Associação do perfil microbiológico com os graus de infecção e os estágios de risco da Classificação Wound, Ischemia, and foot Infection (WIfI), amputação e óbito em pacientes internados devido à úlcera infectada do pé diabético

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Natália Anício Cardoso
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/53451
Resumo: Introdução: infecção, isquemia e úlcera são os três fatores que levam à amputação do membro inferior. Entretanto, mais da metade das amputações em pacientes com diabetes mellitus é atribuída à infecção. A Classificação Wound, Ischemia, and foot Infection (WIfI) estratifica esses três fatores em graus de gravidade para permitir orientar prioridades terapêuticas nesses pacientes. Objetivo: avaliar a associação entre microrganismos isolados com os graus de infecção e os estágios de risco de amputação da Classificação WIfI, amputação maior e óbito em pacientes com diabetes mellitus hospitalizados devido à úlcera infectada no pé. Método: estudo coorte prospectivo em pacientes com diabetes mellitus com úlcera infectada no pé. Os pacientes foram estratificados pela Classificação WIfI para úlcera, isquemia e infecção em quatro graus: grau 0 (ausência), grau 1 (leve), grau 2 (moderado) e grau 3 (grave) e para estágios de risco de amputação em muito baixo (estágio 1), baixo (estágio 2), moderado (estágio 3) e alto (estágio 4). Para a análise estatística foi realizada regressão logística univariada com nível de significância de 5%. Resultados: foram estudados 98 participantes, totalizando 100 úlceras infectadas localizadas no pé, no período entre fevereiro de 2017 a março de 2019. A média de idade foi 60,8 anos (desvio-padrão - DP 11,3), sendo 68,4% homens. Observou-se que 35,0%, 60,0% e 5,0% dos membros apresentaram infecção graus 1, 2 e 3, respectivamente. Os estágios de risco de amputação foram 15,0% muito baixo, 18,0% baixo, 33,0% moderado e 34,0% alto. A espécie microbiana mais isolada foi Staphylococcus aureus (23,3%). Proteus mirabilis (Odds ratio - OR 0,1; intervalo de confiança - IC 95% 0,1-0,6; p=0,013), Klebsiella pneumoniae (OR 0,1; IC 95% 0,1-0,9; p=0,039) e Enterobacter aerogenes (OR 0,1; IC 95% 0,1-0,9; p=0,039) associaram-se com infecção grau 3 (em comparação ao grau 2). Bactérias resistentes à carbapenêmicos associaram-se com infecção grau 1 (em comparação ao grau 2) (OR 3,6; IC 95% 1,1-11,4; p=0,028) e com infecção grau 3 (em comparação ao grau 2) (OR 0,1; IC 95% 0,1-0,9; p=0,036). Com relação aos estágios de risco de amputação, Enterococcus faecalis associou-se com risco muito baixo [em comparação ao risco moderado (OR 0,1; IC 95% 0,1-0,5; p=0,004) e em comparação ao risco alto (OR 0,1; IC 95% 0,1-0,6; p=0,006)] e também com risco baixo (em comparação ao risco moderado) (OR 0,2; IC 95% 0,1-0,9; p=0,049). Bactérias resistentes à cefalosporinas de terceira e quarta geração associaram-se com risco muito baixo (em comparação ao risco moderado) (OR 0,2; IC 95% 0,1-0,9; p=0,049). Enterobacter aerogenes associou-se ao óbito intra-hospitalar (OR 65; IC 95% 4,0-104,6; p=0,003). Nenhum microrganismo associou-se a amputação. Conclusão: Staphylococcus aureus foi a bactéria mais prevalente, porém não se associou aos graus de infecção nem aos estágios de risco. Houve associação de Proteus mirabilis, Klebsiella pneumoniae e Enterobacter aerogenes com infecções graves; e de bactérias resistentes à carbapenêmicos com infecções leves e graves. Enterococcus faecalis e bactérias resistentes à cefalosporinas de terceira e quarta geração associaram-se com estágios de risco mais baixos. Enterobacter aerogenes associou-se ao óbito. Não se observou associação de microrganismos com amputação.
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spelling Túlio Pinho Navarrohttp://lattes.cnpq.br/3190058424608794Lígia de Loiola CisnerosHelena DuaniFernanda Fraga CamposRoberto SacilottoSimone Gonçalves dos SantosRafael Galvão BarbutoEnio Roberto Pietra Pedrosohttp://lattes.cnpq.br/0294563894814230Natália Anício Cardoso2023-05-16T15:47:32Z2023-05-16T15:47:32Z2020-10-30http://hdl.handle.net/1843/53451Introdução: infecção, isquemia e úlcera são os três fatores que levam à amputação do membro inferior. Entretanto, mais da metade das amputações em pacientes com diabetes mellitus é atribuída à infecção. A Classificação Wound, Ischemia, and foot Infection (WIfI) estratifica esses três fatores em graus de gravidade para permitir orientar prioridades terapêuticas nesses pacientes. Objetivo: avaliar a associação entre microrganismos isolados com os graus de infecção e os estágios de risco de amputação da Classificação WIfI, amputação maior e óbito em pacientes com diabetes mellitus hospitalizados devido à úlcera infectada no pé. Método: estudo coorte prospectivo em pacientes com diabetes mellitus com úlcera infectada no pé. Os pacientes foram estratificados pela Classificação WIfI para úlcera, isquemia e infecção em quatro graus: grau 0 (ausência), grau 1 (leve), grau 2 (moderado) e grau 3 (grave) e para estágios de risco de amputação em muito baixo (estágio 1), baixo (estágio 2), moderado (estágio 3) e alto (estágio 4). Para a análise estatística foi realizada regressão logística univariada com nível de significância de 5%. Resultados: foram estudados 98 participantes, totalizando 100 úlceras infectadas localizadas no pé, no período entre fevereiro de 2017 a março de 2019. A média de idade foi 60,8 anos (desvio-padrão - DP 11,3), sendo 68,4% homens. Observou-se que 35,0%, 60,0% e 5,0% dos membros apresentaram infecção graus 1, 2 e 3, respectivamente. Os estágios de risco de amputação foram 15,0% muito baixo, 18,0% baixo, 33,0% moderado e 34,0% alto. A espécie microbiana mais isolada foi Staphylococcus aureus (23,3%). Proteus mirabilis (Odds ratio - OR 0,1; intervalo de confiança - IC 95% 0,1-0,6; p=0,013), Klebsiella pneumoniae (OR 0,1; IC 95% 0,1-0,9; p=0,039) e Enterobacter aerogenes (OR 0,1; IC 95% 0,1-0,9; p=0,039) associaram-se com infecção grau 3 (em comparação ao grau 2). Bactérias resistentes à carbapenêmicos associaram-se com infecção grau 1 (em comparação ao grau 2) (OR 3,6; IC 95% 1,1-11,4; p=0,028) e com infecção grau 3 (em comparação ao grau 2) (OR 0,1; IC 95% 0,1-0,9; p=0,036). Com relação aos estágios de risco de amputação, Enterococcus faecalis associou-se com risco muito baixo [em comparação ao risco moderado (OR 0,1; IC 95% 0,1-0,5; p=0,004) e em comparação ao risco alto (OR 0,1; IC 95% 0,1-0,6; p=0,006)] e também com risco baixo (em comparação ao risco moderado) (OR 0,2; IC 95% 0,1-0,9; p=0,049). Bactérias resistentes à cefalosporinas de terceira e quarta geração associaram-se com risco muito baixo (em comparação ao risco moderado) (OR 0,2; IC 95% 0,1-0,9; p=0,049). Enterobacter aerogenes associou-se ao óbito intra-hospitalar (OR 65; IC 95% 4,0-104,6; p=0,003). Nenhum microrganismo associou-se a amputação. Conclusão: Staphylococcus aureus foi a bactéria mais prevalente, porém não se associou aos graus de infecção nem aos estágios de risco. Houve associação de Proteus mirabilis, Klebsiella pneumoniae e Enterobacter aerogenes com infecções graves; e de bactérias resistentes à carbapenêmicos com infecções leves e graves. Enterococcus faecalis e bactérias resistentes à cefalosporinas de terceira e quarta geração associaram-se com estágios de risco mais baixos. Enterobacter aerogenes associou-se ao óbito. Não se observou associação de microrganismos com amputação.Introduction: infection, ischemia and wound are the three factors associated with lower limb major amputation. However, more than half of amputations in patients with diabetes mellitus are attributed to the infection. The Wound, Ischemia, and Foot Infection (WIfI) Classification System stratifies the three factors in degrees of severity to allow guiding therapeutic priorities in these patients. Objective: to evaluate the association between advanced microorganisms with the degrees of infection and the risk stages of amputation in the WIfI Classification, major amputation and death in hospitalized patients with diabetes mellitus due to infected foot ulcer. Method: prospective cohort study in patients with diabetes mellitus with an infected foot ulcer. Patients were stratified by the WIfI Classification for wound, ischemia and infection in four degrees: grade 0 (none), grade 1 (mild), grade 2 (moderate) and grade 3 (severe) and for very low risk of amputation (stage 1), low (stage 2), moderate (stage 3) and high (stage 4). For statistical analysis, univariate logistic regression was performed with a 5% significance level. Results: 98 participants were studied, totaling 100 infected ulcers located on the foot, between February 2017 and March 2019. The average age was 60.8 years (standard deviation - SD 11.3), with 68.4% being men. It was observed that 35.0%, 60.0% and 5.0% of the limbs had infection grades 1, 2 and 3, respectively. The stages of amputation risk were 15.0% very low, 18.0% low, 33.0% moderate and 34.0% high. The most isolated microbial species was Staphylococcus aureus (23.3%). Proteus mirabilis (Odds ratio - OR 0.1; confidence interval - 95% CI 0.1-0.6; p=0.013), Klebsiella pneumoniae (OR 0.1; 95% CI 0.1-0.9; p=0.039) and Enterobacter aerogenes (OR 0.1; 95% CI 0.1-0.9; p=0.039) were associated with grade 3 infection (compared to grade 2). Carbapenem-resistant bacteria were associated with grade 1 infection (compared to grade 2) (OR 3.6; 95% CI 1.1-11.4; p=0.028) and grade 3 infection (compared to grade 2) (OR 0.1; 95% CI 0.1-0.9; p=0.036). Regarding the risk stages of amputation, Enterococcus faecalis was associated with very low risk [(compared to a moderate risk) (OR 0.1; 95% CI 0.1-0.5; p=0.004) and compared to high risk (OR 0.1; 95% CI 0.1-0.6; p=0.006)] and also with low risk (compared to moderate risk) (OR 0.2; 95% CI 0.1-0.9; p=0.049). Bacteria resistant to third and fourth generation cephalosporins were associated with a very low risk (compared to a moderate risk) (OR 0.2; 95% CI 0.1-0.9; p=0.049). Enterobacter aerogenes was associated with in-hospital death (OR 65; 95% CI 4.0-104.6; p=0.003). No microorganism was associated with amputation. Conclusion: Staphylococcus aureus was the most prevalent bacterium, however, it was not associated with degrees of infection or risk stages. Proteus mirabilis, Klebsiella pneumoniae and Enterobacter aerogenes were associated with severe infections; and carbapenem-resistant bacteria with mild and severe infections. Enterococcus faecalis and bacteria resistant to third and fourth generation cephalosporins were associated with lower risk stages. Enterobacter aerogenes was associated with death. There was no association of microorganism with amputation.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Cirurgia e à OftalmologiaUFMGBrasilMED - DEPARTAMENTO DE CIRURGIAPé DiabéticoInfecção dos FerimentosMicrobiologiaAmputaçãoMortalidadeEstudos de coortesDissertação AcadêmicaPé diabéticoInfecção dos ferimentosMicrobiologiaAmputaçãoMortalidadeAssociação do perfil microbiológico com os graus de infecção e os estágios de risco da Classificação Wound, Ischemia, and foot Infection (WIfI), amputação e óbito em pacientes internados devido à úlcera infectada do pé diabéticoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALAssociação do perfil microbiológico com os graus de infecção e os estágios de risco da Classificação WIfI, amputação e óbito em pacientes internados devido à úlcera infectada do pé diabético.pdfAssociação do perfil microbiológico com os graus de infecção e os estágios de risco da Classificação WIfI, amputação e óbito em pacientes internados devido à úlcera infectada do pé diabético.pdfapplication/pdf2263369https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/53451/1/Associac%cc%a7a%cc%83o%20do%20perfil%20microbiolo%cc%81gico%20com%20os%20graus%20de%20infecc%cc%a7a%cc%83o%20e%20os%20esta%cc%81gios%20de%20risco%20da%20Classificac%cc%a7a%cc%83o%20WIfI%2c%20amputac%cc%a7a%cc%83o%20e%20o%cc%81bito%20em%20pacientes%20internados%20devido%20a%cc%80%20u%cc%81lcera%20infectada%20do%20pe%cc%81%20diabe%cc%81tico.pdf23d096fbc52eeca5850fa079b8b6bd4cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/53451/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/534512023-05-16 12:47:32.691oai:repositorio.ufmg.br:1843/53451TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-05-16T15:47:32Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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Estudos de coortes
Dissertação Acadêmica
description Introdução: infecção, isquemia e úlcera são os três fatores que levam à amputação do membro inferior. Entretanto, mais da metade das amputações em pacientes com diabetes mellitus é atribuída à infecção. A Classificação Wound, Ischemia, and foot Infection (WIfI) estratifica esses três fatores em graus de gravidade para permitir orientar prioridades terapêuticas nesses pacientes. Objetivo: avaliar a associação entre microrganismos isolados com os graus de infecção e os estágios de risco de amputação da Classificação WIfI, amputação maior e óbito em pacientes com diabetes mellitus hospitalizados devido à úlcera infectada no pé. Método: estudo coorte prospectivo em pacientes com diabetes mellitus com úlcera infectada no pé. Os pacientes foram estratificados pela Classificação WIfI para úlcera, isquemia e infecção em quatro graus: grau 0 (ausência), grau 1 (leve), grau 2 (moderado) e grau 3 (grave) e para estágios de risco de amputação em muito baixo (estágio 1), baixo (estágio 2), moderado (estágio 3) e alto (estágio 4). Para a análise estatística foi realizada regressão logística univariada com nível de significância de 5%. Resultados: foram estudados 98 participantes, totalizando 100 úlceras infectadas localizadas no pé, no período entre fevereiro de 2017 a março de 2019. A média de idade foi 60,8 anos (desvio-padrão - DP 11,3), sendo 68,4% homens. Observou-se que 35,0%, 60,0% e 5,0% dos membros apresentaram infecção graus 1, 2 e 3, respectivamente. Os estágios de risco de amputação foram 15,0% muito baixo, 18,0% baixo, 33,0% moderado e 34,0% alto. A espécie microbiana mais isolada foi Staphylococcus aureus (23,3%). Proteus mirabilis (Odds ratio - OR 0,1; intervalo de confiança - IC 95% 0,1-0,6; p=0,013), Klebsiella pneumoniae (OR 0,1; IC 95% 0,1-0,9; p=0,039) e Enterobacter aerogenes (OR 0,1; IC 95% 0,1-0,9; p=0,039) associaram-se com infecção grau 3 (em comparação ao grau 2). Bactérias resistentes à carbapenêmicos associaram-se com infecção grau 1 (em comparação ao grau 2) (OR 3,6; IC 95% 1,1-11,4; p=0,028) e com infecção grau 3 (em comparação ao grau 2) (OR 0,1; IC 95% 0,1-0,9; p=0,036). Com relação aos estágios de risco de amputação, Enterococcus faecalis associou-se com risco muito baixo [em comparação ao risco moderado (OR 0,1; IC 95% 0,1-0,5; p=0,004) e em comparação ao risco alto (OR 0,1; IC 95% 0,1-0,6; p=0,006)] e também com risco baixo (em comparação ao risco moderado) (OR 0,2; IC 95% 0,1-0,9; p=0,049). Bactérias resistentes à cefalosporinas de terceira e quarta geração associaram-se com risco muito baixo (em comparação ao risco moderado) (OR 0,2; IC 95% 0,1-0,9; p=0,049). Enterobacter aerogenes associou-se ao óbito intra-hospitalar (OR 65; IC 95% 4,0-104,6; p=0,003). Nenhum microrganismo associou-se a amputação. Conclusão: Staphylococcus aureus foi a bactéria mais prevalente, porém não se associou aos graus de infecção nem aos estágios de risco. Houve associação de Proteus mirabilis, Klebsiella pneumoniae e Enterobacter aerogenes com infecções graves; e de bactérias resistentes à carbapenêmicos com infecções leves e graves. Enterococcus faecalis e bactérias resistentes à cefalosporinas de terceira e quarta geração associaram-se com estágios de risco mais baixos. Enterobacter aerogenes associou-se ao óbito. Não se observou associação de microrganismos com amputação.
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