transtorno de ansiedade generalizada. Além disso, os pacientes foram examinados clinicamente para outras condições bucais: cárie (CPOD), fluorose (índice de Dean), traumatismos dentários (Andreasen & Andreasen), índice de estética dental (DAI) e para presença de hipomineralização mola-incisivo, erosão dentária, facetas de desgaste dentário, língua geográfica e fissurada. Os seus pais/responsáveis responderam questões sociecônomicas, demográficas e de saúde geral dos adolescentes. Os dados obtidos foram submetidos à análise descritiva e analítica, com teste de qui-quadrado, Exato de Fisher, Mann Whitney, e modelos simples e múltiplos de regressão logística (p < 0,05). A prevalência de impacto na QVRSB foi de 34% (IC 95%: 24-44), sendo os domínios Desconforto psicológico (28%) (IC 95%: 18-38), Incapacidade psicológica (19%) (IC 95%:10-27) e Dor física (15%) (IC 95%: 7-23) mais prevalentes. A DTM foi diagnosticada em 42% (IC 95%: 31-53) dos adolescentes, sendo que 57,5% (IC 95%) dos pacientes que relataram sintomas eram meninas. Entre os diagnósticos do Eixo I, o mais prevalente foi Desordem articular (40%) (IC 95%), e no Eixo II, a Depressão foi o distúrbio mais prevalente (46%) (IC 95%: 35-57), seguida de Sintomas físicos inespecíficos incluindo dor (45%) (IC 95%: 34-55) e Transtorno de ansiedade generalizada (41%) (IC 95%: 30-52). No modelo ajustado pelas variáveis experiência de cárie dentária, dor de dente e auto percepção de saúde bucal, todos os diagnósticos relacionados a DTM fornecidos pelo RDC/TMD, exceto a depressão, foram associados ao impacto negativo na QVRSB. O impacto na QVRSB foi associado ao autorrelato sobre a saúde geral e bucal do adolescente (p = 0,008 e p = 0,011), a presença de DTM (p = 0,033), de desordem muscular e articular (p = 0,021 e p = 0,009) e a todos os diagnósticos do Eixo II do RDC/TMD (p ≤ 0,005). Dentre as variáveis clínicas, associou-se à prevalência de cárie dentária (p = 0,044) e ao relato de dor de dente (p = 0,005). Nenhuma variável socioeconômica ou demográfica foi associada à QVRSB nas análises bivariadas. O domínio do OHIP-14 com maior prevalência, Desconforto psicológico, apresentou associação com as seguintes variáveis: Desordens musculares (p = 0,005), Dor crônica (p = 0,003), Sintomas inespecífico incluindo dor (p = 0,039), Transtorno generalizado de ansiedade (p = 0,020) e Dor de dente (p = 0,002). Esses resultados mostram que DTM e seus diagnósticos associados, fatores de saúde geral e clínicos estão envolvidos no impacto negativo na QVRSB. Após as análises univariadas aquelas variáveis independentes que apresentaram p ≤ 0,20 foram testadas para presença de multicolinearidade e, quando esta foi identificada entre um par ou grupo de variáveis, apenas uma delas entrou no modelo múltiplo, considerando o referencial teórico. O fato dos diferentes diagnósticos relacionados à DTM obtidos pelo RDC /TMD terem exibido colinearidade entre si, somado ao intuito de melhor entender a contribuição dos diversos aspectos relacionados à DTM na QVRSB, embasaram a construção de cinco modelos múltiplos distintos, sendo que em cada um deles apenas um dos possíveis diagnósticos foi incluído, como variável independente de interesse. O método “backward” de Wald foi usado para gerar os modelos finais, valores ajustados de Razão das Chances (OR) e respectivos intervalos de confiança de 95% para impacto na QVRSB entre as categorias das variáveis independentes. Adolescentes com desordens musculares e/ou articulares e/ou deslocamento de disco tiveram 5 vezes mais chance (IC 95%: 1,24–21,3) de apresentar impacto negativo na QVRSB (modelo 1), enquanto para aqueles com dor crônica, sintomas inespecíficos incluindo dor e transtorno de ansiedade generalizada essa chance foi 4,7 (IC 95%: 1,12–19,44) (modelo 2), 1,4 (IC 95%: 1,12–1,80) (modelo 4) e 13 (IC 95%: 2,81–60,71) (modelo 5) vezes maior em relação aos adolescentes que não apresentaram esses sinais e sintomas. A experiência de cárie (CPOD) foi outra variável clínica que permaneceu associada ao impacto negativo na QVRSB após ajuste em todos os modelos. Novos estudos com amostras representativas são necessários para a confirmação destes achados.The objective of this cross-sectional study was to assess the impact of temporomandibular disorder (TMD) on quality of life related to oral health (HRQoL) among adolescents. Ninety patients undergoing dental treatment at a university clinic in 2019, without previously diagnosed for TMD, aged between 13 and 18 years old, of both sexes, whose guardians consented, participated in the study. The HRQoL was measured by applying the Brazilian version of the Oral Health Impact Profile (OHIP-14) and the diagnosis of TMD was performed using the Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC / TMD). Axis I of the instrument was used to assess the presence of Muscle Disorders, Disc Displacement and Joint Disorders, and Axis II measured the presence of Depression, non-specific symptoms including pain and generalized anxiety disorder. In addition, patients were examined clinically for other oral conditions: caries (DMFT), fluorosis (Dean's index), dental trauma (Andreasen & Andreasen), dental esthetic index (DAI) and for the presence of spring-incisor hypomineralization, erosion dental, dental wear facets, geographic and fissured tongue. Their parents / guardians answered socio-economic, demographic and general health questions for adolescents. The data obtained were submitted to descriptive and analytical analysis, with chi-square test, Fisher's Exact, Mann Whitney, and simple and multiple logistic regression models (p <0.05). The prevalence of impact on HRQoL was 34% (95% CI: 24-44), with the domains Psychological discomfort (28%) (95% CI: 18-38), Psychological disability (19%) (95% CI: 10-27) and physical pain (15%) (95% CI: 7-23) more prevalent. TMD was diagnosed in 42% (95% CI: 31-53) of adolescents, and 57.5% (95% CI:) of the patients who reported symptoms were girls. Among Axis I diagnoses, the most prevalent was Joint disorder (40%) (95% CI:), and in Axis II, Depression was the most prevalent disorder (46%) (95% CI: 35-57), followed by non-specific physical symptoms including pain (45%) (95% CI: 34-55) and generalized anxiety disorder (41%) (95% CI: 30-52). In the model adjusted for the variables dental caries, toothache and self-perception of oral health, all diagnoses related to TMD provided by the RDC / TMD, except depression, were associated with the negative impact on HRQoL. The impact on HRQoL was associated with self-report on the adolescent's general and oral health (p = 0.008 and p = 0.011), the presence of TMD (p = 0.033), muscle and joint disorder (p = 0.021 and p = 0.009) and all RDC / TMD Axis II diagnoses (p ≤ 0.005). Among the clinical variables, it was associated with the prevalence of dental caries (p = 0.044) and the report of toothache (p = 0.005). No socioeconomic or demographic variables were associated with HRQoL in bivariate analyzes. The OHIP-14 domain with the highest prevalence, Psychological discomfort, was associated with the following variables: Muscle disorders (p = 0.005), Chronic pain (p = 0.003), Non-specific symptoms including pain (p = 0.039), Generalized anxiety disorder (p = 0.020) and Toothache (p = 0.002). These results show that TMD and its associated diagnoses, general health and clinical factors are involved in the negative impact on HRQoL. After univariate analyzes, those independent variables that presented p ≤ 0.20 were tested for the presence of multicollinearity and, when this was identified among a pair or group of variables, only one of them entered the multiple model, considering the theoretical framework. The fact that the different diagnoses related to TMD obtained by the RDC / TMD have exhibited collinearity with each other, added to the purpose of better understanding the contribution of the various aspects related to TMD in HRQoL, based on the construction of five different multiple models, each of which only one of the possible diagnoses was included as an independent variable of interest. Wald's backward method was used to generate the final models, adjusted odds ratio (OR) values and respective 95% confidence intervals for impact on HRQoL between the categories of independent variables. Adolescents with muscle and / or joint disorders and / or disc displacement were 5 times more likely (95% CI: 1.24–21.3) to have a negative impact on HRQoL (model 1), while for those with chronic pain, nonspecific symptoms including pain and generalized anxiety disorder this chance was 4.7 (95% CI: 1.12–19.44) (model 2), 1.4 (95% CI: 1.12–1.80) ( model 4) and 13 (95% CI: 2.81–60.71) (model 5) times higher in relation to adolescents who did not present these signs and symptoms. Caries experience (DMFT) was another clinical variable that remained associated with the negative impact on HRQoL after adjustment in all models. Further studies with representative samples are necessary to confirm these findings.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em OdontologiaUFMGBrasilFAO - DEPARTAMENTO DE ODONTOPEDIATRIA E ORTODONTIAQualidade de vidaSaúde bucalArticulação termporomandibularAdolescenteSíndrome da disfunção da articulação temporomandibularQualidade de VidaSaúde bucalArticulação temporomandibularAdolescentesSíndrome da disfunção da articulação temporomandibularImpacto da disfunção temporomandibular na qualidade de vida relacionada à saúde bucal de adolescentesImpact of temporomandibular disorders on the oral health-related quality of life of adolescentsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Gabrielle Amaral de Freitas.pdfDissertação Gabrielle Amaral de Freitas.pdfapplication/pdf2839386https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37055/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Gabrielle%20Amaral%20de%20Freitas.pdf139485334a9a08a7538f6af8f09a80ebMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37055/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/370552021-07-29 14:13:04.012oai:repositorio.ufmg.br:1843/37055TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-07-29T17:13:04Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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description O objetivo desse estudo transversal foi avaliar o impacto da Disfunção temporomandibular (DTM) na Qualidade de Vida Relacionada à Saúde Bucal (QVRSB) de adolescentes. Noventa pacientes em tratamento odontológico em uma clínica universitária em 2019, sem diagnóstico realizado anteriormente para DTM, com idades entre 13 e 18 anos, de ambos sexos, cujos responsáveis consentiram, participaram do estudo. A QVRSB foi mensurada atraves da aplicação da versão brasileira do Oral Health Impact Profile (OHIP-14) e o diagnóstico de DTM foi realizado através do instrumento Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD). Foram utilizados o Eixo I do instrumento para avaliar a presença de Desordens musculares, Deslocamento de disco e Desordens articulares, e o Eixo II mediu a presença de Depressão, Sintomas inespecificos incluindo dor e de Transtorno de ansiedade generalizada. Além disso, os pacientes foram examinados clinicamente para outras condições bucais: cárie (CPOD), fluorose (índice de Dean), traumatismos dentários (Andreasen & Andreasen), índice de estética dental (DAI) e para presença de hipomineralização mola-incisivo, erosão dentária, facetas de desgaste dentário, língua geográfica e fissurada. Os seus pais/responsáveis responderam questões sociecônomicas, demográficas e de saúde geral dos adolescentes. Os dados obtidos foram submetidos à análise descritiva e analítica, com teste de qui-quadrado, Exato de Fisher, Mann Whitney, e modelos simples e múltiplos de regressão logística (p < 0,05). A prevalência de impacto na QVRSB foi de 34% (IC 95%: 24-44), sendo os domínios Desconforto psicológico (28%) (IC 95%: 18-38), Incapacidade psicológica (19%) (IC 95%:10-27) e Dor física (15%) (IC 95%: 7-23) mais prevalentes. A DTM foi diagnosticada em 42% (IC 95%: 31-53) dos adolescentes, sendo que 57,5% (IC 95%) dos pacientes que relataram sintomas eram meninas. Entre os diagnósticos do Eixo I, o mais prevalente foi Desordem articular (40%) (IC 95%), e no Eixo II, a Depressão foi o distúrbio mais prevalente (46%) (IC 95%: 35-57), seguida de Sintomas físicos inespecíficos incluindo dor (45%) (IC 95%: 34-55) e Transtorno de ansiedade generalizada (41%) (IC 95%: 30-52). No modelo ajustado pelas variáveis experiência de cárie dentária, dor de dente e auto percepção de saúde bucal, todos os diagnósticos relacionados a DTM fornecidos pelo RDC/TMD, exceto a depressão, foram associados ao impacto negativo na QVRSB. O impacto na QVRSB foi associado ao autorrelato sobre a saúde geral e bucal do adolescente (p = 0,008 e p = 0,011), a presença de DTM (p = 0,033), de desordem muscular e articular (p = 0,021 e p = 0,009) e a todos os diagnósticos do Eixo II do RDC/TMD (p ≤ 0,005). Dentre as variáveis clínicas, associou-se à prevalência de cárie dentária (p = 0,044) e ao relato de dor de dente (p = 0,005). Nenhuma variável socioeconômica ou demográfica foi associada à QVRSB nas análises bivariadas. O domínio do OHIP-14 com maior prevalência, Desconforto psicológico, apresentou associação com as seguintes variáveis: Desordens musculares (p = 0,005), Dor crônica (p = 0,003), Sintomas inespecífico incluindo dor (p = 0,039), Transtorno generalizado de ansiedade (p = 0,020) e Dor de dente (p = 0,002). Esses resultados mostram que DTM e seus diagnósticos associados, fatores de saúde geral e clínicos estão envolvidos no impacto negativo na QVRSB. Após as análises univariadas aquelas variáveis independentes que apresentaram p ≤ 0,20 foram testadas para presença de multicolinearidade e, quando esta foi identificada entre um par ou grupo de variáveis, apenas uma delas entrou no modelo múltiplo, considerando o referencial teórico. O fato dos diferentes diagnósticos relacionados à DTM obtidos pelo RDC /TMD terem exibido colinearidade entre si, somado ao intuito de melhor entender a contribuição dos diversos aspectos relacionados à DTM na QVRSB, embasaram a construção de cinco modelos múltiplos distintos, sendo que em cada um deles apenas um dos possíveis diagnósticos foi incluído, como variável independente de interesse. O método “backward” de Wald foi usado para gerar os modelos finais, valores ajustados de Razão das Chances (OR) e respectivos intervalos de confiança de 95% para impacto na QVRSB entre as categorias das variáveis independentes. Adolescentes com desordens musculares e/ou articulares e/ou deslocamento de disco tiveram 5 vezes mais chance (IC 95%: 1,24–21,3) de apresentar impacto negativo na QVRSB (modelo 1), enquanto para aqueles com dor crônica, sintomas inespecíficos incluindo dor e transtorno de ansiedade generalizada essa chance foi 4,7 (IC 95%: 1,12–19,44) (modelo 2), 1,4 (IC 95%: 1,12–1,80) (modelo 4) e 13 (IC 95%: 2,81–60,71) (modelo 5) vezes maior em relação aos adolescentes que não apresentaram esses sinais e sintomas. A experiência de cárie (CPOD) foi outra variável clínica que permaneceu associada ao impacto negativo na QVRSB após ajuste em todos os modelos. Novos estudos com amostras representativas são necessários para a confirmação destes achados.
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