Percepção de qualidade de vida no trabalho de professores do curso de graduação em Ciências Contábeis do estado de Minas Gerais

• Autor(a) principal: Ana Clara Lacerda de Oliveira
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/31391
• topic: Ciclo de desenvolvimento profissional; Qualidade de vida no trabalho; Professores; Ciências Contábeis; Minas Gerais; Qualidade de vida no trabalho; Professores; Satisfação no trabalho; Contabilidade

Este estudo teve como objetivo geral identificar a percepção de qualidade de vida no trabalho dos professores dos cursos de graduação em Ciências Contábeis do estado de Minas Gerais, de acordo com os ciclos de desenvolvimento profissional. A revisão de literatura abordou o Ciclo de Desenvolvimento Profissional (CDP), seus principais modelos e estudos empíricos, assim como um histórico, proposições conceituais e os principais modelos de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT). O modelo de Huberman (1989; 2000) foi utilizado como embasamento teórico para tratar as fases do CDP e o modelo de Walton (1973) ao abordar as categorias conceituais da QVT. Para atender aos objetivos, o proceder metodológico constituiu-se de uma pesquisa quantitativa, com a utilização de um modelo de regressão linear múltipla, e com uma estratégia de pesquisa do tipo levantamento ou survey. A amostra analisada foi de 236 professores do curso de graduação em Ciências Contábeis do estado de Minas Gerais, que responderam o instrumento de coleta de dados, disponibilizado on-line. O instrumento empregado na coleta de dados foi um questionário, cuja primeira parte teve por objetivo efetuar um levantamento dos dados sociodemográficos dos docentes, a fim de caracterizar a amostra e descrever um perfil dos professores do curso de graduação em Ciências Contábeis, por fase do CDP, que compuseram a amostra, e a segunda parte refere-se a Escala de Avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho Percebida por Professores de Educação Física (QVT-PEF). O questionário utilizado foi elaborado por Petroski (2005) e posteriormente utilizado em pesquisas como as de Both et al., (2006), Lemos, Nascimento e Borgatto (2007) e Lemos (2007). Através do QVT-PEF foi possível avaliar a percepção de qualidade de vida no trabalho dos docentes do curso de graduação em Ciências Contábeis, classificando-os em insatisfeitos, indecisos e satisfeitos, sendo que os pontos 1, 2 e 3 da escala mensuram aspectos negativos e os pontos 5, 6 e 7 da escala os aspectos positivos. Para a escala utilizada detectou-se um Alfa de Cronbach igual a 0,9388. Como principais resultados ficou evidenciado que a maioria dos docentes encontram-se satisfeitos quanto à qualidade de vida no trabalho. Ao considerar os ciclos de desenvolvimento profissional, observou-se que a maioria dos docentes, em todas as fases, consideram-se satisfeitos com seu nível de qualidade de vida no trabalho. Constatou-se a presença de docentes insatisfeitos apenas nas fases de entrada, 1 professor, estabilização, 5 professores e diversificação, 19 professores. Verificou-se um ingresso superior na carreira acadêmica em Contabilidade de professores do gênero masculino e mais velhos. Através da estimação do modelo de regressão linear múltipla detectou-se as variáveis gênero, categoria administrativa, carga horária de trabalho semanal na instituição e as fases de entrada e serenidade com associação estatisticamente significativa na variável qualidade de vida no trabalho. Sendo possível concluir que os docentes do gênero feminino apresentam-se mais insatisfeitos quanto a qualidade de vida no trabalho. A satisfação é maior entre docentes que lecionam em instituições privadas e que trabalham por 40 horas semanais nas instituições. Assim como detectou-se que os docentes pertencentes as fases de entrada e serenidade do CDP apresentam maior percepção de satisfação quanto a sua qualidade de vida no trabalho. Estes resultados implicam na constatação de que, embora satisfeitos, aspectos como a distinção de satisfação quanto ao gênero devem ser observados com mais cautela. Assim como, a relação trabalho e espaço total de vida deve ser melhor controlada pelos docentes, principalmente, pelos que estão em início de carreira.