Governança: um índice para as unidades federativas brasileiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rubens Augusto de Miranda
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8ZSM6J
Resumo: O principal objetivo da tese foi o de construir um índice de governança para as unidades federativas brasileiras. Tal índice foi denominado de IGEB, índice de Governança dos Estados Brasileiros. De acordo com o Banco Mundial, governança é a maneira como o poder é exercido na gestão de recursos econômicos e sociais de um lugar para o desenvolvimento. Para operacionalizar essa definição, e as teoriassubjacentes a mesma, na seleção de variáveis capazes de captar a ideia de governança foi utilizada como estratégia a analise do cumprimento por parte do Estado dos direitos e garantias asseguradas pela Constituição Brasileira. Na construção do IGEB foram definidas dimensões de análise para as quais foram selecionados indicadores. As dimensões definidas foram à gestão de recursos públicos, bens e serviços públicos, corrupção, igualdade social e vulnerabilidade. Atécnica de ponderação das variáveis que compuseram o IGEB foi a de Componentes Principais. Adicionalmente os dados e o índice receberam dois tipos de tratamentos para normalização, distância entre o melhor e o pior desempenho e distância a partir da média para avaliar a robustez dos resultados do IGEB. Os rankings observados nos dois procedimentos utilizados foram muito similares, com pouca variabilidade, indicando uma robustez dos resultados. O Estado deSanta Catarina obteve os melhores índices em todos os anos para os dois rankings. No extremo oposto, com exceção de 2004, Alagoas ficou com os piores resultados. Agregando regionalmente os resultados, a região Sul sempre teve as melhores médias, seguida das regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste. No procedimento de validação do IGEB utilizaram-se modelos de análise de painel para verificar a existência de algum tipo de relação entre o índice construído evariáveis representativas do bem-estar da população de determinado estado. Para esse objetivo foram utilizadas duas variáveis proxies de bem-estar, o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) e o PIB per capita. Os resultados validaram parcialmente o IGEB, o mesmo se mostrou significativo em vários dos modelos rodados com o PIB per capita como variável dependente, mas em poucos com o IFDM comovariável dependente. Apesar de alguns resultados favoráveis, os resultados foram inconclusivos, a hipótese de que melhores índices de governança dão suporte a um maior nível de desenvolvimento socioeconômico, bem-estar social, não é corroborada.
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Na construção do IGEB foram definidas dimensões de análise para as quais foram selecionados indicadores. As dimensões definidas foram à gestão de recursos públicos, bens e serviços públicos, corrupção, igualdade social e vulnerabilidade. Atécnica de ponderação das variáveis que compuseram o IGEB foi a de Componentes Principais. Adicionalmente os dados e o índice receberam dois tipos de tratamentos para normalização, distância entre o melhor e o pior desempenho e distância a partir da média para avaliar a robustez dos resultados do IGEB. Os rankings observados nos dois procedimentos utilizados foram muito similares, com pouca variabilidade, indicando uma robustez dos resultados. O Estado deSanta Catarina obteve os melhores índices em todos os anos para os dois rankings. No extremo oposto, com exceção de 2004, Alagoas ficou com os piores resultados. Agregando regionalmente os resultados, a região Sul sempre teve as melhores médias, seguida das regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste. No procedimento de validação do IGEB utilizaram-se modelos de análise de painel para verificar a existência de algum tipo de relação entre o índice construído evariáveis representativas do bem-estar da população de determinado estado. Para esse objetivo foram utilizadas duas variáveis proxies de bem-estar, o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) e o PIB per capita. Os resultados validaram parcialmente o IGEB, o mesmo se mostrou significativo em vários dos modelos rodados com o PIB per capita como variável dependente, mas em poucos com o IFDM comovariável dependente. Apesar de alguns resultados favoráveis, os resultados foram inconclusivos, a hipótese de que melhores índices de governança dão suporte a um maior nível de desenvolvimento socioeconômico, bem-estar social, não é corroborada.The main objective of this thesis was to construct a governance index for the Brazilian states. This index was called GIBS, Governance index of Brazilian States. According to the World Bank, governance is the manner in which power is exercised in the management of economic and social resources in a local for development. Tooperationalize this definition, and the theories underlying, the selection of variables that capture the idea of governance as a strategy was used to analyze the compliance by theState of rights and guarantees provided by the Brazilian Constitution.In GIBSs construction, five dimensions of analysis were defined: the management of public resources, public goods and services, corruption, social equality and vulnerability. For each dimensions were selected variables. The variable weighting technique that composed the GIBS was the Principal Components. Additionally were utilized for the data and index two types of treatments for standardization, "the distance between the best and worst performance" and "distance from the mean" to assess the robustness of the results of GIBS. The rankings observed in the two procedures were very similar, with little variability, indicating a robustness of the results. The state of Santa Catarina got the best rates in allyears for the two rankings. At the opposite extreme, with the exception of 2004, Alagoas attended the worst position. Aggregating the results regionally, the South has always had the best average, followed by Southeast, Midwest, North and Northeast In the GIBSs validation procedure, we utilized panel analysis models to verify the existence of any relationship between the index and variables representing the wellbeingof the particular state. For this purpose we used two proxies of welfare, the Municipal Development Index of Firjan (IFDM) and GDP per capita. The GIBS was partially validated by results, it proved significant in several of the models run with GDP per capita as the dependent variable, but in a few IFDM with the dependent variable. Despite some favorable results, the results were inconclusive, the hypothesis that a better governance supports a higher level of socioeconomic development, socialwelfare, is not supported.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGFinançasAdministraçãoGovernança corporativa BrasilGovernançaGovernança corporativaTeoria da agênciaTeoria institucionalIndicador compostoGovernança: um índice para as unidades federativas brasileirasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALrubens_miranda.pdfapplication/pdf768276https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8ZSM6J/1/rubens_miranda.pdf5038be938e2877abe97a99d212d9264bMD51TEXTrubens_miranda.pdf.txtrubens_miranda.pdf.txtExtracted texttext/plain230464https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8ZSM6J/2/rubens_miranda.pdf.txt988a4f86b342b80895aecdf6947b00ccMD521843/BUOS-8ZSM6J2019-11-14 22:38:04.226oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8ZSM6JRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-15T01:38:04Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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