A leitura na surdez profunda: a influência da oralidade e da leitura labial e estratégias predominantes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9PNLJS |
Resumo: | A dissertação é composta por dois artigos científicos. Um deles será submetido à revista Interface - Comunicação, Saúde, Educação (Estudo 1) e o outro à revista Psicologia em Estudo (Estudo 2). Os trabalhos foram escritos a partir dos resultados de pesquisa realizada com trinta e sete alunos da comunidade surda brasileira, cursando do 7º ano do Ensino Fundamental (EF) ao 1º ano do Ensino Médio (EM) e com idade entre 12 e 18 anos. Todos têm surdez profunda, são filhos de pais ouvintes, sendo 100% usuários da Língua Brasileira de Sinais - Libras - e 57% de meios alternativos de comunicação em complemento à Libras. O Estudo 1 objetivou averiguar se o uso da leitura labial e/ou da oralização como complemento à língua de sinais - primeira língua dos surdos - poderia auxiliar no processo de desenvolvimento de leitura do português como segunda língua. A amostra foi submetida às Matrizes Progressivas de Raven, a uma entrevista semi-estruturada e a dois testes de leitura: um teste de reconhecimento de palavras e outro de competência de leitura de sentenças. O grupo de leitores usuários da Libras, que realizava leitura labial e/ou eram oralizados apresentou melhor desempenho nos testes de leitura que o grupo que utilizava apenas a língua de sinais. O Estudo 2, realizado com os mesmos participantes do Estudo 1, comparou o desenvolvimento das estratégias logográfica, alfabética e ortográfica de leitura utilizadas pelos dois grupos de surdos profundos. Foi empregado o mesmo teste de reconhecimento de palavras utilizado no primeiro estudo, que também avalia o grau de desenvolvimento e preservação dessas estratégias. Surdos que, além de utilizarem Libras, realizam leitura labial e/ou são oralizados apresentaram melhores resultados. Em acordo como o Estudo 1, tais achados apontam que, quando o surdo utiliza meios de comunicação alternativos, a leitura é beneficiada. |
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Angela Maria Vieira PinheiroElidea Lucia Almeida BernardinoCristina Broglia Feitosa de LacerdaViviane Verdu RicoElidea Lucia Almeida BernardinoAndreia Chagas Rocha2019-08-10T19:29:50Z2019-08-10T19:29:50Z2014-07-11http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9PNLJSA dissertação é composta por dois artigos científicos. Um deles será submetido à revista Interface - Comunicação, Saúde, Educação (Estudo 1) e o outro à revista Psicologia em Estudo (Estudo 2). Os trabalhos foram escritos a partir dos resultados de pesquisa realizada com trinta e sete alunos da comunidade surda brasileira, cursando do 7º ano do Ensino Fundamental (EF) ao 1º ano do Ensino Médio (EM) e com idade entre 12 e 18 anos. Todos têm surdez profunda, são filhos de pais ouvintes, sendo 100% usuários da Língua Brasileira de Sinais - Libras - e 57% de meios alternativos de comunicação em complemento à Libras. O Estudo 1 objetivou averiguar se o uso da leitura labial e/ou da oralização como complemento à língua de sinais - primeira língua dos surdos - poderia auxiliar no processo de desenvolvimento de leitura do português como segunda língua. A amostra foi submetida às Matrizes Progressivas de Raven, a uma entrevista semi-estruturada e a dois testes de leitura: um teste de reconhecimento de palavras e outro de competência de leitura de sentenças. O grupo de leitores usuários da Libras, que realizava leitura labial e/ou eram oralizados apresentou melhor desempenho nos testes de leitura que o grupo que utilizava apenas a língua de sinais. O Estudo 2, realizado com os mesmos participantes do Estudo 1, comparou o desenvolvimento das estratégias logográfica, alfabética e ortográfica de leitura utilizadas pelos dois grupos de surdos profundos. Foi empregado o mesmo teste de reconhecimento de palavras utilizado no primeiro estudo, que também avalia o grau de desenvolvimento e preservação dessas estratégias. Surdos que, além de utilizarem Libras, realizam leitura labial e/ou são oralizados apresentaram melhores resultados. Em acordo como o Estudo 1, tais achados apontam que, quando o surdo utiliza meios de comunicação alternativos, a leitura é beneficiada.The thesis consists of two articles that will respectively be submitted to the journal Interface - Comunicação, Saúde (Study 1), and to the journal Psicologia em Estudo (Study 2). The papers were written in accordance with the results of research conducted with thirty-seven students from the Brazilian deaf community, users of the Brazilian Sign Language (BSL), attending classes from the 7th year of Elementary School, Ensino Fundamental (EF) in Portuguese, to the 1st year of High School, Ensino Médio (EM) in Portuguese. All students have profound deafness, are aged from 12 to 18 years old and are children of hearing parents, i.e. 100% are users of BSL (Libras) and 57% are users of alternative means of communication, in addition to the BSL. The Study 1 aimed to investigate whether the use of lip reading and/or oralization, in addition to sign language - the first language of the deaf -, could aid in the process of learning reading in Portuguese as a second language. The sample underwent Raven's Progressive Matrices, a semistructured interview and two reading tests: a word recognition and sentence reading competence tests. The group of BSL users, which performed lip reading and/or were oralized performed better on reading tests than the group which only used BSL. The Study 2, executed with the same participants of the Study 1, compared the development of logographic, alphabetic and orthographic reading strategies used by the two groups of profoundly deaf students. The same word recognition test employed in the first study, which also assesses the degree of development and preservation of the mentioned three strategies, was used. The deaf who, besides using BSL, perform lip reading and/or are oralized showed better results. In accordance with the Study 1, these findings suggest that the use alternative means of communication by the deaf is beneficial to the development of reading.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGLeituraSurdezSurdos EducaçãoPsicologiaOralizaçãoEducação de surdosEstratégias de leitura de surdosLeitura labialA leitura na surdez profunda: a influência da oralidade e da leitura labial e estratégias predominantesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_andreiacrt.pdfapplication/pdf704989https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9PNLJS/1/disserta__o_andreiacrt.pdf80d519bf71f45868b56477131e184b57MD51TEXTdisserta__o_andreiacrt.pdf.txtdisserta__o_andreiacrt.pdf.txtExtracted texttext/plain152091https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9PNLJS/2/disserta__o_andreiacrt.pdf.txte50d905a8ddd62157aaaee47a9ddc4b8MD521843/BUOS-9PNLJS2019-11-14 10:47:12.343oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9PNLJSRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:47:12Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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