Avaliação da influência de marcadores genéticos, laboratoriais e clínicos na ocorrência de doença cerebrovascular em crianças com anemia falciforme triadas pelo programa de triagem neonatal de Minas Gerais e acompanhadas no hemocentro de Belo Horizonte da fundação hemominas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andre Rolim Belisario
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A9PECZ
Resumo: A doença cerebrovascular (DCV) é uma complicação grave associada à anemia falciforme. O doppler transcraniano (DTC) anormal identifica algumas criança sob alto risco de desenvolvimento, mas outros marcadores seriam úteis. Objetivo: Este estudo de coorte tevecomo objetivo avaliar os efeitos de marcadores clínicos, laboratoriais e genéticos no risco de desenvolvimento de DCV em crianças de Minas Gerias, Brasil. Um objetivo secundário foi identificar as mutações de beta-talassemia causadoras de S-talassemia na coorte de recém nascidos do estado de Minas Gerais. Métodos: Os desfechos estudados foram acidente vascular cerebral isquêmico clinicamente manifesto (AVC) e DTC alto risco. Os possíveis marcadores genéticos foram genotipados por PCR/RFLP. Os dados clínicos e hematológicosforam retirados dos prontuários médicos das crianças. A determinação da atividade da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) foi realizada usando um ensaio enzimático colorimétrico. A análise molecular do gene HBB foi realizada por sequenciamento de DNA.Resultados: De 440 crianças, 395 (89,8%) tiveram o genótipo Hb SS, 28 (6,4%) eram Hb S0-talassemia (S0-tal), 13 (3%) eram Hb S/persistência hereditária de hemoglobina fetal e quatro (0,9%) eram Hb S+-talassemia (S+-tal). Nas crianças Hb SS, a incidência cumulativade AVC aos 8 anos de idade foi 7,4% (IC 95%, 4,66%10,14%) e a incidência cumulativa de DTC alto risco aos 11,5 anos de idade foi 14,2% (IC 95% 8,91%19,49%). Artigo 1: Nenhum efeito do polimorfismo VCAM-1 c.1238G>C no risco de AVC ou DCV foi encontrado. A incidência cumulativa de AVC foi significativamente maior em crianças com oalelo TNF- -308A (p=0,02) e menor em crianças com deleções nos genes HBA (p=0,02). Entretanto, não foi encontrada associação entre DCV e o polimorfismo TNF- -308G>A. A incidência cumulativa de DCV foi significativamente menor em crianças com deleções nosgenes HBA (p=0,004). Artigo 2: A frequência de AVC foi nula (0/83) em crianças com o genótipo ENPP1 KK, 6,8% (7/103) para crianças com o genótipo QQ e 7,7% (16/209) para crianças com o genótipo KQ (P=0,037). A probabilidade cumulativa de AVC foi significativamente maior em crianças com o genótipo QQ quando comparado com as crianças com o genótipo KK (P=0.015). Resultados semelhantes foram obtidos quando comparado os genótipos QQ/KQ versus o genótipo KK. Nenhuma associação entre GOLGB1 Y1212C ou PON1 Q192R e AVC ou risco de AVC foi encontrada. Artigo 3: O modelo multivariado finalde risco de AVC incluiu contagem de leucócitos, contagem de reticulócitos, taxa de síndrome torácica aguda e os polimorfismos TEK rs489347 e TNF- rs1800629. O modelo para DTC de alto risco incluiu contagem de reticulócitos e os polimorfismos TEK rs489347 e TGFBR3rs284875. Artigo 4: a prevalência global de deficiência molecular de G6PD foi 4,3% (IC95% 2,3%-6,3%). A média da atividade de G6PD foi 16,88 U/g Hb [erro padrão da média (EPM) 0,28] no grupo sem deficiência molecular de G6PD e 8,43 U/g Hb (EPM 1,01) no grupo comdeficiência molecular G6PD A-. A presença de deficiência molecular de G6PD não influenciou o nível médio de parâmetros hematológicos. Não foi detectado nenhum efeito da deficiência molecular de G6PD no risco de ocorrência de AVC ou DTC de alto risco. A média da atividade de G6PD foi similar nas crianças que apresentaram AVC e nas sem AVC.Resultados similares foram obtidos na análise comparando crianças que tiveram DTC de alto risco e as crianças sem DTC de alto risco. Artigo 5: Treze crianças forma incluídas, nove (69,2%) tiveram o genótipo Hb S/HPFH-2 e quatro (30,8%) tiveram Hb S/HPFH-1; onze crianças (84,6%) eram / e duas (15,4%) /-3.7. A concentração media de Hb e Hb F foi 12,52 ± 0,56 g/dl e 42,31% ± 1,97%, respectivamente. Todas as crianças tiveram DTC de baixo risco. Artigo 6: a análise dos haplótipos de IL-10 na nossa coorte mostrou que 99 (25,1%) crianças eram GCC/ATA, 85 (21,5%) ACC/ATA, GCC/ACC 79 (20%), GCC/GCC50 (12,7%) ATA/ATA 47 (11,9%), ACC/ACC 34 (8,6%), e uma (0,3%) criança apresentou um haplótipo incomum (GCC/GTA). Não houve diferença significativa nas frequências dos polimorfismos na região promotora do gene de IL-10 entre as crianças com e sem AVC ouDTC de alto risco. Do mesmo modo, nenhuma associação entre os haplótipos de IL-10 e AVC ou DTC de alto risco foi encontrada. Artigo 7: De 54 crianças S-tal, 14 (25,9%) apresentaram a mutação códon 39 (C>T), 12 (22,2%) a mutação IVS-I-1 (G>A), oito (14,8%) a mutação IVS-I-6 (T>C), cinco (9,3%) a mutação -29 (A>G TATA box), três (5,6%) amutação IVS-II-1 (G>A), três (5,6%) a mutação IVS-I-110 (G>A), duas (3,7%) a mutação - 92 (C>T), duas (3,7%) apresentaram as mutações IVS-II-844 (C>A) e IVS-II-839 (T>C) em cis, duas (3,7%) a mutação IVS-I-5 (G>A), uma (1,9%) a mutação -88 (C>T), uma (1,9%) a mutação poly A signal (T>C) e uma (1,9%) criança apresentou a mutação IVS-I-2 (T>C).Artigo 8: Duas crianças tiveram a mutação -92 (C>T) e duas apresentaram as mutações IVSII- 844 (C>A) e IVS-II-839 (T>C) em cis. A média da concentração de hemoglobina foi 12,0±0,7 g/dL e a média da concentração de hemoglobina A foi 40,4±1,1%. Todas as criançasforam oligossintomáticas e nenhum teve complicações clínicas atribuíveis à doença falciforme. As mutações -92 (C>T) e IVS-II-844 (C>A)/IVS-II-839 (T>C) associadas ao alelo S causam formas silenciosas de S+-tal. Conclusões: Nosso estudo identificou fatores derisco clínicos, laboratoriais e moleculares para o desenvolvimento de AVC e DCV em crianças com anemia falciforme da coorte de recém-nascidos do estado de Minas Gerais. Minas Gerais é o segundo estado brasileiro mais heterogêneo em termos de mutaçõescausadoras de beta-talassemia e tem um padrão relativamente diferente quando comparado com as outras regiões brasileiras.
id UFMG_c34d97708f37ccda03701109c62b2dd2
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-A9PECZ
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Marcos Borato VianaCibele Velloso RodriguesAna Cristina Simoes e SilvaAntonio Lucio Teixeira JuniorMaria Stella FigueiredoFernando Ferreira CostaAndre Rolim Belisario2019-08-13T12:31:27Z2019-08-13T12:31:27Z2015-06-29http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A9PECZA doença cerebrovascular (DCV) é uma complicação grave associada à anemia falciforme. O doppler transcraniano (DTC) anormal identifica algumas criança sob alto risco de desenvolvimento, mas outros marcadores seriam úteis. Objetivo: Este estudo de coorte tevecomo objetivo avaliar os efeitos de marcadores clínicos, laboratoriais e genéticos no risco de desenvolvimento de DCV em crianças de Minas Gerias, Brasil. Um objetivo secundário foi identificar as mutações de beta-talassemia causadoras de S-talassemia na coorte de recém nascidos do estado de Minas Gerais. Métodos: Os desfechos estudados foram acidente vascular cerebral isquêmico clinicamente manifesto (AVC) e DTC alto risco. Os possíveis marcadores genéticos foram genotipados por PCR/RFLP. Os dados clínicos e hematológicosforam retirados dos prontuários médicos das crianças. A determinação da atividade da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) foi realizada usando um ensaio enzimático colorimétrico. A análise molecular do gene HBB foi realizada por sequenciamento de DNA.Resultados: De 440 crianças, 395 (89,8%) tiveram o genótipo Hb SS, 28 (6,4%) eram Hb S0-talassemia (S0-tal), 13 (3%) eram Hb S/persistência hereditária de hemoglobina fetal e quatro (0,9%) eram Hb S+-talassemia (S+-tal). Nas crianças Hb SS, a incidência cumulativade AVC aos 8 anos de idade foi 7,4% (IC 95%, 4,66%10,14%) e a incidência cumulativa de DTC alto risco aos 11,5 anos de idade foi 14,2% (IC 95% 8,91%19,49%). Artigo 1: Nenhum efeito do polimorfismo VCAM-1 c.1238G>C no risco de AVC ou DCV foi encontrado. A incidência cumulativa de AVC foi significativamente maior em crianças com oalelo TNF- -308A (p=0,02) e menor em crianças com deleções nos genes HBA (p=0,02). Entretanto, não foi encontrada associação entre DCV e o polimorfismo TNF- -308G>A. A incidência cumulativa de DCV foi significativamente menor em crianças com deleções nosgenes HBA (p=0,004). Artigo 2: A frequência de AVC foi nula (0/83) em crianças com o genótipo ENPP1 KK, 6,8% (7/103) para crianças com o genótipo QQ e 7,7% (16/209) para crianças com o genótipo KQ (P=0,037). A probabilidade cumulativa de AVC foi significativamente maior em crianças com o genótipo QQ quando comparado com as crianças com o genótipo KK (P=0.015). Resultados semelhantes foram obtidos quando comparado os genótipos QQ/KQ versus o genótipo KK. Nenhuma associação entre GOLGB1 Y1212C ou PON1 Q192R e AVC ou risco de AVC foi encontrada. Artigo 3: O modelo multivariado finalde risco de AVC incluiu contagem de leucócitos, contagem de reticulócitos, taxa de síndrome torácica aguda e os polimorfismos TEK rs489347 e TNF- rs1800629. O modelo para DTC de alto risco incluiu contagem de reticulócitos e os polimorfismos TEK rs489347 e TGFBR3rs284875. Artigo 4: a prevalência global de deficiência molecular de G6PD foi 4,3% (IC95% 2,3%-6,3%). A média da atividade de G6PD foi 16,88 U/g Hb [erro padrão da média (EPM) 0,28] no grupo sem deficiência molecular de G6PD e 8,43 U/g Hb (EPM 1,01) no grupo comdeficiência molecular G6PD A-. A presença de deficiência molecular de G6PD não influenciou o nível médio de parâmetros hematológicos. Não foi detectado nenhum efeito da deficiência molecular de G6PD no risco de ocorrência de AVC ou DTC de alto risco. A média da atividade de G6PD foi similar nas crianças que apresentaram AVC e nas sem AVC.Resultados similares foram obtidos na análise comparando crianças que tiveram DTC de alto risco e as crianças sem DTC de alto risco. Artigo 5: Treze crianças forma incluídas, nove (69,2%) tiveram o genótipo Hb S/HPFH-2 e quatro (30,8%) tiveram Hb S/HPFH-1; onze crianças (84,6%) eram / e duas (15,4%) /-3.7. A concentração media de Hb e Hb F foi 12,52 ± 0,56 g/dl e 42,31% ± 1,97%, respectivamente. Todas as crianças tiveram DTC de baixo risco. Artigo 6: a análise dos haplótipos de IL-10 na nossa coorte mostrou que 99 (25,1%) crianças eram GCC/ATA, 85 (21,5%) ACC/ATA, GCC/ACC 79 (20%), GCC/GCC50 (12,7%) ATA/ATA 47 (11,9%), ACC/ACC 34 (8,6%), e uma (0,3%) criança apresentou um haplótipo incomum (GCC/GTA). Não houve diferença significativa nas frequências dos polimorfismos na região promotora do gene de IL-10 entre as crianças com e sem AVC ouDTC de alto risco. Do mesmo modo, nenhuma associação entre os haplótipos de IL-10 e AVC ou DTC de alto risco foi encontrada. Artigo 7: De 54 crianças S-tal, 14 (25,9%) apresentaram a mutação códon 39 (C>T), 12 (22,2%) a mutação IVS-I-1 (G>A), oito (14,8%) a mutação IVS-I-6 (T>C), cinco (9,3%) a mutação -29 (A>G TATA box), três (5,6%) amutação IVS-II-1 (G>A), três (5,6%) a mutação IVS-I-110 (G>A), duas (3,7%) a mutação - 92 (C>T), duas (3,7%) apresentaram as mutações IVS-II-844 (C>A) e IVS-II-839 (T>C) em cis, duas (3,7%) a mutação IVS-I-5 (G>A), uma (1,9%) a mutação -88 (C>T), uma (1,9%) a mutação poly A signal (T>C) e uma (1,9%) criança apresentou a mutação IVS-I-2 (T>C).Artigo 8: Duas crianças tiveram a mutação -92 (C>T) e duas apresentaram as mutações IVSII- 844 (C>A) e IVS-II-839 (T>C) em cis. A média da concentração de hemoglobina foi 12,0±0,7 g/dL e a média da concentração de hemoglobina A foi 40,4±1,1%. Todas as criançasforam oligossintomáticas e nenhum teve complicações clínicas atribuíveis à doença falciforme. As mutações -92 (C>T) e IVS-II-844 (C>A)/IVS-II-839 (T>C) associadas ao alelo S causam formas silenciosas de S+-tal. Conclusões: Nosso estudo identificou fatores derisco clínicos, laboratoriais e moleculares para o desenvolvimento de AVC e DCV em crianças com anemia falciforme da coorte de recém-nascidos do estado de Minas Gerais. Minas Gerais é o segundo estado brasileiro mais heterogêneo em termos de mutaçõescausadoras de beta-talassemia e tem um padrão relativamente diferente quando comparado com as outras regiões brasileiras.Cerebrovascular disease (CVD) is a severe complication associated with sickle cell anemia (SCA). Abnormal transcranial Doppler (TCD) identifies some children at high risk, but other markers would be helpful. Objectives: This cohort study was aimed at evaluating the effectsof clinical, laboratorial, and molecular biomarkers on the risk of developing CVD in children from Minas Gerais, Brazil. A secondary aim was to identify the -thal mutations causing S- thalassemia in the newborn cohort of Minas Gerais state. Methods: Outcomes studied wereovert ischemic stroke, and high-risk TCD. Possible genetic markers were genotyped by PCR/RFLP. Clinical and hematological data were retrieved from childrens records. The quantitative determination of glucose-6-phosphate dehydrogenase (G6PD) activity wasperformed using an enzymatic colorimetric assay. The molecular analysis of HBB was performed by DNA sequencing. Results: Out of 440 children, 395 (89.8%) had Hb SS genotype, 28 (6.4%) had Hb S0-thal, 13 (3%) had Hb S/hereditary persistency of fetal hemoglobin (HPFH), and four (0,9%) Hb S+-thal. In Hb SS children, the cumulative incidence of clinical ischemic stroke by 8.0 years of age was 7.4% (95% CI, 4.6610.14%) and that of high-risk TCD by 11.5 years of age was 14.2% (95% CI, 8.9119.49%). Paper 1: No effect of VCAM-1 c.1238G>C single nucleotide polymorphism (SNP) on stroke or CVD risks was detected. Cumulative incidence of stroke was significantly higher for children withTNF- -308A allele (p=0.02) and lower for children with HBA deletion (p=0.02). However, no association between CVD and TNF- -308G>A was found. CVD cumulative incidence was significantly lower for children with HBA deletion (p=0.004). Paper 2: The frequency of stroke was null (0/83) for children who harbored the ENPP1 KK genotype, 6.8% (7/103) for those with QQ genotype, and 7.7% (16/209) for children with KQ genotype (P=0.037). The cumulative probability of stroke was significantly (P=0.015) higher for children with the QQ genotype than for those with the KK genotype. Similar results were obtained comparing QQ/KQ genotypes as one group with the KK group. No association between GOLGB1Y1212C or PON1 Q192R and stroke or stroke risk was detected. Paper 3: The final multivariate model for stroke risk included high white blood cell count and reticulocyte count, acute chest syndrome rate, and the single nucleotide polymorphisms (SNPs) TEK rs489347 and TNF- rs1800629. The model for high-risk TCD included high reticulocyte count and theSNPs TEK rs489347 and TGFBR3 rs284875. Paper 4: The prevalence of molecularly-defined deficiency was 4.3% (95%CI: 2.3%6.3%). The mean G6PD activity was 16.88 U/g Hb [standard error of the mean (SEM) 0.28] in the group without G6PD molecular deficiency and 8.43 (SEM 1.01) U/g Hb in the group with G6PD A molecular deficiency. G6PD moleculardeficiency was not associated with any hematological features. No effects of G6PD molecular deficiency on clinical ischemic stroke or high-risk TCD were detected. The mean G6PD activity was similar in children who had clinical ischemic stroke and in those without stroke. Similar results were obtained in analyses comparing children who had high-risk TCD and those without high-risk TCD. Paper 5: Thirteen children were included, nine (69.2%) had the Hb S/HPFH deletion type 2, and four (30.8%) had deletion type 1; eleven children (84.6%) were /, and two (15.4%) /-3.7. The mean concentration of total hemoglobin (Hb) andHb F was 12.52 ± 0.56 g/dl and 42.31% ± 1.97%, respectively. All children were classified as having low-risk transcranial Doppler. Paper 6: Analysis of IL-10 haplotype in our cohort showed that 99 (25.1%) children were GCC/ATA, 85 (21.5%) ACC/ATA, GCC/ACC 79 (20%), GCC/GCC 50 (12.7%) ATA/ATA 47 (11.9%), ACC/ACC 34 (8.6%), and one (0.3%)child presented an uncommon haplotype (GCC/GTA). There was no significant difference in the frequencies of SNPs in the promoter region of IL-10 gene between children with and without stroke or high-risk TCD. Likewise, no association was observed between IL-10 xihaplotypes and stroke or high-risk TCD. Paper 7: Out of 54 S-thal children, 14 (25.9%) children had the codon 39 (C>T) mutation, 12 (22.2%) had IVS-I-1 (G>A), eight (14.8%) had IVS-I-6 (T>C), five (9.3%) had -29 (A>G TATA box), three (5.6%) had IVS-II-1 (G>A), three (5.6%) had IVS-I-110 (G>A), two (3.7%) had -92 (C>T), two (3.7%) had IVS-II-844(C>A) and IVS-II-839 (T>C) in cis mutations, two (3.7%) had IVS-I-5 (G>A), one (1.9%) had -88 (C>T), one (1.9%) had poly A signal (T>C), and one child (1.9%) had IVS-I-2 (T>C) mutation. Paper 8: Two children had a 92 (C>T) mutation and two had IVS-II-844 (C>A) plus IVS-II-839 (T>C) in cis mutations. The mean hemoglobin concentration was 12.0±0.7g/dL and the mean hemoglobin A concentration was 40.4±1.1%. All the children were clinically oligosymptomatic and none of them had complications attributable to sickle cell disease. The 92 (C>T) and IVS-II-844 (C>A)/IVS-II-839 (T>C) mutations associated with the S allele lead to a silent form of S+-thal. Conclusions: Our study identified clinical, laboratorial, and molecular risk factors for stroke and CVD development in children from the Minas Gerais state SCA newborn cohort, Brazil. The Minas Gerais state is the second most heterogeneous state in Brazil in terms of -thal mutations and has a relatively different molecular pattern when compared to other Brazilian regions.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAnemia falciforme/genéticaAnemiaTranstornos cerebrovascularesNeonatologiaPredisposição genética para doençaTriagem neonatalAnemia falciforme/complicaçõesEstudos de coortesCriançaMarcadores genéticos-Avaliação da influência de marcadores genéticos, laboratoriais e clínicos na ocorrência de doença cerebrovascular em crianças com anemia falciforme triadas pelo programa de triagem neonatal de Minas Gerais e acompanhadas no hemocentro de Belo Horizonte da fundação hemominasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_final_andr__rolim_belis_rio.pdfapplication/pdf11220006https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A9PECZ/1/tese_final_andr__rolim_belis_rio.pdfea8df2b72055a2aa104c900470f84b77MD51TEXTtese_final_andr__rolim_belis_rio.pdf.txttese_final_andr__rolim_belis_rio.pdf.txtExtracted texttext/plain492006https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A9PECZ/2/tese_final_andr__rolim_belis_rio.pdf.txt71e81a616b6d85402af4c6bfcc319327MD521843/BUBD-A9PECZ2019-11-14 22:59:50.313oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-A9PECZRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-15T01:59:50Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Avaliação da influência de marcadores genéticos, laboratoriais e clínicos na ocorrência de doença cerebrovascular em crianças com anemia falciforme triadas pelo programa de triagem neonatal de Minas Gerais e acompanhadas no hemocentro de Belo Horizonte da fundação hemominas
title Avaliação da influência de marcadores genéticos, laboratoriais e clínicos na ocorrência de doença cerebrovascular em crianças com anemia falciforme triadas pelo programa de triagem neonatal de Minas Gerais e acompanhadas no hemocentro de Belo Horizonte da fundação hemominas
spellingShingle Avaliação da influência de marcadores genéticos, laboratoriais e clínicos na ocorrência de doença cerebrovascular em crianças com anemia falciforme triadas pelo programa de triagem neonatal de Minas Gerais e acompanhadas no hemocentro de Belo Horizonte da fundação hemominas
Andre Rolim Belisario
-
Anemia falciforme/genética
Anemia
Transtornos cerebrovasculares
Neonatologia
Predisposição genética para doença
Triagem neonatal
Anemia falciforme/complicações
Estudos de coortes
Criança
Marcadores genéticos
title_short Avaliação da influência de marcadores genéticos, laboratoriais e clínicos na ocorrência de doença cerebrovascular em crianças com anemia falciforme triadas pelo programa de triagem neonatal de Minas Gerais e acompanhadas no hemocentro de Belo Horizonte da fundação hemominas
title_full Avaliação da influência de marcadores genéticos, laboratoriais e clínicos na ocorrência de doença cerebrovascular em crianças com anemia falciforme triadas pelo programa de triagem neonatal de Minas Gerais e acompanhadas no hemocentro de Belo Horizonte da fundação hemominas
title_fullStr Avaliação da influência de marcadores genéticos, laboratoriais e clínicos na ocorrência de doença cerebrovascular em crianças com anemia falciforme triadas pelo programa de triagem neonatal de Minas Gerais e acompanhadas no hemocentro de Belo Horizonte da fundação hemominas
title_full_unstemmed Avaliação da influência de marcadores genéticos, laboratoriais e clínicos na ocorrência de doença cerebrovascular em crianças com anemia falciforme triadas pelo programa de triagem neonatal de Minas Gerais e acompanhadas no hemocentro de Belo Horizonte da fundação hemominas
title_sort Avaliação da influência de marcadores genéticos, laboratoriais e clínicos na ocorrência de doença cerebrovascular em crianças com anemia falciforme triadas pelo programa de triagem neonatal de Minas Gerais e acompanhadas no hemocentro de Belo Horizonte da fundação hemominas
author Andre Rolim Belisario
author_facet Andre Rolim Belisario
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Marcos Borato Viana
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Cibele Velloso Rodrigues
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Ana Cristina Simoes e Silva
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Antonio Lucio Teixeira Junior
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Maria Stella Figueiredo
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Fernando Ferreira Costa
dc.contributor.author.fl_str_mv Andre Rolim Belisario
contributor_str_mv Marcos Borato Viana
Cibele Velloso Rodrigues
Ana Cristina Simoes e Silva
Antonio Lucio Teixeira Junior
Maria Stella Figueiredo
Fernando Ferreira Costa
dc.subject.por.fl_str_mv -
topic -
Anemia falciforme/genética
Anemia
Transtornos cerebrovasculares
Neonatologia
Predisposição genética para doença
Triagem neonatal
Anemia falciforme/complicações
Estudos de coortes
Criança
Marcadores genéticos
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Anemia falciforme/genética
Anemia
Transtornos cerebrovasculares
Neonatologia
Predisposição genética para doença
Triagem neonatal
Anemia falciforme/complicações
Estudos de coortes
Criança
Marcadores genéticos
description A doença cerebrovascular (DCV) é uma complicação grave associada à anemia falciforme. O doppler transcraniano (DTC) anormal identifica algumas criança sob alto risco de desenvolvimento, mas outros marcadores seriam úteis. Objetivo: Este estudo de coorte tevecomo objetivo avaliar os efeitos de marcadores clínicos, laboratoriais e genéticos no risco de desenvolvimento de DCV em crianças de Minas Gerias, Brasil. Um objetivo secundário foi identificar as mutações de beta-talassemia causadoras de S-talassemia na coorte de recém nascidos do estado de Minas Gerais. Métodos: Os desfechos estudados foram acidente vascular cerebral isquêmico clinicamente manifesto (AVC) e DTC alto risco. Os possíveis marcadores genéticos foram genotipados por PCR/RFLP. Os dados clínicos e hematológicosforam retirados dos prontuários médicos das crianças. A determinação da atividade da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) foi realizada usando um ensaio enzimático colorimétrico. A análise molecular do gene HBB foi realizada por sequenciamento de DNA.Resultados: De 440 crianças, 395 (89,8%) tiveram o genótipo Hb SS, 28 (6,4%) eram Hb S0-talassemia (S0-tal), 13 (3%) eram Hb S/persistência hereditária de hemoglobina fetal e quatro (0,9%) eram Hb S+-talassemia (S+-tal). Nas crianças Hb SS, a incidência cumulativade AVC aos 8 anos de idade foi 7,4% (IC 95%, 4,66%10,14%) e a incidência cumulativa de DTC alto risco aos 11,5 anos de idade foi 14,2% (IC 95% 8,91%19,49%). Artigo 1: Nenhum efeito do polimorfismo VCAM-1 c.1238G>C no risco de AVC ou DCV foi encontrado. A incidência cumulativa de AVC foi significativamente maior em crianças com oalelo TNF- -308A (p=0,02) e menor em crianças com deleções nos genes HBA (p=0,02). Entretanto, não foi encontrada associação entre DCV e o polimorfismo TNF- -308G>A. A incidência cumulativa de DCV foi significativamente menor em crianças com deleções nosgenes HBA (p=0,004). Artigo 2: A frequência de AVC foi nula (0/83) em crianças com o genótipo ENPP1 KK, 6,8% (7/103) para crianças com o genótipo QQ e 7,7% (16/209) para crianças com o genótipo KQ (P=0,037). A probabilidade cumulativa de AVC foi significativamente maior em crianças com o genótipo QQ quando comparado com as crianças com o genótipo KK (P=0.015). Resultados semelhantes foram obtidos quando comparado os genótipos QQ/KQ versus o genótipo KK. Nenhuma associação entre GOLGB1 Y1212C ou PON1 Q192R e AVC ou risco de AVC foi encontrada. Artigo 3: O modelo multivariado finalde risco de AVC incluiu contagem de leucócitos, contagem de reticulócitos, taxa de síndrome torácica aguda e os polimorfismos TEK rs489347 e TNF- rs1800629. O modelo para DTC de alto risco incluiu contagem de reticulócitos e os polimorfismos TEK rs489347 e TGFBR3rs284875. Artigo 4: a prevalência global de deficiência molecular de G6PD foi 4,3% (IC95% 2,3%-6,3%). A média da atividade de G6PD foi 16,88 U/g Hb [erro padrão da média (EPM) 0,28] no grupo sem deficiência molecular de G6PD e 8,43 U/g Hb (EPM 1,01) no grupo comdeficiência molecular G6PD A-. A presença de deficiência molecular de G6PD não influenciou o nível médio de parâmetros hematológicos. Não foi detectado nenhum efeito da deficiência molecular de G6PD no risco de ocorrência de AVC ou DTC de alto risco. A média da atividade de G6PD foi similar nas crianças que apresentaram AVC e nas sem AVC.Resultados similares foram obtidos na análise comparando crianças que tiveram DTC de alto risco e as crianças sem DTC de alto risco. Artigo 5: Treze crianças forma incluídas, nove (69,2%) tiveram o genótipo Hb S/HPFH-2 e quatro (30,8%) tiveram Hb S/HPFH-1; onze crianças (84,6%) eram / e duas (15,4%) /-3.7. A concentração media de Hb e Hb F foi 12,52 ± 0,56 g/dl e 42,31% ± 1,97%, respectivamente. Todas as crianças tiveram DTC de baixo risco. Artigo 6: a análise dos haplótipos de IL-10 na nossa coorte mostrou que 99 (25,1%) crianças eram GCC/ATA, 85 (21,5%) ACC/ATA, GCC/ACC 79 (20%), GCC/GCC50 (12,7%) ATA/ATA 47 (11,9%), ACC/ACC 34 (8,6%), e uma (0,3%) criança apresentou um haplótipo incomum (GCC/GTA). Não houve diferença significativa nas frequências dos polimorfismos na região promotora do gene de IL-10 entre as crianças com e sem AVC ouDTC de alto risco. Do mesmo modo, nenhuma associação entre os haplótipos de IL-10 e AVC ou DTC de alto risco foi encontrada. Artigo 7: De 54 crianças S-tal, 14 (25,9%) apresentaram a mutação códon 39 (C>T), 12 (22,2%) a mutação IVS-I-1 (G>A), oito (14,8%) a mutação IVS-I-6 (T>C), cinco (9,3%) a mutação -29 (A>G TATA box), três (5,6%) amutação IVS-II-1 (G>A), três (5,6%) a mutação IVS-I-110 (G>A), duas (3,7%) a mutação - 92 (C>T), duas (3,7%) apresentaram as mutações IVS-II-844 (C>A) e IVS-II-839 (T>C) em cis, duas (3,7%) a mutação IVS-I-5 (G>A), uma (1,9%) a mutação -88 (C>T), uma (1,9%) a mutação poly A signal (T>C) e uma (1,9%) criança apresentou a mutação IVS-I-2 (T>C).Artigo 8: Duas crianças tiveram a mutação -92 (C>T) e duas apresentaram as mutações IVSII- 844 (C>A) e IVS-II-839 (T>C) em cis. A média da concentração de hemoglobina foi 12,0±0,7 g/dL e a média da concentração de hemoglobina A foi 40,4±1,1%. Todas as criançasforam oligossintomáticas e nenhum teve complicações clínicas atribuíveis à doença falciforme. As mutações -92 (C>T) e IVS-II-844 (C>A)/IVS-II-839 (T>C) associadas ao alelo S causam formas silenciosas de S+-tal. Conclusões: Nosso estudo identificou fatores derisco clínicos, laboratoriais e moleculares para o desenvolvimento de AVC e DCV em crianças com anemia falciforme da coorte de recém-nascidos do estado de Minas Gerais. Minas Gerais é o segundo estado brasileiro mais heterogêneo em termos de mutaçõescausadoras de beta-talassemia e tem um padrão relativamente diferente quando comparado com as outras regiões brasileiras.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-06-29
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-13T12:31:27Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-13T12:31:27Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A9PECZ
url http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A9PECZ
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A9PECZ/1/tese_final_andr__rolim_belis_rio.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A9PECZ/2/tese_final_andr__rolim_belis_rio.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv ea8df2b72055a2aa104c900470f84b77
71e81a616b6d85402af4c6bfcc319327
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801676686225309696