Expressão das relações de poder na conformação das práticas de doação de sangue.
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/34264 |
Resumo: | O sangue, desde os primórdios da humanidade, sempre teve grande importância no contexto social, remetendo ao significado e sentimento de vida. Da mesma forma, a solidariedade sempre foi valorizada socialmente como um nobre gesto, de grande valor ético para os que a praticam. Esse processo envolve uma gama de sentimentos e motivações que repercutem na qualidade de um produto essencial – o sangue – e que impacta em diversos níveis de complexidades dos serviços de assistência à saúde. Por meio do estudo sobre as bases históricas da doação de sangue no Brasil, pode-se perceber o forte caráter institucional que envolve o processo transfusional. Pressupõe-se haver, por parte do doador de sangue, interesse em se enquadrar nos critérios de doação, pois isso o faz sentir-se valorizado e útil perante a sociedade. Considera-se que a constituição dos sentimentos das pessoas que passaram pela experiência de serem classificadas como inaptas está, de certa maneira, relacionada às relações de poder, discutidas pelo filósofo Michel Foucault, nas suas três esferas: disciplinar, pastoral e biopoder. Com o objetivo de analisar a expressão das relações de poder, nas práticas de doação de sangue, na perspectiva de candidatos que tenham passado pela experiência de serem classificados como inaptos, foi desenvolvida uma pesquisa de abordagem qualitativa, com análise do discurso, ancorada no referencial teórico-filosófico pós-estruturalista, que tem em Michel Foucault um de seus principais representantes. A coleta de dados deste estudo foi realizada nas duas Unidades de Coleta e Transfusão, situadas em Belo Horizonte, que integram a rede da Fundação Hemominas. Os participantes da pesquisa foram 31 candidatos à doação de repetição, ou seja, indivíduos que compareceram à Unidade de Coleta e Transfusão para se candidatar a uma nova doação de sangue e, que já foram classificados como inaptos em alguma candidatura anterior. Os dados foram coletados utilizando-se entrevista de roteiro semiestruturado e submetidos a análise de discurso, organizados em quatro categorias analíticas, que concernem ao objetivo deste estudo e constituem a discussão dos dados analisados. Na primeira, “regimes de verdade, discursos e pensamentos sobre a doação de sangue”, foi feita uma análise das questões relativas às verdades socialmente produzidas, absorvidas e reverberadas pelos indivíduos, com relação ao ato de doar sangue. Na segunda categoria, “disciplina, controle e vigilância dos doadores de sangue”, foi discutido o efeito do poder disciplinar nas práticas de doação de sangue. Na terceira categoria, “relação divina e o ato de doar” foi explorada a forma como as relações, produzidas pelo poder pastoral, tem ligação com o ato de doar sangue. Na quarta categoria, “governo da população doadora de sangue” foi analisada a forma como a tecnologia do biopoder, manifesta-se no contexto da doação de sangue. Considerando-se a onipresença das relações de poder, sua análise no contexto do serviço hemoterápico de doação de sangue constituiu-se em elemento fundamental para a compreensão de seu papel nas relações estabelecidas. Além disso, sua análise também foi útil para o entendimento das estratégias empregadas na contenção dos seus efeitos e da forma como os candidatos à doação se manifestam na tentativa de se colocarem de forma mais confortável na rede de relações. |
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Isabela Silva Câncio Vellosohttp://lattes.cnpq.br/4753093810427849http://lattes.cnpq.br/0163341183328382Stela Vidigal Milagres2020-10-13T15:19:59Z2020-10-13T15:19:59Z2020-03-24http://hdl.handle.net/1843/34264O sangue, desde os primórdios da humanidade, sempre teve grande importância no contexto social, remetendo ao significado e sentimento de vida. Da mesma forma, a solidariedade sempre foi valorizada socialmente como um nobre gesto, de grande valor ético para os que a praticam. Esse processo envolve uma gama de sentimentos e motivações que repercutem na qualidade de um produto essencial – o sangue – e que impacta em diversos níveis de complexidades dos serviços de assistência à saúde. Por meio do estudo sobre as bases históricas da doação de sangue no Brasil, pode-se perceber o forte caráter institucional que envolve o processo transfusional. 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Além disso, sua análise também foi útil para o entendimento das estratégias empregadas na contenção dos seus efeitos e da forma como os candidatos à doação se manifestam na tentativa de se colocarem de forma mais confortável na rede de relações.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemUFMGBrasilENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEMDoadores de SangueRelações InterpessoaisFilosofiaLinguísticaAnálise de discursoDoação de sangueDoador de sangueFoucaultInaptidão de doaçãoRelações de poderExpressão das relações de poder na conformação das práticas de doação de sangue.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Versão Final.pdfDissertação Versão Final.pdfapplication/pdf2053058https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34264/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Vers%c3%a3o%20Final.pdf7910d15a78d05c6b7a2d4e6356d03de9MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34264/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/342642020-10-13 12:19:59.204oai:repositorio.ufmg.br:1843/34264TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-10-13T15:19:59Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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