Práticas educativas dos monitores do Programa Escola Integrada e sua relação com o Projeto Político Pedagógico da escola

• Autor(a) principal: Danilo Vasconcelos de Morais
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/35556; https://orcid.org/0000-0002-3483-4703
• topic: Programa Escola Integrada; Prática educativa; Monitores; Projeto Político Pedagógico; Didática; Programa Escola Integrada (Belo Horizonte, MG); Educação; Educação integral; Planejamento educacional; Ensino integrado - Didática; Aprendizagem por atividades; Belo Horizonte (MG) - Educação

Esta pesquisa tem como objetivo central compreender as práticas educativas dos monitores do Programa Escola Integrada (PEI) e a sua relação com o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola. O PEI foi implantado em 2006, na Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte, e a sua trajetória percorre pouco mais de uma década de discussões sobre os seus desdobramentos. Os elementos como o perfil dos monitores, suas práticas educativas e suas condições de trabalho têm sido discutidos na perspectiva teórica das políticas públicas e dos movimentos sociais e culturais, mas se apresenta pouco explorado pelo viés da didática, foco principal desta pesquisa. A fim de alcançar os objetivos propostos neste trabalho, foi realizada uma pesquisa qualitativa por meio de um estudo de caso em uma escola pública da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte. Foram sujeitos desta pesquisa duas monitoras. Ressaltamos que estas são professoras que atuam como monitoras no PEI. Utilizamos como instrumentos de coleta de dados a aplicação de um questionário, a entrevista semiestruturada, a observação não participante e a pesquisa documental. Os resultados nos permitiram perceber a existência do horário de planejamento durante a carga horária semanal de trabalho das monitoras e certa autonomia para elaboração de suas atividades. As monitoras planejam as suas atividades levando em consideração o perfil da turma, o conteúdo a ser trabalhado e a sugestão de atividades feita pelos próprios estudantes. Elas usam uma diversidade de atividades de aprendizagem em suas oficinas, tais como a aula expositiva, a leitura silenciosa, o jogo e a conversa informal. Além disso, utilizavam a aproximação e a afetividade como uma estratégia para alcançar os seus objetivos no momento das atividades. Notamos que as regras são definidas individualmente pelas monitoras. Quanto à avaliação das práticas educativas, notamos que essa é uma dimensão negligenciada no PEI. Sobre a articulação entre o PEI e a escola, acreditamos que os momentos de interação são bem pontuais. Destacamos que, embora o PPP da escola não faça menção ao termo Educação Integral, existe nas suas diretrizes certa preocupação com o desenvolvimento integral dos sujeitos. Concluímos que esse documento não reconhece o PEI como uma política pública que fornece subsídios para a escola extrapolar as suas práticas tradicionais e caminhar na direção do seu desejo de formação integral dos estudantes. Ademais, notamos que em nenhum momento o PPP da escola faz alusão à figura dos monitores e nem cita o PEI nas suas proposições.