Estudos de prospecção, caracterização e ensaios sorológicos de vírus gigantes: analisando amostras ambientais brasileiras, soros de humanos e outros vertebrados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fábio Pio Dornas
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/42542
https://orcid.org/0000-0001-7926-5551
Resumo: Os atualmente conhecidos vírus gigantes têm sido agrupados junto à proposta ordem Megavirales, com base em características biológicas e filogenéticas. Assim muitas características únicas e pouco exploradas vêm sendo descritas na literatura a partir desse grupo de vírus, o que justifica novos estudos acerca de sua biologia e circulação. O objetivo deste trabalho foi estudar a distribuição e circulação de vírus gigantes através de análises de prospecção, caracterização e ensaios sorológicos, de amostras ambientais, de soros de humanos e de outros vertebrados, coletadas em território brasileiro. Esses estudos foram divididos em duas sessões. A primeira envolveu a análise de amostras ambientais coletadas em lagoas na região metropolitana de Belo Horizonte, e na Lagoa Central, munícipio de Lagoa Santa, ambas de Minas Gerais. Espécies de amebas Acanthamoeba spp. e Vermamoeba vermiformis foram utilizadas como sistemas celulares de isolamento. Para a caracterização viral, foram feitos testes biológicos e moleculares. A segunda parte do estudo descreve a análise de amostras de soros de vertebrados (humanos, bovinos e primatas não-humanos), através de métodos moleculares e sorológicos para a detecção da circulação de mimivírus. Um total de 71 vírus foram isoladas e caracterizadas utilizando amostras ambientais brasileiras. Dentre os isolados, destacam-se a alta prevalência de mimivírus linhagem A e os primeiros mimivírus de linhagens B e C, que foram isolados e identificados a partir de espécimes ambientais brasileiros, assim como novas amostras de marseillevírus e pandoravírus. Um novo mimivírus da linhagem A, denominado de Kroon virus, foi caracterizado. Em relação às análises sorológicas, foi observada uma positividade entre 4,7% e 31,6% nos testes de neutralização viral e entre 8,5% e 42,1% em relação à detecção de genoma viral. A análise das sequências nucleotídicas virais obtidas a partir das sorotecas revelaram polimorfismos únicos, sugerindo diversidade genética, mesmo considerando genes conservados. Todavia, o significado biológico destes achados no contexto de eventuais patologias nas espécies de vertebrados analisados permanece a ser investigado. Em conjunto, os dados apresentados no presente trabalho mostram uma alta diversidade de vírus gigantes que circulam ativamente no território brasileiro, e sugerem que as espécies de vertebrados analisadas se apresentam em exposição a estes vírus.
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A primeira envolveu a análise de amostras ambientais coletadas em lagoas na região metropolitana de Belo Horizonte, e na Lagoa Central, munícipio de Lagoa Santa, ambas de Minas Gerais. Espécies de amebas Acanthamoeba spp. e Vermamoeba vermiformis foram utilizadas como sistemas celulares de isolamento. Para a caracterização viral, foram feitos testes biológicos e moleculares. A segunda parte do estudo descreve a análise de amostras de soros de vertebrados (humanos, bovinos e primatas não-humanos), através de métodos moleculares e sorológicos para a detecção da circulação de mimivírus. Um total de 71 vírus foram isoladas e caracterizadas utilizando amostras ambientais brasileiras. Dentre os isolados, destacam-se a alta prevalência de mimivírus linhagem A e os primeiros mimivírus de linhagens B e C, que foram isolados e identificados a partir de espécimes ambientais brasileiros, assim como novas amostras de marseillevírus e pandoravírus. Um novo mimivírus da linhagem A, denominado de Kroon virus, foi caracterizado. Em relação às análises sorológicas, foi observada uma positividade entre 4,7% e 31,6% nos testes de neutralização viral e entre 8,5% e 42,1% em relação à detecção de genoma viral. A análise das sequências nucleotídicas virais obtidas a partir das sorotecas revelaram polimorfismos únicos, sugerindo diversidade genética, mesmo considerando genes conservados. Todavia, o significado biológico destes achados no contexto de eventuais patologias nas espécies de vertebrados analisados permanece a ser investigado. Em conjunto, os dados apresentados no presente trabalho mostram uma alta diversidade de vírus gigantes que circulam ativamente no território brasileiro, e sugerem que as espécies de vertebrados analisadas se apresentam em exposição a estes vírus.The giant viruses have been grouped into the proposed order Megavirales due to particulars biological and phylogenetic characteristics. Exclusive characteristics have been described, supporting new studies about the biology and circulation of giant viruses. The objective of this work was to analyze the distribution and circulation of giant viruses by approaches involving the prospection in environmental samples and characterization of new isolates and by analyzing the presence of neutralizing antibodies and viral DNA in vertebrates sera samples (humans, bovines and non-human primates). These studies were divided in two sections. The first involving analysis of environmental samples collected from lake around Belo Horizonte city, Minas Gerais state. The amoebas’ species Acanthamoeba spp. and Vermamoeba vermiformis were used as cellular systems for viral isolation assays. Viral characterization, was done by biological and molecular assays. For the second section, sera samples were analyzed by viral neutralizing assays and by PCR and sequencing of mimiviral genes. We report the isolation of 70 new giant viruses in this studyMimivirus lineages B and C were first reported in Brazilian environmental samples, as well as news isolates of marseillevirus and pandoravirus. One new mimivirus lineage A, named Kroon virus, was characterized. Regarding serological analysis, and considering the different sera collections, we observed positivity ranging from 4.7% to 31.6% in neutralizing assays and 8.5% to 42.1% for mimiviral DNA detection. A number of polymorphisms were observed in mimivirus sequences amplified from sera samples, even considering conserved viral genes. However, the biological mean of the detection of antibodies-against mimivirus and mimivirus DNA in vertebrates remains to be investigated. Taken together, the dataset presented in this work demonstrate the active circulation of giant viruses in Brazilian territory and suggest that the analyzed vertebrate’s species are under explosion to those viruses.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em MicrobiologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIAMicrobiologiaMimiviridaeVírus/isolamento & purificaçãoTestes SorológicosVertebradosMimivírusMarseillevírusPandoravírusIsolamento viralEnsaios sorológicosVertebradosEstudos de prospecção, caracterização e ensaios sorológicos de vírus gigantes: analisando amostras ambientais brasileiras, soros de humanos e outros vertebradosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE FABIO DORNAS 2016 VERSAO para publicacao.pdfTESE FABIO DORNAS 2016 VERSAO para publicacao.pdfapplication/pdf197222https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42542/1/TESE%20FABIO%20DORNAS%202016%20VERSAO%20para%20publicacao.pdf9e0daa7667c1bbe649810fe4e3c9053fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42542/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/425422022-06-15 15:03:35.369oai:repositorio.ufmg.br:1843/42542TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-06-15T18:03:35Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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