Efeitos da prática mental na aquisição de habilidades motoras em sujeitos novato: eficaz, insuficiente ou inexistente?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Thabata Viviane Brandao Gomes
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/KMCG-7S3M58
Resumo: A contribuição da prática mental na aquisição de habilidades motoras em sujeitos novatos ainda não está clara. Prática mental é mais efetiva que ausência de prática, mas a prática mental apenas não é tão efetiva quanto a prática física e combinação da prática física e mental (prática combinada). Alguns estudos com novatos mostraram que o grupo de prática mental apresentou melhor desempenho que ausência de prática (grupo controle); entretanto, o desenho experimental usou algumtipo de prática física como familiarização da tarefa ou pré-teste. Assim, este estudo buscou investigar os efeitos da prática mental na aquisição de habilidades motoras em sujeitos novatos. Sessenta estudantes universitários praticaram uma tarefa seriada em sequenciamento e tempo alvo pré-estabelecidos. A amostra foi distribuída em cinco grupos (n=12): GPM (grupo prática mental), GPF (grupo prática física), GPFM (grupo prática física e mental), GPMF (grupo prática mental e física) eGC (grupo controle). O experimento foi dividido em três fases: aquisição, teste de retenção e teste de transferência. Na fase de aquisição e teste de retenção, a tarefa foi transportar 3 bolas de tênis com a mão não preferencial, na sequência 5-1/4-5/6-4 e tempo alvo de 3.500 ms. e, no teste de transferência, na sequência 5-3/6-5/4-6 e tempo alvo de 4.500 ms. Com exceção do GC que participou somente dos testes, todos os grupos realizaram 6 tentativas de prática na fase de aquisição, sendo que o GPF realizou 6 tentativas de prática física, o GPM realizou 6 tentativas de prática mental, GPFM realizou 3 tentativas de prática física e depois 3 tentativas de prática mental e, o GPMF teve esta ordem invertida. Foram utilizados para análise dos dados na fase de aquisição os testes Wilcoxon (intragrupo) e Mann-Whitney (intergrupos). Na retenção e transferência utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis. Paraestes testes, foi adotado o risco alfa de 5% (nível de significância p<0,05). Foi utilizado o teste de Mann-Whitney como post-hoc, utilizando o procedimento de Bonferroni para ajuste do nível de significância (p<0,005). Nas tentativas de prática física da fase de aquisição, o GPF e GPFM foram semelhantes e o GPF foi superior ao GPMF. Os resultados dos testes mostraram melhor desempenho do GPF em relação ao GPM e GC e do GPMF em relação ao GPM. Os resultados sugerem quea prática física é fundamental e, a prática mental não contribui para aquisição de habilidades motoras em sujeitos novatos. A prática mental foi considerada insuficiente porque ela sozinha não proporcionou aprendizagem, mas foi eficiente na prática combinada quando posicionada antes da prática física.
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spelling Rodolfo Novellino BendaAlexandro AndradeHerbert UgrinowitschThabata Viviane Brandao Gomes2019-08-09T15:22:40Z2019-08-09T15:22:40Z2009-02-20http://hdl.handle.net/1843/KMCG-7S3M58A contribuição da prática mental na aquisição de habilidades motoras em sujeitos novatos ainda não está clara. Prática mental é mais efetiva que ausência de prática, mas a prática mental apenas não é tão efetiva quanto a prática física e combinação da prática física e mental (prática combinada). Alguns estudos com novatos mostraram que o grupo de prática mental apresentou melhor desempenho que ausência de prática (grupo controle); entretanto, o desenho experimental usou algumtipo de prática física como familiarização da tarefa ou pré-teste. Assim, este estudo buscou investigar os efeitos da prática mental na aquisição de habilidades motoras em sujeitos novatos. Sessenta estudantes universitários praticaram uma tarefa seriada em sequenciamento e tempo alvo pré-estabelecidos. A amostra foi distribuída em cinco grupos (n=12): GPM (grupo prática mental), GPF (grupo prática física), GPFM (grupo prática física e mental), GPMF (grupo prática mental e física) eGC (grupo controle). O experimento foi dividido em três fases: aquisição, teste de retenção e teste de transferência. Na fase de aquisição e teste de retenção, a tarefa foi transportar 3 bolas de tênis com a mão não preferencial, na sequência 5-1/4-5/6-4 e tempo alvo de 3.500 ms. e, no teste de transferência, na sequência 5-3/6-5/4-6 e tempo alvo de 4.500 ms. Com exceção do GC que participou somente dos testes, todos os grupos realizaram 6 tentativas de prática na fase de aquisição, sendo que o GPF realizou 6 tentativas de prática física, o GPM realizou 6 tentativas de prática mental, GPFM realizou 3 tentativas de prática física e depois 3 tentativas de prática mental e, o GPMF teve esta ordem invertida. Foram utilizados para análise dos dados na fase de aquisição os testes Wilcoxon (intragrupo) e Mann-Whitney (intergrupos). Na retenção e transferência utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis. Paraestes testes, foi adotado o risco alfa de 5% (nível de significância p<0,05). Foi utilizado o teste de Mann-Whitney como post-hoc, utilizando o procedimento de Bonferroni para ajuste do nível de significância (p<0,005). Nas tentativas de prática física da fase de aquisição, o GPF e GPFM foram semelhantes e o GPF foi superior ao GPMF. Os resultados dos testes mostraram melhor desempenho do GPF em relação ao GPM e GC e do GPMF em relação ao GPM. Os resultados sugerem quea prática física é fundamental e, a prática mental não contribui para aquisição de habilidades motoras em sujeitos novatos. A prática mental foi considerada insuficiente porque ela sozinha não proporcionou aprendizagem, mas foi eficiente na prática combinada quando posicionada antes da prática física.he contribution of mental practice in motor skill acquisition in naive subjects is still not clear. Mental practice is more effective than absence of practice but mental practice alone is not as effective as physical practice and combination of physical and mental practice (combined practice). Some studies with naive showed that mental practice was better than no practice (control group); however, experimental designused some kind of physical practice as task familiarization or pre-test. Following this way of thinking, maybe physical practice presents in combined practice is just enough to learning the task. Thus, this study aimed to investigate the effects of mental practice in naive motor skill learning. Sixty university students practiced a serial aiming task with a sequence and target time established. The sample was distributed in five groups (n=12): MPG (mental practice group), PPG (physical practice group), MPPG (mental-physical practice group), PMPG (physical-mentalpractice group), and CG (control group). The experiment was divided in three phases: acquisition, retention test, and transfer test. In the acquisition phase and retention test, the task was to transport three tennis balls with non-preferred hand, in 5-1/4-5/6-4 sequence and target time of 3,500 ms. and, in the transfer test, in 5-3/6- 5/4-6 sequence and target time of 4,500 ms. Except CG, that participated only intests, all groups practiced 6 trials in acquisition phase, being PPG realized 6 trials of physical practice, MPG realized 6 trials of mental practice, PMPG realized 3 trials of physical practice in the beginning and after them, 3 trials of mental practice and the MPPG practiced on the inverted order. A Mann-Whitney (between groups) and Wilconxon (within group) tests were used to data analysis in acquisition phase. AKruskal-Wallis test was used in retention and transfer tests. It was used a 5% to alpha risk (level of significance of p<0.05) for these tests. The Mann-Whitney posthoc test using the Bonferroni procedure to adjust the level of significance as well (p<0.005). In physical practice trials of acquisition phase, PPG and PMPG were similar and PPG had better performance than MPPG. Tests results showed better performance of PPG upon MPG and CG, and better performance of MPPG uponMPG. The results suggest that physical practice is fundamental, and mental practice does not contribute to naive motor skill acquisition. Mental practice was considered insufficient, because only mental practice does not provide learning. But, it was efficient in combined practice, especially when it was positioned before physical practice.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGPrática (Psicologia)Aprendizagem motoraMedicina de reabilitaçãoaprendizagem motoranovatosPrática mentalEfeitos da prática mental na aquisição de habilidades motoras em sujeitos novato: eficaz, insuficiente ou inexistente?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_thabata.pdfapplication/pdf621096https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/KMCG-7S3M58/1/disserta__o_thabata.pdf4a296292e880f6b41ced2eab7969a455MD51TEXTdisserta__o_thabata.pdf.txtdisserta__o_thabata.pdf.txtExtracted texttext/plain139717https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/KMCG-7S3M58/2/disserta__o_thabata.pdf.txt5a550727d54edfea677c460f3963bfa9MD521843/KMCG-7S3M582019-11-14 06:14:03.345oai:repositorio.ufmg.br:1843/KMCG-7S3M58Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:14:03Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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