Efeitos do glúten de trigo em modelo de colite experimental
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/34676 |
Resumo: | Objetivos: Estudos demonstram que o glúten é apenas parcialmente digerido pelas enzimas do trato gastrointestinal, o que poderia levar ao acúmulo de resíduos potencialmente tóxicos na luz intestinal capazes de alterar a permeabilidade intestinal e afetar o sistema imunológico. Embora o glúten de trigo exerça efeitos no intestino, ainda não há estudos sobre seu papel quanto sua possível interferência na evolução da retocolite ulcerativa. Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos de uma dieta contendo glúten de trigo em um modelo experimental de colite, bem como avaliar quais são os mecanismos mediados por ele. Metodologia: Camundongos C57BL/6 saudáveis ou com colite induzida por sulfato de sódio dextrano (DSS) foram alimentados com: dieta padrão (grupos Controle e Colite), dieta contendo 4,5% de glúten (Controle + Glúten ou Colite + Glúten) ou modificada com farinha de trigo (Controle + Farinha ou Colite + Farinha). A solução de DSS (1,5% p/v) foi utilizada em substituição à água do 7.º ao 15º dia de experimento. Foram realizadas análises de variação ponderal, escore clínico, escore histopatológico, análise indireta do perfil de células inflamatórias (neutrófilos, eosinófilos e macrófagos), permeabilidade intestinal, translocação bacteriana, análise do complexo juncional e suas proteínas. Resultados: A adição de glúten à dieta causou piora do escore clínico, aumento do recrutamento das células efetoras neutrófilos e eosinófilos, aumento da extensão da inflamação na mucosa intestinal, aumento da permeabilidade intestinal, aumento da translocação bacteriana, tanto pela via paracelular quanto transcelular. O mecanismo pelo qual o glúten exacerba a colite parece estar relacionado a alterações na junção de adesão e desmossomos, especialmente à proteína α-E-catenina, cuja consequência foi o comprometimento da localização das proteínas E-caderina, β-catenina e o enfraquecimento dos desmossomos. Também houve maior dano epitelial causando pelo glúten, com alteração das microvilosidades, maior quantidade de vacúolos digestivos e alteração do sistema endossomo/lisossomo. Conclusão: Nossos resultados mostram que o glúten exerce efeito deletério na colite e seus mecanismos parecem estar relacionados a alterações na junção de adesão, desmossomos, nas microvilosidades e nas vesículas da rota endocítica. |
id |
UFMG_def831008436fd8342f614b163df8b4c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/34676 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Jacqueline Isaura Alvarez Leitehttp://lattes.cnpq.br/2226590630777569Maria do Carmo Gouveia PeluzoLuciano de Figueiredo BorgesMaria de Fátima LeiteAna Maria Caetano de Fariahttp://lattes.cnpq.br/6135383525914456Penélope Lacrísio dos Reis Menta2021-01-12T15:24:08Z2021-01-12T15:24:08Z2018-02-15http://hdl.handle.net/1843/34676Objetivos: Estudos demonstram que o glúten é apenas parcialmente digerido pelas enzimas do trato gastrointestinal, o que poderia levar ao acúmulo de resíduos potencialmente tóxicos na luz intestinal capazes de alterar a permeabilidade intestinal e afetar o sistema imunológico. Embora o glúten de trigo exerça efeitos no intestino, ainda não há estudos sobre seu papel quanto sua possível interferência na evolução da retocolite ulcerativa. Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos de uma dieta contendo glúten de trigo em um modelo experimental de colite, bem como avaliar quais são os mecanismos mediados por ele. Metodologia: Camundongos C57BL/6 saudáveis ou com colite induzida por sulfato de sódio dextrano (DSS) foram alimentados com: dieta padrão (grupos Controle e Colite), dieta contendo 4,5% de glúten (Controle + Glúten ou Colite + Glúten) ou modificada com farinha de trigo (Controle + Farinha ou Colite + Farinha). A solução de DSS (1,5% p/v) foi utilizada em substituição à água do 7.º ao 15º dia de experimento. Foram realizadas análises de variação ponderal, escore clínico, escore histopatológico, análise indireta do perfil de células inflamatórias (neutrófilos, eosinófilos e macrófagos), permeabilidade intestinal, translocação bacteriana, análise do complexo juncional e suas proteínas. Resultados: A adição de glúten à dieta causou piora do escore clínico, aumento do recrutamento das células efetoras neutrófilos e eosinófilos, aumento da extensão da inflamação na mucosa intestinal, aumento da permeabilidade intestinal, aumento da translocação bacteriana, tanto pela via paracelular quanto transcelular. O mecanismo pelo qual o glúten exacerba a colite parece estar relacionado a alterações na junção de adesão e desmossomos, especialmente à proteína α-E-catenina, cuja consequência foi o comprometimento da localização das proteínas E-caderina, β-catenina e o enfraquecimento dos desmossomos. Também houve maior dano epitelial causando pelo glúten, com alteração das microvilosidades, maior quantidade de vacúolos digestivos e alteração do sistema endossomo/lisossomo. Conclusão: Nossos resultados mostram que o glúten exerce efeito deletério na colite e seus mecanismos parecem estar relacionados a alterações na junção de adesão, desmossomos, nas microvilosidades e nas vesículas da rota endocítica.Objectives: Studies have shown that gluten is only partially digested by enzymes of gastrointestinal tract, which could lead to the accumulation of potentially toxic intestinal waste that can alter intestinal permeability and affect the immune system. Although wheat gluten exerts effects on the intestine, there are as yet no studies on its role in its possible interference with the evolution of ulcerative colitis. Thus, the objective of this work was to investigate the effects of a diet containing wheat gluten in an experimental model of colitis, as well as to evaluate what are the mechanisms mediated by it. Methods: C57BL / 6 mice, healthy or with colitis induced by sodium dextran sulfate (DSS) were fed: standard diet (Control and Colitis groups), diet containing 4.5% gluten (Control + Gluten or Colitis + Gluten) or modified with wheat flour (Control + Flour or Colite + Flour). The DSS solution (1.5% w / v) was used instead of water from the 7th to the 15th day of the experiment. Analyzes of weight variation, clinical score, histopathological score, indirect analysis of the inflammatory cell profile (neutrophils, eosinophils and macrophages), intestinal permeability, bacterial translocation, analysis of the junctional complex and their proteins were performed. Results: Gluten, specifically, caused worsening of the clinical score, increased recruitment of neutrophil and eosinophilic effector cells, increased intestinal mucosal inflammation, increased intestinal permeability, increased bacterial translocation, both by the paracellular and the transcellular pathways. The mechanism by which gluten exacerbated colitis appears to be related to changes in adhesion junction and desmosomes, especially the α-E-catenin protein, which resulted in compromising the localization of E-cadherin, β-catenin proteins and weakening of desmosomes. There was also greater epithelial damage caused by gluten, with alteration of microvilli, a greater amount of digestive vacuoles and alteration of the endosome/lysosome system. Conclusion: Our results show that gluten specifically exerts a deleterious effect on colitis and its mechanisms seem to be related to changes in the adhesion junction, desmosomes, in microvilli and vesicles of the endocytic route.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Bioquímica e ImunologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIAGlutensGliadinaColiteDesmossomosVesículas transportadorasGlútenGliadinaColiteJunção de adesãoDesmossomosVesículas de transporteEfeitos do glúten de trigo em modelo de colite experimentalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALEfeitos do glúten de trigo em modelo de colite experimental.pdfEfeitos do glúten de trigo em modelo de colite experimental.pdfapplication/pdf2362416https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34676/1/Efeitos%20do%20gl%c3%baten%20de%20trigo%20em%20modelo%20de%20colite%20experimental.pdf0693d76d5bf2a0eeaa421b9918c6a3daMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34676/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/346762021-01-12 12:24:08.114oai:repositorio.ufmg.br:1843/34676TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-01-12T15:24:08Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Efeitos do glúten de trigo em modelo de colite experimental |
title |
Efeitos do glúten de trigo em modelo de colite experimental |
spellingShingle |
Efeitos do glúten de trigo em modelo de colite experimental Penélope Lacrísio dos Reis Menta Glúten Gliadina Colite Junção de adesão Desmossomos Vesículas de transporte Glutens Gliadina Colite Desmossomos Vesículas transportadoras |
title_short |
Efeitos do glúten de trigo em modelo de colite experimental |
title_full |
Efeitos do glúten de trigo em modelo de colite experimental |
title_fullStr |
Efeitos do glúten de trigo em modelo de colite experimental |
title_full_unstemmed |
Efeitos do glúten de trigo em modelo de colite experimental |
title_sort |
Efeitos do glúten de trigo em modelo de colite experimental |
author |
Penélope Lacrísio dos Reis Menta |
author_facet |
Penélope Lacrísio dos Reis Menta |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Jacqueline Isaura Alvarez Leite |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2226590630777569 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Maria do Carmo Gouveia Peluzo |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Luciano de Figueiredo Borges |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Maria de Fátima Leite |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Ana Maria Caetano de Faria |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/6135383525914456 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Penélope Lacrísio dos Reis Menta |
contributor_str_mv |
Jacqueline Isaura Alvarez Leite Maria do Carmo Gouveia Peluzo Luciano de Figueiredo Borges Maria de Fátima Leite Ana Maria Caetano de Faria |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Glúten Gliadina Colite Junção de adesão Desmossomos Vesículas de transporte |
topic |
Glúten Gliadina Colite Junção de adesão Desmossomos Vesículas de transporte Glutens Gliadina Colite Desmossomos Vesículas transportadoras |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Glutens Gliadina Colite Desmossomos Vesículas transportadoras |
description |
Objetivos: Estudos demonstram que o glúten é apenas parcialmente digerido pelas enzimas do trato gastrointestinal, o que poderia levar ao acúmulo de resíduos potencialmente tóxicos na luz intestinal capazes de alterar a permeabilidade intestinal e afetar o sistema imunológico. Embora o glúten de trigo exerça efeitos no intestino, ainda não há estudos sobre seu papel quanto sua possível interferência na evolução da retocolite ulcerativa. Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos de uma dieta contendo glúten de trigo em um modelo experimental de colite, bem como avaliar quais são os mecanismos mediados por ele. Metodologia: Camundongos C57BL/6 saudáveis ou com colite induzida por sulfato de sódio dextrano (DSS) foram alimentados com: dieta padrão (grupos Controle e Colite), dieta contendo 4,5% de glúten (Controle + Glúten ou Colite + Glúten) ou modificada com farinha de trigo (Controle + Farinha ou Colite + Farinha). A solução de DSS (1,5% p/v) foi utilizada em substituição à água do 7.º ao 15º dia de experimento. Foram realizadas análises de variação ponderal, escore clínico, escore histopatológico, análise indireta do perfil de células inflamatórias (neutrófilos, eosinófilos e macrófagos), permeabilidade intestinal, translocação bacteriana, análise do complexo juncional e suas proteínas. Resultados: A adição de glúten à dieta causou piora do escore clínico, aumento do recrutamento das células efetoras neutrófilos e eosinófilos, aumento da extensão da inflamação na mucosa intestinal, aumento da permeabilidade intestinal, aumento da translocação bacteriana, tanto pela via paracelular quanto transcelular. O mecanismo pelo qual o glúten exacerba a colite parece estar relacionado a alterações na junção de adesão e desmossomos, especialmente à proteína α-E-catenina, cuja consequência foi o comprometimento da localização das proteínas E-caderina, β-catenina e o enfraquecimento dos desmossomos. Também houve maior dano epitelial causando pelo glúten, com alteração das microvilosidades, maior quantidade de vacúolos digestivos e alteração do sistema endossomo/lisossomo. Conclusão: Nossos resultados mostram que o glúten exerce efeito deletério na colite e seus mecanismos parecem estar relacionados a alterações na junção de adesão, desmossomos, nas microvilosidades e nas vesículas da rota endocítica. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018-02-15 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-01-12T15:24:08Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2021-01-12T15:24:08Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/34676 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/34676 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Imunologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
ICB - DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIA |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34676/1/Efeitos%20do%20gl%c3%baten%20de%20trigo%20em%20modelo%20de%20colite%20experimental.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34676/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
0693d76d5bf2a0eeaa421b9918c6a3da 34badce4be7e31e3adb4575ae96af679 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589495052828672 |