Estudo anatômico e tomográfico do posicionamento dos túneis femoral e tibial na reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho por meio das técnicas transportal e transtibial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guilherme Moreira de Abreu e Silva
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9UJFTU
Resumo: INTRODUÇÃO: a cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho objetiva restabelecer a estabilidade e melhorar a função articular. Para isso, é fundamental conhecer a sua anatomia e o ponto anatômico que corresponda ao centro das suas inserções femoral e tibial para o correto posicionamento dos túneis durante a reconstrução cirúrgica. OBJETIVOS: descrever em peças anatômicas as coordenadas de localização que correspondam ao centro da origem ligamentar femoral e tibial do ligamento cruzado anterior; verificar qual das duas técnicas de reconstrução do ligamento cruzado anterior, transportal ou transtibial, que mais se aproxima desse marco anatômico. MÉTODOS: oito joelhos de cadáveres humanos foram dissecados e o centro da origem femoral e tibial identificados, marcados e analisados após reconstrução tridimensional por tomografia computadorizada. Em um segundo momento, 23 pacientes submetidos à reconstrução do ligamento cruzado anterior, sendo 14 pacientes operados por meio da técnica transportal e nove por meio da técnica transtibial, foram analisados por imagens tomográficas tridimensionalmente reconstruídas. RESULTADOS: no estudo anatômico, as dimensões médias da origem femoral foram de 9,4 ± 0,8 mm no eixo ventral-dorsal e de 15,6 ± 0,9 mm no eixo cranial-caudal. Na origem tibial, as dimensões médias encontradas foram de 18,5 ± 1,9 mm no eixo anterior-posterior e de 15,5 ± 1,0 mm no eixo medial-lateral. As coordenadas tomográficas que representam o ponto médio central da origem femoral foram de 35,3% ± 4,5% no eixo ventral-dorsal e de 30,0% ± 1,6% no eixo cranialcaudal. Na origem tibial foram encontradas coordenadas médias de 40,5% ± 5,3% no eixo anterior-posterior e 50,2% ± 1,3% no eixo medial-lateral. Nos grupos transportal e transtibial, as coordenadas do centro do túnel femoral obtidas foram, respectivamente, 30% ± 6,5% e 4,2% ± 6,4% no eixo ventral-dorsal, e de 30,9 ± 5,9% e 33,2 ± 4,6% no eixo cranial-caudal. As coordenadas tibiais dos grupos transportal e transtibial foram, respectivamente, 38 ± 6,5% e 46,0% ± 6,8 no eixo anterior-posterior e 47,2% ± 2,5% e de 46,9% ± 2,1% no eixo medial-lateral. CONCLUSÃO: no estudo anatômico pôde-se identificar o ponto central único da origem femoral e tibial do ligamento cruzado anterior. No estudo clínico, verificou-se que as coordenadas tomográficas dos pacientes no grupo transportal se aproximaram mais desse ponto anatômico em comparação aos pacientes no grupo transtibial.
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MÉTODOS: oito joelhos de cadáveres humanos foram dissecados e o centro da origem femoral e tibial identificados, marcados e analisados após reconstrução tridimensional por tomografia computadorizada. Em um segundo momento, 23 pacientes submetidos à reconstrução do ligamento cruzado anterior, sendo 14 pacientes operados por meio da técnica transportal e nove por meio da técnica transtibial, foram analisados por imagens tomográficas tridimensionalmente reconstruídas. RESULTADOS: no estudo anatômico, as dimensões médias da origem femoral foram de 9,4 ± 0,8 mm no eixo ventral-dorsal e de 15,6 ± 0,9 mm no eixo cranial-caudal. Na origem tibial, as dimensões médias encontradas foram de 18,5 ± 1,9 mm no eixo anterior-posterior e de 15,5 ± 1,0 mm no eixo medial-lateral. As coordenadas tomográficas que representam o ponto médio central da origem femoral foram de 35,3% ± 4,5% no eixo ventral-dorsal e de 30,0% ± 1,6% no eixo cranialcaudal. Na origem tibial foram encontradas coordenadas médias de 40,5% ± 5,3% no eixo anterior-posterior e 50,2% ± 1,3% no eixo medial-lateral. Nos grupos transportal e transtibial, as coordenadas do centro do túnel femoral obtidas foram, respectivamente, 30% ± 6,5% e 4,2% ± 6,4% no eixo ventral-dorsal, e de 30,9 ± 5,9% e 33,2 ± 4,6% no eixo cranial-caudal. As coordenadas tibiais dos grupos transportal e transtibial foram, respectivamente, 38 ± 6,5% e 46,0% ± 6,8 no eixo anterior-posterior e 47,2% ± 2,5% e de 46,9% ± 2,1% no eixo medial-lateral. CONCLUSÃO: no estudo anatômico pôde-se identificar o ponto central único da origem femoral e tibial do ligamento cruzado anterior. No estudo clínico, verificou-se que as coordenadas tomográficas dos pacientes no grupo transportal se aproximaram mais desse ponto anatômico em comparação aos pacientes no grupo transtibial.INTRODUCTION: Anterior cruciate ligament (ACL) reconstruction surgery aims to reestablish joint stability and improve knee function. Knowledge about ACL insertion-sites and ACL anatomy is crucial while positioning femoral and tibial tunnels. An anatomical landmark that represents a central position of femoral and tibial footprints has been studied. OBJECTIVES: Describe tomographic coordinates that represent a central position of femoral and tibial ACL footprints. Indeed, compare two ACL reconstruction techniques and their ability in achieving this central point in both sides (femur and tibia). METHODS: Eight cadaveric knees were dissected, and the central point of ACL femoral and tibial footprints were marked and analyzed using three-dimensional computed tomography. Moreover, 23 patients who presented with a reconstructed ACL 14 patients with transportal technique and 9 patients with transtibial technique were evaluated by the same method. RESULTS: In the cadaveric study, the means (and standard deviation) of ACL femoral footprint dimensions were in the ventraldorsal axis and in the cranialcaudal axis 9.4 ± 0.8 and 15.6 ± 0.9 mm, respectively. In the tibial side, the means of ACL footprint dimensions were in the anteriorposterior and in the mediallateral axis 18.5% ± 1.9% and 15.5% ± 1.0% mm, respectively. In the tomographic analyses, the means of femoral central location coordinates in the ventraldorsal and in the cranialcaudal axes were 35.3% ± 4.5% and 30.0% ± 1.6%, respectively. The means of tibial central location coordinates were in the anterior posterior and in the mediallateral axes, respectively: 40.5% ± 5.3% and 50.2% ± 1.3%, respectively. Regarding evaluation of transportal and transtibial groups, the following femoral central tunnel location (as mean) were found: 30.9% ± 5.9% and 33.2% ± 4.6% in the cranial-caudal axis, and 30% ± 6.5% and 4.2% ± 6.4% in the ventral-dorsal axis. Values in the tibial side were, respectively: 38% ± 6.5% and 46.0% ± 6.8% in anterior-posterior axis; and 47.2% ± 2.5% and 46.9% ± 2.1% in the medial-lateral axis. CONCLUSION: In the anatomical study, coordinates that represent the central location of femoral and tibial ACL footprints were defined, moreover, in the clinical study, transportal group attained coordinates that better resembled that location.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGTraumatismos do joelhoLigamento cruzado anterior/lesõesLigamento cruzado anteriorRadiografiaImagem por ressonância magnéticaReconstrução do ligamento cruzado anteriorInstabilidade articularLigamento cruzado anterior/radiografiaJoelho/anatomia & histologiaJoelho/cirurgiaReconstrução do Ligamento CruzadoTomografiaInstabilidade articularAnteriorCirurgiaEstudo anatômico e tomográfico do posicionamento dos túneis femoral e tibial na reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho por meio das técnicas transportal e transtibialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdefesa_pos_banca_final.pdfapplication/pdf17838843https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9UJFTU/1/defesa_pos_banca_final.pdfa6acb1501a77c4bee1657076dd544c1aMD51TEXTdefesa_pos_banca_final.pdf.txtdefesa_pos_banca_final.pdf.txtExtracted texttext/plain81541https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9UJFTU/2/defesa_pos_banca_final.pdf.txtcc5c4efae0e9a761c5d2963cc54f5e06MD521843/BUBD-9UJFTU2019-11-14 07:25:57.058oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9UJFTURepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T10:25:57Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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