Mulheres rumo à docência: trajetórias de normalistas em Ouro Preto – MG (1871-1930)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jumara Seraphim Pedruzzi
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/40356
https://orcid.org/0000-0003-0000-1292
Resumo: Esta Tese analisa a trajetória de 68 normalistas, buscando compreender como se deu a construção da docência para as moças que se formaram pela Escola Normal de Ouro Preto (ENOP), Minas Gerais, no período entre 1877 e 1889. O recorte temporal da pesquisa estende-se do ano de 1871, quando a ENOP é reinstaurada em sua terceira fase de funcionamento, até o ano de 1930, quando as últimas normalistas egressas no período estudado se aposentaram do magistério. O trabalho dialoga com as discussões sobre a história das mulheres e da feminização do magistério no Brasil, assim como os estudos sobre trajetórias de vida, sendo o conceito de gênero central na análise. Metodologicamente, fez-se uso da perspectiva da análise onomástica, no cruzamento de fontes diversas: registros produzidos no interior da ENOP, como atas, livros de matrícula, correspondências, atestados, avaliações, exames; documentos da administração pública, como livros de matrícula de professores/as, listas, correspondências e relatórios dos presidentes da província de Minas Gerais na Assembleia Legislativa Provincial; documentos cartoriais, como inventários, testamentos, e eclesiásticos, como registros de batismos, casamentos e óbitos. Foram consultados, ainda, jornais das províncias de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, assim como revistas e almanaques; a legislação educacional mineira e dados censitários. Ao analisar o tema a partir da perspectiva das trajetórias, esta pesquisa demonstra empiricamente e confirma alguns pressupostos do campo, redimensionando outros. Constatou-se que a ENOP, entre as décadas de 1870 e 1880, formou um grupo de normalistas diversificado, sendo a maioria natural da cidade de Ouro Preto e localidades próximas, e pertencentes aos estratos sociais médios ligados ao funcionalismo público mineiro. A quantidade de moças formadas foi maior que a de homens, sendo também maior a quantidade de matrículas delas que de rapazes ao longo do período estudado, demonstrando que o abandono dos homens pela profissão foi se dando antes de ingressar nela e não depois. Verificou-se que a maioria dos egressos e, sobretudo, das egressas atuaram na docência em pelo menos algum momento de suas vidas, sendo que entre as mulheres, esse índice foi de 93%. Observou-se, ainda, que estes/as normalistas lecionaram, predominantemente, no magistério público mineiro. Entre as distinções de gênero, destacam-se a maior e mais rápida ascensão na carreira para eles que para elas e uma relativa incidência de mulheres que conciliaram o matrimônio e a maternidade com o magistério. As egressas que alcançaram postos de destaque o fizeram após ao menos duas décadas de exercício da docência, já no contexto dos grupos escolares, quando se tornaram diretoras. Constatou-se, por fim, que essas normalistas enfrentaram uma série de lutas, desafios e resistências de diferentes ordens, em um contexto de transição da profissão, que deixava de ser composta quase que exclusivamente por homens, para ser assumida, majoritariamente, por mulheres.
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O trabalho dialoga com as discussões sobre a história das mulheres e da feminização do magistério no Brasil, assim como os estudos sobre trajetórias de vida, sendo o conceito de gênero central na análise. Metodologicamente, fez-se uso da perspectiva da análise onomástica, no cruzamento de fontes diversas: registros produzidos no interior da ENOP, como atas, livros de matrícula, correspondências, atestados, avaliações, exames; documentos da administração pública, como livros de matrícula de professores/as, listas, correspondências e relatórios dos presidentes da província de Minas Gerais na Assembleia Legislativa Provincial; documentos cartoriais, como inventários, testamentos, e eclesiásticos, como registros de batismos, casamentos e óbitos. Foram consultados, ainda, jornais das províncias de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, assim como revistas e almanaques; a legislação educacional mineira e dados censitários. Ao analisar o tema a partir da perspectiva das trajetórias, esta pesquisa demonstra empiricamente e confirma alguns pressupostos do campo, redimensionando outros. Constatou-se que a ENOP, entre as décadas de 1870 e 1880, formou um grupo de normalistas diversificado, sendo a maioria natural da cidade de Ouro Preto e localidades próximas, e pertencentes aos estratos sociais médios ligados ao funcionalismo público mineiro. A quantidade de moças formadas foi maior que a de homens, sendo também maior a quantidade de matrículas delas que de rapazes ao longo do período estudado, demonstrando que o abandono dos homens pela profissão foi se dando antes de ingressar nela e não depois. Verificou-se que a maioria dos egressos e, sobretudo, das egressas atuaram na docência em pelo menos algum momento de suas vidas, sendo que entre as mulheres, esse índice foi de 93%. Observou-se, ainda, que estes/as normalistas lecionaram, predominantemente, no magistério público mineiro. Entre as distinções de gênero, destacam-se a maior e mais rápida ascensão na carreira para eles que para elas e uma relativa incidência de mulheres que conciliaram o matrimônio e a maternidade com o magistério. As egressas que alcançaram postos de destaque o fizeram após ao menos duas décadas de exercício da docência, já no contexto dos grupos escolares, quando se tornaram diretoras. Constatou-se, por fim, que essas normalistas enfrentaram uma série de lutas, desafios e resistências de diferentes ordens, em um contexto de transição da profissão, que deixava de ser composta quase que exclusivamente por homens, para ser assumida, majoritariamente, por mulheres.This Thesis analyzes the trajectory of 68 normalists, seeking to understand how the construction of teaching took place for the girls who graduated by the Escola Normal de Ouro Preto (ENOP), Minas Gerais, in the period between 1877 and 1889. The time frame of the research extends from the year 1871, when ENOP is reinstated in its third phase of operation, until 1930, when the last normalists who graduated in the studied period retired from teaching. The work dialogues with discussions about the history of women and feminization of teaching in Brazil, as well as studies on life trajectories, the concept of gender being central to the analysis. Methodologically, the perspective of onomastic analysis was used, at the crossroads of several sources: records produced within ENOP, such as minutes, registration books, correspondence, certificates, assessments, exams; public administration documents, such as teacher registration books, lists, correspondence and reports of the presidents of the province of Minas Gerais in the Provincial Legislative Assembly; notarial documents such as inventories, wills, and ecclesiastical documents, such as baptism, marriage and death records. Also consulted were newspapers from the provinces of Minas Gerais, Rio de Janeiro and São Paulo, as well as magazines and almanacs; mining educational legislation and census data. Analyzing the theme from the perspective of trajectories, this research empirically demonstrates and confirms some assumptions of the field, resizing others. It was found that ENOP, between the 1870s and 1880s, formed a diverse group of normalists, the majority of whom were from the city of Ouro Preto and nearby locations, and belonging to the middle social strata linked to the civil service in Minas Gerais. The number of girls trained was greater than men, which accompanied the greater number of enrollments of them than boys over the period studied, demonstrating that the abandonment of men by the profession took place before joining it and not after. It was found that most graduates and, above all, graduates worked in teaching at least at some point in their lives, and among women, this rate was 93%. It was also observed that these students taught, predominantly, in public teaching in Minas Gerais. Among gender distinctions, the biggest and quickest career advancement for them stands out than for them and a relative incidence of women who reconciled marriage and motherhood with teaching. The graduates who reached prominent positions did so after at least two decades of teaching, already in the context of school groups, when they became principals. Finally, it was found that these normalists faced a series of struggles, challenges and resistances of different orders, in a context of transition of the profession, which stopped being composed almost exclusively by men, to be assumed mainly by women.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão SocialUFMGBrasilFAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃOEscola Normal de Ouro Preto - História - Séc. XIXEducaçãoEducação - História - Ouro Preto (MG) - Séc. XIXEducação feminina - História - Séc. XIXMulheres na educação - História - Séc. XIXProfessoras - Formação - História - Séc. XIX. Ouro Preto (MG) - Educação - História - Séc. XIXEscola NormalMulheresTrajetóriasFeminização do magistérioOuro PretoSéculo XIXMulheres rumo à docência: trajetórias de normalistas em Ouro Preto – MG (1871-1930)Women towards teaching: normalist trajectories in Ouro Preto – MG (1871-1930)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE DE DOUTORADO - JUMARA SERAPHIM PEDRUZZI.pdfTESE DE DOUTORADO - JUMARA SERAPHIM PEDRUZZI.pdfapplication/pdf4051585https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40356/3/TESE%20DE%20DOUTORADO%20-%20JUMARA%20SERAPHIM%20PEDRUZZI.pdfd53a4b9b4f9ebda5d6f2fa3bc1c173d2MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40356/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD541843/403562022-03-23 11:00:33.9oai:repositorio.ufmg.br:1843/40356TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-03-23T14:00:33Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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