O trabalho dos músicos em Belo Horizonte: da satisfação à permanência na ocupação e desigualdades

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jonas da Silva Henrique
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/44974
https://orcid.org/ 0000-0001-7300-369X
Resumo: A trajetória profissional do músico é caracterizada por diversas peculiaridades que a torna distinta das ocupações encontradas no mercado de trabalho convencional. Dentre estas distinções, observa-se que as pessoas que empregam o seu tempo no mundo do trabalho musical, recebem dois tipos de renda: pecuniária e não pecuniária. Menger (1999) discute que os rendimentos não pecuniários, estão relacionados à satisfação do exercício do seu ofício, associadas à percepção de sucesso, à autorrealização, à possibilidade de criar, à autonomia no trabalho, entre outros retornos. Embora na atividade de músico encontram-se as características de retornos não pecuniários, que elevam a satisfação com o trabalho, Menger (2006) descreve que este ambiente é composto por características típicas do excesso de oferta de mão obra, tais como; renda média muito baixa, distribuição de renda distorcida e, também, pouco impacto sobre o nível de escolaridade sobre os rendimentos. Além disso, registra-se informalidade elevada, condições de subemprego e indivíduos que ocupam dois ou mais postos de trabalho. Em vista destes aspectos, Alper e Wassall (2006) ressaltam que os intemperes constatados no campo de trabalho artístico exercem influência na interrupção abrupta e involuntária na trajetória profissional, acelerando o processo de transição para postos de trabalho não artísticos ou, até mesmo para a inatividade. Com base nos fatos estilizados descritos, esta pesquisa tem por objetivo geral examinar os fatores associados à participação e continuidade na atividade laboral de músico, bem como os fatores associados à satisfação (ou não) no trabalho e à distribuição do rendimento. Assim, especificamente, objetiva-se avaliar se o músico deriva satisfação com o seu trabalho; constatar as vicissitudes que abreviam a trajetória profissional do músico; explorar a relação entre nível de escolaridade e rendimentos derivados da música, e; mensurar a magnitude das desigualdades de renda intragrupo no campo de trabalho dos músicos. Para isso, parte-se de uma coleta de dados primários realizada entre fevereiro e dezembro de 2020, captando informações sobre satisfação com o trabalho, trajetória profissional, rendimentos e características pessoais. Para medir o universo e fazer o cálculo amostral da pesquisa de campo, foi tomado como referência o grupo de músicos atuantes em Belo Horizonte que estão registrados na Ordem dos Músicos do Brasil – OMB. A escolha da cidade de Belo Horizonte como local central deste estudo ocorre porque vários músicos, grupos e movimentos musicais brasileiros, com reconhecimento nacional e internacional, iniciaram as suas carreiras nesta cidade, tais como o Clube da Esquina nos anos de 1960 e 1970, o pop rock nacional, o heavy metal e suas ramificações nos anos 80, 90 e 2000, a música instrumental, fusion e jazz a partir dos anos 2000, além da produção de música erudita e da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais (criada em 2005) e da tradicional Orquestra Sinfônica (criada em 1977). Os resultados encontrados neste estudo destacam que o nível de satisfação dos músicos atuantes em Belo Horizonte é impulsionado, positivamente, pelas seguintes características: contribuinte para a previdência social como músico, música como ocupação principal e ensino superior especializado em música. Tais características também foram importantes para os músicos permanecerem na ocupação ao longo de 2020, principalmente em decorrência do momento atípico causado pela pandemia da COVID-19. Em relação aos diferenciais de rendimentos, constata-se a hipótese de que os rendimentos dos músicos não se correlacionam linearmente com os diferentes níveis de escolaridade. Observou-se que os músicos que iniciaram as suas trajetórias profissionais ainda muito jovens e satisfeitos na ocupação contam com maiores probabilidades de obterem rendas superiores. Em relação às desigualdades intragrupo, constatou-se que a faixa etária e o nível de escolaridade são as características que mais se associam à concentração de rendimento no campo de trabalho dos músicos.
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Embora na atividade de músico encontram-se as características de retornos não pecuniários, que elevam a satisfação com o trabalho, Menger (2006) descreve que este ambiente é composto por características típicas do excesso de oferta de mão obra, tais como; renda média muito baixa, distribuição de renda distorcida e, também, pouco impacto sobre o nível de escolaridade sobre os rendimentos. Além disso, registra-se informalidade elevada, condições de subemprego e indivíduos que ocupam dois ou mais postos de trabalho. Em vista destes aspectos, Alper e Wassall (2006) ressaltam que os intemperes constatados no campo de trabalho artístico exercem influência na interrupção abrupta e involuntária na trajetória profissional, acelerando o processo de transição para postos de trabalho não artísticos ou, até mesmo para a inatividade. Com base nos fatos estilizados descritos, esta pesquisa tem por objetivo geral examinar os fatores associados à participação e continuidade na atividade laboral de músico, bem como os fatores associados à satisfação (ou não) no trabalho e à distribuição do rendimento. Assim, especificamente, objetiva-se avaliar se o músico deriva satisfação com o seu trabalho; constatar as vicissitudes que abreviam a trajetória profissional do músico; explorar a relação entre nível de escolaridade e rendimentos derivados da música, e; mensurar a magnitude das desigualdades de renda intragrupo no campo de trabalho dos músicos. Para isso, parte-se de uma coleta de dados primários realizada entre fevereiro e dezembro de 2020, captando informações sobre satisfação com o trabalho, trajetória profissional, rendimentos e características pessoais. Para medir o universo e fazer o cálculo amostral da pesquisa de campo, foi tomado como referência o grupo de músicos atuantes em Belo Horizonte que estão registrados na Ordem dos Músicos do Brasil – OMB. A escolha da cidade de Belo Horizonte como local central deste estudo ocorre porque vários músicos, grupos e movimentos musicais brasileiros, com reconhecimento nacional e internacional, iniciaram as suas carreiras nesta cidade, tais como o Clube da Esquina nos anos de 1960 e 1970, o pop rock nacional, o heavy metal e suas ramificações nos anos 80, 90 e 2000, a música instrumental, fusion e jazz a partir dos anos 2000, além da produção de música erudita e da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais (criada em 2005) e da tradicional Orquestra Sinfônica (criada em 1977). Os resultados encontrados neste estudo destacam que o nível de satisfação dos músicos atuantes em Belo Horizonte é impulsionado, positivamente, pelas seguintes características: contribuinte para a previdência social como músico, música como ocupação principal e ensino superior especializado em música. Tais características também foram importantes para os músicos permanecerem na ocupação ao longo de 2020, principalmente em decorrência do momento atípico causado pela pandemia da COVID-19. Em relação aos diferenciais de rendimentos, constata-se a hipótese de que os rendimentos dos músicos não se correlacionam linearmente com os diferentes níveis de escolaridade. Observou-se que os músicos que iniciaram as suas trajetórias profissionais ainda muito jovens e satisfeitos na ocupação contam com maiores probabilidades de obterem rendas superiores. Em relação às desigualdades intragrupo, constatou-se que a faixa etária e o nível de escolaridade são as características que mais se associam à concentração de rendimento no campo de trabalho dos músicos.The musician’s professional trajectory is characterized by several peculiarities that makes it distinct from the occupations found in the conventional labor market. Among these distinctions, it is observed that people who spend their time in the world of musical work receive two types of income: pecuniary and non-pecuniary. Menger (1999) argues that non-pecuniary income is related to the satisfaction of the exercise of his office, associated with the perception of success, self-realization, the possibility of creating, autonomy at work, among other returns. Although in the activity of musician are the characteristics of non-pecuniary returns, which increase satisfaction with work, Menger (2006) describes what this environment is composed of characteristics typical of the oversupply of labor, such as; very low middle income, distorted income distribution and also little impact on the level of education on income. In addition, there is high informality, underemployment conditions and individuals who occupy two or more jobs. In view of these aspects, Alper and Wassall (2006) point out that the intemperes found in the field of artistic work, influence the abrupt and involuntary interruption in the professional trajectory, accelerating the process of transition to non-artistic jobs or even to inactivity. Based on the stylized facts described, this research has as general objective to examine the factors associated with participation and continuity in the work activity of musicians, as well as the factors associated with satisfaction (or not) at work and distribution of income. Thus, specifically, the objective is to evaluate whether the musician derives satisfaction with his work; to observe the vicissitudes that abbreviate the musician's professional trajectory; explore the relationship between educational level and income derived from music, and; measure the magnitude of intragroup income inequalities in the field of work of musicians. For this, it is based on a collection of primary data carried out between February and December 2020, capturing information about job satisfaction, professional trajectory, income and personal characteristics. To measure the universe and make the sample calculation of the field research, the group of musicians working in Belo Horizonte who are registered in the Order of Musicians of Brazil - OMB was taken as reference. The choice of the city of Belo Horizonte as the central location of this study occurs because several Brazilian musicians, groups and musical movements, with national and international recognition, began their careers in this city, such as clube da Esquina in the 1960s and 1970s, national pop rock, heavy metal and its ramifications in the 1980s, 90 and 2000, instrumental music, fusion and jazz from the 2000s, in addition to the production of classical music and the Minas Gerais Philharmonic Orchestra (created in 2005) and the traditional Symphonic Orchestra (created in 1977). The results found in this study highlight that the level of satisfaction of musicians working in Belo Horizonte is positively driven by the following characteristics: contributor to social security as a musician, music as main occupation and higher education specialized in music. These characteristics were also important for musicians to remain in occupation throughout 2020, mainly due to the atypical moment caused by the COVID-19 pandemic. In relation to income differentials, it is hypothesized that the musicians' incomes do not correlate linearly with the different levels of schooling. It was observed that the musicians who started their professional trajectories still very young and satisfied in the occupation are more likely to obtain higher incomes. Regarding intragroup inequalities, it was found that age group and educational level are the characteristics that are most associated with the concentration of income in the musicians’ field of work.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em EconomiaUFMGBrasilFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessTrabalhoAspectos econômicosSatisfação no trabalhoEconomiaSatisfação com o trabalhoPermanência na ocupaçãoDiferenciais de rendimentoDesigualdades IntragrupoMúsicosBelo HorizonteSurveyCovid-19O trabalho dos músicos em Belo Horizonte: da satisfação à permanência na ocupação e desigualdadesThe work of musicians in Belo Horizonte: from satisfaction to permanence in occupation and inequalitiesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese Jonas Henrique - Versão final - Ficha Catalográfica Folha de Aprovação.pdfTese Jonas Henrique - Versão final - Ficha Catalográfica Folha de Aprovação.pdfapplication/pdf3602982https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/44974/1/Tese%20Jonas%20Henrique%20-%20Vers%c3%a3o%20final%20-%20Ficha%20Catalogr%c3%a1fica%20Folha%20de%20Aprova%c3%a7%c3%a3o.pdf7f350550293f1b49d1f09946635c21a1MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/44974/2/license_rdf00e5e6a57d5512d202d12cb48704dfd6MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/44974/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/449742022-09-06 14:34:51.395oai:repositorio.ufmg.br:1843/44974TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-09-06T17:34:51Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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