Construções identitárias de professoras negras formadoras em cursos de licenciatura de física no Brasil

• Autor(a) principal: Fernanda Aparecida de Souza
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/61041
• topic: Formação de professores; Professoras negras; Licenciatura de Física; Construções identitárias

A presente investigação acadêmica buscou compreender os processos de construção identitária de professoras negras formadoras de novas/os professoras/es em licenciaturas em Física no Brasil. Ao entender que a/o professora/or formadora/or não é um sujeito homogêneo, trazê-la/o para esta pesquisa foi reconhecer especificidades que marcam o seu fazer profissional e constituem suas identidades. A problemática desta pesquisa foi construída a partir dos seguintes tópicos: i) trajetórias educacionais desiguais entre mulheres negras e brancas, e a subrepresentatividade daquelas na docência do ensino superior; ii) professora negras em cursos marcadamente masculinos; e iii) a complexa tarefa de ser formadora de novas/os professoras/es em licenciaturas no Brasil pelas dificuldades históricas desse campo. A realidade de mulheres negras que “escolhem” trabalhar em licenciaturas de áreas cientificas e tecnológicas, mais precisamente na área da Física, se torna ainda mais complexa, tendo em vista a existência de inúmeros fatores que perpassam, demarcam, influenciam suas experiências como mulheres negras no seio da sociedade brasileira. A sociologia das ausências e a sociologia das emergências foram utilizadas como fundamentação teórica deste estudo. As histórias contadas possibilitaram transformar ausências em presenças, além de evidenciar inúmeros mecanismos que podem elucidar de que maneira o modelo de racionalidade dominante opera em nossa sociedade. As análises revelaram o quanto as vivências no âmbito pessoal e social se interconectam na constituição de si, enquanto mulheres, negras, professoras formadoras. Os processos que constroem identidades são as experiências de cada dia, são percepções, são silenciamentos, são recuos e avanços, apostas, reconhecimentos