Efeito agudo de alongamentos com torque e ângulo constantes na amplitude de movimento, propriedades passivas musculares e na percepçãode desconforto ao alongamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Christian Emmanuel Torres Cabido
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8ULP7V
Resumo: A comparação entre os efeitos dos exercícios de alongamento com aplicação de torque constante (TC) e ângulo constante (AC) em seres humanos ainda foi pouco investigada. O objetivo do presente trabalho foi comparar o efeito agudo dos exercícios de alongamento TC e AC na amplitude de movimento máxima (ADMmax), torque de resistência em uma determinada amplitude de movimento (TR_), rigidez passiva, energia e amplitude de movimento e torque de resistência correspondente à primeira percepção subjetiva do desconforto ao alongamento (PSDAADM e PSDATR, respectivamente). Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UFMG (COEP 0610.0.203.000-10). Participaram desse estudo vinte e três homens, com idades entre 19 e 33 anos. Todos os voluntários passaram por uma sessão de familiarização e, aleatoriamente, pelas condições de alongamento AC e TC, respeitando um intervalo de 48 a 72h. O treinamento foi realizado no membro inferior direito, enquanto o membro inferior esquerdo foi usado como controle (CON). Um dinamômetro isocinético (Flexmachine) foi utilizado para analisar a musculatura posterior de coxa durante um teste de extensão passiva do joelho. A ADMmax foi operacionalmente definida como o máximo de alongamento tolerado pelo indivíduo. Foram realizadas quatro séries de 30s de alongamento (AC ou TC) a 95% da ADMmax, com intervalo de aproximadamente 15s entre as séries. Os dados foram analisados como a diferença percentual entre o pós em relação ao pré-teste. Uma ANOVA one way com medidas repetidas seguida do teste t de student pareado foi utilizada para comparar a diferença entre os exercícios alongamentos. A correção de Bonferroni foi utilizada para ajustar o nível de significância adotado para _=0,0167 e os dados foram apresentados como média ± erro padrão. O aumento da ADMmax no TC (17,3±1,4%) foi maior que no AC (11,0±1,0%) (p<0,01). A redução do TR_ no TC (28,1±2,4%) não foi diferente ao AC (20,5±3,2%) (p=0,06). A redução da rigidez passiva no TC (25,5±3,2%) foi maior que no AC (17,5±1,7%) (p<0,05). A energia reduziu somente no TC (28,2±2,6%). O aumento da PSDAADM no TC (21,8±3,7%) não foi diferente ao AC (17,8± 3,3%) (p=0,42). Para a PSDATR não houve diferença entre os alongamentos TC (9,0±4,3%), AC (5,5±4,4%) e CON (-1,4± 3,9%) (F=1,75, p=0,18). O exercício de alongamento TC aumentou a ADMmax em maior magnitude que o alongamento AC, possivelmente por causar maiores alterações no comportamento das propriedades biomecânicas da UMT, medidas através da rigidez passiva e energia.
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spelling Mauro Heleno ChagasLuci Fuscaldi Teixeira SalmelaSergio Teixeira da FonsecaChristian Emmanuel Torres Cabido2019-08-09T14:42:46Z2019-08-09T14:42:46Z2012-03-30http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8ULP7VA comparação entre os efeitos dos exercícios de alongamento com aplicação de torque constante (TC) e ângulo constante (AC) em seres humanos ainda foi pouco investigada. O objetivo do presente trabalho foi comparar o efeito agudo dos exercícios de alongamento TC e AC na amplitude de movimento máxima (ADMmax), torque de resistência em uma determinada amplitude de movimento (TR_), rigidez passiva, energia e amplitude de movimento e torque de resistência correspondente à primeira percepção subjetiva do desconforto ao alongamento (PSDAADM e PSDATR, respectivamente). Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UFMG (COEP 0610.0.203.000-10). Participaram desse estudo vinte e três homens, com idades entre 19 e 33 anos. Todos os voluntários passaram por uma sessão de familiarização e, aleatoriamente, pelas condições de alongamento AC e TC, respeitando um intervalo de 48 a 72h. O treinamento foi realizado no membro inferior direito, enquanto o membro inferior esquerdo foi usado como controle (CON). Um dinamômetro isocinético (Flexmachine) foi utilizado para analisar a musculatura posterior de coxa durante um teste de extensão passiva do joelho. A ADMmax foi operacionalmente definida como o máximo de alongamento tolerado pelo indivíduo. Foram realizadas quatro séries de 30s de alongamento (AC ou TC) a 95% da ADMmax, com intervalo de aproximadamente 15s entre as séries. Os dados foram analisados como a diferença percentual entre o pós em relação ao pré-teste. Uma ANOVA one way com medidas repetidas seguida do teste t de student pareado foi utilizada para comparar a diferença entre os exercícios alongamentos. A correção de Bonferroni foi utilizada para ajustar o nível de significância adotado para _=0,0167 e os dados foram apresentados como média ± erro padrão. O aumento da ADMmax no TC (17,3±1,4%) foi maior que no AC (11,0±1,0%) (p<0,01). A redução do TR_ no TC (28,1±2,4%) não foi diferente ao AC (20,5±3,2%) (p=0,06). A redução da rigidez passiva no TC (25,5±3,2%) foi maior que no AC (17,5±1,7%) (p<0,05). A energia reduziu somente no TC (28,2±2,6%). O aumento da PSDAADM no TC (21,8±3,7%) não foi diferente ao AC (17,8± 3,3%) (p=0,42). Para a PSDATR não houve diferença entre os alongamentos TC (9,0±4,3%), AC (5,5±4,4%) e CON (-1,4± 3,9%) (F=1,75, p=0,18). O exercício de alongamento TC aumentou a ADMmax em maior magnitude que o alongamento AC, possivelmente por causar maiores alterações no comportamento das propriedades biomecânicas da UMT, medidas através da rigidez passiva e energia.The comparison between the effects of stretching exercises with constant torque (CT) and constant angle (CA) has been scarcely investigated. The aim of the present study was to compare the acute effect of stretching exercises CT and CA on maximum range of motion (ROMmax), resistance torque for a fixed range of motion (RT_), stiffness, energy and range of motion and resistance torque corresponding to the first sensation of tightness in the posterior thigh (FSTROM and FSTRT, respectively). The study was approved by the Ethic Committee of Federal University of Minas Gerais in accordance with international standards (COEP 0610.0.203.000- 10). Twenty three sedentary men, between 19 and 33 years old, participated in the study. All subjects underwent one familiarization session and then proceeded randomly to the stretching conditions CA or CT, respecting an interval of 48 to 72 hours between each session training. Measurements were performed at the right limb for training groups and the left limb was used as control (CON). An isokinetic dynamometer (Flexmachine) was utilized to analyze the hamstring muscles during a passive knee extension. ROMmax was operationally defined as the maximum tolerated stretch by the subject. Four sets of 30s of stretch (CA or CT) at 95% of ROMmax, and an interval of approximately 15s were performed. Data were analyzed as percentage difference between post and pre-test. An one way ANOVA with repeated measures followed by a paired Student's t test with Bonferroni correction was utilized. Significance level was set at _ = 0,05 and data are presented as mean ± standard error. ROMmax increase in CT (17,3 ± 1,4%) was higher than in CA (11,0 ± 1,0%) (p <0,01). RT_ decrease in CT (28,1 ± 2,4%) was similar to CA (20,5 ± 3,2%) (p = 0,06). Stiffness decrease in CT (25,5 ± 3,2%) was higher than in CA (17,5 ± 1,7%) (p <0,05). Energy decrease only in CT (28,2 ± 2,6%). FSTROM increase in CT (21,8 ± 3,7%) was similar to CA (17,8 ± 3,3%) (p = 0,42). For FSTRT, there were no differences between groups CT (9,0 ± 4,3%), CA (5,5 ± 4,4%) and CON (-1,4 ± 3,9%) (F = 1,75, p = 0,18). The CT stretch protocol increased ROMmax in a greater magnitude compared with CA stretch protocol, this may have been caused by greater changes in the MTU biomechanical properties, measured by stiffness and energy.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGBiomecânicaExercícios de alongamentoAlongamento (Fisiologia)TendõesArticulações Amplitude de movimentoAlongamento passivo estáticoPropriedades biomecânicasUnidade músculo-tendãoTolerância ao alongamentoAlongamento passivo dinâmicoEfeito agudo de alongamentos com torque e ângulo constantes na amplitude de movimento, propriedades passivas musculares e na percepçãode desconforto ao alongamentoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_christian_emmanuel_t._cabido.pdfapplication/pdf2058793https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8ULP7V/1/disserta__o_christian_emmanuel_t._cabido.pdfac1b28479aab8911633fe14b5eeb5ccdMD51TEXTdisserta__o_christian_emmanuel_t._cabido.pdf.txtdisserta__o_christian_emmanuel_t._cabido.pdf.txtExtracted texttext/plain99390https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8ULP7V/2/disserta__o_christian_emmanuel_t._cabido.pdf.txt42e48b414c2cec02fc8452be4f0d9f18MD521843/BUOS-8ULP7V2019-11-14 07:40:39.622oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8ULP7VRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T10:40:39Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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