Efeito protetor de Lactobacillus plantarum (B7) e L. rhamnosus (D1) de queijo Minas artesanal na infecção experimental por Escherichia coli EHEC e EIEC e o desenvolvimento de leite de búfala fermentado
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/SMOC-ABZPJX |
Resumo: | Bactérias ácido-láticas probióticas quando ingeridas em quantidades adequadas conferem benefícios à saúde do consumidor. São inúmeros os estudos sobre as atividades exercidas por esses micro-organismos probióticos no intestino e também em outras partes do organismo, como a inibição de várias bactérias patogênicas; modulação do sistema imune; auxílio na constipação; redução do colesterol sanguíneo; atividades anticarcinogênicas; entre outras. O objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial probiótico in vitro e in vivo de Lactobacillus plantarum B7 e Lactobacillus rhamnosus D1 isolados de queijo Minas artesanal da Serra da Canastra, contra Escherichia coli O157:H7 enterohemorrágica (EHEC) e Escherichia coli enteroinvasiva (EIEC) e elaborar um leite fermentado funcional a partir de leite de búfala. Nos testes in vitro, as bactérias láticas testadas foram capazes de produzir halo de inibição frente aos micro-organismos patogênicos. Não foram observadas diferenças significativas (p> 0,05) entre a capacidade de inibição por parte das amostras de Lactobacillus, apenas a susceptibilidade de cada patógeno. Nos testes in vivo, os animais do grupo tratado com L. rhamnosus D1 e que foram inoculados com EIEC apresentaram o melhor resultado de proteção, com o íleo preservado na maioria dos animais. Os leites fermentados por L. plantarum B7 e L. rhamnosus D1 apresentaram acidificação igual (p>0,05), além da manutenção de contagens de lactobacilos adequadas (acima de 107 UFC/mL) ao longo de 28 dias de armazenamento sob refrigeração (4-7oC). Os resultados da análise sensorial dos leites fermentados armazenados por 14 e 28 dias sob refrigeração a 4-7ºC indicaram uma igualdade de preferência pelos leites fermentados, que apresentaram uma mediana (4) correspondente ao grau de aceitação gostei. Na análise por intenção de compra, o leite fermentado por L. rhamnosus D1 teve média 63,28% e o leite fermentado por L. plantarum B7 teve média de 61,31% nos dois dias de armazenamento. Portanto, os leites de búfala fermentados com L. plantarum B7 e L. rhamnosus D1 possuem boa aceitação por parte dos avaliadores, além de veicularem potencial probiótico, destacando-se o L. rhamnosus D1. |
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O objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial probiótico in vitro e in vivo de Lactobacillus plantarum B7 e Lactobacillus rhamnosus D1 isolados de queijo Minas artesanal da Serra da Canastra, contra Escherichia coli O157:H7 enterohemorrágica (EHEC) e Escherichia coli enteroinvasiva (EIEC) e elaborar um leite fermentado funcional a partir de leite de búfala. Nos testes in vitro, as bactérias láticas testadas foram capazes de produzir halo de inibição frente aos micro-organismos patogênicos. Não foram observadas diferenças significativas (p> 0,05) entre a capacidade de inibição por parte das amostras de Lactobacillus, apenas a susceptibilidade de cada patógeno. Nos testes in vivo, os animais do grupo tratado com L. rhamnosus D1 e que foram inoculados com EIEC apresentaram o melhor resultado de proteção, com o íleo preservado na maioria dos animais. Os leites fermentados por L. plantarum B7 e L. rhamnosus D1 apresentaram acidificação igual (p>0,05), além da manutenção de contagens de lactobacilos adequadas (acima de 107 UFC/mL) ao longo de 28 dias de armazenamento sob refrigeração (4-7oC). Os resultados da análise sensorial dos leites fermentados armazenados por 14 e 28 dias sob refrigeração a 4-7ºC indicaram uma igualdade de preferência pelos leites fermentados, que apresentaram uma mediana (4) correspondente ao grau de aceitação gostei. Na análise por intenção de compra, o leite fermentado por L. rhamnosus D1 teve média 63,28% e o leite fermentado por L. plantarum B7 teve média de 61,31% nos dois dias de armazenamento. Portanto, os leites de búfala fermentados com L. plantarum B7 e L. rhamnosus D1 possuem boa aceitação por parte dos avaliadores, além de veicularem potencial probiótico, destacando-se o L. rhamnosus D1.Lactic acid bacteria when ingested in adequate amounts confer benefits to consumer health. There are numerous studies on the activities performed by these probiotic micro-organisms in the gut and also in other parts of the body, such as the inhibition of various pathogenic bacteria; immune system modulation; aid in constipation; blood cholesterol reduction; anticarcinogenic activities, among others. The aim of this study was to evaluate the probiotic potential in vitro and in vivo of Lactobacillus plantarum B7 e Lactobacillus rhamnosus D1 isolated from Minas artisanal cheese Serra of the Canastra against enterohemorragic Escherichia coli (EHEC) O157:H7 and enteroinvasive Escherichia coli (EIEC), in order to develop a functional fermented milk inhibition using buffalo milk. In in vitro tests all tested lactic acid bacteria were able to produce inhibition zone against the pathogenic micro-organisms. No significant difference was observed (p> 0.05) in the inhibition ability by the samples of Lactobacillus, only in the susceptibility of each indicator. In in vivo tests, animals treated with Lactobacillus rhamnosus D1, which were challenged with EIEC were those with the best result of protection, with the ileum preserved in most animals. The milk fermented by L. plantarum B7 and L. rhamnosus D1 showed acidification ability statistically equal, and maintenance of appropriate lactobacilli counts (above 107 CFU/mL) during 28 days of storage under refrigeration (4-7oC). The results of the sensory analysis of the fermented milks stored for 14 and 28 days under refrigeration at 4-7ºC indicated similar preference for both milk fermented, with a median (4) corresponding to the degree of acceptance "liked ". In analysis by purchase intent, the fermented milk L. rhamnosus D1 had 63.28% and L. plantarum B7 had 61.31% in the two days of storage. Concluding, buffalo milk fermented with L. plantarum B7 and L. rhamnosus D1 have good acceptance, besides they have adequate probiotic potential, highlighting mainly L. rhamnosus D1.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGCiência Animalleite fermentadoEHECEIECEscherichia coliqueijo Minas artesanalprobióticosLactobacillusEfeito protetor de Lactobacillus plantarum (B7) e L. rhamnosus (D1) de queijo Minas artesanal na infecção experimental por Escherichia coli EHEC e EIEC e o desenvolvimento de leite de búfala fermentadoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALmaria_carolina_pais_pinto_de_oliveira.pdfapplication/pdf2705193https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SMOC-ABZPJX/1/maria_carolina_pais_pinto_de_oliveira.pdf49fe0d9cd8bcbf3169b46ec1b431016dMD51TEXTmaria_carolina_pais_pinto_de_oliveira.pdf.txtmaria_carolina_pais_pinto_de_oliveira.pdf.txtExtracted texttext/plain210306https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SMOC-ABZPJX/2/maria_carolina_pais_pinto_de_oliveira.pdf.txtd4024017d0496325f67ea8c0b835b614MD521843/SMOC-ABZPJX2019-11-14 16:54:47.435oai:repositorio.ufmg.br:1843/SMOC-ABZPJXRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T19:54:47Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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