Protocolo de fisioterapia neurofuncional em pacientes com mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM).

• Autor(a) principal: Olívia Amélia Coelho Pena
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/51945
• topic: HTLV-1; Paraparesia Espástica Tropical; Vírus Linfotrópico T Tipo 1 Humano.; HAM; Fisioterapia; Fisioterapia Neurofuncional; Doenças da Medula Espinal; Vírus Linfotrópico T Tipo 1 Humano; Doenças da Medula Espinal; Limitação da Mobilidade; Paraparesia Espástica Tropical; Modalidades de Fisioterapia; Qualidade de Vida; Crioterapia; Dissertação Acadêmica

Introdução: a mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM) tem impacto negativo na mobilidade, interferindo na qualidade de vida. O objetivo deste estudo foi propor e avaliar um protocolo de reabilitação fisioterapêutica neurofuncional com foco na redução da resposta inflamatória local em pacientes com HAM. Métodos: trata-se de um ensaio clínico de fase um com braço único, que estuda a resposta à intervenção fisioterapêutica com uso de crioterapia e redução do número de séries e repetições. O protocolo consistiu em uma sessão de reabilitação fisioterapêutica por semana, durante oito semanas consecutivas. A sessão consistiu em 20 minutos de crioterapia e 40 minutos de exercícios, totalizando uma hora de intervenção. Foram aplicadas duas séries de 5 repetições de exercícios para fortalecimento da musculatura abdominal e pernas, além de treinar o aprendizado motor na função com atenção para a queixa específica do paciente. Os exercícios foram supervisionados e orientados pelo mesmo fisioterapeuta que interrompia os exercícios em caso de fadiga, se necessário. Antes e no final da intervenção, os participantes foram solicitados a avaliar a dor (escala analógica de dor), força muscular (escala de avaliação de força muscular), fadiga muscular (escala BORG), espasticidade (escala ASHWORTH), incapacidade motora (escala de incapacidade motora de Osame - ODMS) e qualidade de vida (WHOQOL-bref). Equilíbrio estático (Romberg), sintomas urinários e hábitos intestinais também foram avaliados. Resultados: O protocolo de fisioterapia foi concluído por 14 indivíduos com HAM. A dor diminuiu em todos os pacientes, 11 pacientes não relataram dor ao final da intervenção (p = 0,001). Houve melhora na força muscular (p = 0,001), hábito intestinal (p = 0,001), espasticidade (p = 0,008), mobilidade (p = 0,002) e, consequentemente, na qualidade de vida (p = 0,010). Conclusão: Um protocolo com enfoque em não aumentar a inflamação, utilizando-se da crioterapia e de evitar fadiga, melhorou o desempenho muscular e reduziu a dor na HAM. Isso gerou ganho de funcionalidade e melhora na qualidade de vida desses indivíduos.