Construção da via de interação do vírus Ebola com o hospedeiro e estimativa da origem dos genes e processos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Élisson Nogueira Lopes
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Rodrigo Juliani Siqueira Dalmolin
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B2BLNG
Resumo: O vírus Ebola (EBOV) é um vírus envelopado, filamentoso, e que contém um genoma de RNA de fita negativa. O EBOV pertence à família Filoviridae, e é causador de uma doença devastadora, com uma taxa de mortalidade de cerca de 50-90%. Os primeiros sintomas desenvolvidos por pacientes infectados são febre, mal-estar e dor muscular e podem ser seguidos por sangramento e falha de órgãos e tecidos. Os alvos iniciais do Ebola são macrófagos e células dendríticas, mas sua capacidade de infecção abrange todos os tipos de células, com exceção de linfócitos. O Ebola conecta-se através da membrana plasmática e, depois disso, a glicoproteína viral induz a absorção por endocitose. O processo é dependente da ação das proteínas da superfície celular. Após a absorção, as partículas viajam em compartimentos onde a glicoproteína viral é clivada e fundida na membrana endossomal, o que resulta na liberação dos compartimentos virais no citoplasma do hospedeiro. Foi feito o estudo do mecanismo de infecção do EBOV e a coleta das proteínas hospedeiras conhecidas até o momento, por participar diretamente ou indiretamente na infecção. Esta abordagem de mineração recrutou 133 proteínas hospedeiras. Com elas, foi construído uma via completa do interatoma para representar o ciclo de infecção do Ebola nos hospedeiros. Foi feita a análise também dos homólogos de cada proteína humana coletada ao longo da árvore taxonômica, para inferir seu clado/época de origem. Os resultados da análise de origem evolutiva permitiram inferir que o vírus poderia infectar desde Euleostomi, sugerindo que animais como peixes e pets poderiam ser infectados e retransmitir o vírus para outros hospedeiros, como o homem. Além disso, analisamos duas séries de dados GEO para expressão gênica após a infecção pelo Ebola, através do enriquecimento pelo KEGG, criando um perfil de infecção viral. Inicialmente, processos envolvendo controle celular e metabolismo foram enriquecidos, seguidos de vários outros processos de imortalização e supressão do sistema imune. Em conclusão, a infecção pelo Ebola ocorre com a interação com proteínas antigas na membrana e internas, algumas porém são mais novas. A construção da via possibilita a criação de um estudo sistemático a infecção do vírus e quais seriam os possíveis alvos terapêuticos.
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spelling Jose Miguel OrtegaClaudio Antonio BonjardimMariana Torquato Quezado de MagalhaesÉlisson Nogueira LopesRodrigo Juliani Siqueira Dalmolin2019-08-13T01:08:30Z2019-08-13T01:08:30Z2018-02-27http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B2BLNGO vírus Ebola (EBOV) é um vírus envelopado, filamentoso, e que contém um genoma de RNA de fita negativa. O EBOV pertence à família Filoviridae, e é causador de uma doença devastadora, com uma taxa de mortalidade de cerca de 50-90%. Os primeiros sintomas desenvolvidos por pacientes infectados são febre, mal-estar e dor muscular e podem ser seguidos por sangramento e falha de órgãos e tecidos. Os alvos iniciais do Ebola são macrófagos e células dendríticas, mas sua capacidade de infecção abrange todos os tipos de células, com exceção de linfócitos. O Ebola conecta-se através da membrana plasmática e, depois disso, a glicoproteína viral induz a absorção por endocitose. O processo é dependente da ação das proteínas da superfície celular. Após a absorção, as partículas viajam em compartimentos onde a glicoproteína viral é clivada e fundida na membrana endossomal, o que resulta na liberação dos compartimentos virais no citoplasma do hospedeiro. Foi feito o estudo do mecanismo de infecção do EBOV e a coleta das proteínas hospedeiras conhecidas até o momento, por participar diretamente ou indiretamente na infecção. Esta abordagem de mineração recrutou 133 proteínas hospedeiras. Com elas, foi construído uma via completa do interatoma para representar o ciclo de infecção do Ebola nos hospedeiros. Foi feita a análise também dos homólogos de cada proteína humana coletada ao longo da árvore taxonômica, para inferir seu clado/época de origem. Os resultados da análise de origem evolutiva permitiram inferir que o vírus poderia infectar desde Euleostomi, sugerindo que animais como peixes e pets poderiam ser infectados e retransmitir o vírus para outros hospedeiros, como o homem. Além disso, analisamos duas séries de dados GEO para expressão gênica após a infecção pelo Ebola, através do enriquecimento pelo KEGG, criando um perfil de infecção viral. Inicialmente, processos envolvendo controle celular e metabolismo foram enriquecidos, seguidos de vários outros processos de imortalização e supressão do sistema imune. Em conclusão, a infecção pelo Ebola ocorre com a interação com proteínas antigas na membrana e internas, algumas porém são mais novas. A construção da via possibilita a criação de um estudo sistemático a infecção do vírus e quais seriam os possíveis alvos terapêuticos.Ebola virus (EBOV) is an enveloped, filamentous virus that contains a negativestranded RNA genome. EBOV belongs to the Filoviridae family, and causes a devastating disease, with a mortality rate of about 50-90%. The first symptoms developed by infected patients are fever, malaise and muscle pain and can be followed by bleeding and failure of organs and tissues. The initial targets of Ebola are macrophages and dendritic cells, but their ability to infect all types of cells, with the exception of lymphocytes. Ebola connects through the plasma membrane and, thereafter, a viral glycoprotein induces uptake by endocytosis. The process is dependent on the action of the proteins of the cell life. After absorption, as particles travel in compartments where a viral glycoprotein is cleaved and fused to the endosomal membrane, which results in the release of viral compartments without host cytoplasm. The study of the mechanism of infection of the EBOV and a collection of the hosted proteins was carried out, by participating directly or indirectly in the infection. This mining approach recruited 133 host proteins. With them, a complete interactive route was constructed to represent the Ebola infection cycle in hosts. An analysis was also made of the homologues of each human protein collected along the taxonomic tree to infer its clade/epoch the origin. The results of the analysis of evolutionary origin have allowed inferring that the virus can infect from Euleostomi, suggesting that animals such as fish and pets might be infected and retransmit the virus to other hosts, such as man. In addition, we analyzed two datasets, through KEGG enrichment, creating a profile of viral infection. Initially, processes involving cellular control and metabolism were enriched, followed by several other processes of immortalization and suppression of the immune system. In conclusion, an Ebola infection occurs with an interaction with old membrane and internal proteins, some still are younger. The construction of the pathway allows the creation of a systematic study of virus infection and what the possible therapeutic targets might be.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGBioinformáticaVias metabólicasEvoluçãoExpressãoEbolaConstrução da via de interação do vírus Ebola com o hospedeiro e estimativa da origem dos genes e processosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdissertacao_corrigida_elisson.pdfapplication/pdf5281549https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B2BLNG/1/dissertacao_corrigida_elisson.pdff96a1600d7558c09495be2c8e1ecb189MD51TEXTdissertacao_corrigida_elisson.pdf.txtdissertacao_corrigida_elisson.pdf.txtExtracted texttext/plain151598https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B2BLNG/2/dissertacao_corrigida_elisson.pdf.txtaa886729e014bbc8ac9535c58f4e5505MD521843/BUOS-B2BLNG2019-11-14 20:36:47.016oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B2BLNGRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T23:36:47Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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