Isolamento e seleção de fungos filamentosos produtores de lipases.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/MAFB-72BGXL |
Resumo: | Os estudos sobre a produção de substâncias de origem microbiana são realizados a partir de cepas adquiridas de coleções de cultura ou cepas isoladas de nichos naturais. No presente estudo foi avaliada a capacidade de produção de lipase por 73 cepas fúngicas, 14 obtidas de coleções de cultura e 59 isoladas de amostras do solo do cerrado de Minas Gerais, com o emprego de técnicas de enriquecimento seletivo. O isolamento e seleção primária foram realizados em meio de cultura contendo ágar, emulsão de óleo de oliva, sais biliares e nutrientes. As colônias lipolíticas foram detectadas pela presença no meio opaco de uma zona clara ao redor delas. Vinte e uma cepas foram avaliadas como produtoras em potencial e a capacidade de produção determinada em condições de cultivo submerso e cultivo em estado sólido (seleção secundária). Apenas 7 delas foram selecionadas como boas produtoras. A cepa melhor produtora, identificada como Colletotrichum gloesporioides, produziu 27.700 U/L de lipase, empregando-se inóculo vegetativo, com cultivo submerso em frascos agitados a 150 rpm e 30 oC, durante 96 h, em meio de cultura basal contendo peptona bacteriológica (20,0 g/L), óleo de oliva (8,0 mL/L) e sais inorgânicos, no pH 7,0. A preparação bruta da enzima foi capaz de hidrolisar amplo espectro de substratos incluindo gordura de porco (banha), óleos vegetais e tributirina. Foram realizados estudos visando a determinação das melhores condições para a produção da lipase pelo C. gloesporioides. Inicialmente foram identificados os fatores (variáveis) mais importantes, tendo sido, em seguida, selecionados como significativos a peptona bacteriológica, o óleo de oliva e o pH inicial do meio de cultura. Os estudos para a determinação das condições otimizadas para a produção da lipase foram realizados aplicando-se a metodologia de superfícies de respostas, com o emprego de um planejamento fatorial 23 com cinco pontos centrais. Foi demonstrado que o modelo estatístico linear que indicou a variação da produção da enzima em função da concentração da peptona (na faixa de 10 a 30 g/L), do óleo de oliva (na faixa de 4-16 mL/L) e do pH (na faixa de 6-7) foi representado pela equação ajustada ~ = 27,2 3,4 x1 4,1 x2 + 0,7 x3 1,8 x1 x2 + 0,6 x1 x3 + 0,7 x2 x3 2,1 x1 x2 x3, sendo simplificada para ~ = 27,2 3,4 x1 4,1 x2, devido ao efeito do pH e das possíveis interações entre os efeitos não serem significativos. Desse modo, foi verificado que a representação bidimensional da superfície de resposta do referido modelo foi um plano inclinado obliquamente em relação aos eixos cartesianos com direção descendente indo da direita para a esquerda. Concluiu-se que, para serem conseguidos maiores rendimentos de produção, devia-se deslocar a região experimental para menores valores de x1 (peptona) e de x2 (óleo de oliva). Seguindo essa orientação conseguiu-se que a cepa fúngica produzisse cerca de 36.000 U/L de lipase extracelular que se mostrou bastante ativa em pH alcalino. |
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