Metáfora, analogia e exploração formal no projeto arquitetônico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tales Bohrer Lobosco Gonzaga de Oliveira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/37416
Resumo: O projeto não é algo completamente idealizado em nossas mentes e depois “validado” por meio das representações, ao contrário, é exatamente o ato de representar que se torna a versão “palpável” de uma ideia em concepção que, por ser fragilmente determinada por sua existência ainda ideal, é amplamente influenciada pela materialidade de suas representações. Neste processo, de certo modo, a forma deriva de si mesma, da interação que apresenta tanto em relação à sua nascente materialidade, quanto em relação ao programa, ao lugar e à técnica. Apesar da enorme resistência que o processo de projetação apresenta diante de organizações metodológicas ou funcionais, seu desenvolvimento pode ser potencializado através de instrumentações específicas. A proposta didática descrita nesse artigo tenta articular a adoção de conceitos e referenciais simbólicos com as noções de materialidade e tectônica, de modo que, no processo de concepção estas questões sejam experimentadas de maneira dinâmica e não linear, de modo que os mecanismos de representação, mais do que meros suportes, sejam ferramentas ativas no processo de transformação das relações espaciais, formais e funcionais. Pensar o projeto a partir de um conceito não significa se sobrepor à materialidade ou às demandas projetuais existentes mas, ao contrário, é exatamente através do atrito conformador entre a forma conceitual e suas possíveis materialidades que o sentido da forma permite a integração entre funcionalidade e tectonicidade, é quando o processo de criação se desenvolve.
id UFMG_ac61f3320e8ff7c1fc11dd19817a9097
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/37416
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling 2021-08-11T16:19:13Z2021-08-11T16:19:13Z2017-10-041327382448296Xhttp://hdl.handle.net/1843/37416O projeto não é algo completamente idealizado em nossas mentes e depois “validado” por meio das representações, ao contrário, é exatamente o ato de representar que se torna a versão “palpável” de uma ideia em concepção que, por ser fragilmente determinada por sua existência ainda ideal, é amplamente influenciada pela materialidade de suas representações. Neste processo, de certo modo, a forma deriva de si mesma, da interação que apresenta tanto em relação à sua nascente materialidade, quanto em relação ao programa, ao lugar e à técnica. Apesar da enorme resistência que o processo de projetação apresenta diante de organizações metodológicas ou funcionais, seu desenvolvimento pode ser potencializado através de instrumentações específicas. A proposta didática descrita nesse artigo tenta articular a adoção de conceitos e referenciais simbólicos com as noções de materialidade e tectônica, de modo que, no processo de concepção estas questões sejam experimentadas de maneira dinâmica e não linear, de modo que os mecanismos de representação, mais do que meros suportes, sejam ferramentas ativas no processo de transformação das relações espaciais, formais e funcionais. Pensar o projeto a partir de um conceito não significa se sobrepor à materialidade ou às demandas projetuais existentes mas, ao contrário, é exatamente através do atrito conformador entre a forma conceitual e suas possíveis materialidades que o sentido da forma permite a integração entre funcionalidade e tectonicidade, é quando o processo de criação se desenvolve.The design process is not entirely conceived in our minds, to be than "validated" by their graphic and spatial representations. By contrast, is exactly the act of representing something that makes it a "palpable" version of an idea. Being feebly determined by its yet ideal existence, this idea is largely influenced by the materiality of their own representation. In this process, the form is derived from itself, and from the interaction it develops in relation to its own materiality, to the place and to the local techniques. Although the strong resistance it has for methodological or functional organization, the design process could be enhanced through specific instrumentations. The didactic proposal described in this article tries to articulate the adoption of concepts and symbolic references to the materiality and tectonics of the proposals. In this way, the design process could be experienced dynamically and trough a nonlinear process where their representation mechanisms, more than mere media are active tools in the process of transformation of spatial, formal and functional relationships. To develop a project through the idea of a concept does not mean to overlap the materiality or the existing projective demands, but on the contrary, it is precisely through the friction between the conceptual form and its possible materialities the sense of form emerges from the integration between functionality and tectonics.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilARQ - DEPARTAMENTO DE PROJETOSRevista projetarProjeto arquitetônicoAnalogiaMetáforaMaterialidadeProjetoMetáfora, analogia e exploração formal no projeto arquitetônicoMetaphor, analogy and formal exploration in architectural designinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://periodicos.ufrn.br/revprojetar/article/view/16604Tales Bohrer Lobosco Gonzaga de Oliveiraapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; charset=utf-82042https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37416/1/License.txtfa505098d172de0bc8864fc1287ffe22MD51ORIGINAL16604-Texto do artigo-52716-1-10-20190130.pdf16604-Texto do artigo-52716-1-10-20190130.pdfapplication/pdf514860https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37416/2/16604-Texto%20do%20artigo-52716-1-10-20190130.pdfcb2371155562b0a7c1d6266eab3641e2MD521843/374162021-08-11 13:19:13.883oai:repositorio.ufmg.br:1843/37416TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBIERPIFJFUE9TSVTvv71SSU8gSU5TVElUVUNJT05BTCBEQSBVRk1HCiAKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50Ye+/ve+/vW8gZGVzdGEgbGljZW7vv71hLCB2b2Pvv70gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8gZXhjbHVzaXZvIGUgaXJyZXZvZ++/vXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cu+/vW5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mg77+9dWRpbyBvdSB277+9ZGVvLgoKVm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zvv710aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2Pvv70gY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250Ze+/vWRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLgoKVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPvv71waWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFu77+9YSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZh77+977+9by4KClZvY++/vSBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byDvv70gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9j77+9IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vu77+9YS4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVw77+9c2l0byBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gbu+/vW8sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd177+9bS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY++/vSBu77+9byBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc++/vW8gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNh77+977+9bywgZSBu77+9byBmYXLvv70gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJh77+977+9bywgYWzvv71tIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7vv71hLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-08-11T16:19:13Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Metáfora, analogia e exploração formal no projeto arquitetônico
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Metaphor, analogy and formal exploration in architectural design
title Metáfora, analogia e exploração formal no projeto arquitetônico
spellingShingle Metáfora, analogia e exploração formal no projeto arquitetônico
Tales Bohrer Lobosco Gonzaga de Oliveira
Analogia
Metáfora
Materialidade
Projeto
Projeto arquitetônico
title_short Metáfora, analogia e exploração formal no projeto arquitetônico
title_full Metáfora, analogia e exploração formal no projeto arquitetônico
title_fullStr Metáfora, analogia e exploração formal no projeto arquitetônico
title_full_unstemmed Metáfora, analogia e exploração formal no projeto arquitetônico
title_sort Metáfora, analogia e exploração formal no projeto arquitetônico
author Tales Bohrer Lobosco Gonzaga de Oliveira
author_facet Tales Bohrer Lobosco Gonzaga de Oliveira
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Tales Bohrer Lobosco Gonzaga de Oliveira
dc.subject.por.fl_str_mv Analogia
Metáfora
Materialidade
Projeto
topic Analogia
Metáfora
Materialidade
Projeto
Projeto arquitetônico
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Projeto arquitetônico
description O projeto não é algo completamente idealizado em nossas mentes e depois “validado” por meio das representações, ao contrário, é exatamente o ato de representar que se torna a versão “palpável” de uma ideia em concepção que, por ser fragilmente determinada por sua existência ainda ideal, é amplamente influenciada pela materialidade de suas representações. Neste processo, de certo modo, a forma deriva de si mesma, da interação que apresenta tanto em relação à sua nascente materialidade, quanto em relação ao programa, ao lugar e à técnica. Apesar da enorme resistência que o processo de projetação apresenta diante de organizações metodológicas ou funcionais, seu desenvolvimento pode ser potencializado através de instrumentações específicas. A proposta didática descrita nesse artigo tenta articular a adoção de conceitos e referenciais simbólicos com as noções de materialidade e tectônica, de modo que, no processo de concepção estas questões sejam experimentadas de maneira dinâmica e não linear, de modo que os mecanismos de representação, mais do que meros suportes, sejam ferramentas ativas no processo de transformação das relações espaciais, formais e funcionais. Pensar o projeto a partir de um conceito não significa se sobrepor à materialidade ou às demandas projetuais existentes mas, ao contrário, é exatamente através do atrito conformador entre a forma conceitual e suas possíveis materialidades que o sentido da forma permite a integração entre funcionalidade e tectonicidade, é quando o processo de criação se desenvolve.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-10-04
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-08-11T16:19:13Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-08-11T16:19:13Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/37416
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 2448296X
identifier_str_mv 2448296X
url http://hdl.handle.net/1843/37416
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Revista projetar
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ARQ - DEPARTAMENTO DE PROJETOS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37416/1/License.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37416/2/16604-Texto%20do%20artigo-52716-1-10-20190130.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv fa505098d172de0bc8864fc1287ffe22
cb2371155562b0a7c1d6266eab3641e2
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589218164801536