Vivências de Crianças Ribeirinhas da Amazônia e seu Processo de Humanização na Creche
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) |
Texto Completo: | https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/240 |
Resumo: | Inspirado na Teoria Histórico Cultural – THC de Vigotski e colaboradores, o estudo parte do pressuposto de que o homem se humaniza por meio da sua vivência na e com a cultura; que a educação tem papel preponderante nesse desenvolvimento e a escola é o local sistematicamente organizado para educá-lo nesse sentido. Diversas pesquisas revelam a pobreza de experiências possibilitadas às crianças na escola e uma visão biologizante do seu processo de desenvolvimento enquanto sujeito protagonista da sua vida e da sua história. Nesse aspecto, objetivamos, fundamentalmente, compreender as vivências (espaço, tempo e relações) das crianças de 3 anos de idade no ambiente formal de educação. Para Vigotski, o termo vivência está relacionado às experiências que afetam profundamente as crianças e conduzem a mudanças, positivas ou negativas, no seu processo de desenvolvimento. Desse ponto de vista, o conceito de vivência não é atribuído a toda e qualquer experiência vivida pela criança, mas àquelas em que elas estejam envolvidas de corpo, mente e emoção. A metodologia consistiu em observação e filmagem da rotina dessas crianças que frequentam uma Unidade Municipal de Educação Infantil de Santarém-PA, localizada na área rural do município. A análise dos dados produzidos foi fundamentada no método experimental/análise microgenética, o qual possibilitou a interpretação do material na sua essência e com maior profundidade, permitindo fazer inferências sobre a criança e suas vivências no conjunto das atividades realizadas no interior da unidade de educação e no seu contexto específico de vida. Os resultados revelam que a instituição pesquisada possui um espaço pobre de possibilidades de vivências; as crianças no interior da instituição, em grande parte do tempo, são limitadas a fazer tarefas escolarizantes, centradas nos conteúdos pertinentes ao ensino fundamental, os quais antecipam o seu processo de alfabetização. Essa atitude mostra que a escola, de um modo geral, tem uma concepção tradicional que concebe, precocemente, a criança em escolar, que desconsidera o complexo processo de desenvolvimento humano e, assim, sua prioridade não é criar as condições adequadas para que a criança amplie seu contato com a cultura, se aproprie das qualidades humanas nela presentes e promova a sua humanização, mas, sim, mantê-las na sala fazendo “lição”. Entretanto, nos seus contextos específicos de vida, constatamos momentos que demonstram o modo como ocorrem as relações que cada criança tem com o lugar onde vive, e como elas são criativas na reprodução da cultura, das suas experiências vividas no contexto do seu grupo familiar e comunitário. Assim, entendemos que as crianças precisam ter o seu direito à infância respeitado, necessitando de vivências positivas pautadas na ampliação de seu contato com a cultura historicamente criada pela humanidade que as precede. |
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COSTA, Sinara Almeida daVASCONCELOS, Jeyse Sunaya Almeida de2021-02-18T19:00:21Z2021-02-18T19:00:21Z2018-09-28VASCONCELOS, Jeyse Sunaya Almeida de. Vivências de crianças ribeirinhas da Amazônia e seu processo de humanização na creche. Orientadora: Sinara Almeida da Costa. 2018. 127 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Educação) – Programa de Pós Graduação em Educação, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/240. Acesso em:.https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/240Inspirado na Teoria Histórico Cultural – THC de Vigotski e colaboradores, o estudo parte do pressuposto de que o homem se humaniza por meio da sua vivência na e com a cultura; que a educação tem papel preponderante nesse desenvolvimento e a escola é o local sistematicamente organizado para educá-lo nesse sentido. Diversas pesquisas revelam a pobreza de experiências possibilitadas às crianças na escola e uma visão biologizante do seu processo de desenvolvimento enquanto sujeito protagonista da sua vida e da sua história. Nesse aspecto, objetivamos, fundamentalmente, compreender as vivências (espaço, tempo e relações) das crianças de 3 anos de idade no ambiente formal de educação. Para Vigotski, o termo vivência está relacionado às experiências que afetam profundamente as crianças e conduzem a mudanças, positivas ou negativas, no seu processo de desenvolvimento. Desse ponto de vista, o conceito de vivência não é atribuído a toda e qualquer experiência vivida pela criança, mas àquelas em que elas estejam envolvidas de corpo, mente e emoção. A metodologia consistiu em observação e filmagem da rotina dessas crianças que frequentam uma Unidade Municipal de Educação Infantil de Santarém-PA, localizada na área rural do município. A análise dos dados produzidos foi fundamentada no método experimental/análise microgenética, o qual possibilitou a interpretação do material na sua essência e com maior profundidade, permitindo fazer inferências sobre a criança e suas vivências no conjunto das atividades realizadas no interior da unidade de educação e no seu contexto específico de vida. Os resultados revelam que a instituição pesquisada possui um espaço pobre de possibilidades de vivências; as crianças no interior da instituição, em grande parte do tempo, são limitadas a fazer tarefas escolarizantes, centradas nos conteúdos pertinentes ao ensino fundamental, os quais antecipam o seu processo de alfabetização. Essa atitude mostra que a escola, de um modo geral, tem uma concepção tradicional que concebe, precocemente, a criança em escolar, que desconsidera o complexo processo de desenvolvimento humano e, assim, sua prioridade não é criar as condições adequadas para que a criança amplie seu contato com a cultura, se aproprie das qualidades humanas nela presentes e promova a sua humanização, mas, sim, mantê-las na sala fazendo “lição”. Entretanto, nos seus contextos específicos de vida, constatamos momentos que demonstram o modo como ocorrem as relações que cada criança tem com o lugar onde vive, e como elas são criativas na reprodução da cultura, das suas experiências vividas no contexto do seu grupo familiar e comunitário. Assim, entendemos que as crianças precisam ter o seu direito à infância respeitado, necessitando de vivências positivas pautadas na ampliação de seu contato com a cultura historicamente criada pela humanidade que as precede.Inspired by the Cultural Historical Theory – CHT from Vygotsky and collaborators, the study starts with the prerogative that the man humanizes himself through his own experience in culture and with it; that the education has the carrying role in this development and that the school is the systematically organized place to educate it in this sense. Many researches reveal the lack of experiences provided to children and a biologizing view of their growth process as a protagonist subject of their own life and history. In this aspect, we have as objective to comprehend the experience, in space, time and relations of three year olds in their formal education environment. To Vygotsky, the term experience is related to the experiences that profoundly affected the children and conduct positive and negative changes to their development process. From this point of view, the concept of experience is not applied to every experience that the children involved themselves in, but only those that are involved with their body, mind and emotion. The methodology consisted in the observation and filming of the children‟s routine while attending a Municipal Infant Education Unit in Santarém-PA, located in the rural area of the municipality. The analysis of the data that was produced was based on the experimental method/ microgenetic analysis which made the interpretation of the material in its essence and in greater depth, allowing to make inferences about the children and their experiences in the set of activities carried out within the Education Unit and in their specific context of life. The results reveal that the research institution has a poor space of possibilities of experiences; the children inside the institution, for the most part, are limited to doing school tasks, focused on the contents pertinent to elementary education, which anticipate their literacy process. This attitude shows that the school generally has a traditional conception that precociously conceives the child in school and that disregards the complex process of human development, and thus, its priority is not to create the right conditions for the child to broaden their contact with culture, to appropriate the human qualities present in them and to promote their humanization, but to keep them in the room doing "lessons". However, in their specific life contexts, we found moments that demonstrate the way that the relationship each child has with the place that they live happen; how they are creative in the reproduction of their culture, of the experiences that they lived in the context of their family and communitarian group. Thus, we understand that the children need to have their rights of childhood respected, requiring positive experiences guided by the expansion of their contact with the culture that was historically created by the mankind which precedes them.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUniversidade Federal do Oeste do ParáPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoUfopaBrasilInstituto de Ciências da Educaçãohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/info:eu-repo/semantics/openAccessPRÁTICAS EDUCATIVAS, LINGUAGENS E TECNOLOGIASEDUCAÇÃOAmazôniaHumanizaçãoCrianças RibeirinhasCrecheVivências de Crianças Ribeirinhas da Amazônia e seu Processo de Humanização na Crecheinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)instname:Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)instacron:UFOPAORIGINALDissertação_Vivênciascriançasribeirinhas.pdfDissertação_Vivênciascriançasribeirinhas.pdfapplication/pdf3729260https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/bitstream/123456789/240/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Viv%c3%aanciascrian%c3%a7asribeirinhas.pdfdd184bc19e06c817f764cc13068d46e5MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/bitstream/123456789/240/2/license_rdf9868ccc48a14c8d591352b6eaf7f6239MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/bitstream/123456789/240/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53123456789/2402021-02-18 16:01:24.033oai:repositorio.ufopa.edu.br:123456789/240Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufopa.edu.br/oai/requestopendoar:2024-06-12T15:04:36.405070Repositório Institucional da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) - Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)false |
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