Análise quantitativa e qualitativa da carga de treinamento de uma equipe de futebol

• Autor(a) principal: Igor Junio Oliveira Custódio
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9EAFFW
• topic: Futebol; Controle de carga; Método PRACTE; Futebol Treinamento técnico; Jogadores de futebol; Esporte Treinamento tecnico

Este trabalho teve como objetivo analisar quantitativamente e qualitativamente carga de treinamento aplicada a uma equipe de futebol, da categoria sub-17 (juvenil), durante o primeiro (cinco meses) de dois ciclos de treinamento planejados para a temporada. A amostra voluntária deste estudo foi constituída por 21 jogadores de futebol de campo, do sexo masculino, da categoria sub-17 (juvenil), pertencente a um dos principais clubes da cidade de Belo Horizonte - MG, participante de campeonatos em nível estadual, nacional e internacional. Para se registrar a carga de treinamento da categoria em estudo foi utilizado o método de planejamento, registro e análise da sobrecarga do treinamento (PRACTE) proposto por Szmuchrowski (1995). A partir dos dados analisados verificou-se um total de 9219 minutos de carga de treinamento distribuídos através de 132 sessões. Dentro da especificidade dos conteúdos de treinamento (global, direcionado ou específico) verificou-se a predominância do tempo de trabalho dos exercícios de caráter específico (5215 minutos 56,6%) em comparação aos de caráter geral (3356 minutos 36,4%) e direcionado (648 7%). Tal fato se deu à tendência atual, de se trabalhar cada vez mais cedo, e cada vez mais, exercícios de caráter específico que envolva tanto o componente técnico/tático quanto o componente físico subjacente. Dentro do período de quatro mesociclos de 25, 30, 33, 34 dias de duração, respectivamente, pode-se observar do 1º para o 3º mesociclo um aumento dos exercícios de caráter específico (1º = 50%; 2º = 56%; 3º = 64%) e uma diminuição dos exercícios de caráter geral (1º = 44%; 2º = 37%; 3º = 27%). Isso se deve à aproximação dos jogos de competição mais importantes e mais competitivos. Já os exercícios de caráter direcionado permanecem praticamente constantes dentro de cada mesociclo de treinamento (1º = 6%; 2º = 7%; 3º = 8%). Já no último mesociclo de treinamento observa-se um aumento da quantidade de exercícios de caráter geral (3º = 27%; 4º = 37%), uma diminuição dos exercícios de caráter específico (3º = 64%; 4º = 56%) e uma relativa manutenção dos exercícios de caráter direcionado (3º = 8%; 4º = 7%). Os exercícios de caráter específicos não aparecem como prioritários apenas nos dois primeiros e nos dois últimos microciclos. No primeiro por se tratar de um período introdutório, de início de trabalho (geral), já nos dois últimos devido à eliminação precoce da equipe na competição. Em cima disso se vê no segundo microciclo de treinamento um incremento substancial dos meios específicos, o que vem a ser uma tendência a partir deste período (com exceção do sétimo), visto que a competição já se inicia no quinto microciclo de treino e se estende até o 16º. Os meios de caráter direcionado apresentam uma relativa linearidade ao longo da temporada. Por fim, os meios de treinamentos gerais seguem uma ordem comum de acontecimento. Quando se diminui a quantidade de exercícios de caráter específico, logo se lança mão, juntamente com os meios direcionados, dos exercícios de caráter geral.