O lugar de fala da mulher sertaneja expresso na manifestação cultural cordel
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR |
Texto Completo: | https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/126702 |
Resumo: | A sociedade vive um momento de constante busca por visibilidade, onde qualquer pessoa tem o direito de se manifestar e se expressar da maneira que preferir. Em contrapartida, existem padrões impostos que são seguidos como uma espécie de regra e os que ousam desobedecê-los, são excluídos, de modo a impor a discriminação ou até exclusão de alguns grupos sociais. Sendo assim, pensamos que todos têm direito ao seu lugar de fala, e concordando com Ribeiro (2017), a reivindicação por voz pode ser ao mesmo tempo uma reinvindicação ao direito à própria vida. A luta por um lugar de fala é a reivindicação por um lugar onde o poder não seja exercido para dominar o outro, para subjugar ou para submeter. Mesmo diante de todas as conquistas, a mulher sertaneja continua vivendo essa herança patriarcal. Pesquisamos essa busca por reconhecimento da mulher sertaneja, mais especificamente a mulher sertaneja cordelista, que usa esse importante instrumento de manifestação cultural como seu lugar de fala, nos apoiando também nos estudos sobre interseccionalidade. Pensamos na seguinte questão de pesquisa: como a busca das mulheres sertanejas por representação é expressa pela manifestação cultural do cordel? Buscamos, como objetivo, compreender como o cordel pode ser considerado um locus de expressão do lugar de fala da mulher sertaneja cordelista, manifestando-se por meio de sua obra. Para tanto, esta pesquisa buscou vozes de mulheres cordelistas, por meio de pesquisa qualitativa, baseada em histórias de vida e entrevistas, bem como observação de espaços sociais onde o cordel feminino se fez presente. Assim, percebemos que os traços do patriarcado são claramente presentes na cultura sertaneja, bem como na vida das mulheres sertanejas cordelistas. Em inúmeros cordéis, conseguimos identificar menção ao patriarcalismo, sempre de maneira crítica, mas que explicam as relações patriarcais intrínsecas em algumas atitudes e/ou comportamentos com os quais nos deparamos dentro da sociedade. Concluímos que o cordel é a representação escrita da voz das mulheres sertanejas cordelistas. Palavras-chave: Mulher sertaneja; mulher cordelista; lugar de fala; patriarcado; reconhecimento. |
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O lugar de fala da mulher sertaneja expresso na manifestação cultural cordelMulheres na literatura de cordelEpistemologia femininaPatriarcadoA sociedade vive um momento de constante busca por visibilidade, onde qualquer pessoa tem o direito de se manifestar e se expressar da maneira que preferir. Em contrapartida, existem padrões impostos que são seguidos como uma espécie de regra e os que ousam desobedecê-los, são excluídos, de modo a impor a discriminação ou até exclusão de alguns grupos sociais. Sendo assim, pensamos que todos têm direito ao seu lugar de fala, e concordando com Ribeiro (2017), a reivindicação por voz pode ser ao mesmo tempo uma reinvindicação ao direito à própria vida. A luta por um lugar de fala é a reivindicação por um lugar onde o poder não seja exercido para dominar o outro, para subjugar ou para submeter. Mesmo diante de todas as conquistas, a mulher sertaneja continua vivendo essa herança patriarcal. Pesquisamos essa busca por reconhecimento da mulher sertaneja, mais especificamente a mulher sertaneja cordelista, que usa esse importante instrumento de manifestação cultural como seu lugar de fala, nos apoiando também nos estudos sobre interseccionalidade. Pensamos na seguinte questão de pesquisa: como a busca das mulheres sertanejas por representação é expressa pela manifestação cultural do cordel? Buscamos, como objetivo, compreender como o cordel pode ser considerado um locus de expressão do lugar de fala da mulher sertaneja cordelista, manifestando-se por meio de sua obra. Para tanto, esta pesquisa buscou vozes de mulheres cordelistas, por meio de pesquisa qualitativa, baseada em histórias de vida e entrevistas, bem como observação de espaços sociais onde o cordel feminino se fez presente. Assim, percebemos que os traços do patriarcado são claramente presentes na cultura sertaneja, bem como na vida das mulheres sertanejas cordelistas. Em inúmeros cordéis, conseguimos identificar menção ao patriarcalismo, sempre de maneira crítica, mas que explicam as relações patriarcais intrínsecas em algumas atitudes e/ou comportamentos com os quais nos deparamos dentro da sociedade. Concluímos que o cordel é a representação escrita da voz das mulheres sertanejas cordelistas. Palavras-chave: Mulher sertaneja; mulher cordelista; lugar de fala; patriarcado; reconhecimento.Society lives a moment of constant search for visibility, where anyone has the right to manifest and express in any way they prefer. In contrast, there are imposed standards that are followed as a kind of rule and those that dare to disobey it are excluded, in order to impose the discrimination or even exclusion of some social groups. Thus, we think that everyone is entitled to their place of speech, and agreeing with Ribeiro (2017), claiming by voice, can be at the same time a claim to the right to life itself. The struggle for a place of speech is the claim for a place where power is not exercised to dominate the other, to subjugate or to submit. Despite all the achievements, hinterlands women continue to live this patriarchal heritage. We intend to research this search for recognition of the hinterlands women, more specifically cordelists women, who uses this important instrument of cultural manifestation as its place of speech, supporting us also in studies on intersectionality. We think of the following research question: how do hinterlands woman search for representation is expressed by the cultural manifestation of the cordel? We seek as an objective of understanding how the string can be considered a locus of expression of the place of speech of the hinterlands cordelists women, manifesting itself through their work. To this end, this research will seek voices from cordelists women, through qualitative research, based on life histories and interviews, as well as observation of social spaces where the feminine cordel was present. Thus, we realize that the traits of patriarchy are clearly present in the hinterland culture, as well as in the lives of hinterlands cordelists women. In countless cords we can identify mention of patriarchy, always in a critical way, but that explain the intrinsic patriarchal relations in some attitudes and/or behaviors that we face within society. We conclude that the cordel is the written representation of the voice of the hinterlands cordelists women. Keywords: hinterlands women; cordelists women; place of speech; patriarchy; recognition.Figueiredo, Marina Dantas deFigueiredo, Marina Dantas deMascena, Keysa Manuela Cunha deTeixeira, JulianaUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Administração de EmpresasFeitoza, Luciana Bandeira Oliveira2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/126702https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/26212porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess1899-12-30T00:00:00Zoai::126702Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:1899-12-30T00:00Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false |
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