Avaliação de esquemas dietéticos de progressão rápida ou lenta na alimentação de recém-nascidos prematuros.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carmen Maria Wurtz
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-743PWE
Resumo: A necessidade nutricional dos recém-nascidos prematuros é controversa, muitos conceitos ainda estão em processo de construção. Não existem regras fixas de quando iniciar a alimentação, qual o volume, como deve ser o acréscimo e os intervalos. OBJETIVO: avaliar os riscos e benefícios da introdução de esquemas dietéticos de progressão rápida e lenta em recém-nascidos pré-termos. MÉTODO: estudo randomizado, controlado, prospectivo, realizado na UTI Neonatal do Hospital e Maternidade Sofia Feldman, na cidade de Belo Horizonte (MG). Foram avaliados 101 recém-nascidos com idade gestacional = 34 semanas, pesando de 700 a 2410g, alocados randomicamente para o grupo de progressão rápida da dieta, n = 52, e para o grupo de progressão lenta, controle, n = 49. RESULTADOS: para atingir a dieta plena de 180ml/Kg/dia, no grupo de intervenção gastou-se menos tempo (mediana de 8/13, respectivamente) e uso-se menos antibióticos, com diferença estatística significativa (p = 0,01). Nesse grupo houve menor incidência de sepse tardia (p = 0,02). Os casos de insucesso foram 11 no grupo controle e 6 no grupo de intervenção, não havendo diferenças estatisticamente significativas entre os dois esquemas. A incidência de enterocolite necrosante foi de 8,1% no esquema I e 3,8% no esquema II, sem haver diferença estatística. Sete recém-nascidos faleceram, sendo 4 do esquema I e 3 do esquema II. CONCLUSÃO: os recém-nascidos prematuros podem tolerar aumento rápido de dieta sem aumentar o risco de efeitos adversos. No estudo o aumento rápido da dieta coincidiu com menor incidência de sepse tardia, diminuindo conseqüentemente a morbidade desses recém-nascidos.
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