Justiça, prazer e sofrimento no trabalho: um estudo com jovens trabalhadores assistidos pelo ESPRO-BH

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Samara de Menezes Lara
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-BA7FYJ
Resumo: O trabalho desempenha um papel fundamental na sociedade e o seu conceito passou a ser discutido em fóruns acadêmicos por meio de uma reflexão das suas constantes mudanças e dos seus impactos para os trabalhadores. Durante as últimas décadas do século XX, o processo produtivo capitalista tem passado por modificações que exigem cada vez mais produção com qualidade e baixo custo, visando à alta competitividade. Essas mudanças em curso têm delineado significativas transformações no mundo do trabalho e impactos diretos nas relações de trabalho (MENDONÇA; MENDES, 2005; LANCMAN, 2008; ANTUNES; PRAUN, 2015). Neste quadro de precarização estrutural do trabalho (ANTUNES, 2008, 2009), as organizações podem desenvolver novos modelos de gestão que repercutem no trabalhador no tocante à relação de distribuição de recursos e recompensas, às regras a serem seguidas e às suas relações interpessoais (SOUSA; MENDONÇA, 2009; FRANCO; PAIVA, 2018), de modo que os trabalhadores possam ver-se como injustiçados, caso não percebam equidade e clareza nesses processos (LIMA, 2011). Porém, as relações de trabalho podem ter contornos diferenciados em públicos identificados com diversidade, como os jovens trabalhadores (FRANCO, et al., 2017; BARBOSA, 2018). Os jovens trabalhadores são beneficiados pela lei do jovem aprendiz, e o público-alvo desta pesquisa são os que frequentam a Associação de Ensino Social Profissionalizante (ESPRO) de Belo Horizonte, no ano de 2018. Diante de tal cenário, tem-se como objetivo geral compreender como se relacionam as dimensões de justiça organizacional com as vivências de prazer e sofrimento no trabalho de jovens trabalhadores assistidos pelo ESPRO de Belo Horizonte, na percepção deles próprios. Para tanto, buscou-se avaliar e descrever os construtos: justiça organizacional com base nas propostas de Rego (2002), Rego et al. (2002) e Mendonça (2003); e prazer e sofrimento, tendo como referência as obras de Dejours (2004, 2007, 2008), Mendes (2007) e Mendes e Ferreira (2007), além de outros referenciais que abordam tais construtos. Após o embasamento teórico, optou-se pela realização de uma pesquisa qualitativa e quantitativa, com o intuito de complementaridade, de forma a maximizar os pontos fortes e minimizar as fraquezas dos dois métodos (CRESWELL, 2007; JOHNSON; ONWUEGBUZI, 2004). A pesquisa foi considerada descritiva, de campo, desenvolvida através de estudo de caso. A coleta de dados ocorreu de forma concomitantemente: na abordagem quantitativa, foram levantados 664 questionários; na qualitativa, 23 entrevistas com roteiro semiestruturado. Os dados provenientes dos questionários foram tratados a partir de análise estatística descritiva uni, bivariada e multivariada, e os das entrevistas passaram pela análise de conteúdo. Como resultado, tem-se que as percepções dos sujeitos referentes aos processos decisórios (justiça procedimental), a distribuição de bens e recompensas (justiça distributiva), e das relações interpessoais entre ele e o superior (justiça interacional) influenciam positivamente as vivências de prazer e negativamente as vivências de sofrimento no trabalho, sendo que estes dados foram corroborados na análise qualitativa.
id UFMG_b304e378c8cc7528ada532f21eab3485
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-BA7FYJ
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Kely Cesar Martins de PaivaVictor Natanael Schwetter SilveiraAdriana Ventola MarraSamara de Menezes Lara2019-08-09T12:59:51Z2019-08-09T12:59:51Z2019-01-22http://hdl.handle.net/1843/BUOS-BA7FYJO trabalho desempenha um papel fundamental na sociedade e o seu conceito passou a ser discutido em fóruns acadêmicos por meio de uma reflexão das suas constantes mudanças e dos seus impactos para os trabalhadores. Durante as últimas décadas do século XX, o processo produtivo capitalista tem passado por modificações que exigem cada vez mais produção com qualidade e baixo custo, visando à alta competitividade. Essas mudanças em curso têm delineado significativas transformações no mundo do trabalho e impactos diretos nas relações de trabalho (MENDONÇA; MENDES, 2005; LANCMAN, 2008; ANTUNES; PRAUN, 2015). Neste quadro de precarização estrutural do trabalho (ANTUNES, 2008, 2009), as organizações podem desenvolver novos modelos de gestão que repercutem no trabalhador no tocante à relação de distribuição de recursos e recompensas, às regras a serem seguidas e às suas relações interpessoais (SOUSA; MENDONÇA, 2009; FRANCO; PAIVA, 2018), de modo que os trabalhadores possam ver-se como injustiçados, caso não percebam equidade e clareza nesses processos (LIMA, 2011). Porém, as relações de trabalho podem ter contornos diferenciados em públicos identificados com diversidade, como os jovens trabalhadores (FRANCO, et al., 2017; BARBOSA, 2018). Os jovens trabalhadores são beneficiados pela lei do jovem aprendiz, e o público-alvo desta pesquisa são os que frequentam a Associação de Ensino Social Profissionalizante (ESPRO) de Belo Horizonte, no ano de 2018. Diante de tal cenário, tem-se como objetivo geral compreender como se relacionam as dimensões de justiça organizacional com as vivências de prazer e sofrimento no trabalho de jovens trabalhadores assistidos pelo ESPRO de Belo Horizonte, na percepção deles próprios. Para tanto, buscou-se avaliar e descrever os construtos: justiça organizacional com base nas propostas de Rego (2002), Rego et al. (2002) e Mendonça (2003); e prazer e sofrimento, tendo como referência as obras de Dejours (2004, 2007, 2008), Mendes (2007) e Mendes e Ferreira (2007), além de outros referenciais que abordam tais construtos. Após o embasamento teórico, optou-se pela realização de uma pesquisa qualitativa e quantitativa, com o intuito de complementaridade, de forma a maximizar os pontos fortes e minimizar as fraquezas dos dois métodos (CRESWELL, 2007; JOHNSON; ONWUEGBUZI, 2004). A pesquisa foi considerada descritiva, de campo, desenvolvida através de estudo de caso. A coleta de dados ocorreu de forma concomitantemente: na abordagem quantitativa, foram levantados 664 questionários; na qualitativa, 23 entrevistas com roteiro semiestruturado. Os dados provenientes dos questionários foram tratados a partir de análise estatística descritiva uni, bivariada e multivariada, e os das entrevistas passaram pela análise de conteúdo. Como resultado, tem-se que as percepções dos sujeitos referentes aos processos decisórios (justiça procedimental), a distribuição de bens e recompensas (justiça distributiva), e das relações interpessoais entre ele e o superior (justiça interacional) influenciam positivamente as vivências de prazer e negativamente as vivências de sofrimento no trabalho, sendo que estes dados foram corroborados na análise qualitativa.Work plays a fundamental role in society and its concept has been discussed in academic forums through its constant changes reflection and also through its impacts on workers. During the last decades of the twentieth century, the capitalist productive process has undergone changes that demand more and more production with high quality and low cost, aiming high competitiveness. These ongoing changes have outlined significant transformations in the world of work and direct impacts on labor relations (MENDONÇA; MENDES, 2005; LANCMAN, 2008; ANTUNES; PRAUN, 2015). In this context of structural precariousness of work (ANTUNES, 2008, 2009) organizations can develop new management models that affect their workers related to the distribution of resources and rewards, the rules to be followed and their interpersonal relationships (SOUSA; MENDONÇA, 2009; FRANCO; PAIVA, 2018), so that workers may see themselves as wronged if they do not perceive fairness and clarity in these processes (LIMA, 2011). However, labor relations may have different contours in audiences identified with diversity, such as young workers (FRANCO, et al., 2017, BARBOSA, 2018). The young workers are benefited by the law of the young apprentice and the target audience of this research are those who attended the Association of Vocational Social Teaching (ESPRO) of Belo Horizonte, in the year 2018. Faced with such scenario, we have as a general objective to understand how the dimensions of organizational justice is related to the experiences of pleasure and suffering in the work of young workers assisted by Belo Horizonte ESPRO, in their own perception. To do so, we sought to evaluate and describe the constructs: organizational justice based on the proposals of Rego (2002), Rego et al. (2002) and Mendonça (2003); and pleasure and suffering with reference to the works of Dejours (2004, 2007, 2008), Mendes (2007) and Mendes and Ferreira (2007), as well as other references that address such constructs. After the theoretical basis, a qualitative and quantitative research was done with the purpose of complementarity in order to maximize the strengths and minimize the weaknesses of bought methods (CRESWELL, 2007; JOHNSON; ONWUEGBUZI, 2004). The research was considered descriptive, from the field, developed through a case study. The data collection was carried out concomitantly: in the quantitative approach 664 questionnaires were collected and in the qualitative 23 interviews with a semi-structured script. Data from the questionnaires were treated using uni, bivariate and multivariate descriptive statistical analysis and the interviews were analyzed by content analysis. As a result, the perceptions of the subjects regarding the decision-making processes (procedural justice), the distribution of goods and rewards (distributive justice), and the interpersonal relations between them and the superior (interactional justice) positively influence the experiences of pleasure and negatively at suffering experiences at work, been these data corroborated by qualitative analysis.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGTrabalhadores Belo Horizonte (MG)Comportamento organizacionalJustiça OrganizacionalPrazer e Sofrimento no TrabalhoJovens TrabalhadoresJustiça, prazer e sofrimento no trabalho: um estudo com jovens trabalhadores assistidos pelo ESPRO-BHinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALvers_o_final_disserta__o_samara_lara.pdfapplication/pdf2082898https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-BA7FYJ/1/vers_o_final_disserta__o_samara_lara.pdf7ba8caa071415337b61a7503d37fc39fMD51TEXTvers_o_final_disserta__o_samara_lara.pdf.txtvers_o_final_disserta__o_samara_lara.pdf.txtExtracted texttext/plain441858https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-BA7FYJ/2/vers_o_final_disserta__o_samara_lara.pdf.txt4eb39f0c09dc0309e0faa5cdb470b464MD521843/BUOS-BA7FYJ2019-11-14 06:19:03.193oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-BA7FYJRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:19:03Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Justiça, prazer e sofrimento no trabalho: um estudo com jovens trabalhadores assistidos pelo ESPRO-BH
title Justiça, prazer e sofrimento no trabalho: um estudo com jovens trabalhadores assistidos pelo ESPRO-BH
spellingShingle Justiça, prazer e sofrimento no trabalho: um estudo com jovens trabalhadores assistidos pelo ESPRO-BH
Samara de Menezes Lara
Justiça Organizacional
Prazer e Sofrimento no Trabalho
Jovens Trabalhadores
Trabalhadores Belo Horizonte (MG)
Comportamento organizacional
title_short Justiça, prazer e sofrimento no trabalho: um estudo com jovens trabalhadores assistidos pelo ESPRO-BH
title_full Justiça, prazer e sofrimento no trabalho: um estudo com jovens trabalhadores assistidos pelo ESPRO-BH
title_fullStr Justiça, prazer e sofrimento no trabalho: um estudo com jovens trabalhadores assistidos pelo ESPRO-BH
title_full_unstemmed Justiça, prazer e sofrimento no trabalho: um estudo com jovens trabalhadores assistidos pelo ESPRO-BH
title_sort Justiça, prazer e sofrimento no trabalho: um estudo com jovens trabalhadores assistidos pelo ESPRO-BH
author Samara de Menezes Lara
author_facet Samara de Menezes Lara
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Kely Cesar Martins de Paiva
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Victor Natanael Schwetter Silveira
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Adriana Ventola Marra
dc.contributor.author.fl_str_mv Samara de Menezes Lara
contributor_str_mv Kely Cesar Martins de Paiva
Victor Natanael Schwetter Silveira
Adriana Ventola Marra
dc.subject.por.fl_str_mv Justiça Organizacional
Prazer e Sofrimento no Trabalho
Jovens Trabalhadores
topic Justiça Organizacional
Prazer e Sofrimento no Trabalho
Jovens Trabalhadores
Trabalhadores Belo Horizonte (MG)
Comportamento organizacional
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Trabalhadores Belo Horizonte (MG)
Comportamento organizacional
description O trabalho desempenha um papel fundamental na sociedade e o seu conceito passou a ser discutido em fóruns acadêmicos por meio de uma reflexão das suas constantes mudanças e dos seus impactos para os trabalhadores. Durante as últimas décadas do século XX, o processo produtivo capitalista tem passado por modificações que exigem cada vez mais produção com qualidade e baixo custo, visando à alta competitividade. Essas mudanças em curso têm delineado significativas transformações no mundo do trabalho e impactos diretos nas relações de trabalho (MENDONÇA; MENDES, 2005; LANCMAN, 2008; ANTUNES; PRAUN, 2015). Neste quadro de precarização estrutural do trabalho (ANTUNES, 2008, 2009), as organizações podem desenvolver novos modelos de gestão que repercutem no trabalhador no tocante à relação de distribuição de recursos e recompensas, às regras a serem seguidas e às suas relações interpessoais (SOUSA; MENDONÇA, 2009; FRANCO; PAIVA, 2018), de modo que os trabalhadores possam ver-se como injustiçados, caso não percebam equidade e clareza nesses processos (LIMA, 2011). Porém, as relações de trabalho podem ter contornos diferenciados em públicos identificados com diversidade, como os jovens trabalhadores (FRANCO, et al., 2017; BARBOSA, 2018). Os jovens trabalhadores são beneficiados pela lei do jovem aprendiz, e o público-alvo desta pesquisa são os que frequentam a Associação de Ensino Social Profissionalizante (ESPRO) de Belo Horizonte, no ano de 2018. Diante de tal cenário, tem-se como objetivo geral compreender como se relacionam as dimensões de justiça organizacional com as vivências de prazer e sofrimento no trabalho de jovens trabalhadores assistidos pelo ESPRO de Belo Horizonte, na percepção deles próprios. Para tanto, buscou-se avaliar e descrever os construtos: justiça organizacional com base nas propostas de Rego (2002), Rego et al. (2002) e Mendonça (2003); e prazer e sofrimento, tendo como referência as obras de Dejours (2004, 2007, 2008), Mendes (2007) e Mendes e Ferreira (2007), além de outros referenciais que abordam tais construtos. Após o embasamento teórico, optou-se pela realização de uma pesquisa qualitativa e quantitativa, com o intuito de complementaridade, de forma a maximizar os pontos fortes e minimizar as fraquezas dos dois métodos (CRESWELL, 2007; JOHNSON; ONWUEGBUZI, 2004). A pesquisa foi considerada descritiva, de campo, desenvolvida através de estudo de caso. A coleta de dados ocorreu de forma concomitantemente: na abordagem quantitativa, foram levantados 664 questionários; na qualitativa, 23 entrevistas com roteiro semiestruturado. Os dados provenientes dos questionários foram tratados a partir de análise estatística descritiva uni, bivariada e multivariada, e os das entrevistas passaram pela análise de conteúdo. Como resultado, tem-se que as percepções dos sujeitos referentes aos processos decisórios (justiça procedimental), a distribuição de bens e recompensas (justiça distributiva), e das relações interpessoais entre ele e o superior (justiça interacional) influenciam positivamente as vivências de prazer e negativamente as vivências de sofrimento no trabalho, sendo que estes dados foram corroborados na análise qualitativa.
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-09T12:59:51Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-09T12:59:51Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-01-22
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-BA7FYJ
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-BA7FYJ
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-BA7FYJ/1/vers_o_final_disserta__o_samara_lara.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-BA7FYJ/2/vers_o_final_disserta__o_samara_lara.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 7ba8caa071415337b61a7503d37fc39f
4eb39f0c09dc0309e0faa5cdb470b464
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801676733569564672