Colonialidade, transmodernidade e diferença colonial: para um direito situado na periferia
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/34085 https://orcid.org/0000-0002-0956-5580 |
Resumo: | A presente dissertação aborda uma análise do direito a partir do giro-decolonial. O principal objetivo é demonstrar que o direito é uma categoria teórico-social importante para a compreensão da modernidade/colonialidade. Para isso, realiza-se o mapeamento do modo com que os autores decoloniais compreendem o direito. Em um primeiro momento, são analisados os escritos de Aníbal Quijano. No segundo momento, as contribuições de Enrique Dussel. Por fim, a obra de Walter Mignolo é examinada. Essa corrente se organiza em torno Grupo Modernidade/Colonialidade e se caracteriza pela realização de uma crítica situada à modernidade, desde a exterioridade da modernidade eurocêntrica. Isso é, das infinidades de culturas, saberes, memórias e histórias que foram ocultadas pela narrativa moderna eurocêntrica supostamente universal. Assim, o pensamento decolonial compreende que o início da modernidade não são as experiências que ocorreram no interior da Europa, mas o seu momento inaugural é a invasão da América. A modernidade possui, então, um lado oculto e violento denominado como colonialidade, responsável por desconsiderar e silenciar uma constelação de realidades e temporalidades que coexistem com a modernidade europeia. Essas contribuições possibilitam compreender o tempo presente e o direito de forma mais adequada. |
id |
UFMG_ecb214ddb1b2fa72ebfc0e500793c894 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/34085 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
David Francisco Lopes Gomeshttp://lattes.cnpq.br/1828373618919886Marcelo Andrade Cattoni de OliveiraNatália de Souza Lisboahttp://lattes.cnpq.br/1812084353675515Rayann Kettuly Massahud de Carvalho2020-08-31T21:50:29Z2020-08-31T21:50:29Z2020-02-28http://hdl.handle.net/1843/34085https://orcid.org/0000-0002-0956-5580A presente dissertação aborda uma análise do direito a partir do giro-decolonial. O principal objetivo é demonstrar que o direito é uma categoria teórico-social importante para a compreensão da modernidade/colonialidade. Para isso, realiza-se o mapeamento do modo com que os autores decoloniais compreendem o direito. Em um primeiro momento, são analisados os escritos de Aníbal Quijano. No segundo momento, as contribuições de Enrique Dussel. Por fim, a obra de Walter Mignolo é examinada. Essa corrente se organiza em torno Grupo Modernidade/Colonialidade e se caracteriza pela realização de uma crítica situada à modernidade, desde a exterioridade da modernidade eurocêntrica. Isso é, das infinidades de culturas, saberes, memórias e histórias que foram ocultadas pela narrativa moderna eurocêntrica supostamente universal. Assim, o pensamento decolonial compreende que o início da modernidade não são as experiências que ocorreram no interior da Europa, mas o seu momento inaugural é a invasão da América. A modernidade possui, então, um lado oculto e violento denominado como colonialidade, responsável por desconsiderar e silenciar uma constelação de realidades e temporalidades que coexistem com a modernidade europeia. Essas contribuições possibilitam compreender o tempo presente e o direito de forma mais adequada.This dissertation addresses an analysis of law from the decolonial turn. The main objective is to demonstrate that law is an important social category and theoretical category for understanding modernity/coloniality. For this, we map the way in which the decolonial authors understand the law. At first, the writings of Aníbal Quijano are analyzed. In the second moment, the contributions of Enrique Dussel. Finally, Walter Mignolo's work is examined. This current is organized around the Modernity/Coloniality Group and is characterized by the realization of a situated criticism, since its exteriority from modernity. That is, the infinities of cultures, knowledge, memories and stories that were hidden by the supposedly universal Eurocentric modern narrative. Thus, decolonial thinking understands that the beginning of modernity is not about European experiences, but its inaugural moment is the invasion of America. Thus, modernity has a hidden and violent side called coloniality, responsible for disregarding and silencing realities and temporalities that coexist with European modernity. These contributions make it possible to understand the present time and the law in a more appropriate way.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em DireitoUFMGBrasilDireitoModernidadeHermenêuticaColôniaDireito – FilosofiaAmérica Latinamodernidadecolonialidadedecolonialidadegiro-decolonialAmérica LatinaColonialidade, transmodernidade e diferença colonial: para um direito situado na periferiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34085/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52ORIGINALColonialidade, transmodernidade e diferença colonial.pdfColonialidade, transmodernidade e diferença colonial.pdfapplication/pdf31005693https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34085/1/Colonialidade%2c%20transmodernidade%20e%20diferen%c3%a7a%20colonial.pdf173a5884eda6f26eab8a95a58d59d5d4MD511843/340852020-08-31 18:50:29.669oai:repositorio.ufmg.br:1843/34085TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-08-31T21:50:29Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Colonialidade, transmodernidade e diferença colonial: para um direito situado na periferia |
title |
Colonialidade, transmodernidade e diferença colonial: para um direito situado na periferia |
spellingShingle |
Colonialidade, transmodernidade e diferença colonial: para um direito situado na periferia Rayann Kettuly Massahud de Carvalho modernidade colonialidade decolonialidade giro-decolonial América Latina Direito Modernidade Hermenêutica Colônia Direito – Filosofia América Latina |
title_short |
Colonialidade, transmodernidade e diferença colonial: para um direito situado na periferia |
title_full |
Colonialidade, transmodernidade e diferença colonial: para um direito situado na periferia |
title_fullStr |
Colonialidade, transmodernidade e diferença colonial: para um direito situado na periferia |
title_full_unstemmed |
Colonialidade, transmodernidade e diferença colonial: para um direito situado na periferia |
title_sort |
Colonialidade, transmodernidade e diferença colonial: para um direito situado na periferia |
author |
Rayann Kettuly Massahud de Carvalho |
author_facet |
Rayann Kettuly Massahud de Carvalho |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
David Francisco Lopes Gomes |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/1828373618919886 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Natália de Souza Lisboa |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/1812084353675515 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rayann Kettuly Massahud de Carvalho |
contributor_str_mv |
David Francisco Lopes Gomes Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira Natália de Souza Lisboa |
dc.subject.por.fl_str_mv |
modernidade colonialidade decolonialidade giro-decolonial América Latina |
topic |
modernidade colonialidade decolonialidade giro-decolonial América Latina Direito Modernidade Hermenêutica Colônia Direito – Filosofia América Latina |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Direito Modernidade Hermenêutica Colônia Direito – Filosofia América Latina |
description |
A presente dissertação aborda uma análise do direito a partir do giro-decolonial. O principal objetivo é demonstrar que o direito é uma categoria teórico-social importante para a compreensão da modernidade/colonialidade. Para isso, realiza-se o mapeamento do modo com que os autores decoloniais compreendem o direito. Em um primeiro momento, são analisados os escritos de Aníbal Quijano. No segundo momento, as contribuições de Enrique Dussel. Por fim, a obra de Walter Mignolo é examinada. Essa corrente se organiza em torno Grupo Modernidade/Colonialidade e se caracteriza pela realização de uma crítica situada à modernidade, desde a exterioridade da modernidade eurocêntrica. Isso é, das infinidades de culturas, saberes, memórias e histórias que foram ocultadas pela narrativa moderna eurocêntrica supostamente universal. Assim, o pensamento decolonial compreende que o início da modernidade não são as experiências que ocorreram no interior da Europa, mas o seu momento inaugural é a invasão da América. A modernidade possui, então, um lado oculto e violento denominado como colonialidade, responsável por desconsiderar e silenciar uma constelação de realidades e temporalidades que coexistem com a modernidade europeia. Essas contribuições possibilitam compreender o tempo presente e o direito de forma mais adequada. |
publishDate |
2020 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2020-08-31T21:50:29Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2020-08-31T21:50:29Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020-02-28 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/34085 |
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv |
https://orcid.org/0000-0002-0956-5580 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/34085 https://orcid.org/0000-0002-0956-5580 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Direito |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34085/2/license.txt https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34085/1/Colonialidade%2c%20transmodernidade%20e%20diferen%c3%a7a%20colonial.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679 173a5884eda6f26eab8a95a58d59d5d4 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801676906556293120 |