Proteoma quantitativo para identificação de potenciais fatores de virulência em Leishmania infantum

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luiz Carlos Fialho Júnior
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/34538
Resumo: Leishmania infantum é o protozoário responsável pela Leishmaniose Visceral nas Américas e na Europa, uma doença grave, podendo ser fatal se não tratada. Os casos humanos variam de infecção subclínica, com um número indeterminado de assintomáticos em áreas endêmicas, a um quadro crescente e de alta letalidade em crianças. Em cães infectados, menos de 50% apresentam sinais clínicos da doença, no entanto, alguns sucumbem em poucos meses após a infecção. Essa ampla diversidade clínica em humanos e em caninos sugere que fatores tanto do hospedeiro quanto do parasito podem estar envolvidos na variabilidade da doença. Assim, devido a sua importância e diversidade clínico-epidemiológica em nosso país, o estudo de fatores de virulência em L. infantum se mostra bastante promissor para o entendimento da relação parasito-hospedeiro. Em um estudo anterior foi caracterizada a virulência de duas cepas (BH46 e BH400) de L. infantum, e foi observado uma maior virulência e infectividade da cepa BH400. Além disso, através da análise proteômica da forma promastigota, um total de 63 spots foram identificados correspondendo a 36 proteínas das quais, 16 já haviam sido previamente associados à virulência de Leishmania spp. Dando continuidade a essa linha de pesquisa, no presente estudo incluímos as formas amastigotas axênicas e esplênicas com o objetivo comparar a abundância diferencial de proteínas entre as cepas BH46 e BH400. Para isso, foram utilizadas duas técnicas de proteômica quantitativa: marcação por fluoróforo (DIGE) e marcação por isóbaros (TMT), seguidas de identificação por Espectrometria de Massas. Foram identificadas um total de 414 proteínas únicas que apresentaram diferença de abundância, sendo 68,4% encontradas na técnica TMT, 19% no DIGE e 12,6% em ambas as técnicas. Na forma Promastigota, foi observado um total de 270 proteínas com diferença de abundância entre as cepas. Também foram encontradas 302 e 293 proteínas diferencialmente abundantes entre as cepas nas formas Amastigota Axênica e em Amastigota Esplênica, respectivamente. Na cepa BH400, foi observado 117 proteínas com aumento de abundância em Amastigota Esplênica, enquanto 79 proteínas apresentavam diminuição. Por outro lado, em Amastigota Axênica foi observado uma maior quantidade de proteínas com abundância diminuída (178) enquanto 66 proteínas apresentaram aumento de abundância. Em Promastigota de BH400 a quantidade de proteínas com abundância aumentada (114) e diminuída (115) foi similar. A predição de interação entre as proteínas identificadas em cada forma apontou as proteínas relacionadas com tradução e proteínas de resposta ao estresse oxidativo como importantes redes. Dentre todas as proteínas com diferença de abundância, foi observado que na forma Amastigotas Axênicas, nenhum processo biológico estava enriquecido, mas simultaneamente nas formas Promastigota e Amastigota Esplênica da cepa 400 (mais virulenta) estavam enriquecidos os processos metabólicos: Celular, de Ácido Carboxílico, de Substância Orgânica, e Processo de Resposta ao Estresse. Além desses, nas formas promastigotas de 400, estavam também enriquecidos os Processos Metabólico Primário e de Biossíntese Celular. Por outro lado, simultaneamente nas formas promastigotas e amastigotas esplênicas da cepa BH46 foi observado enriquecimento do processo de biossíntese de compostos nitrogenados, enquanto nas formas amastigotas esplênicas dessa cepa estavam enriquecidos também os processos de biossíntese celular, expressão gênica e tradução. Foi observado que 14 proteínas estavam simultaneamente aumentadas em pelo menos duas formas evolutivas da cepa 400, sendo 8 delas em promastigota e amastigota esplênica, 5 em promastigota e amastigota axênica e 1 nas formas amastigotas (axênica e esplênica). Da mesma forma, 20 proteínas estavam com abundância diminuída simultaneamente em duas formas da cepa 400, sendo, 6 em promastigota e amastigota esplênica, 2 em promastigota e amastigota axênica e 12 nas formas amastigotas (axênica e esplênica). Por fim, foi observado uma maior semelhança entre a abundância das proteínas em Promastigota e Amastigota Axênica do que em Amastigota Esplênica, independente da cepa. Os resultados alcançados contribuem para o avanço no conhecimento da biologia de L. infantum, e muitas das proteínas identificadas são promissoras para o melhor entendimento da relação parasito-hospedeiro nessa espécie, principalmente no estudo de fatores de virulência.
id UFMG_a659dee4ceb7dadd7ed7fdf0b181bbb2
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/34538
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Hélida Monteiro de Andradehttp://lattes.cnpq.br/9446050242071321Simone da Fonseca PiresNelder de Figueiredo GontijoPatrícia Cuervo EscobarTiago Antônio de Oliveira MendesThiago Verano Bragahttp://lattes.cnpq.br/8970679223695421Luiz Carlos Fialho Júnior2020-12-17T14:29:31Z2020-12-17T14:29:31Z2017-07-12http://hdl.handle.net/1843/34538Leishmania infantum é o protozoário responsável pela Leishmaniose Visceral nas Américas e na Europa, uma doença grave, podendo ser fatal se não tratada. Os casos humanos variam de infecção subclínica, com um número indeterminado de assintomáticos em áreas endêmicas, a um quadro crescente e de alta letalidade em crianças. Em cães infectados, menos de 50% apresentam sinais clínicos da doença, no entanto, alguns sucumbem em poucos meses após a infecção. Essa ampla diversidade clínica em humanos e em caninos sugere que fatores tanto do hospedeiro quanto do parasito podem estar envolvidos na variabilidade da doença. Assim, devido a sua importância e diversidade clínico-epidemiológica em nosso país, o estudo de fatores de virulência em L. infantum se mostra bastante promissor para o entendimento da relação parasito-hospedeiro. Em um estudo anterior foi caracterizada a virulência de duas cepas (BH46 e BH400) de L. infantum, e foi observado uma maior virulência e infectividade da cepa BH400. Além disso, através da análise proteômica da forma promastigota, um total de 63 spots foram identificados correspondendo a 36 proteínas das quais, 16 já haviam sido previamente associados à virulência de Leishmania spp. Dando continuidade a essa linha de pesquisa, no presente estudo incluímos as formas amastigotas axênicas e esplênicas com o objetivo comparar a abundância diferencial de proteínas entre as cepas BH46 e BH400. Para isso, foram utilizadas duas técnicas de proteômica quantitativa: marcação por fluoróforo (DIGE) e marcação por isóbaros (TMT), seguidas de identificação por Espectrometria de Massas. Foram identificadas um total de 414 proteínas únicas que apresentaram diferença de abundância, sendo 68,4% encontradas na técnica TMT, 19% no DIGE e 12,6% em ambas as técnicas. Na forma Promastigota, foi observado um total de 270 proteínas com diferença de abundância entre as cepas. Também foram encontradas 302 e 293 proteínas diferencialmente abundantes entre as cepas nas formas Amastigota Axênica e em Amastigota Esplênica, respectivamente. Na cepa BH400, foi observado 117 proteínas com aumento de abundância em Amastigota Esplênica, enquanto 79 proteínas apresentavam diminuição. Por outro lado, em Amastigota Axênica foi observado uma maior quantidade de proteínas com abundância diminuída (178) enquanto 66 proteínas apresentaram aumento de abundância. Em Promastigota de BH400 a quantidade de proteínas com abundância aumentada (114) e diminuída (115) foi similar. A predição de interação entre as proteínas identificadas em cada forma apontou as proteínas relacionadas com tradução e proteínas de resposta ao estresse oxidativo como importantes redes. Dentre todas as proteínas com diferença de abundância, foi observado que na forma Amastigotas Axênicas, nenhum processo biológico estava enriquecido, mas simultaneamente nas formas Promastigota e Amastigota Esplênica da cepa 400 (mais virulenta) estavam enriquecidos os processos metabólicos: Celular, de Ácido Carboxílico, de Substância Orgânica, e Processo de Resposta ao Estresse. Além desses, nas formas promastigotas de 400, estavam também enriquecidos os Processos Metabólico Primário e de Biossíntese Celular. Por outro lado, simultaneamente nas formas promastigotas e amastigotas esplênicas da cepa BH46 foi observado enriquecimento do processo de biossíntese de compostos nitrogenados, enquanto nas formas amastigotas esplênicas dessa cepa estavam enriquecidos também os processos de biossíntese celular, expressão gênica e tradução. Foi observado que 14 proteínas estavam simultaneamente aumentadas em pelo menos duas formas evolutivas da cepa 400, sendo 8 delas em promastigota e amastigota esplênica, 5 em promastigota e amastigota axênica e 1 nas formas amastigotas (axênica e esplênica). Da mesma forma, 20 proteínas estavam com abundância diminuída simultaneamente em duas formas da cepa 400, sendo, 6 em promastigota e amastigota esplênica, 2 em promastigota e amastigota axênica e 12 nas formas amastigotas (axênica e esplênica). Por fim, foi observado uma maior semelhança entre a abundância das proteínas em Promastigota e Amastigota Axênica do que em Amastigota Esplênica, independente da cepa. Os resultados alcançados contribuem para o avanço no conhecimento da biologia de L. infantum, e muitas das proteínas identificadas são promissoras para o melhor entendimento da relação parasito-hospedeiro nessa espécie, principalmente no estudo de fatores de virulência.Leishmania infantum is the protozoan responsible for Visceral Leishmaniasis in Americas and Europe, a serious disease that can be fatal if untreated. Human cases range from subclinical infection, with an undetermined number of asymptomatic in endemic areas, to a growing and highly lethal in children. In infected dogs, less than 50% have clinical signs of the disease, however, some succumb within a few months after infection. This clinical signs diversity in humans and canines suggests that both host and parasite factors may be involved in disease variability. Thus, due to its importance and clinical-epidemiological diversity in our country, the study of virulence factors in L. infantum is very promising for the understanding of the parasite-host relationship. In a previous study the virulence of two strains (BH46 and BH400) of L. infantum was characterized, and a higher virulence and infectivity of strain BH400 was observed. In addition, through proteomic analysis of the promastigote form, a total of 63 spots were identified corresponding to 36 proteins of which 16 had previously been associated with the virulence of Leishmania spp. Continuing this line of research, in the present study we included the axenic and splenic amastigote forms of both strains with the objective of comparing the differential abundance of proteins between strains BH46 and BH400. Two quantitative proteomics techniques were used: fluorescent labeling (DIGE) and isobaric labeling (TMT) followed by identification by mass spectrometer. A total of 414 unique proteins that showed differences on abundance were identified, being 68.4% found in the TMT technique, 19.1% in DIGE and 12.6% in both techniques. In Promastigote form, a total of 270 proteins with a difference of abundance between the strains were observed. We also found 302 and 293 differential abundant proteins among the strains in the Axenic Amastigote and in the Splenic Amastigote, respectively. In the BH400 strain, 117 proteins with increased abundance were observed in Splenic Amastigote, while 79 proteins showed decrease. On the other hand, in Axenic Amastigote was observed a greater amount of proteins with abundance diminished (178) while 66 proteins presented increase of abundance. In Promastigote of BH400 the amount of proteins with increased (114) and decreased (115) abundance was similar. The interaction prediction of the proteins identified in each form, demonstrate translation-related proteins and response to oxidative stress-related proteins, as important networks. Among all proteins with a difference of abundance, it was observed that in Axenic Amastigotes form, none biological process was enriched, but simultaneously in the Promastigota and Splenic Amastigote forms of BH400 strain (more virulent) were enriched the metabolic processes: Cellular, Carboxylic Acid, of Organic Substance, and Response to Stress. Furthemore, in the promastigote form of BH400, the Primary Metabolic and Cell Biosynthesis Processes were also enriched. On the other hand, in promastigotes and splenic amastigotes forms of the BH46 strain, the enrichment of the biosynthesis process of nitrogenous compounds was observed, whereas in amastigote forms, the cellular biosynthesis process, gene expression and translation were enriched. It was observed that 14 proteins were simultaneously increased in at least two evolutionary forms of BH400 strain, 8 in promastigote and splenic amastigote, 5 in promastigotes and axenic amastigotes and 1 in amastigotes (axenic and splenic) forms. Also, 20 proteins were simultaneously decreased in two evolutive forms of BH400, 6 of them in promastigote and splenic amastigote, 2 in axenic amastigote and promastigote and 12 in both amastigote forms (axenic and splenic). Finally, a greater similarity between the abundance of the proteins in Promastigote and Axenic Amastigote was observed than in Splenic Amastigote, independently of the strain. The results obtained contribute to the advances in the knowledge of the biology of L. infantum, and many of the identified proteins are promising for a better understanding of the parasite-host relationship in this species, especially in virulence factors study.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em ParasitologiaUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessLeishmania infantumProteomaFatores de virulênciaLeishmania infantumFatores de virulênciaProteoma quantitativoProteoma quantitativo para identificação de potenciais fatores de virulência em Leishmania infantuminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese_Luiz Carlos Fialho Junior.pdfTese_Luiz Carlos Fialho Junior.pdfapplication/pdf6963992https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34538/1/Tese_Luiz%20Carlos%20Fialho%20Junior.pdfca725887fcc277c7f2fd2fc69ff1a0e7MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34538/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34538/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/345382020-12-17 11:29:31.134oai:repositorio.ufmg.br:1843/34538TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-12-17T14:29:31Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Proteoma quantitativo para identificação de potenciais fatores de virulência em Leishmania infantum
title Proteoma quantitativo para identificação de potenciais fatores de virulência em Leishmania infantum
spellingShingle Proteoma quantitativo para identificação de potenciais fatores de virulência em Leishmania infantum
Luiz Carlos Fialho Júnior
Leishmania infantum
Fatores de virulência
Proteoma quantitativo
Leishmania infantum
Proteoma
Fatores de virulência
title_short Proteoma quantitativo para identificação de potenciais fatores de virulência em Leishmania infantum
title_full Proteoma quantitativo para identificação de potenciais fatores de virulência em Leishmania infantum
title_fullStr Proteoma quantitativo para identificação de potenciais fatores de virulência em Leishmania infantum
title_full_unstemmed Proteoma quantitativo para identificação de potenciais fatores de virulência em Leishmania infantum
title_sort Proteoma quantitativo para identificação de potenciais fatores de virulência em Leishmania infantum
author Luiz Carlos Fialho Júnior
author_facet Luiz Carlos Fialho Júnior
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Hélida Monteiro de Andrade
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9446050242071321
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Simone da Fonseca Pires
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Nelder de Figueiredo Gontijo
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Patrícia Cuervo Escobar
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Tiago Antônio de Oliveira Mendes
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Thiago Verano Braga
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8970679223695421
dc.contributor.author.fl_str_mv Luiz Carlos Fialho Júnior
contributor_str_mv Hélida Monteiro de Andrade
Simone da Fonseca Pires
Nelder de Figueiredo Gontijo
Patrícia Cuervo Escobar
Tiago Antônio de Oliveira Mendes
Thiago Verano Braga
dc.subject.por.fl_str_mv Leishmania infantum
Fatores de virulência
Proteoma quantitativo
topic Leishmania infantum
Fatores de virulência
Proteoma quantitativo
Leishmania infantum
Proteoma
Fatores de virulência
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Leishmania infantum
Proteoma
Fatores de virulência
description Leishmania infantum é o protozoário responsável pela Leishmaniose Visceral nas Américas e na Europa, uma doença grave, podendo ser fatal se não tratada. Os casos humanos variam de infecção subclínica, com um número indeterminado de assintomáticos em áreas endêmicas, a um quadro crescente e de alta letalidade em crianças. Em cães infectados, menos de 50% apresentam sinais clínicos da doença, no entanto, alguns sucumbem em poucos meses após a infecção. Essa ampla diversidade clínica em humanos e em caninos sugere que fatores tanto do hospedeiro quanto do parasito podem estar envolvidos na variabilidade da doença. Assim, devido a sua importância e diversidade clínico-epidemiológica em nosso país, o estudo de fatores de virulência em L. infantum se mostra bastante promissor para o entendimento da relação parasito-hospedeiro. Em um estudo anterior foi caracterizada a virulência de duas cepas (BH46 e BH400) de L. infantum, e foi observado uma maior virulência e infectividade da cepa BH400. Além disso, através da análise proteômica da forma promastigota, um total de 63 spots foram identificados correspondendo a 36 proteínas das quais, 16 já haviam sido previamente associados à virulência de Leishmania spp. Dando continuidade a essa linha de pesquisa, no presente estudo incluímos as formas amastigotas axênicas e esplênicas com o objetivo comparar a abundância diferencial de proteínas entre as cepas BH46 e BH400. Para isso, foram utilizadas duas técnicas de proteômica quantitativa: marcação por fluoróforo (DIGE) e marcação por isóbaros (TMT), seguidas de identificação por Espectrometria de Massas. Foram identificadas um total de 414 proteínas únicas que apresentaram diferença de abundância, sendo 68,4% encontradas na técnica TMT, 19% no DIGE e 12,6% em ambas as técnicas. Na forma Promastigota, foi observado um total de 270 proteínas com diferença de abundância entre as cepas. Também foram encontradas 302 e 293 proteínas diferencialmente abundantes entre as cepas nas formas Amastigota Axênica e em Amastigota Esplênica, respectivamente. Na cepa BH400, foi observado 117 proteínas com aumento de abundância em Amastigota Esplênica, enquanto 79 proteínas apresentavam diminuição. Por outro lado, em Amastigota Axênica foi observado uma maior quantidade de proteínas com abundância diminuída (178) enquanto 66 proteínas apresentaram aumento de abundância. Em Promastigota de BH400 a quantidade de proteínas com abundância aumentada (114) e diminuída (115) foi similar. A predição de interação entre as proteínas identificadas em cada forma apontou as proteínas relacionadas com tradução e proteínas de resposta ao estresse oxidativo como importantes redes. Dentre todas as proteínas com diferença de abundância, foi observado que na forma Amastigotas Axênicas, nenhum processo biológico estava enriquecido, mas simultaneamente nas formas Promastigota e Amastigota Esplênica da cepa 400 (mais virulenta) estavam enriquecidos os processos metabólicos: Celular, de Ácido Carboxílico, de Substância Orgânica, e Processo de Resposta ao Estresse. Além desses, nas formas promastigotas de 400, estavam também enriquecidos os Processos Metabólico Primário e de Biossíntese Celular. Por outro lado, simultaneamente nas formas promastigotas e amastigotas esplênicas da cepa BH46 foi observado enriquecimento do processo de biossíntese de compostos nitrogenados, enquanto nas formas amastigotas esplênicas dessa cepa estavam enriquecidos também os processos de biossíntese celular, expressão gênica e tradução. Foi observado que 14 proteínas estavam simultaneamente aumentadas em pelo menos duas formas evolutivas da cepa 400, sendo 8 delas em promastigota e amastigota esplênica, 5 em promastigota e amastigota axênica e 1 nas formas amastigotas (axênica e esplênica). Da mesma forma, 20 proteínas estavam com abundância diminuída simultaneamente em duas formas da cepa 400, sendo, 6 em promastigota e amastigota esplênica, 2 em promastigota e amastigota axênica e 12 nas formas amastigotas (axênica e esplênica). Por fim, foi observado uma maior semelhança entre a abundância das proteínas em Promastigota e Amastigota Axênica do que em Amastigota Esplênica, independente da cepa. Os resultados alcançados contribuem para o avanço no conhecimento da biologia de L. infantum, e muitas das proteínas identificadas são promissoras para o melhor entendimento da relação parasito-hospedeiro nessa espécie, principalmente no estudo de fatores de virulência.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-07-12
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-12-17T14:29:31Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-12-17T14:29:31Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/34538
url http://hdl.handle.net/1843/34538
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Parasitologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34538/1/Tese_Luiz%20Carlos%20Fialho%20Junior.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34538/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34538/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv ca725887fcc277c7f2fd2fc69ff1a0e7
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801676616148975616